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Memórias Do Morro

Capítulo 1: Despedida da Mãe

Introdução: Palavras do Autor

É com muita felicidade que compartilho com vocês a minha mais nova obra aqui na plataforma Noveltoon. Cada palavra escrita foi pensada com muito amor e dedicação para que vocês tivessem uma experiência incrível a cada capítulo.

Escrever um livro é uma jornada solitária, mas quando vocês se envolvem com a história, o livro ganha vida e sentido.

A sua interação e engajamento são muito importantes para mim. Os comentários e as curtidas são como um combustível que me estimula a continuar escrevendo e produzindo cada vez mais conteúdo para vocês.

Meu desejo é compartilhar minha imaginação com vocês, fazê-los sonhar, rir, chorar e sentir emoções com as minhas palavras. Então, não deixem de curtir e comentar cada capítulo, serão esses pequenos gestos que farão toda a diferença!

Conto com cada um de vocês, obrigada por estarem comigo nessa jornada literária.

Com carinho,

[Edna Maria Garcia de Souza

Então vamos lá:

Capítulo 1: Despedida da Mãe

Aquele era um dia difícil para Isadora, que se encontrava debilitada na cama, cercada por seus dois filhos pequenos. Cassandra, a mais velha com oito anos de idade, segurava a mão da mãe com tristeza estampada em seu rosto, enquanto Diogo, com apenas quatro anos, observava tudo sem entender bem o que estava acontecendo.

Isadora sabia que estava perto do fim e isso a deixava muito triste e preocupada com o futuro de seus filhos. Sabia que era uma mãe amorosa e dedicada, mas também tinha consciência de suas limitações, especialmente quando se tratava de enfrentar o câncer que a corroía dia após dia.

Enquanto pensava nisso, seus pensamentos foram interrompidos pela entrada de seu marido, Sebastião. Ela o olhou com amor e gratidão, sabendo que ele seria o responsável por cuidar de seus filhos depois que ela partir.

No entanto, seus pensamentos mudaram rapidamente quando ela olhou para Cassandra e percebeu a frieza de Sebastião em relação a ela. Isadora sempre soube que seu marido não tinha um bom relacionamento com Cassandra, mas agora, na iminência de sua morte, isso a deixava ainda mais preocupada.

Sebastião tentou se aproximar de Cassandra, mas ela se encolheu e continuou segurando a mão da mãe com mais força. Isadora sentiu o coração partido ao ver a filha tão triste e solitária em um momento tão difícil.

Enquanto isso, Diogo brincava com seus brinquedos no canto da sala, sem perceber a seriedade da situação. Isadora sabia que ele seria bem cuidado por Sebastião, mas se preocupava com Cassandra. Ela rezou silenciosamente para que Sebastião mudasse de atitude em relação à enteada.

Enquanto Isadora se despede de seus filhos, sua mente viaja pelos momentos felizes que passou com eles, como o primeiro passo de Cassandra ou a risada inocente de Diogo.

Enquanto os filhos estavam distraídos, Isadora se esforça para escrever uma carta para Sebastião, explicando suas preocupações e pedindo que cuide bem dos filhos. Ela colocou a carta no criado-mudo ao lado da cama, junto com algumas fotos e cartões dos pequenos.

Enquanto se prepara para fechar os olhos, Isadora recorda as palavras de sua avó: "Cada pessoa tem seu tempo na terra. O que nos cabe é encarar este tempo com coragem e amor". Com lágrimas nos olhos, Isadora sussurra uma última mensagem para seus filhos:

— Prometam-me que sempre se amarão e ajudarão um ao outro, mesmo depois que eu partir.

— Sim mamãe, eu prometo cuidar do meu irmão.

— E você Sebastião, cuide dos meus filhos eu agora deixo eles em suas mãos.

Isadora da o último suspiro, e dorme para sempre.

Cassandra entendeu que naquele momento sua mãe havia partido.

Ela ainda segurava a mão de sua mãe, lágrimas rolaram pelo rosto de Cassandra.

Ela se curvou sobre a cama e deu um beijo no rosto de sua mãezinha.

E naquela tarde de despedida, Cassandra e Diogo prometem um ao outro que sempre serão irmãos e cuidarão um do outro com um abraço fraterno entre os dois se despedindo da figura central em suas vidas para sempre.

Depois do enterro de Isadora, Sebastião voltou para casa com Diogo e Cassandra.

Aquele dia ele estava se sentindo aliviado, pois sabia que Isadora já não ia mais se recuperar.

Ela estava sofrendo demais, e ele já não tinha mais de onde tirar dinheiro para comprar remédios, pois ganhava muito pouco trabalhando de servente de pedreiro.

