NovelToon NovelToon

A CEO FALIDA E O JOVEM MAFIOSO

Apresentações dos personagens principais

Oi, eu me chamo Lyana Mancini, bom, eu vou contar uma pouquinho  da minha história,  eu sou uma italiana de 22 anos, formada em administração de empresas, sou uma pessoa gentil com todos ao meu redor, mas não gosto muito que me toquem por isso alguns me chamam arrogante, e a preocupação com o pensamento dos outros? Claro que é zero.

Eu não tenho namorado e nem vontade de namorar, não gosto de festas e nem sei dançar, mesmo tendo 22 anos eu ainda sou virgem, isso porque eu estudei num colégio católico e as professores diziam que os homens parecem feras quando estão fazendo essas coisas, machucam as mulheres e as fazem gritar de forma assustadora, eu nem quis saber se era verdade ou não, melhor prevenir do que remediar.

Eu tenho duas irmãs, Michele e Mariana, elas são gemias, duas doidinhas, elas saem pegando todo mundo, as vezes nem olham se é homem ou mulher, elas arrastam tudo kkk, como sou a única com a cabeça no lugar, eu tive que assumir a empresa do meu pai, Lourenço Mancini, ele foi assassinado há 3 meses, só falta saber quem foi o mandante do crime, porque o executor foi assassinado logo depois do serviço, queima de arquivo.

Devido às escolhas erradas do meu pai, o grupo Mancini está prestes a sumir do mercado, ele era um gigante no ramo da tecnologia, não só na Itália como também em outros países, mas hoje só resta dívidas e pessoas me perseguindo querendo o pagamento, eu nem tenho máquina de fazer dinheiro rsrs.

A nossa mãe não aguentou ver o meu pai bebendo e saindo com outras mulheres todos os dias e foi embora, ela está quase certa, só não está porque se esqueceu de levar consigo os seus três pinguinhos de gente, eu tinha 6 anos na época, mas ainda me lembro que ela nem se quer olhou para trás e isso me machuca até hoje, nunca quero ser mãe, eu tenho medo de ser igual a ela.

Bem, a minha vida se virou de cabeça para baixo, de patricinha rica e um pouco mimada, praticamente me tornei mãe de duas desmioladas, que apesar de já terem 20 anos só se metem em confusões, trabalho o dia inteiro na empresa e a maioria das noites passo rodando a cidade a procura das meninas, todo dia é um B.O diferente, só Deus na minha causa.

Olá, eu sou o Rafael Smith, eu tenho 27 anos e sou formado em medicina, porém eu nunca exerci a minha profissão, sou o caçula de uma família muito conhecida, não só na Itália, como também em outros países, somos em três, dois homens e uma mulher,  apesar de ser o mais jovem, fui encarregado de ficar a frente dos negócios da minha mãe, eu sou o novo capo da máfia italiana e também o CEO do grupo Smith, temos uma rede de casinos, boates, hospitais e muito mais, por isso vivo estressado, sou grosso com todos e não gosto de muita bajulação.

Não tenho namorada, na verdade eu nem tenho paciência para lidar com elas, algumas só servem para me satisfazer sexualmente, não quero me casar, eu sou mafioso, um cruel assassino e não me acho no direito de construir uma família.

 O meu pai não aguentou o fato de minha mãe ser uma mafiosa e simplesmente nos abandonou, acontece que a dona Sandra sempre foi uma mulher perigosa, ela é descendente de uma família de assassinos de aluguel, até que os meus avós foram assassinados, bem na frente de minha mãe, a minha rainha ficou tão revoltada que se aliou aos mafiosos e saiu mantando todos que corroboraram com o assassinato dos meus avós.

O tempo passou e dona Sandra se casou e teve três filhos, mas nunca deixou a máfia, mas agora ela está doente e nisso eu fiquei com a árdua tarefa de comandar com mãos de ferro todo o império que ela construiu.

A minha irmã Suely, tem 29 anos e vivi uma vida simples, é apenas uma secretária numa empresa de  tecnologia, bem longe do domínio da mamãe, já o meu irmão, o Pietro, é um mulherengo de 32 anos, ele humilha as mulheres, pega muitas e não é fiel a ninguém, sendo assim não serve para ser capo da máfia, já que ele não inspira confiança.

Minha vida é bem complicada e por vezes já pensei em desistir de tudo e simplesmente sumir no mundo, mas não faço, pois a minha mãe é a minha vida e eu jamais a machucaria.

DECLARANDO FALÊNCIA

♡LYANA NARRANDO♡

Estou no meu escritório, lendo alguns documentos, a cada palavra lida é uma pontada no meu peito, e dinheiro que é bom? Nada, aqui só tem contas e mais contas, isso me faz perceber que é realmente o fim.

