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A CEO Vingativa

apresentando Bianca

Ela estava com uma calça preta, um cropped manga longa dourado e seus cabelos loiros soltos. Uma maquiagem fatal e botas pretas de salto fino.

No meio da pista, dançando despreocupada, rodeada por seus amigos. Eles tinham terminado o primeiro semestre na universidade, eram jovens e estavam relaxando.

De longe, o dono da boate, um bom vivant acostumado a ter tudo o que queria, a observava. Ela seria dele naquele noite. Quando Thales se aproximou do bar para buscar bebidas para as meninas, Nicolas o abordou:

— Boa noite, voce vai conseguir levar todos os copos?

— Não se preocupe, eu só vim pedir para adiantar. Meus amigos já estão vindo.

— Desculpe, sou Nicolas Pontes, o dono do local.

— Prazer, Thales Noruega. Estudante de medicina.

— Vejo que você está num grupo bem animado.

Thales revirou os olhos. Sabia bem das intenções do rapaz. Estava acostumado a destruir corações.

— Aquela é Bianca Duprat, a princesinha da cidade. Minha prima, começamos universidade juntos. Ela está cursando Direito. Apesar de você estar vendo ela soltinha assim na pista, é uma menina tímida. Criada severamente pelo meu tio, que não deixa qualquer um se aproximar dela. Hoje estamos aqui relaxando depois da bateria de exames de final de semestre, mas ela não costuma frequentar lugares assim, e por ela mesma, não costuma deixar que rapazes a bajulem.

Nicolas olhou o rapaz de cima abaixo. Era bonito, parecia os riquinhos da universidade que ele estava acostumado a receber na boate. Pensou no discurso pronto que Thales acabou de fazer. Poderia, perfeitamente, querer afastar os homens dela porque a queria pra si. Não deixaria um moleque recém saído das fraldas atrapalhar seu plano.

— Não entendi o porquê de você me falar tudo isso. Apenas notei que vocês estão bem animados e queria agradecer a visita — percebeu que ela estava se aproximando com o grupo, então elevou a voz — Diana, essa rodada do grupo hoje é por minha conta.

Thales revirou os olhos novamente. Muito padrão, muito clichê.

Bianca também não pareceu surpresa em ganhar as bebidas para todos. Pegou no balcão as bebidas e saiu distribuindo, quando pegou seu copo, levantou na direção de Nicolas e fez um sinal de agradecimento.

Nicolas assentiu e se afastou. Deixaria eles a vontade e quando voltassem pra pista, dançaria com ela e se apresentaria.

— Incomodado mais uma vez? — perguntou para Thales.

— Até que não, esse disfarçou bem.

Todos no grupo deram sorrisinhos

— Deixe de mentir, Thales. Estamos bebendo de graça mais uma vez... — Emily era a melhor amiga de Bianca. Inicialmente, os três faziam tudo juntos. Depois que saíram do colégio, o grupo aumentou. Com Amanda que cursava Direito com as duas e o irmão gêmeo dela Noah, que cursava Engenharia e namorava Emily. Também de Engenharia tinha Paula, Anna e Pedro que eram os inseparáveis de Noah. Recentemente o grupo foi completo por Damares de Medicina, que só saía com seu irmão Augusto, o único do grupo já formado. Como era mais velho, era chamado de tio por todos, alvo de brincadeiras dos jovens de 18 anos. Mas nunca se ofendia, pois sabia que tinha conquistado o respeito através de Thales, com quem estava tendo um relacionamento.

— Mas não é só por isso que a gente sai com a chata da Bianca? — Amanda perguntou

— Tô começando a pensar que a economia da mesada não tá valendo a pena — Paula brincou

— Como não? — Damares respondeu — você bebe mais que Opala. Se tivesse que tirar tudo da sua mesada, só poderia sair uma vez por mês.

Todos riram. Paula era a que mais bebia do grupo, mais até que os meninos. Augusto e Bianca não bebiam nada que continha álcool. Bianca não tinha o hábito e Augusto estava fazendo residência em cirurgia. Temia que consumir álcool tirasse a firmeza de suas mãos.