Cassandra estava sentada em uma cadeira, com a cabeça debruçada sobre a mesa quando Sebastião disse:

— O que você está esperando, vai preparar o jantar, já estou com fome e sei que Diogo também já deve estar com fome.

— Eu já vou!

Cassandra nesse último tempo em que sua mãe estava doente, era que cozinhava.

Com apenas oito anos, já teve que aprender a fazer muitas tarefas de uma pessoa adulta, para ajudar sua mãe.

Mais aquele dia Cassandra, não estava com vontade de fazer nada, nem fome ela sentia.

Mais ela não queria contrariar Sebastião, não aquele dia, pois já não aguentava mais ver ele brigando com ela.

Cassandra colocou arroz no fogo, feijão ela só aqueceu pois já estava cozido, fritou quatro ovos.

Colocou a comida sobre a pequena mesa de madeira.

Pegou um prato de plástico e colocou o jantar de Diogo.

— Venha Diogo, vem jantar já esfriou e só você comer, e coma tudo tá bom?

— Tá bom Tatá eu vou comer tudo.

Sebastião também sentou na mesa, dos quatro ovos que Cassandra fritou Diogo comeu um, e três ele colocou em seu prato.

Cassandra viu ele fazendo aquilo, mais não se importou ela não queria jantar mesmo.

Seu coração estava muito triste por causa de sua mãe.

Cassandra foi até o quarto da mãe, olhou para aquela cama agora vazia, novamente começou a chorar baixinho.

Ela pegou as fotos que estavam ao lado da cama, era ela e Diogo, ainda pequenos.

Cassandra viu aquela carta que sua mãe tinha escrito e começou a ler.

" Sebastião por Deus eu peço, cuide dos meus filhos com muito amor, e se você não quiser cuidar, leve os até um abrigo, mais nunca deixe que eles se separem.'

Essas foram as palavras que Isadora escreveu com muita dificuldade.

Capítulo 2: Os abusos de Sebastião

Cassandra estava se sentindo ainda muito triste com saudades de sua mãe. Como não tinha conseguido dormir direito, não acordou cedo como de costume e acabou despertando a ira de Sebastião.

Ele bateu com força na porta do quarto onde Cassandra dividia uma cama de solteiro com seu irmão, fazendo com que ela pulasse da cama assustada.

— Cassandra, você está perdendo a hora! Meu café já deveria estar na mesa — falou Sebastião com uma voz rude.

— Já estou indo preparar!

— Me faça também uma omelete para eu comer com pão.

A garota sabia que não adiantava protestar, então levantou-se e foi para a cozinha.

Sebastião, no entanto, não era nada fácil de se lidar. Ele exigia tudo perfeito e no tempo certo. Se a comida não estivesse bem temperada ou se o café não estivesse quente o suficiente, ele não hesitava em xingar e até mesmo bater em Cassandra, deixando seu corpo cheio de hematomas e vergões.

Aos poucos, os abusos de Sebastião se tornaram mais frequentes. Além de obrigar Cassandra a fazer todas as tarefas domésticas, ele também a obrigava a lavar toda a roupa da casa e a tomar conta de Diogo o tempo todo.

Cassandra se sentia constantemente sobrecarregada, pois embora ela fosse a mais velha, ainda era apenas uma criança. Ela não tinha ninguém para se abrir e contar sobre os abusos que sofria, já que suas amigas e vizinhos também passavam por situações difíceis.

Certa tarde, quando Sebastião chegou em casa bêbado e agressivo, Cassandra se trancou no quarto com seu irmão, com medo do que poderia acontecer. Ela segurou firme a mão de Diogo e tentou acalma lo quando começou a chorar, mas no fundo, ela também estava tremendo de medo.

Sebastião, o padrasto de Cassandra , era um homem alto e magro com uma barba malfeita e olhos escuros que pareciam vasculhar o interior da alma de qualquer um.

Sebastião falava muita besteira mais como estava muito bêbado não dava para entender direito o que ele falava.

Ele chamava por Cassandra mais ela fingia não estar ouvindo.

— Cassandra, vem aqui sua moleca, quero comer estou com fome.

Ele continuou a chamar por Cassandra, mais ela continuou imóvel abraçada com Diogo seu irmão.

Cassandra ficou aliviada quando finalmente escutou ele a roncar.

Agora ele estava dormindo, demoraria para então acordar.

— Tatá eu estou com fome! — Diogo exclamou choramingando.

— Fique aqui quietinho eu vou lá buscar comida para você.

Cassandra saiu do quarto com todo o cuidado para não fazer barulho, foi até o fogão e pegou um prato de sopa que tinha preparado e levou para o quarto.

Os dois comeram a sopa, e depois foram dormir.

Frequentemente, ela se lembrava da lembrança de sua mãe, que sempre dizia que ela era forte e corajosa, mas Cassandra não conseguia se sentir assim sob o controle opressivo de seu padrasto. Ela sentia falta dela todos os dias e ansiava pelo seu amor e conforto.

