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Serei A Protagonista Para O Vilão

Capítulo 1

...“Doce amor"...

Como em toda história, temos a heroína, o protagonista e a vilã. Nesta, esse clichê não muda em nada, ou talvez um pouco, já que a história realmente começa com o personagem secundário, uma mera aparição que não dura muito na história e apenas no começo.

Começando este amor com Giselle, uma jovem donzela filha de simples barões, que foi prometida ao príncipe herdeiro do reino vizinho, esse acordo foi firmado pelo rei deste país para formar uma aliança e fortalecer seu reino, além de que, embora a família de Giselle fosse de barões, sua filha era a pessoa certa por sua beleza genuína e única, pois era uma dama perigosa com olhos âmbar. Mas... Ela não queria se casar com ele, pois ouvira rumores estranhos de que o príncipe Rember era um monstro, além de ser um pouco mais velho, dizia-se que ele era um verdadeiro tirano.

Assim, a jovem, por dar ouvidos às palavras de terceiros, decidiu por si mesma não se casar com ele, mesmo com o compromisso já firmado. Giselle enviou uma carta ao país vizinho, que chegou ao príncipe Rember, onde anunciava que não se casaria com ele nem que fosse por ordem do rei, e assim fugiu para não mais voltar. Ela fugiu sem que seus pais soubessem para onde e sem que a encontrassem.

Com isso, o príncipe ficou furioso. Como aquela menina podia romper o acordo que ele tinha com o rei de Arnol e fugir? Obviamente, o reino do príncipe enviou uma grande comunicação sobre o ocorrido, e se isso não fosse resolvido, poderia haver uma guerra por parte do reino do príncipe.

Diante disso, o rei de Arnol não sabia o que fazer, aquilo era um desastre só porque a filha dos barões foi covarde e egoísta em não ver o caos que causou ao fugir daquela forma. No entanto, surgiu a heroína, Aída de Rumper, filha de humildes camponeses.

Aída havia tomado conhecimento da situação do país, pois era um caos que o próprio reino conhecia, no entanto, Aída se apresentou ao rei apenas por sua família, pensando que se ela se casasse com o príncipe vizinho, a paz reinaria. O rei aceitou, pois só tinha filhos homens, e ninguém mais queria se casar com o príncipe por causa dos rumores.

O rei apenas ordenou que Aída fosse educada para ser uma dama de classe e se passasse por uma mulher da alta sociedade. Aída era muito bonita, simples, mas o mais importante, aprendeu rápido na hora de ser educada, com aulas e, acima de tudo, uma mulher elegante sem perder a humildade.

Havia chegado a hora, o rei enviou uma carta ao príncipe sobre sua nova prometida, que se tratava de Aída, descrevendo em cada linha que a jovem era ideal para ele e que ela desejava conhecê-lo.

E assim foi, o príncipe respondeu-lhe que, se ela quisesse conhecê-lo, que a enviasse para a fronteira entre os dois reinos, onde se conheceriam, no entanto, se ele visse algum medo demonstrando que a tinham obrigado a vê-lo, ele iniciaria a guerra imediatamente.

Mas não havia nada a temer, pois Aída realmente estava fazendo aquilo por vontade própria, e no momento em que conheceu o príncipe viu que ele não era como nos rumores; ao contrário, este príncipe mostrava grande graça e pulcritude em seu rosto, embora seja preciso mencionar que ele possuía uns olhos da cor carmesim que o faziam parecer um grande vilão.

Seu primeiro encontro foi o começo de um lindo relacionamento, Aída não mostrava nenhum medo, apenas atração por aquele anjo que comparavam a um demônio, e ele simplesmente amou o quão genuína ela era. Além disso, foi aí que ele descobriu por que os rumores não eram verdadeiros.

O acordo foi novamente um sucesso, onde o príncipe aceitou sua nova prometida e que muito em breve a aliança entre os dois reinos aconteceria.

Mesmo assim, esta história não pode ficar assim, já que faltava a vilã desta história.

Após o casamento, Aída se muda para o reino do príncipe, onde viverá como rainha. Mesmo assim, seus problemas não acabam quando chega Maya, uma mulher que é filha de um dos ministros do palácio, Maya era apaixonada pelo príncipe. Então, quando Aída chegou, Maya fingiu ser sua amiga para fins terríveis.

Como a heroína tinha um coração bondoso, ela confiou em Maya, que demonstrava uma sinceridade pura e uma grande amizade por ela. Mas não, meses depois, Aída adoece terrivelmente, o que faz com que o príncipe Rember se preocupe muito com sua saúde. Entre os dois, a confiança havia crescido, Aída havia se apaixonado profundamente por ele e ele por ela. Os médicos não sabiam o que fazer, nada a fazia recuperar aquela vitalidade que Aída possuía, e a cada dia ela piorava.

