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Casamento Por Conveniência Com O Viúvo Perverso

Adriano Vasconcellos

Eu sou Adriano Vasconcellos, atualmente estou com 34 anos, tenho uma filha de 9 e sou viúvo a quase 4 anos.

Escolhi essa foto para me apresentar, pois ela é a que estou com um ar mais natural, ou melhor dizendo, estou sorrindo e as pessoas acabam se assustando antes de saber o porquê me tornei assim, sem graça, sem vida. Eu não era sempre assim. Essa foto, eu me lembro bem o dia. Era o dia que viajei com a minha Rafa para os Estados Unidos. Foi quando disseram que a Cathy havia acordado e todos foram as pressas para lá. Estava conversando com um conhecido quando a Rafa tirou essa foto e ela disse que era a preferida dela. Já faz algum tempo mas eu não mudei muito. Apenas a minha barba está maior, os meus cabelos também não estão lá essas coisas e o meu sorriso não existe mais.

Vou contar uma parte da história e a restante deixarei por conta da autora.

Eu conheci a minha falecida esposa ainda na adolescência, me casei com a Rafaela antes de entrar na faculdade há 13 anos, muito jovens ainda mas sabíamos exatamente o que queríamos. Éramos muito felizes juntos, viajávamos, íamos a festas, fazíamos piadas, brincávamos muito com as outras pessoas nos divertimos muito. Ela era a minha vida. Ela foi a minha primeira mulher e eu o primeiro homem dela e foi assim que construimos um amor indestrutível.

Quando ela me contou que teria a nossa filha, eu me senti o homem mais feliz do mundo. A Júlia foi a melhor coisa que fizemos juntos.

Cerca de 4 anos atrás, ela estava indo buscar a nossa filha na escola, quando foi atingida por um veículo em alta velocidade de dois traficantes que fugiam da polícia. Não acreditei que era a minha esposa até ver com os meus próprios olhos. O meu mundo acabou ali.

Os bandidos foram presos, mas a minha alegria de viver acabou. Eu não vivo, eu existo.

Ainda estou nesse mundo por causa da Júlia. Ela precisa de mim, pois já não tem a mãe.

Para aplacar a minha dor, trabalhei dia e noite e ampliei a minha empresa que hoje é número um do país.

Por causa desse trabalho duro, a minha filha acabou ficando em segundo plano e eu nem percebi.

Contratei babás para cuidar dela, mas algumas, me parece que leem demais romances entre patrão e empregadas, pois já encontrei na minha cama peladas. As demiti na hora e por fim, contratei uma senhora de quase 50 anos que cuida direitinho dela para mim, mas ainda assim sei que ela não está feliz, pois o olhar nunca mais foi o mesmo, assim como o meu.

A minha irmã, Dandara, e a minha prima, Cathy, vivem me enchendo o saco para dar a volta por cima e encontrar alguém para me casar, ser feliz de novo, mas isso não será possível, pois a Rafaela era o meu mundo e ela se foi e me levou junto dela. Nunca mais tive outra, nem para sexo. Virei um verdadeiro celibatário, fiel a minha falecida esposa.

Muitas mulheres que entram na minha empresa para trabalhar ou alguma representante administrativo de outras empresas sempre dão em cima de mim, mas eu deixo bem claro que não quero ninguém, tanto que agora eu dou preferência para contratar homens para a minha empresa, no andar do meu escritório não existe nenhuma mulher trabalhando. A Rafa é a única na minha vida. O meu amor todinho é dela e da minha filha, embora eu a tenha negligenciado nos últimos tempos, foi para ampliar o nosso patrimônio.

O meu assistente pessoal é o Marcos. Ele é muito competente e não preciso ficar pedindo para ele fazer as coisas. Detesto ter que mostrar o que as pessoas tem que fazer, cada um tem que saber das suas obrigações e ele é o tipo de funcionário que sabe bem o que eu quero e o que deve ser feito.

Sou exigente, gosto de tudo perfeito e impecável. Principalmente agora com as novas empresas mundo afora que consegui parceria, não posso deixar nada passar batido, por isso tenho os melhores funcionários e aqueles que fazem corpo mole ou que fazem trabalho mal feito eu não me importo em demitir por justa causa. Eu sei o quanto lutei para conseguir o que tenho. Bom, na verdade a empresa era do meu avô e foi me passada há um tempo e eu consegui que ela se tornasse ainda mais conhecida e requisitada.

Os meus avós, embora bastante debilitados, ainda estão vivos. O meu pai e a minha mãe também estão muito vivos, bem de saúde e uns intrometidos na minha vida pessoal.

Eles querem me forçar a esquecer a Rafaela. Eu não posso, não vou e não quero esquecer a minha esposa.

