NovelToon NovelToon

Vermelho Sangue

Capítulo 1 Crescendo

Essa é uma fic adolescente de lobisomem.

Qualquer semelhança com outras é mera singularidade de vida adolescente.

Boa leitura!

*

Meu nome é  Mag, apelido de Margarida. Fui eu que escolhi esse apelido, apesar de terem sido meus pais que me deram o nome,  de tanto eu insistir e me apresentar assim, me chamam assim, se não fosse Mag, seria Guida, quem quer ter nome de vovozinha?

No momento, estou escondida num canto da escola. Entrando pelo portão  principal,  do lado direito tem um imenso campo e em volta,  tem a construção em formato retangular, onde ficam as salas, refeitório e banheiros. Do lado esquerdo do portão, tem um pátio coberto onde fazemos a cerimônia cívica e os eventos e reuniões da escola. Pegado à direita tem as salas de aula de artes e teatro.

Eu estou nesse canto, antes fas salas de aula, em uma escada que desce do pátio coberto ao chão gramado, que rodeia toda a construção. É antes da sala de artes, exatamente. Sempre faço isso na hora do lanche,  desço alguns degraus, me escondendo dos outros alunos, como o lanche que trago de casa, não,  mentirinha, não trago nada de casa, nunca tem nada pra eu trazer, por isso me escondo. É claro que sinto fome, na verdade, estou sempre com fome, acho que é a tal fase de crescimento.

Esse ano termino a escola, completo dezesseis anos em duas semanas e terei minha grande transformação. É, não  falei, sou descendente de lobo e moro numa cidade que é  uma grande Alcateia. Não tenho amigos, sou amiga de quem quiser  ou melhor, de quem precisar. Mas o vice versa que tanto falam, não  existe quanto a mim. Não sei porquê sirvo para apoio, para conselhos, mas não tenho quem faça o mesmo por mim. Afff!

Meu pai é o Beta chefe de segurança do Alfa e tenho dois irmãos,  um mais velho que eu, o David e um mais novo, Daniel. Minha mãe  é  linda, branca dos cabelos acobreados e meu pai, tem os cabelos pretos e olhos cinza, sua pele é bronzeada, contrastando com a da minha mãe. Meus irmãos são moreno claros e as feições são parecidos com nossa mãe, eles tem os olhos verdes como ela e os cabelos pretos como nosso pai.

Aí você  me pergunta: e você, como é? Eu sou uma confusão. Tenho a pele branca como a minha mãe, os cabelos cor de cobre com fios vermelhos, por isso mantenho eles sempre presos e passo óleo que faz com que fiquem mais escuros e comportados. Me pareço muito com meu pai, as sobrancelhas grossas, boca bem desenhada e carnuda, nariz arrebitado, esse é  igual o da mamãe,  mas tenho duas covinha como meu pai também e isso tira a duvida, de que sou realmente filha dele, mas apesar dele ser lindo, eu não sou tanto.

Tenho um corpo longelineo, pernas e braços compridos, costelas altas e quadril estreito, o que me deixa reta, quase sem cintura. Meus seios são fartos e pesados, mas uso um suporte que achata eles e minha bunda é chapada, puro musculo. Isso não me torna atrativa aos olhos dos meninos e meus irmãos se aproveitam disso pra zoar de mim.

**

Vejo um garoto se aproximando de mim, ele é o mais  bonito da escola no momento e o mais cobiçado também e o nome dele é Luís, as meninas vivem falando nele. Ele é alto e todo dourado, pele, cabelos cacheados, olhos, todo dourado, lindo, chega suspiro. Ele está vindo direto pra mim e não é uma miragem, é de verdade mesmo.

— Oi! Mag, né? — Perguntou ele, me tirando o fôlego.

— Oi, sim, me chamo Mag, e aí? — respondo para ele, com cara séria.

— Meu nome é  Luís. Posso pedir um favor pra você? — Pergunta ele  me fazendo franzir a testa.

— Claro! — Fiquei toda prosa, o menino mais cobiçado pelas meninas e até por alguns meninos  ômegas, está querendo um favor, dou tudo que ele quiser.

— Eu vi você com uma menina que eu gosto, a Denise. Você pode me dar umas dicas sobre ela? — Caraca meu, o que foi isso?