O príncipe estava tão desesperado por ela que foi imediatamente perguntar aos magos de seu palácio, pois aquela doença lhe parecia estranha, Aída era uma jovem saudável e adoecer da noite para o dia não era nada normal, ele sentia uma conspiração em sua própria casa. E assim foi, os magos custaram, mas descobriram que Maya vinha envenenando Aída aos poucos desde que ela chegou e, no momento em que seu corpo não aguentou mais, ele entrou em colapso.

Sabendo apenas disso, os magos encontraram uma solução para salvar Aída, eles tinham que purificar seu corpo completamente.

Eles conseguiram salvar a protagonista e Maya foi executada pelo próprio príncipe Rember.

Ambos tiveram seu final feliz. Apesar de Aída ter feito isso para salvar seu reino de uma guerra, ela conseguiu algo mais, que foi ter um doce amor...

...“Essa foi uma bela história... Ou foi o que eu pensei antes da tragédia da minha vida e de acordar em outro lugar"...

— Hã?... O que diabos?!...— Não sei como, mas acordei em um lugar diferente depois de morrer.

“Ah, desculpe... Eu não me apresentei, meu nome é Natasha, ou melhor, era, uma simples mulher que amava literatura. Como eu disse, eu morri, e não em um acidente de trânsito, mas sim de avião, infelizmente algo falhou e os pilotos perderam o controle fazendo com que o avião caísse de forma terrível. Antes que isso acontecesse, eu estava lendo a história “Amor Trágico" para acalmar meus medos da altura, passei a viagem lendo e sem perceber já havia terminado antes de chegar ao meu destino, tinha certeza de que chegaria bem... Mas aconteceu o fatídico evento que acabou com a minha vida e acordei aqui."

“Agora eu entendo... Eu me tornei ela... Em Giselle, aquela personagem secundária que só aparece e desaparece no início da história..."

Capítulo 2

Sem saber como reagir, a garota se olhou no espelho.

“Não acredito… Sou tão diferente. Sei que sou Giselle Whitney pelas lembranças que acabaram de me atingir. Uff, minha cabeça ainda dói… — ela aperta a bochecha com força, sente dor — não é um sonho, então possivelmente morri e renasci aqui. Isso pode parecer loucura, mas é a coisa mais lógica que consigo pensar."

Tudo o que ela podia fazer era pensar sentada na cama. Embora ela não apareça muito na história, ela sabe algo sobre o fim de sua vida. De fato, esta personagem que não teve muitas aparições, no extra da história, Giselle é capturada pelo rei de Arnol, seu rei, e condenada à prisão por ter rompido seu noivado e quase causar uma grande guerra.

"Eu... Eu não pretendo acabar assim. Tenho que ser esperta se não quiser um final em uma masmorra onde vou sofrer…"

— Senhorita… Senhorita Giselle… — entra após bater, era uma criada de aparência mais velha — ouvi dizer que a senhorita já estava acordada… Quer se arrumar já?

"Pelo que me lembro, ela é Romina, a criada desta casa e quem cuida de mim."

— Lembre-se que hoje a senhorita deve ir ao palácio com seu pai.

"Ir ao palácio… Entendo, estou no ponto em que a história começa. Onde ele vai me anunciar que estou noiva do príncipe."

Giselle agora entendia melhor sua realidade, que ela tinha que cumprir apenas uma coisa se não quisesse ser acusada de traição ou de provocar uma guerra entre países, e que ninguém lidasse com seus problemas.

— Romina… Por favor, me ajude a me arrumar, se devo ir ao palácio tenho que estar apresentável… — por sorte, a nova Giselle havia lido história medieval o suficiente para saber falar e se comportar.

Isso surpreendeu um pouco a criada, talvez Giselle na história original fosse um pouco simples e não gostasse de nada mais do que vestidos simples e sem graça, era uma jovem sem muito carisma, mas ela aceita porque é uma ordem.

Depois de se arrumar, Giselle sai mais animada.

"… Eu, eu não serei como a covarde da Giselle, que fugiu de sua responsabilidade e não pensou no bem-estar de seu reino, e tudo por causa de boatos que não são verdadeiros, mesmo assim, se eu não soubesse disso, ainda assim cumpriria meu dever… Além disso, lembro-me da descrição do personagem do príncipe… Um rosto esculpido por anjos, peito de aço e abdômen de lavadeira… Como eu poderia deixar passar um homem desses, mesmo que seja um casamento por conveniência, ser sua esposa poderia ter muitas vantagens"

— Vou aproveitar ao máximo…! — ela pensou em voz alta com grande alegria.