— Tá, vale a pena economizar o dinheiro. Mas os rapazes não me notam. Estou até com a boca ressecada sem beijar há uma década, por isso que eu bebo.

— Nisso eu concordo. Poderíamos fazer  rodízio e deixar a Bianca em casa algumas vezes pra dar oportunidade a todas de serem vistas. — Anna respondeu com bom humor.

Bianca corou violentamente

— Vocês estão exagerando

—Nao, prima, elas não estão. Eu que passo por isso há anos, sei bem do que elas estão falando. A coitada da Emily, mesmo linda e considerada mulher fatal sendo ruiva natural, viveu na sua sombra e teve que caçar na Engenharia, os profissionais mais maçantes do mundo, pra desencalhar. — Noah, olhou feio para ele. Anna e Paula mostraram a língua — E esse que vos fala então, coitado de mim. Se já é estatisticamente 5 vezes mais difícil pra arrumar um parceiro, ao seu lado se tornou impossível!

— Aí voce teve que se contentar com um sugar dady, não é, bicha sem vergonha — Pedro respondeu, se vingando do comentário sobre engenheiros. Os dois sempre se provocavam, com Thales dizendo que engenheiro era chato, e Pedro chamando Thales de bicha, o que é politicamente incorreto. Muitas vezes, quem via de fora se ofendia, mesmo quem não participava da comunidade gay, mas Thales não se importava e dizia que preferia esse tratamento aberto e franco do seu grupo do que o mimimi hipócrita de quem não aceitava sua orientação sexual.

Eles ficaram rindo e se provocando e Bianca se afastou um pouco.

Ficou pensando que era muito feliz por ter um grupo de amigos tão bom.

Demorou um tempo para entender porque era tão cobiçada. Desde seus 15 anos, sempre achou Emily muito mais bonita que ela, pois era uma ruivinha com longos cabelos cacheados, sua pele clara com sardas lhe dava uma beleza selvagem que chamava atenção. Enquanto ela era só uma loira dos olhos azuis comum. Se achava até meio sem sal.

Com 15 anos, chegou a pensar que era mais cobiçada por causa de dinheiro. Seu pai era o advogada mais badalado da cidade. Era dono de um grande escritório que controlava todas as áreas possíveis, e todos que queriam se livrar de confusão, o procurava. Ele treinava os melhores para ser seus associados e todo mundo queria uma oportunidade de trabalhar com ele.

Sendo assim, Bianca aprendeu desde muito nova que as pessoas usariam qualquer meio possível para se aproximar do Rei da cidade. Então achava que, como "princesinha", era o alvo mais procurado. Chegou até a ficar deprimida por isso e com 15 anos, cortou o próprio cabelos no banheiro de casa.

Thales e Emilly a encontraram deitada na cama com a tesoura nas mãos. Nesse dia, Thales a colocou na penteadeira, consertou o estrago que ela tinha feito fazendo um chanel de bico e batendo o pescoço. Quando terminou, ele a obrigou a se olhar no espelho enquanto falava.

— Quem diria que conseguiria ficar ainda mais linda num curtinho básico? Olha bem para você, Bianca Duprat. — Enquanto falava, ele ajeitava o bico da franja no seu rosto. Bianca se olhou e nem acreditou na mulher que viu no espelho. O rosto pequeno, maçãs delineadas, olhos grandes, pele alva. — Sabe o que as mulheres sofrem para atingir esse tom de loiro? E vc imagina o quanto detonam seus cabelos para isso? E você é agraciada com esse loiro natural e olha esse volume de cabelos! — ele fala, afofando as pontas no pescoço. — Você já viu uma loira com esse tanto de cabelo? Claro que não, elas passam tanta porcaria pra ficarem loiras que os cabelos caem tudo. Olha pra você. Olha esses olhos! Tá bom, não olha não porque estão uma porcaria agora, você estragou eles chorando e deixou tudo inchado, parecendo o sexto round de uma luta de box

As duas não conseguiram evitar de rir. Thales percebeu que seu tom foi acalmando Bianca, e continuou.