Ah? Fiz que nem as garotas super poderosas quando não acreditam no que está acontecendo. Esbugalhei os olhos e parei com ele. Agora é arriscado. Ajudo ou atrapalho, só de raiva? 

Ainda bem que o sinal tocou e precisei voltar pra sala de aula. Ele ficou me gritando e eu fingi que não era comigo, saí correndo como se tivesse visto o capeta. Entrei na sala um segundo antes da professora de matemática,  amo essa matéria e sou a melhor, por isso me dou bem com a professora.

Terminou as aulas e saí praticamente correndo, meu estômago estava roncando de fome e não quero que ninguém  ouça. Mas para meu azar, lá  estava "ele", o futuro alfa, no caminho, cercado por seus amiguinhos sebosos e meu irmão é um deles. Estão na faculdade que é no prédio alto ao lado.

Mas o Luís também está no caminho, nem olho pra ele, mas ele não  desistiu, deve gostar mesmo da Denise, e vem em minha direção. 

— E aí Mag, o que você responde a minha proposta? — perguntou ele, falando baixinho pra ninguém escutar.

Mas não adiantou, agora deu ruim! Se eu falasse palavrão,  agora era a hora de um bem cabeludo. Porque?  O idiota do meu irmão ouviu e já  tá vindo tirar satisfação. Chegou puxando o garoto pelo ombro, virando ele em sua direção e quando levantou o braço  pra dar um murro no garoto, puxei ele pra trás e acabei levando o soco por ele.

David

Caí no chão com a força do murro, mas não dei uma de mulherzinha fraca não, me levantei e falei pro idiota:

— Seu idiota, ele só quer ajuda pra paquerar outra menina. Otario! Tomara que tua companheira te rejeite. — Falei e saí correndo,  uma coisa que faço muito bem, só não contava com o pé do idiota do filho do Alfa na minha frente. Lá fui eu pro chão, de novo. Ainda bem que tenho gene lupino, se não, não levantava.

Ouvi a risada de todos que estavam passando por ali, virei o bug do milênio pra gozação. Tô nem aí,  cambada de idiotas e lá se foi outro óculos. Papai não vai gostar nadinha. Luís tentou me ajudar, mas olhei pra cara dele tão  braba que ele se afastou.

— Idiotas! — gritei ao me levantar, mas não tinha mais ninguém ali. — idiotas! — gritei de novo. Nem pra me levarem pra casa, vou embora a pé e sozinha de novo. Afff!

Capítulo 2 Descriminação

Cheguei em casa bem depois de David, toda dolorida e com um olho roxo. Abri a porta e a família estava toda reunida na sala e me olharam com espanto, não sei se pelo estado ou pela demora em chegar.

— Filha, o que houve com você, seu irmão disse que você entrou na frente de uma briga e acabou levando um soco na cara? — Minha mãe sempre acreditando em tudo que meu irmão diz.

— Bom, mãe,  não foi uma briga, foi só o David sendo idiota como sempre, dessa vez ele ficou feliz em socar meu olho na frente de todo mundo e ser o herói da semana. Pobrezinho, quando encontrar sua companheira, tomara que te rejeite. — Roguei a praga novamente, tomara que pegue.

Ele veio pra cima de mim, mas meu pai entrou na frente.

— Parece que um soco não bastou, né? — disse ele, todo pavão.

— Idiota, idiota, idiota! Você só acertou por causa do meu azar — disse eu e corri.

Corri pro meu quarto, até esqueci da fome, mas tenho que descansar para curar as feridas, pois ainda não tive minha transformação e demoro mais a me curar. Entro no meu quarto insuportavelmente rosa. Pedi vermelho e minha mãe resolveu pôr rosa. Isso é  muito irritante, nunca consigo ter minhas vontades atendidas. Fui ao banheiro e tomei banho, saí e vesti um dos poucos shorts que tenho. Meu pai quer que eu vista roupa de menina, vestido ou saia e blusa. Não sei porque implicam tanto comigo.

Quando terminei de me vestir, mamãe entrou no quarto com uma bandeja.

— Coma querida, sei que prefere descansar para curar logo, mas precisa se alimentar pra isso. — diz ela, parecendo uma grande mãe fofinha e zelosa pela filhinha.