Quem eles pensam que são para querer me fazer esquecer de quem eu mais amo nessa vida?

Essa é a minha filha, Júlia. Ela é o motivo pelo qual não me juntei a minha esposa ainda. Se não fosse por ela não estaria mais aqui.

Ela é linda, inteligente, esperta, mas percebi que está faltando alguma coisa e tenho certeza de que é a mãe. A mesma pessoa que faz falta para mim.

Estive pensando e acho que vou deixar que ela passe um tempo nos Estados Unidos com a Dandara. A Beatriz e o Daniel são os filhos gêmeos dela e estão com quase três anos. Ela vive me pedindo para deixar a Júlia passar as férias lá com ela, e acho que vou permitir. Vai ser bom para a Júlia, mas não sei como será para mim.

As férias ainda serão daqui a dois meses, então tenho tempo para pensar e tomar a melhor decisão.

A babá, dona Irene, é muito carinhosa com a minha filha, vou pedir que ela vá com a Júlia para os Estados Unidos, caso eu decida pela ida dela.

Recentemente tenho tentado ir para casa todos os dias e percebi que a minha filha está mudando. A puberdade está aí e eu não sei como lidar com isso. Sinceramente, não sei como lidar com isso. Seria muito bom se a mãe estivesse com ela para a instruir quanto as coisas que acontecem no corpo das meninas e sobre questões sexuais Isso não é coisa para homem resolver. Acho que a babá vai ter que ajudar

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Isabelle Garcia

Eu sou Isabelle Garcia, primeira filha de Celso Garcia, magnata do café do estado de São Paulo. Acabei de fazer 18 anos, sou uma recém formada do Ensino Médio. Tenho uma irmã mais velha, Juliana, 21 anos, que é filha da minha mãe Vilma, 38 anos, com outro cara que ela conheceu, engravidou e depois a abandonou, mas o meu pai assumiu mãe e filha e deu o nome dele para as duas. O Bernardo que é o meu irmão caçula, de 15 anos e ainda tenho os meus melhores amigos, a Carol e o Augusto que são como meus irmãos e um menino de quem eu gosto, Caio.

Hoje é mais um dia horrível, pois estou trancada no meu quarto, impedida pelo meu pai de sair. Aconteceram umas coisas na festa de formatura que deixou o meu pai possesso de raiva e ele me trancou dizendo que eu só saio quando encontrar um marido para mim. Ele disse que ninguém vai me querer depois da noite da formatura, mas que vai tentar limpar o nome dele que eu sujei.

Estou a 3 dias trancada, se não fosse por Dirce me trazer comida e água, acho que nem isso os meus pais fariam por mim.

Não consigo comer, tudo o que ela traz volta para a cozinha intacto. O meu pai não acredita em mim, quando eu digo que não aconteceu nada, mas acredita na Celina, que é a filha de um dos acionistas da empresa exportadora de café do meu pai.

Vou contar como tudo aconteceu ...

Era uma sexta feira e estávamos numa correria louca, juntamente com a Carol, Augusto, Caio, Celina e Brenda, eu era parte da comissão de formatura.

Estava quase tudo no pronto, pois no sábado não teríamos tempo para organizar mais nada. A ornamentação estava quase pronta, o buffet estava ok, os fotógrafos também, o DJ, as bebidas, tudo certo, mas a Celina criou um auê quando a ornamentação não saiu da forma que ela queria e disse que teríamos que dar um jeito nisso. Eu não via nenhum problema com a ornamentação, mas ainda assim ela deu o maior piti e tivemos que acrescentar umas coisas exóticas e tirar outras. Ficou muito estranho, mas se fosse para ter paz eu faria, pois estávamos esgotados.

No sábado depois de uma cerimônia realizada pelo colégio que estudei a minha vida toda, nos dirigimos para a festa que seria realizada num hotel do pai da Celina, o que nos economizaria uma nota, pois queríamos aproveitar o que sobrasse para uma viagem da turma. Era também o meu aniversário e eu estava feliz por completar meus 18 anos.

Estava quase tudo perfeito, mas a Celina sempre dava um jeito de estragar tudo com as reclamações.

Ela me disse que tinha uma entrega e que ela não iria receber que estava muito ocupada, que eu fosse lá fora para receber a tal entrega.

Eu fui, mas quando cheguei na porta, dois homens me agarraram e cobriram a minha boca, dizendo que se eu gritasse me matariam. Eu vi a arma na cintura de um deles e tive muito medo.

Eu fui levada para um dos quartos do hotel, me deram uma bebida, que tinha certeza que estava batizada, fui obrigada a beber e enquanto eles estavam discutindo e dizendo que seria fácil porque eu era muito fraca eu acabei desfalecendo.