— E esse nariz? Parecia pintado por Michelangelo no seu rosto, de tão perfeito e delicado. Agora parece uma coxinha de frango deformada, todo ranhento. — Emilly automaticamente lhe estendeu um lenço de papel.

Bianca se sentiu muito melhor com a visita deles, mas Emily chegou por trás dela e acabou definitivamente com sua baixa auto—estima

— Você é linda. Não estrague a obra prima de Deus. Ele te desenhou a mão, você é única.

Daquele dia em diante, ela passou a se arrumar mais, a se sentir linda de verdade. Não baixou a guarda quanto aos rapazes que a cortejavam, pois sabia que eles poderiam querer unir o útil ao agradável. Afinal, não pensava em namorar. Achava que era muito nova e tinha um longo caminho a trilhar para ser uma advogada tão poderosa como seu pai e poder caminhar com suas próprias pernas.

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apaixonada

Bianca consegue se desvencilhar do dono da boate naquela noite com facilidade. Tem asco desses homens que acham que pode conquista—la.

Está feliz porque começou a estagiar no escritório com o pai. Precisa apreender tudo o que puder. Até o final da faculdade, vai ser tão grande quanto seu pai. E ele precisa treina—la com bastante eficiência. Quer se aposentar e lhe passar o bastão, o mais rápido possível.

Bianca sabia que muitos dos seus sócios ficavam irritados com a sua presença. Estavam acostumados com profissionais brilhantes, o alto escalão do Direito. Ter uma loirinha iniciante acompanhando tudo de perto era desolador.

Mas ela não se importava. Tinha uma memória fotográfica e um alto poder de guardar ressentimento. Quando percebia alguém torcendo o nariz para ela, automaticamente guardava rosto, nome, posição e tudo o que podia sobre a pessoa na sua caixinha de memórias. Sabia que iam ser informações úteis quando quisesse se vingar.

Por isso, quando no seu terceiro dia em seu escritório, concentrada nas tarefas que seu pai deixou enquanto ia ao Tribunal, precisou atender um dos contadores e ele foi extremamente gentil e atencioso com ela, estranhou.

— Senhorita Duprat, sinto muito incomodá—la, mas preciso realmente de uma orientação. Na falta de seu pai, a senhorita é a pessoa com maior responsabilidade aqui.

— Por favor, senhor... — Bianca leu o nome em seu crachá — Paulo. Menos formalidades. Eu sou Bianca, prazer . — Estendeu a mão pra ele que exitou. Estava muito acostumado ao jeito sério e seco que o pai atendia as pessoas. — Só falo com pessoas que me chamam pelo meu nome. E não sou melhor que ninguém. Pra mim, não são empregados, são colaboradores e podemos agir entre nós sem formalidades.

Paulo retribuiu o cumprimento e começou a explicar a ela a situação. Ele era o chefe dos contadores, quem contratava e revisava o serviço dos outros. Recentemente recebeu a ficha de um recém formado, indicado por um amigo funcionário público. Eles eram irmãos.

— E o senhor pede autorização de meu pai para cada contratação?

— Não, senhorita... Desculpe. O problema é grande. Fazemos uma grande checagem de todos os funcionários novos. Esse processo demora um pouco até a contratação. Mas esse senhor não me interessou muito, a princípio. Então nem mandei fazer a checagem. Mas hoje ele veio até meu escritório, com um relatório que me envergonha.

— Não entendi.

— Eu sou responsável por cada trabalho daqui, e não percebi que temos um contador comprado. Que está sendo pago para dar baixa em 2% de nossas comissões nos processos que ele trabalha.

— Estamos sendo roubados, é isso?

— Sim.

— E o que esse contador tem a ver com tudo isso?

— Ele queria pedir uma entrevista para mostrar sua capacidade, então estudou alguns processos e percebeu o erro. Então estudou mais alguns e percebeu o padrão, e que todos que apresentam erros, são assinados pelo mesmo contador.

— Ele está aqui?

— Sim, por isso a urgência. Está esperando em meu escritório.

— Traga—o pra mim.

Bianca ficou aguardando Paulo voltar com o rapaz com o estômago revirado. Sabia que essa era sua chance. Deveria saber resolver esse problema e mostrar a todos no escritório que estava no nível do pai.