— Obrigada, mãe. — Agradeço, afinal, ela teve o trabalho de trazer comida pra mim.

Ela sai do quarto e fico pensando se a ideia de trazer a bandeja foi dela mesma. Ela é  uma mãe até boa, mas muito fria comigo. Sempre dando preferência para os meus irmãos. Ao ponto de ter só três bifes e ela pedir pra eu não comer pra deixar pra eles, que são machos. Aff!

Presentes de Natal? O deles era sempre um robô legal, um carrinho de controle remoto, um vídeo game e pra mim, era um tecido quadriculado cinza, uma boneca de plástico, uma presilha de cabelo horrorosa. Afff!

Nossa casa é  boa, meu pai é um dos betas do alfa, responsável pela segurança. Quando o alfa passar o cargo para o filho, quem deve assumir o cargo de meu pai é o David. Coitado do Alfa, com aquele idiota. 

Meu pai é  muito machista, pra ele, quem cuida da casa e cozinha é a mulher. Então,  tem dias que sou eu que tenho que lavar o banheiro que eles emporcalham e já  ganhei broncas homéricas, por causa dos pentelhos deles no chão. Só  que eu não enxergo e estou ansiosa pela minha transformação, pois daí, ficarei boa das vistas e não precisarei mais usar esses óculos horrorosos, agora quebrados.

Não entendo porque é  assim!  Tudo eu! Tudo eu! Tudo eu!

Deito para descansar depois de comer a comida natureba que minha mãe trouxe, nem uma carne, pois com certeza os machos comeram tudo. Como se não bastasse, vem o bonitão pedir ajuda pra paquerar a Denise. Gosto dela, mas ela é eclética, tem várias amigas e não se dedica a nenhuma. Bela amiga!

***

Quando acordei, já era noite e vesti minha roupa de treino,  pulei pela janela e fui encontrar meu pai na floresta reservada para a Alcateia. Meu pai já  me esperava. Apesar de machista, ele sempre me chamou para treinar, não sei porque essa dedicação em que eu aprenda algo que ele acha tão machista. Praticamente já não tenho mais o que aprender, então é só treino mesmo. Depois, meu pai caçou, comemos e tomamos banho de rio. Não me incomodo de comer carne crua, até gosto, é melhor do que a comida de casa, que não sobra carne pra mim. 

Já  estávamos voltando, quando encontramos o alfa e seu filho Jonathan, o parceiro de idiotices do meu irmão idiota.

— Olá, Leonel, passeando com sua filha? — Que pergunta estúpida, não tá vendo eu aqui?

Ai que ódio! Porque as fêmeas, na cabeça deles, só servem pra trabalho doméstico e diversão? Afff! Já deu pra notar que estou no meu limite, né mesmo?

O Jon se aproxima de mim.

— Como você está? — pergunta, até que simpático.

— Bem, porquê? Tá com remorso? — perguntei com grosseria.

— Porque eu teria remorso? Foi você que saiu destrambelhada e tropeçou no meu pé. — respondeu ele, se irritando.

— Tá bom. Vamos esquecer isso, tá legal? — Não adianta mesmo reclamar, ele nunca vai reconhecer.

Ele balançou a cabeça e ficou me olhando esquisito, chegou mais perto como se quisesse me cheirar.

— Você já se transformou? — Perguntou ele.

— Não,  só faço dezesseis daqui duas semanas. — Respondi o óbvio.

— Ah tá,  você faz aniversário junto comigo, é  mesmo, esqueci.

— Na verdade é só no mesmo dia. — Rebati o "junto", dele. Junto uma ova.

— Você é muito marrenta garota. Quero ver quando eu for seu alfa. — Pareceu até uma ameaça, o que ele faria?

— Caio fora daqui - respondi na lata.

— O que? — Ele perguntou sem entender 

— Jonathan, vamos embora! Boa noite pra vocês, tchau Margarida? — Ainda bem que ele é o Alfa, se não ia receber uma "bela" resposta.

— Tchau, alfa, boa noite. — respondi, querendo dizer outra coisa por ele ter me chamado pelo nome completo.