— Senhorita? — Romina parou na frente de Giselle.

— Hã…? Eu… Humm… Eu queria dizer que vou aproveitar ao máximo a visita ao palácio, estou ansiosa para saber o que Sua Majestade vai me dizer.

— Ah… Entendo… Mas mesmo assim, não acho que seja uma notícia agradável, senhorita… Lembre-se do que o senhor, seu pai, conversou com a senhorita.

— Ah, sobre meu noivado com o príncipe Rember… Já me lembro.

Olhando em volta, a criada se aproxima da jovem e sussurra.

— Tenho ouvido muito sobre ele, que ele é um monstro e um homem violento… Não acho que ele seja um homem bom.

"Agora eu sei que Giselle foi levada pelos outros ao ouvir que o príncipe era um vilão..."

— Tenho medo por você… Senhorita, acho que seu destino será trágico se você se casar com ele… — ela terminou de sussurrar.

— Romina… Não entendo porque você está me dizendo isso… Mas tudo o que você diz não é nada favorável, eu decido meu destino, então não fale como se você soubesse meu futuro dessa forma. Nem você nem eu conhecemos o príncipe para falar assim dele… Não é justo julgar antes de saber quem ele é.

— Eu. Sinto muito, senhorita… Acho que falei demais, espero que me perdoe… Eu só estava preocupada com a senhorita.

— Está tudo bem, apenas não fale de uma forma tão negativa… Se você se importa comigo, só peço que deseje-me sorte, não diga que será uma tragédia… Vamos, não vamos fazer meu pai esperar.

— S-Sim…

A caminho do palácio, Giselle observava a janela da carruagem, pensando na atitude pessimista de sua criada, mas não apenas por ela, as outras criadas comentavam sobre o príncipe apenas por boatos.

"Ouvi esses rumores de que o príncipe Rember era uma besta, matava se o fizessem enfurecer e que sua aparência não era nada digna de um príncipe… Mas isso não importa, mesmo que eu não soubesse a verdade, eu ainda estaria disposta a me casar com ele, não vou fugir. Não quero mais ser a espectadora que assiste a essas histórias sem vivê-las, muito menos aquela personagem secundária tão covarde… Quero ser a protagonista desse suposto vilão."

Com esse pensamento claro, Giselle chegou ao palácio real sem comentar nada com seu pai, afinal, a verdadeira Giselle é uma mulher quieta, então ela não quer chamar atenção antes de se casar. Tanto ela quanto seu pai tinham acesso direto à sala do trono onde Sua Majestade os esperava.

— Saudações à grande estrela do reino de Arnol. — o barão se apresentou, Giselle o segue na reverência.

— É um prazer que tenha atendido ao meu chamado, senhor Whitney. Embora já saiba o porquê de estarmos aqui, sua filha precisa de mais informações. Senhorita Giselle, pedi ao seu pai que eu lhe contasse a situação…

— Sim, Vossa Majestade. — respondeu Giselle.

É quando o rei começa a falar sobre o reino vizinho e como ele queria fazer uma aliança com um noivado entre ela e o príncipe. Embora sua família fosse de status um pouco baixo, Sua Majestade viu que a filha dos Whitney era ideal, então ele confia que ela aceitará.

A verdade é que Giselle aceitou no início, ela sentiu uma grande obrigação e pressão com isso, da qual se arrependeria depois; enviando uma carta para ninguém menos que seu noivo para terminar com ele e o resto já sabemos. Mas…

— Aceito, Vossa Majestade. Não o decepcionarei se confiar em mim como a noiva do príncipe do reino de Rember…

Esta Giselle está disposta a salvar seu destino, e se a única maneira de fazer isso é se casando com o príncipe sem problemas, talvez ela possa viver melhor do que o esperado.

— Estou feliz em saber que você está disposta a isso, é uma grande responsabilidade e vejo que você é madura o suficiente com sua resposta. Peço que fiquem, vou convidá-los para um chá…

Ambos aceitaram o convite e ficaram no palácio por um tempo.

Capítulo 3

No jardim principal, o rei comentava o seguinte com Giselle depois de lhe servirem chá:

— E então… O que acha melhor, senhorita Giselle?… Quer conhecer o príncipe antes do casamento ou prefere esperar?

A antiga Giselle tinha preferido não o conhecer ainda, pois tinha medo dos rumores, mas esta seria uma boa ideia; conhecê-lo antes faria com que ambos tivessem uma relação mais sólida.

— Majestade, conhecê-lo agora seria uma grande oportunidade para começar com bons resultados na minha união com ele.