Mas qual seria a reação do pai nesse momento? Acreditava que jamais alguém teria coragem de rouba—lo, e sabia que ele também não. Então, não tinha nenhum parâmetro para qual seria a atitude dele.

Estava apavorada em como lidaria com aquele problema. E percebeu que era isso o que a esperava para o futuro. Não só ser uma advogada brilhante, com uma carteira vasta de clientes. Ela tinha que lidar com problemas administrativos também. E funcionários, colaboradores, parceiros, sócios. Nem sempre conseguiria agradar a todos, como era o caso no atual momento.

Era só uma menina. Uma princesinha criada cheia de mimos. Seu estômago embrulhou de novo quando ouviu a batida na porta, mas se revestiu de toda confiança que seu pai lhe depositou, controlou os nervos e fingiu que não estava com o estômago cheio de borboletas quando mandou que entrassem.

Tudo em vão quando colocou os olhos em Gustavo, em nada parecido com o velho nerd de óculos que ela imaginou

Quando Gustavo, alto, forte, com cabelos negros e olhos parecendo jabuticabas apertou sua mão, todas as borboletas fugiram do pote que ela prendeu e deram crias, espalhadas por seu estômago e fazendo suas mãos suar.

formatura

A Bianca que saiu com a turma naquela noite, pouco mais de 4 anos depois, era uma mulher totalmente diferente da menina assustada.

Depois daquela tarde em que resolveu tudo com Gustavo de forma prática e se apaixonou perdidamente por ele, foi ovacionada no escritório.

Recuperou milhões, demitiu o contador trapaceiro e colocou Gustavo em seu lugar. Passou a ser respeitada e até admirada, e cada vez mais o pai passou a lhe dar mais responsabilidade. Tanto que naquele momento, só faltava lhe passar o bastão, pois Bianca já estava comandando tudo com mãos de ferro, auxiliada por seu noivo.

Começaram a sair, apenas como amigos e Bianca foi se apaixonando perdidamente. Soube que ele tinha vindo pra cidade do irmão biológico para estudar, deixando a família adotiva no interior.

Logo começaram a se envolver e Gustavo era um cara super de boa. Saía com a turma, protegia Bianca dos gaviões e era fofo em nunca avançar o sinal. Aceitava que a primeira vez dela deveria ser apenas quando ela tivesse preparada.

Bianca estava no bar, vendo Gustavo dançar na pista com os amigos e pensando na conversa que teve com Thales no dia anterior.

— Amiga, pode perguntar pra Emily e qualquer outra pessoa. Esse homem tá nesse banho Maria com você há mais de 4 anos e isso não é normal. Tem certeza que ele não é gay?

— Certeza absoluta, primo. Já te contei as coisas que acontecem entre nós. Só não fomos pros finalmente ainda...

— Já sei que tem muito rala e rola entre vocês, com ele te chupando e tudo o mais. É, gay ele não é. Por que, minha filha, eu jamais colocaria minha boca nessa coisa nojenta que você tem aí.

Bianca ri do jeito de ele falar. São melhores amigos desde sempre. E tudo ela contava pra ele. Desde a primeira vez que ela quis intensificar a pegada, e tudo o mais. Ele quem sempre colocava o limite. Mas já tinham avançado bastante, sem penetração.

E Thales sempre desconfiava desse controle dele.

— Então é casado...

— Você acha mesmo que meu pai não teria checado cem vezes antes de ele se aproximar de mim?

— E a mãe da filha dele?

— Pare com isso, Thales. Ele mesmo me contou que teve uma filha muito jovem, que dá suporte financeiro para cria—la.

— Mas será que ele não tem uma relação estável com a mãe não?

— Se isso fosse verdade, os pais e irmãos dele não me aceitariam na família. E depois, qual mulher aceitaria ter um marido 3 dias por mês? Porque esse é o tempo que ele passa visitando a menina.