 — Se livrou por hoje, ômega marrenta! — falou, Jonathan, no meu ouvido.

Foram em direção a mansão do Alfa e meu pai e eu fomos pra casa.

— O que tanto conversaram, pai? — perguntei curiosa.

— Eu podia perguntar a mesma coisa. — disse ele com um sorriso, insinuando alguma coisa que não entendi.

— Ah, fala, vai! — Insisti.

— Tá bom. Ele estava me contando que o supremo está visitando as Alcatéias e matando os alfas que não estão obedecendo as regras dele. Acho melhor lermos o livro de regras em família,  para não perdermos a cabeça, literalmente. — disse ele, sério.

— Mas ele não tá matando só os alfas? — perguntei, achando até bom, se matasse o Jonathan.

— Sim, mas as vezes a culpa é do povo que desobedece, por nem conhecer as regras básicas de comportamento. — explicou ele.

— Tendi…

— Fala direito, menina, fica comendo parte das palavras!

— Desculpa, pai.

— Assim está melhor. Estamos chegando, sua mãe deve estar furiosa porque perdemos o jantar. — Sempre querendo agradar a mamãe.

— É só dizer que encontramos o alfa e a culpa fica sendo dele. Ela não vai lá tirar satisfação mesmo, eu garanto. — sugeri.

— Meninaaaaa!!! — Ele me chama a atenção.

— Mas é verdade, mesmo, o que que tem?

Ele não respondeu e continuamos andando, calados, até chegar em casa e mamãe nos chamar a atenção pelo atraso e ele responder exatamente o que eu sugeri.

— Então tá tudo bem, querido. Se encontraram o Alfa, tinham mesmo que parar. — disse ela, adorando saber que o alfa dava atenção pro papai.

Adoro quando eu tô certa, embora ninguém lembre de me dar o crédito.

Capítulo 3 Mudança

Mag

Os dias foram passando e notei algumas mudanças em meu corpo. Minha pele está mais lisa, minha audição mais aguçada e nem falei pro papai sobre os óculos quebrados, pois estou enxergando cada dia melhor. Meus cabelos estão bem compridos e volumosos. Pena que não posso deixar eles soltos, se não vão me zoar até eu ir pra faculdade.

Parece até que sou adotada ou minha mãe pulou a cerca, por quê nasci ruiva em uma Alcateia de lobos cinzentos?

Hoje caprichei mais na roupa, está esfriando, então vesti um jeans com camiseta de mangas e uma jaquetinha jeans por cima, coloquei minhas botinhas e saí com a mochila. Ainda bem que é perto. Fui direto para a sala de aula, sem incidentes no caminho, mas quando entrei, uma chuva de bolas de papel caiu em cima de mim e o coral gritava:

— Jaca madura, jaca madura, jaca madura! — pois me tinham feito tropeçar e cair, de novo, no dia anterior.

Parei e olhei para eles, de braços cruzados, fazendo pose de enfado. Fui para meu lugar de costume e esqueci deles, quando a professora entrou. Melhor prestar atenção na aula, não quero passar nem um minuto a mais que o necessário nessa escola.

Na hora do intervalo, estava no refeitório e Denise veio com outra menina, falar comigo. Queria me perguntar sobre o Luís. Eu mereço, né galera. Ela me chamou para comprar uns doces numa barraca fora da escola. Atravessamos a rua, passamos em um terreno baldio e chegamos a barraquinha. No caminho, contei a ela sobre o interesse de Luíz por ela e ela só faltou dar pulinhos de alegria. Pelo visto os dois vão se entender, talvez sejam até companheiros.

Quando voltamos, dois rapazes estavam sentados no caminho e mexeram conosco.

— Ai lobinha, tú é linda, sou teu crush. — disse um deles e achei que era com a Denise.

Nos olhamos, rindo, sem saber pra quem ele falava.

— É a de botinha. — esclareceu ele e fiquei vermelha, na hora.

Eu não tava entendendo nada, como assim eu sou linda?

" É por minha causa sua boba."

— Quem é você aí, falando na minha cabeça?

" Sou a sua loba, tolinha. Vamos nos conhecer amanhã."

— Mas, você já pode falar comigo?

" Já não tô falando, querida? Se toca. Agora tchau."