—Eu sinto muito papai, mas eu não consegui reerguer a empresa-falo comigo mesma enquanto seco as lágrimas que insistem em cair, mais um processo, mais uma perda e menos dinheiro nas contas bancárias da empresa.

Nesse momento alguém bate na porta, seco as minhas lágrimas, retoco o meu batom e só depois autorizo a entrada do visitante, nessa hora Nick entra, muito triste e segurando alguns papéis.

Ele é o meu secretário e também um grande amigo da família, ele é muito bonito, mas parece que jogamos em times iguais rsrs, o importante é manter a amizade e a ética no trabalho.

—Manda a bomba de hoje, sei que pra mim só aparece problema mesmo-falo e logo abro um pequeno sorriso.

—Odeio quando você tem razão-disse ele sorrindo e logo sentou-se numa cadeira bem na minha frente.

Muito receoso, Nick me entregou os tais documentos, havia uma ordem de despejo, eu fico transtornada com aquilo.

—Você está tentando me dizer que nós temos um mês para desocupar um prédio que é da família Mancini? Até onde sei esse lugar é meu e das..

Parei de falar abruptamente, isso porque encontrei dentre os papéis um documento de compra e venda, o meu pai era um infeliz viciado em jogos de azar, que não pensou na família em nenhum momento, as minhas irmãs e eu só herdamos dívidas, que inferno!

Vendo o desespero estampado em meu rosto, Nick foi pegar um pouco de água para mim, o líquido está frio, mas desce queimado a minha garganta, deve ter se misturado com o ódio que estou sentindo agora, eu estou falida e ainda preciso lidar com duas patricinhas viciadas em gastar dinheiro.

—Acho que esse foi o golpe final Nick, a história da família Mancini acabou, organize uma reunião com os funcionários da empresa e também com os poucos colaboradores que ainda estão conosco, será no refeitório dentro de uma hora-falo e daí forço um sorriso, estou destruída, mas não posso chorar na frente dos outros, nem todos entendem os meus motivos.

Nunca fui uma garota superficial, dinheiro é bom, mas não é tudo, essa empresa era do meu bisavô e ficou na família por mais de um século, então o fato dela ter sucumbido justo sob o meu comando causa em mim um grande aperto no peito, eu falhei.

O Nick sai sem dizer uma palavra, conhecendo o meu amigo, ele deve ter ido primeiro no banheiro, fechou a porta e está chorando,  ele é uma montanha de músculos, 1, 82cm de pura beleza, mas no seu íntimo o Nick é tão frágil quanto uma criança de 3 anos rsrs.

Estando sozinha no escritório deixei as lágrimas caírem sem parar, preciso me livrar do aperto no peito, após me acalmar um pouco, começo a ler os outros documentos trazidos por Nick.

—Queria lembrar do teu sorriso, do abraço que você me deu antes de sair de casa naquele maldito dia, mas a todo momento me surgem problemas, contas e processos intermináveis, assim é impossível não sentir raiva de você-murmurei enquanto olho para a foto do meu pai num quadro na parede.

Me sentindo sem saída, eu liguei para o Nick e mandei ele colocar a venda todos os bens deixado pelo senhor Lourenço.

—Sabe aquele papo de viver na Itália para sempre? Esqueça, França, aí vou eu-falo sozinha e daí comecei a arrumar algumas coisas, só ocupei o cargo de CEO do grupo por 3 meses, mas já estou mentalmente cansada.

Algum tempo depois enfim o Nick veio me avisar que todos já estavam a minha espera, então eu logo segui para o refeitório.

Nick mandou tirar todas as mesas e cadeiras, são 165 funcionários, todos olhando para mim com olhares complicados, fico no centro deles e após tossi levemente eu logo começo a falar.

—Bom dia à todos, vocês bem sabem que já tem um tempo que estamos passando por problemas financeiros, hoje descobri que até mesmo esse prédio não pertence mais ao grupo Mancini, então, antes que as coisas se complique ainda mais, eu, Lyana Mancini, declaro falência do grupo Mancini, eu sinto muito.

Enquanto eu falo os meus olhos percorrerem o ambiente, vejo muitas pessoas chorando, não com pena de mim claro e na verdade eu nem queria isso, mas de preocupação, é tão difícil arranjar um bom emprego.

Deixo o Nick resolvendo tudo e vou para casa, eu preciso conversar com as meninas, elas com certeza irão chorar, mas não pelo mesmo motivo que eu e sim com saudades do dinheiro que elas esbanjam em bares, boates e shoppings.