Augusto e Carol sentiram a minha falta e vieram me procurar, mas quando chegaram, Celina já estava na porta do quarto com o fotógrafo e uma das maiores fofoqueiras da escola, Brenda.

Essa aí é filha do dono de uma das revistas de fofoca mais lidas de São Paulo e faria da minha vida um inferno.

Eles só me contaram que eu estava nua e os dois homens também. Os homens eram procurados pela polícia.

Eu estou perdida porque eles pensam que eu saí da festa para dar para dois homens ao mesmo tempo e pior, são dois foras da lei.

O meu pai me bateu, me xingou muito e me trancou aqui.

Estou sem celular, sem computador, sem TV e sem os meus amigos.

O que Caio pensa de mim? Eu não sei.

Era o dia do meu aniversário e o que eu recebi de presente foi o pior dos desgostos.

De uma coisa eu tenho certeza, eles não me tiraram a virgindade, pois me disseram que a gente sente dor na região por um tempo e a minha ppk está normal.

Só tenho nojo porque eu sei que me tocaram.

O meu pai bem que poderia ter acreditado quando eu disse que não conhecia aqueles homens, que fui uma vítima, mas ele não me apoiou, não esteve do meu lado e me tratou pior que um cachorro.

Dirce me contou que ele está procurando por um marido para mim, mas que não conseguiu ainda e que vive xingando. Ela tenta me acalmar pedindo para que eu seja forte e que o meu pai vai mudar de ideia. Ela também não acreditou em mim, não sei o que fazer, acho que todos eles são loucos.

Eu sempre fui uma boa filha, boa aluna, sempre tirei as melhores notas na escola e sempre liderei grupos para estudos.

Sempre tive o sonho de fazer faculdade de direito, mas depois do que estou vivendo eu tenho certeza de que é isso que eu quero estudar, mas não para advogar, quero me tornar uma delegada. Quero acabar com essas pessoas que armam, que destroem as vidas das outras. Quero ver pessoas, como essas que fizeram isso comigo, apodrecerem na cadeia.

Depois de um tempo pensando em quem poderia ter feito isso comigo, é óbvio que eu sei que foi a Celina, ela sempre foi invejosa e quis tudo o que eu tenho. Não me espanta que ela escolheu até o lugar com tudo já armado. Eu juro que um dia ela vai pagar pelo que estou passando agora.

Depois de um tempo não aguento o meu corpo cansado e dolorido pela surra que o meu pai me deu, adormeço mais uma vez sem tomar banho.

Queridos leitores, essa é a nossa mocinha, me dizem aí que o que acharam dela.

O Natal se aproxima

Adriano Vasconcellos

Os meses passaram muito rápido, a minha filha foi para os Estados Unidos e está amando passar os dias com a Dandara, a minha irmã, e os gêmeos. O Natal está próximo e eu não vou passar em família, não quero e decidi não comemorar por mais um ano. Os meus pais e avós ficaram tristes quando disse isso, mas eles tem que respeitar a minha dor. Prefiro ficar em casa, sem ninguém por perto, sem decorações ou músicas de Natal. Não quero nada disso. Eles vivem me enchendo o saco querendo que eu me case e arrume alguém para me ajudar a cuidar da Júlia.

A Rafaela era uma louca por festas, aniversário, Natal, ano novo e eu sofro muito quando essas datas se aproximam.

Estava no meu escritório na terça feira quando recebi uma ligação de um antigo amigo, o Celso Garcia. Ele pediu uma reunião e não vi porque não me reunir com ele. Marcamos para nos encontrarmos na empresa as 18 horas pois nessa época está tudo tranquilo sem ninguém por perto e é uma paz muito grande.

Marcos bateu na minha porta para anunciar a chegada do meu amigo.

Adriano: Entra.

Celso entrou e veio até mim.

Celso: Como vai meu velho amigo?

Adriano: Sobrevivendo. Sente-se e me diz: A que devo a honra dessa reunião de última hora?

Celso: Tem um Whisky? A conversa é longa ...

Adriano: Claro. - me dirigi até o bar e coloquei dois copos de whisky puro. Acho que precisamos muito disso.

Celso: Obrigado.

Adriano: Pode começar a falar. Precisa de dinheiro?

Celso: Não, não... não é isso. A coisa é mais séria.

Adriano: Está me assustando.

O Celso é na verdade um sócio do meu pai. A convivência nos permitiu sermos conhecidos. Nos conhecemos a vida toda, mas depois que assumi a presidência da empresa não tive muito tempo e acabamos não nos vendo mais.

Me surpreendeu receber a ligação dele agora, véspera de feriado, quase Natal era para que ele estivesse viajando com a família.

Celso: Eu soube que a Rafaela faleceu.

Adriano: Se veio aqui para me lembrar a minha dor, pode ir embora. Não quero falar da minha esposa.