— Não sei, vai saber né? Tem mulheres que gostam mais de dinheiro do que do marido. De onde ele vem, é um lugar com poucos recursos. Deve ser mais vantajoso pra ela ele ficar o mês inteiro aqui e levar o dinheiro pra ela, do que ter ele lá o mês inteiro e passarem fome.

— E a família dele trataria isso tudo muito normal? A família toda? Até às crianças? Porque domingo passado almocei com todos eles. São 6 irmãos e 8 sobrinhos!

— Eu acho toda essa história da família dele meio sinistra. Quem é que só conhece a mãe aos dezenove anos?

— Thales, pare com isso. Já te contei a história que ele me contou e meu pai checou. A mãe foi abandonada quando ele e os irmãos eram muito pequenos. Ele era o caçula e não tinha quem cuidasse dele pra ela trabalhar. Ela deixou na casa da madrinha e ia buscar nos finais de semana. Depois de menos de um mês, a madrinha sequestrou ele e a mãe nunca mais encontrou, pois não tinha recursos pra procurar. Quando ele tinha 19 anos, o irmão dele que trabalha na receita federal conseguiu ter acesso ao CPF dele e assim localizar. Ele veio conhecer a mãe, mas voltou pra cidade dele porque sequestrado ou não, ele tem uma família adotiva lá. Tem pai e mãe que tem mais uma filha adotiva e 2 biológicos.

— Sim, sei dessa história toda. Mas se tem essa família adotiva maravilhosa, porque só começou a estudar com 21 anos e aqui? Deixando a filha pra trás.

— Isso não sei, nunca perguntei. Mas tudo o que pergunto da vida dele, ele me conta sem titubear. Confessa que você está é com ciúmes porque semana que vem é meu noivado.

— Claro que estou. Você é minha irmãzinha e estou te perdendo.

— Não está me perdendo. Gustavo nunca me impediu de sair com vocês. E quando papai não me deixava sair, ele mesmo se oferecia pra sair conosco pra eu ter liberdade.

— Tá bom. Ele é o príncipe encantado. Não quero que você se machuque. Se ele te ferir de alguma forma, lembre—se que meu companheiro e eu somos cirurgiões. Vou desmembrar ele com requintes de crueldade!

Bianca riu e bagunçou o cabelo dele. Depois voltaram a brincar e conversar sobre coisas menos sérias.

No bar, vendo o namorado quase noivo dançando, pediu uma dose de tequila. Precisaria de beber algo alcoólico, mais do que a meia taça de champanhe que bebeu na formatura. Precisava tomar coragem para encerrar aquela história de vez.

Bebeu a tequila e não achou que tinha um gosto tão ruim. Pediu mais uma e tomou coragem pra ir buscá—lo na pista.

Dançou um pouco com ele, colou seu corpo ao dele e se soltou bastante, esfregando a bunda em seu pau, percebendo uma ereção. Sorriu. Era hora de mostrar a primeira loucura que fez por ele naquela manhã, antes da formatura.

Levantou o braço e o acariciou, depois o beijou.

— Quero lhe mostrar uma coisa que aprontei.

— O que você fez?

— Tatuei seu nome...

— Mentira! Porque você fez isso?

— Queria que você soubesse que está gravado em mim. Mais do que em meu coração.

— Deixa eu ver!

— Não dá pra mostrar aqui.

— Puta que pariu, Bianca. O que você fez?

Bianca o puxou pelo braço, acenou para os amigos e saiu da boate. Entrou no carro novo pelo lado do passageiro, entregando as chaves pra ele.

— Não quer dirigir o bebê novo que papai deu de presente de formatura?

— Tomei duas tequilas no bar. Não me arrisco...

— E vou dirigir pra onde?

Bianca passou pra ele um endereço e baixou a cabeça envergonhada.

— Isso é um hotel de luxo.

— Aluguei uma suíte para termos privacidade.

— Porque?

— Porque minha tatuagem é íntima. Tinha que fazer num lugar onde papai nem meus clientes vissem.

—Esta bem.

Gustavo dirige até o hotel, e quando chegam ela entra por uma passagem privativa, sem passar pela recepção. Ali ele entende que ela planejou tudo com muito cuidado, como ela sempre fazia tudo a que se referia na vida dela.

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