Quase uma hora depois enfim cheguei em casa,  sentei-me no sofá da sala, tirei os meus sapatos e comecei a fazer uma massagem nos meus pés doloridos,  nessa hora Nana apareceu ali e disse:

—Boa tarde senhorita Lyana, que bom vê-la, as meninas estão no quarto, não sei o que está acontecendo lá dentro, mas a choradeira é grande-disse ela com uma calma que me tira do sério, ela entrou aqui para ser apenas uma babá, mas eu a vejo como a minha mãe.

Já bastante irritada com as meninas, subi as escadas correndo, Nana vem atrás de mim tentando me acalmar, ela é a mãe que eu precisava, o meu porto seguro, mas daí tem a dupla de doidas e nisso vivo estressada e acabo me afastando de Nana.

Pensando nisso, parei de correr feito uma louca, abracei Nana e disse:

—Eu te amo muito, me desculpe por te deixar tão sozinha, desde que as minhas irmãs viraram adolescentes eu não tenho mais paz, depois da morte do papai, tudo se acentuou, tive que dispensar 165 trabalhadores, o grupo Mancini simplesmente sucumbiu, mandei o Nick vender tudo e daí pagar os direitos trabalhistas de todos funcionários, as meninas aprontaram com certeza, então hoje eu não estou bem, por isso eu preciso de você ao meu lado, você é a mãe que eu e as minhas irmãs precisamos, eu te amo mamãe-falei em prantos enquanto sentia o seu cheiro, a minha mãe é a melhor.

—Ei fique calma querida, tudo vai ficar bem, eu amo muito vocês e nunca irei me afastar-disse ela também chorando.

Após acabar aquele momento de crise de choro, sequei as lágrimas e daí entrei no quarto, Mariana estava sentada numa poltrona de couro branco no canto esquerdo do quarto, já Michelle estava sentada no chão e chorando muito.

—Alguém pode me dizer o que está acontecendo aqui-perguntei zangada, mas já sentindo o ar ficar pesado de repente, é algo complicado com certeza.

EU VOU CASAR

♤RAFAEL NARRANDO♤

Batidas frenéticas na porta, quebram o silêncio que tanto preso, eu bebo um gole do café frio que ainda está sob a mesa, me ajeito na cadeira e logo autorizo a entrada, é Jaqueline, a minha secretária.

—Boa tarde senhor Rafael, eu trouxe alguns documentos que precisam da sua assinatura-disse ela e logo me entregou os papéis

Ela se inclinou tanto que os seus seios quase pulam fora da blusa, Jaqueline estava tentando me seduzir, eu tive vontade de rir da cara dela, mas sou um homem de princípios e jamais faria tal coisa.

Peguei a caneta e assinei tudo rapidinho, mandei Jaqueline sair do escritório pois precisava fazer uma ligação importante, antes de sair, Jaqueline se aproximou de mim e disse com uma voz melosa:

—Amanhã é feriado e estaremos de folga, se você quiser a gente pode sair para se divertir, eu iria adorar-disse Jaqueline já bem perto de mim.

Ela é uma ruiva muito bonita, 1, 65 de pura beleza, mas não faz o meu tipo. Tossi levemente e logo a respondi:

—Eu não gosto de misturar as coisas, além disso, amanhã é dia de visitar a minha mãe no hospital, sabe como é, a minha mãe vem em primeiro lugar-falei e fui logo me afastando dela, Jaqueline é muito bonita, mas é superficial demais e isso me deixa enjoado.

A mulher apenas acenou positivamente e daí saiu do escritório, nessa hora eu peguei o meu celular e logo fiz uma ligação, liguei para o Pietro e ninguém atendeu, então resolvi ligar para Suely, essa não larga o celular e por isso atendeu rapidamente.

—Oi Rafa-disse ela com uma voz embargada, talvez esteja chorando.

—Oi irmã, é impressão minha ou você andou chorando?-perguntei Já sentindo o meu sangue ferver, ninguém faz a minha família chorar.

—Eu estou voltando para casa, a empresa que trabalhei por 5 anos faliu, vou aí me embrenhar nesse ninho de cobras-disse Suely me fazendo sorrir, ela estava se referindo a minha tia e a nossa prima, a Raquel.

—Amanhã é dia de visitar a mamãe, ela vai gostar de te ver-falei fazendo ela soltar um longo suspiro.

Mamãe está com câncer em estado terminal, isso me deixa sem saber o que fazer, essa é a pior sensação que existe, saber que ela vai partir a qualquer momento me faz querer ir primeiro só para não sentir a dor de sua partida.