Mas, apesar desses sentimentos de tristeza e desamparo, Cassandra tinha uma centelha de determinação e esperança dentro dela. Ela sabia que, de alguma forma, ela precisava encontrar um caminho para escapar dessa situação e encontrar um lugar onde ela pudesse viver livremente e feliz.

Cassandra odiava o dia de domingo, pois seu padrasto não ia trabalhar, ficava o dia todo brigando e obrigando ela a trabalhar, isso quando não saia e chegava bêbado.

Ela levantou da cama ele ainda estava roncando.

Cassandra preparou o café, lavou toda a roupa e colocou no varal.

— Cassandra olha a situação dessa camisa, você deixou ela manchada.

— Me desculpe, vou tentar tirar esta mancha.

— Desculpa não vai me trazer outra camisa menina descuidada.

Sebastião deu um tapa muito forte nas costas de Cassandra, fazendo ela desequilibrar e bater o nariz na ponta da mesa que logo começou a sangrar.

— Tatá você está com sangue no nariz.

— Vai logo lavar este nariz, e tenta tirar esta mancha da minha camisa, por que se você não conseguir, não vai ser só seu nariz que vai sangrar não.

Cassandra foi até o banheiro lavou o nariz, mais foi um corte profundo, e demorou a parar de sangrar.

Diogo ficou perto dela, preocupado com a irmã.

— Tatá está doendo muito seu machucado?

— Não está doendo não, logo vai sarar viu?

Diogo saiu do banheiro e foi até onde seu padrasto estava e disse:

— Você é muito mal, machucou a Tatá, não gosto mais de você.

— Já que você não vai gostar mais de mim, não vou lhe dar este presente que comprei ontem para você.

— Você comprou presente para mim?

—Sim, eu comprei mais já que não gosta de mim não vou te dar.

— Cadê o presente deixa eu ver.

Sebastião pegou um pequeno embrulho e mostrou para Diogo.

— Aqui está, mais não vou te dar.

— Eu gosto muito de você, mais não bate mais na Tatá não, eu fico triste.

Diogo pegou o embrulho e abriu, era um carrinho, ele ficou muito feliz.

— Você gostou do presente?

— Eu gostei muito é bonito.

— Então me dá um abraço, eu acho que eu mereço.

Diogo foi até Sebastião e deu um abraço nele.

Sebastião pegou o garoto no colo e ficou brincando com ele.

Diogo até esqueceu do machucado da irmã.

Cassandra agora estava no tanque tentando esfregar a camisa de Sebastião para ver se a mancha saia.

Depois de passar sabão e esfregar um pouco ficou feliz por que a mancha tinha desaparecido.

Ela foi até onde Sebastião estava brincando com Diogo e falou:

— Eu consegui limpar sua camisa, vou colocar ela no varal agora.

— Ainda bem que conseguiu, e hoje no almoço eu quero comer macarronada, vê se capricha no tempero, ultimamente sua comida está ficando sem tempero.

Capítulo 3: A crueldade de Sebastião.

Cassandra agora se encontrava em uma situação ainda mais complicada. Além de não ter mais a mãe para protegê-la, ela estava sendo alvo do assédio do padrasto.

Sebastião aproveitava quando Diogo estava dormindo para se aproximar de Cassandra. Ele fazia elogios sobre o corpo dela e tentava tocá-la de forma inapropriada. Cassandra se sentia indefesa e não sabia como agir diante dessa situação.

Ela não tinha mais a quem recorrer, a não ser aos seus próprios pensamentos. Cassandra se sentia culpada pelo que estava acontecendo, como se fosse a causa daquele assédio. Ela também tinha medo de contar para alguém e não ser acreditada.

Certa noite Sebastião chegou meio embriagado, Cassandra e Diogo já estavam dormindo.

Ele foi até o quarto dos meninos e acordou Cassandra.

Cassandra levantou com medo pois ele estava cheirando a álcool.

— Esquenta minha janta, estou com muita fome.

Cassandra começou a esquentar a comida, enquanto ele sentou na mesa e ficou observando ela.

Cassandra colocou o prato de comida sobre a mesa, e ia voltando para seu quarto quando seu padrasto disse.

— Senta aqui na mesa não quero comer sozinho, espera eu jantar depois você vai para seu quarto.

— Deixa eu ir dormir, estou com muito sono.

— Faz tempo que não te dou uma surra, você quer apanhar é isso, pois se não quer me obedeça.

Cassandra então sentou na mesa, em frente ao padastro.

— Senta aqui mais perto de mim, faça o que estou mandando que não vou te machucar.

Cassandra sentou ao lado dele, aquele homem lhe causava náuseas.