Só me faltava essa, mais uma "lôka" no meu pé ou  melhor, na minha cabeça. Chegamos na escola e Luís estava de pé, escorado na pilastra do pátio. Peguei a mão de Denise e fui em direção a ele. Quando ele nos viu chegando, primeiro comeu ela com os olhos, depois estendeu a mão olhando para mim e disse:

— É melhor você ficar longe, não quero ver você levar outro soco. — é um idiota, mesmo.

— Tu é idiota também, cara? Eu vim te apresentar a Denise. Luis/ Denise, Denise/Luís. Pronto, agora se virem — apresentei rapidinho.

Me virei e saí de perto daqueles dois. Eu estava ajudando e ele me zoando também. Mesmo que a intenção fosse boa, foi um tiro no pé. Affff!

Preciso urgente de uma higiene mental ou vou surtar.

Estou indo pra sala de aula e vejo as três metidas a Mikaelson: Mônica, Adriana e Gisele e quando vou passar, elas falam  comigo:

— Oi, Mag! — chama Adriana, me fazendo parar.

— Você já teve sua transformação? — perguntou Mônica.

— Amanha é a posse do alfa e ele vai receber o poder e reconhecerá sua companheira. Mas é preciso ter cheiro de loba, né? — perguntou a Gisele, se fazendo de sonsa. 

— Vocês não sabem falar sozinhas não, tem tudo que ser completado pela outra? Desculpe meninas, mas a aula já vai começar. — Nem respondi a provocação delas.

Saí rápido, desviando delas, quase entrando na sala junto com a professora, pelo menos não me atrasei.

Jonathan

Meu pai tá me enchendo o saco com o assunto da cerimônia de amanhã, não pela minha capacidade de liderança, mas pela escolha da minha companheira. Ele tá com medo que eu a rejeite e acabe levando a Alcateia a ruína. Já expliquei a ele que não vou fazer isso, mas ele não acredita. Deve ser por causa fa Débora, que anda o tempo todo comigo.

O caso é que, namoro com ela há dois anos e tenho quase certeza de que é ela a minha companheira, pois não consigo ficar muito tempo longe e já sinto a maior falta dela. Já transamos que nem dois coelhos e só não a mordi por respeito as tradições. Ela é novinha, ainda não se transformou, mas quero que seja ela.

Agora estou cuidando dos preparativos da posse e dos betas que irei escolher para me ajudar nos cuidados da Alcateia. Não posso colocar qualquer um nesses cargos, nem me deixar levar por amizades. Será uma grande surpresa, quando eu disser quais são minhas escolhas e um certo amigo ficará muito magoado, mas ele não tem vocação e terá que aceitar.

Saio para correr um pouco na floresta e vou até o rio onde encontrei o beta Leonel e sua filha. Volto ao corpo humano e mergulho no rio pra me refrescar, depois saio e sento em uma pedra na margem. Estou de sunga de banho, sempre trago uma comigo.

Naquele dia que encontramos eles, notei um perfume muito sutil de rosas vermelhas, também senti cheiro de sangue e isso me confundiu. Será que era a Mag? Com o soco e a queda que ela sofrera naquele dia antes do encontro, poderia ainda ter resquício de sangue.

— Não! — falei em voz alta.

Provavelmente ela já estava curada e por ela ainda não ter se transformando, não podia exalar algum aroma ainda. Mas aquilo me deixou intrigado. Mesmo que não pensasse na hipótese de ter outra companheira, fiz uma avaliação dela e vi que ela não tem atrativos nenhum. Chega a ser feia de corpo. Mas aquele cheiro, me agradou muito, adoro cheiro de sangue humano, ainda mais em mulheres jovens.

— Definitivamente esse não é o caso! Não deve ser ela...

— Falando sozinho, Jon? — Alguém interrompeu meus pensamentos, me virei e era ela. Estou nu, mas não me preocupei, estamos acostumados com a nudez.

— Não é da sua conta, marrenta. Aliás, já tô indo embora. — Voltei a forma de lobo e corri de volta pra casa. Foi só pensar na assombração e ela apareceu!

Deixei ela lá, mas percebi, com meu olfato apurado de libo, o mesmo cheiro da outra vez, suave, mas o mesmo.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!