—Eu amo muito vocês, mas essa vida não é para mim, mamãe mesmo estando doente é muito insistente, você vai vê, daqui a pouco a dona Sandra surta e obriga a gente a casar, poxa, eu nem gosto de homens e nem tenho namorada, então desse mato aqui não sai cachorro, então a bomba vai cair no seu colo-disse ela e logo sorriu de forma calorosa.

Continuamos a falar ao telefone por um tempo, enfim chegamos a um acordo, Suely vai comigo visitar a mamãe, liguei para o Pietro e após o telefone tocar pelo menos 10 vezes enfim ele atendeu:

—Diz aí-disse ele me deixando irritado, ele estava alcoolizado.

—Amanhã vamos visitar a mamãe, nós precisamos nos unir para convencê-la a voltar para casa, não faz sentido ela ficar ali sozinha-falei e logo encerrei a chamada.

Eu sinceramente não tenho paciência para lidar com as criancices de Pietro.

Nesse momento, o meu telefone tocou, era o assessor da mamãe, já pensando mil coisas, atendi rapidamente:

—Oi Felipe, aconteceu alguma coisa com a minha mãe?-perguntei nervoso Já sentindo um aperto no peito.

—A sua mãe está muito mal, ela solicita a sua presença aqui agora mesmo-disse ele me deixando ainda mais nervoso.

“As coisas vão se complicar por aqui”, pensei enquanto procurava as chaves do meu carro e daí saí rapidamente do escritório.

Sai correndo da empresa, entrei no carro e os seguranças sempre na minha cola, vivo na corda bamba, machuco pessoas todos dias, mas tenho medo da morte,  isso parece uma piada sem graça.

Muito nervoso, dirigi feito um louco, ao chegar no hospital fui direto para o quarto da mamãe, abro a porta rapidamente, nessa hora os meus olhos encontram a minha mãe, tão magrinha e sem forças.

Só se passaram 5 dias após a minha última visita, nesse tempo mamãe perdeu muito peso, agora os seus olhos estão sem brilho, me esforço um pouco para esconder o medo que estou sentindo agora, mamãe está morrendo.

—Boa tarde mamãe-falei e fui logo me aninhando nos braços dela, ela me abraçou com todas as suas forças e deu um beijo na minha testa e nessa hora eu não aguento e daí começo a chorar.

—Vamos para casa mamãe, eu vou tirar umas férias e daí eu cuido da senhora, por favor fique comigo-falei e daí dei um beijo no rosto dela.

Embora eu esboçasse um sorriso, meu coração está doendo muito, mamãe deu um sorriso fraco e disse:

—Você precisa ser forte filho, eu te chamei aqui porque eu quero te pedir uma coisa-disse ela com uma voz fraca, ela parece estar com dificuldade para respirar.

—Não se esforce tanto, eu vou ficar aqui com a senhora e quando a senhora tiver melhor daí a senhora faz o seu pedido-falei e logo arrastei uma cadeira e sento-me bem perto da minha mãe e seguro a mãozinha dela, mamãe definhou em tão pouco tempo que isso me deixa intrigado, maldito destino.

Mamãe balança a cabeça negativamente e diz:

—Não há o que esperar, os conselheiros ameaçaram tirar a nossa família da máfia, querem lhe dar funções secundárias, tudo isso porque nós não temos uma boa estrutura familiar, eu mandei cobrar algumas dívidas antigas...eu quero que você se case com umas das mercadorias e dê continuidade ao meu legado, por favor meu filho-disse mamãe pausadamente, ela estava chorando e aquilo acabou comigo.

Apenas balancei a cabeça positivamente, nem tive tempo de dizer nada, os aparelhos que estão conectados à mamãe começam a apitar sem parar, chamei os médicos e enfim eles conseguiram estabilizar a minha mãe, ela foi sedada e parece estar bem.

Nesse momento o médico me chamou, ele me explicou que a dona Sandra só ainda está viva por que ela é muito forte, mas os seus dias estão contados, muito triste eu coloquei uma mensagem no grupo da família.

“Boa tarde, eu estou aqui no hospital, a mamãe está muito mal, ela pode morrer a qualquer momento, por isso eu preciso de vocês, por favor venha para cá, não quero passar por isso sozinho.”

Após escrever a mensagem, deito-me perto da minha mãe, encosto a minha cabeça em seu peito e fiquei ali conversando com ela:

—Ei dona Sandra, trate de ficar firme, pois eu quero que a senhora assista ao meu casamento, não serei hipócrita de dizer que eu estou feliz com isso, mas eu vou casar, cumprindo assim o teu último desejo.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!