— Já vejo. Enviarei-lhe um comunicado, esperemos que ele também a queira ver. Embora eu lhe tenha sugerido isso, tudo depende do príncipe… Mas tenho fé que ele dirá que sim… Além disso, Barão, se esta união se concretizar, será promovido a Duque.

— É uma grande honra, Majestade, verá que tudo correrá como planeado.

O tempo passou de uma forma agradável; o rei ficou encantado com Giselle, que era muito boa ouvinte e era encantadora. No final, Sua Majestade despede-se desta agradável reunião; sente que esta aliança entre os dois reinos será excelente.

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No regresso à sua mansão, Giselle ouve as queixas do seu pai sobre ela:

— Devias ter demonstrado mais elegância no chá, Giselle. A tua postura não era a adequada, muito menos a tua forma de falar; estavas diante do rei! O que se passou contigo hoje?… A culpa é da tua mãe, que é muito dócil contigo.

Giselle ignora tudo, pois sabia como era o seu pai; depois pensa, olhando a paisagem da viagem:

“Esta era a vida normal da Giselle original. Deixem-me contar-vos que isto não constava na história, mas sim nas novas memórias que possuo. A Giselle viveu numa família disfuncional, onde o seu pai, o Grão-Barão, tem uma amante que vive debaixo do mesmo teto que nós. A mãe aceitou isto; ela não tinha muita vontade dentro da sua casa nem da sua vida, e para completar, estava sempre doente por causa das suas depressões. Assim, a amante foi ganhando o lugar de Baronesa; não tinham filhos, pois ele ficou estéril devido a uma doença. Por essa razão, Giselle não era muito feliz em casa.”

Giselle volta a olhá-lo com determinação:

— Pai… Não culpes a minha mãe, ela não tem culpa de nada… Na verdade, ela nunca faz nada… — A mãe de Giselle já não se preocupava com ela desde que a amante do seu pai chegou. — … Ela esteve sempre preocupada com uma coisa sem sentido como é a tua amante…

— O que disseste? — perguntou de forma brusca.

— A Sasha não tem graça nenhuma, é uma mulher superficial, por isso não percebo como é que a minha mãe se deixa intimidar por ela.

O Barão inclinou-se um pouco e tentou dar uma bofetada a Giselle; ouviu-se apenas o impacto da mão dela a agarrar o pulso do seu pai.

— Não faças nenhuma estupidez, pai… — Ele olhava espantado; jamais pensou que ela iria impedir o golpe. — … Já estou farta disto.

E assim era, o seu pai, sempre que podia, corrigia-a com palmadas, já que a sua mãe nem sequer estava lá para a proteger, mas esta Giselle não se deixaria intimidar por ninguém.

O Barão puxa o braço e fica quieto, apenas com o sobrolho franzido e a olhar para a janela; ficou calado até chegarem à mansão.

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Quando chegaram, Giselle pediu um banho para tirar o suor e descansar deste dia cansativo. Primeiro que tudo, hoje teve muitos acontecimentos: acordou numa realidade algo desconhecida, tentou fazer o seu melhor para se adaptar, por isso, pelo menos, quer fechar os olhos por um instante. Mesmo assim, antes de chegar à casa de banho, Giselle para ao ver um retrato da sua família quando era criança.

— Estava tudo bem, antes de ela chegar. Não havia amor entre eles, mas sim uma boa relação, mas a Sasha manipulou o meu pai desde o início…

Com isso, Giselle dirige-se à casa de banho, muito cansada.

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Quando o Barão vai para a sala de estar para descansar também, aparece Sasha, a sua amante. Com um sorriso, ela recebe-o:

— Bem-vindo a casa, meu senhor.

Embora a mulher não quisesse demonstrar a sua idade, era-lhe impossível com toda aquela maquilhagem. Ela senta-se ao lado dele e o Barão conta-lhe:

— Muito em breve, Giselle irá casar-se com o Príncipe Rember e, com isso, tornar-me-ei Duque… Iremos tornar-nos pessoas da alta sociedade, Sasha.

— Oh, querido… Só falta divorciares-te da tua esposa… Já lá vão quase três anos e nada…

— Ia fazê-lo há anos, mas ela teve aquela doença que não a tirou da cama e a minha reputação seria prejudicada se me divorciasse de uma mulher doente. Talvez a depressão a mate primeiro, seria mais fácil para mim ser viúvo do que divorciado… E tu, minha querida Sasha, serás a minha esposa.

Com um sorriso, Sasha abraça-o; está a realizar o sonho de qualquer amante: tirar tudo à esposa.

Muito perto dali, estava uma mulher um pouco mais velha, de cabelos rosados, a ouvir tudo às escondidas. Parecia estar muito doente, mas com todas as suas forças apertava os punhos para depois se ir embora.

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