Ele começou então a comer, e de repente colocou sua mão na perna de Cassandra o que deixou ela muito assustada.

— Essa comida está muito boa, igual a você, você está crescendo está virando um pitelzinho de dar água na boca.

— Por favor deixa eu ir dormir, já esquentei o seu jantar.

— Fique só mais um pouco, pois agora você está esquentando é eu.

— Pare com isso Sebastião, eu vou dormir boa noite.

Quando Cassandra levantou para ir para o quarto, Sebastião a puxou e sentou ela em seu colo.

— Seja uma menina boazinha não vou te fazer mal.

Cassandra estava usando toda sua força para levantar do colo de Sebastião, mais ele a segurava com força a impedindo.

— Se você não me soltar eu vou gritar, e acordar todos os vizinhos.

— Faça isso que eu quebro seus dentes, já te disse que não vou te fazer mal, só quero sentir seu corpinho um pouco, não vejo mal nenhum nisso.

Depois de uns cinco minutos Sebastião deixou Cassandra se levantar.

Ela foi para seu quarto, com muita raiva e nojo daquele homem.

Essa situação estava repetindo constantemente.

Sebastião tratava muito bem Diogo, mais a ela ele só queria ficar abusando em todos os aspectos.

Cassandra pensava seriamente em fugir, mais e seu irmão,ela prometeu a mãe sempre cuidar dele e ficar ao seu lado.

Mais ela já não aguentava mais os abusos de Sebastião.

Certo dia ela disse que iria contar para sua professora sobre o que estava acontecendo.

Sebastião respondeu a ela:

— Faça isso, que vou parar na prisão e você e seu irmão vão para um abrigo, é isso que você quer?

Não Cassandra não suportava a ideia de ir para um abrigo, não por ela pois qualquer lugar era melhor que perto daquele homem, mais e Diogo, indo para um abrigo eles acabariam se separando.

Certa noite Diogo pediu a Sebastião para dormir na casa de um amigo, pois era aniversário dele, iriam fazer uma festa do pijama.

Cassandra estava no banho e não ouviu o irmão pedir permissão para dormir fora, pois se não ela teria implorado a ele para não ir.

Cassandra saiu do banho enrolada na toalha como sempre fazia, e foi para o quarto se trocar.

Sebastião puxou a toalha do corpo dela antes que ela entrasse no quarto.

Cassandra se assustou muito, começou a gritar, mais Sebastião com sua força tampou a boca dela e pediu que ela calasse a boca ou ele iria enforcar ela.

O terror tomou conta de Cassandra quando ele levou as duas mãos sobre o pescoço da garota, e forçando.

Cassandra já estava quase sem ar, foi então que ele soltou e jogou ela na cama.

— Você para de bancar a difícil, só quero me satisfazer um pouco olhando para esse seu lindo corpinho.

Cassandra ficou paralisada, nua sobre a cama sem saber o que ela faria para se livrar daquele monstro.

Ela era uma criança ainda, não sabia quais eram as intenções daquele homem, ela só sentia muito medo.

— Fica de pé, agora ou eu te mato!

Cassandra se colocou de pé, estava muito assustada.

Depois de quase morrer sufocada minutos atrás, sabia que aquele homem seria mesmo capaz de matar ela.

— Vire de costas para mim!

Cassandra ficou de pé, virada de costas para ele.

Sebastião então abaixou o zíper da calça e começou a se masturbar, sem que Cassandra visse o que ele estava fazendo.

Lágrimas rolavam pelo rosto de Cassandra, ela se sentia muito desconfortável, por estar nua na presença de um homem.

Ela lembra atenciosamente todas as palavras e ensinamentos de sua mãezinha, advertindo ela sempre.

O prazer que ele sentia vendo o corpo nu daquela garota quase uma criança ainda, estava deixando ele louco.

Sebastião então não se contentou em ficar só olhando, começou a passar a mão sobre o corpo de Cassandra enquanto se masturbava.

Jogou ela sobre a cama e beijando a boca dela e se esfregando nela, parecendo um bicho feroz.

Ele só não a penetrou mais fez as piores crueldades com a garota.

Quando se sentiu satisfeito saiu do quarto, deixando Cassandra imóvel.

— Antes que eu esqueça seu irmão vai posar na casa de um amigo hoje.

Sebastião foi para seu quarto satisfeito, pois já a algum tempo estava ansioso por fazer tudo o que ele fez hoje com Cassandra.

Cassandra pegou uma mochila, colocou algumas roupas, ela iria embora daquela casa, lá ela não ficaria mais.

Depois ela voltaria para pegar seu irmão, com ele ela sabia que Sebastiao não faria mal.

Cassandra não conseguia tirar da cabeça aquelo homem nojento se esfregando nela.

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