Celso: Desculpa, não foi a minha intenção.

Adriano: Então não toque mais no nome dela.

Celso: Sinto muito.

Adriano: Se não veio falar dela então fala logo o que quer.

Celso: Quero que se case com a minha filha.

Adriano: Como é que é? - Me levantei assustado. Como assim, casar do nada?

Celso: Não precisa ser sua esposa de verdade, é só para não... - respirou fundo e percebi que ele também estava aflito. - ela se perdeu, Adriano. Eu não quero que o meu nome vá para a lama, você sabe que se ela sair na rua agora será apontada e a minha empresa já está perdendo muito dinheiro por causa da irresponsabilidade dela. Nas manchetes e redes sociais falam somente do que houve com ela.

Adriano: Não. Eu não vou fazer isso.

Celso: Eu conversei com o seu pai e ele disse para...

Adriano: Eu disse que não aceito e ponto final, e o meu pai não tem nada a ver com a minha vida.

Esse cara folgado, acha que pode vir aqui e exigir que eu me case com uma mulher que se perdeu para limpar o nome dele? Que cara ousado!

Celso: Por favor, eu imploro. Te passo metade do que eu tenho. Ela é uma menina ainda....

Adriano: Se ela é uma menina é a sua responsabilidade cuidar dela para que ela não se perca. Se aconteceu, quem deve se casar com ela é o cara quem dormiu com ela e não eu.

Celso: O cara é um delinquente, está preso por tráfico. Eu não sei mais o que fazer.

O cara deixou a filha dele dar para um delinquente e eu quem tenho que consertar a cagada dele. Ele é mesmo muito folgado.

Adriano: Procure outro trouxa para isso, eu não vou me casar com a sua filha e ponto final.

Celso: Tudo bem, Adriano. Eu já imaginava que você também não iria querer a minha filha. Só o procurei porque sei que é um cara honesto e discreto, mas foi muita ambição da minha parte pensar que poderia dar certo. Eu já vou indo. Até logo.

Confesso que ver o Celso sair daquele jeito do meu escritório me deu uma sensação muito ruim. Eu também sou pai, mas eu não tenho responsabilidade pelos erros da filha dele. Não vou me casar com ninguém para limpar o nome dela.

Depois que Celso saiu, dispense o meu assistente e fui para a minha casa, tomei um banho, comi um sanduíche e fui me deitar.

Fiquei horas lembrando do que o Celso me disse.

Ele falou que eu também não ia querer a filha dele....

EU TAMBÉM... EU TAMBÉM...

O que isso quer dizer? Ele já foi atrás de outras pessoas que disseram não? Ninguém vai aceitar se casar com ela, principalmente com ele a expondo da forma que ele fez para mim. Oferecendo dinheiro para que me case com ela, apesar de que não seria nada mal adquirir outros bens, mas é demais para mim. Não. Não vou fazer isso.

Isso não é da minha conta. Preciso dormir.

Dormi profundamente e sonhei com a minha doce Rafaela. No sonho estávamos felizes e caminhando no sítio. No fim ela dizia que eu não sou uma pessoa ruim, que preciso seguir o meu coração, ser generoso como sempre fui.... Mas o meu coração não diz nada.... o meu coração é vazio e frio como gelo. O meu coração morreu junto com ela.

Acordei e fiquei pensando no que a Rafa me disse no sonho, pensei também no que o Celso me disse. Será que eu devo ajudar? Foi isso que ela quis dizer?

Eu só não quero mais problemas. A Júlia ficaria triste demais se tivesse outra pessoa no lugar da mãe dela.

Mas pensando bem, o Celso é um homem decente, responsável e muito competente. Talvez ajudar não seria tão ruim. Talvez a Júlia possa gostar de ter alguém para instruir, que não seja a babá.

Não sei o que me deu, mas a minha mão, involuntariamente, pegou o telefone e ligou para o Marcos.

📳

Marcos: Sim, Sr.

Adriano: Liga para o Celso. Diz que concordo e que ele deve preparar tudo para hoje a tarde. Prepara para mim um contrato de 2 anos de casamento por conveniência com a filha dele.

Marcos: Sim, Sr. Mais alguma coisa?

Adriano: Não.

📴

Depois de cinco minutos o meu celular tocou, era o Celso.

📳

Adriano: Pronto.

Celso: O Marcos me ligou, você está mesmo disposto a fazer isso?

Adriano: Sim. Deixe tudo pronto. A tarde vamos passar no cartório. Ela pode ficar na minha casa enquanto a papelada não sair. Diz que eu quero assim.

Celso: Certo. Obriga...

Não deixei ele terminar de falar. Não sei nem porque eu aceitei isso. De verdade eu não quero nada disso, mas não consegui falar não.

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