Capítulo 1
"Hoje você vai direto para casa ou ainda vai passar na locadora de quadrinhos?" perguntou uma garota com óculos pendurados em seu nariz arrebitado.
"Parece que vou direto para casa. Minha mãe me pediu para voltar rápido," respondeu a garota de cabelo curto até os ombros. Tinha os olhos um pouco largos, um nariz pequeno mas muito arrebitado, e lábios pequenos mas cheios. Não podemos esquecer da pele da garota. Tão branca quanto leite puro. Mesmo sem maquiagem, a garota parecia muito bonita.
"De verdade, te mandaram voltar logo para casa? Geralmente a Tia Yuan manda você brincar primeiro," disse a garota chamada Citra.
A garota de cabelo curto sorriu enquanto balançava a cabeça.
"Também não sei, Cit. Minha mãe me mandou uma mensagem dizendo para eu ir direto para casa quando as aulas acabarem," respondeu Queenara Angelistya. Normalmente, era chamada de Ara.
Citra assentiu compreendendo. Não fazia sentido insistir para Ara dar uma passada rápida na locadora de quadrinhos.
"Tudo bem então, vou me render. Também quero ir direto para casa," finalmente respondeu Citra.
Quando elas estavam prestes a sair do local, pois em breve o sinal de entrada seria ouvido, de repente um grupo de rapazes se aproximou e sentou-se ao lado delas.
"Pra onde está indo, gata? Tão apressada assim," perguntou um rapaz sentado ao lado de Ara. Enquanto Ara afastava-se intencionalmente do rapaz enquanto empurrava seu ombro.
"Ah, vai se catar, Satriaaaa!" exclamou Ara. "Você fede. Não chega perto!" disse Ara honestamente, sem se importar com o neto do diretor da escola.
O rapaz chamado Satria levantou as mãos alternadamente e cheirou o próprio corpo. Em seguida, se aproximou de Ara de propósito.
"Então, é para você ficar jovem para sempre, Ra, se eu cheirar o meu sovaco," brincou ele sem se irritar.
Ara franzia os lábios e depois bateu na cabeça de Satria por trás.
Plim!
"Para o seu cérebro ficar mais ágil de novo!" disse Ara depois de bater na cabeça de Satria. "Pense antes de falar. Se você quer ficar jovem para sempre, precisa ter muito dinheiro e ir para a Coreia. Cola plástica no seu rosto!" reclamou, cada vez mais irritada ao ver o sorriso de Satria.
"Caramba, a futura esposa é durona mesmo, Sat!" disse o amigo de Satria que estava sentado ao lado de Citra.
Ao ouvir a piada de Heru, Ara franziu os olhos na direção do rapaz e depois jogou uma caixa de lenços que estava em cima da mesa em direção ao rosto de Heru.
"Outro réptil aqui! Só sabe bisbilhotar os outros. Sempre perdido como uma cobra!" provocou Ara, que então mudou seu olhar para Citra.
"Vamos, Cit! Vamos embora daqui. Fico velha mais rápido aqui. Só briga quando encontro esses répteis da escola," disse Ara sem filtro, sem medo nenhum, mesmo enfrentando o neto do diretor da escola.
Citra levantou e seguiu os passos de Ara. Deixando para trás os membros do time de basquete que haviam se aproximado da mesa delas.
Satria assistiu a partida de Ary com o lábio curvado para cima. Era evidente a alegria em seus olhos.
"Não dá mais para vê-la, parceiro!" alfinetou Tegar, batendo no ombro de Satria para que ele acordasse da hipnose encantadora de Ara.
"Até o amor cega alguém, não é?" murmurou Heru enquanto balançava a cabeça.
Satria concordou com um aceno. "Vocês, quando experimentarem esse amor, não teriam tanta paciência como eu para não tocá-la. Mesmo que meu cérebro sempre amaldiçoe," respondeu Satria. Em seguida, o rapaz se levantou e deixou a cantina para trocar de roupa, que estava molhada de suor.
Os amigos de Satria riram enquanto balançavam a cabeça diante do comportamento de Satria, totalmente apaixonado por Queenara.
Capítulo 2
Ao voltar da escola, Ara notou algo estranho na atmosfera de sua casa. A situação não estava tão movimentada como estava quando ela saiu de manhã para a escola.
"O que está acontecendo afinal? Por que a mamãe não me disse nada quando saí?", murmurou Ara, curiosa sobre o que estava acontecendo.
De repente, muitos carros de parentes da mãe e do pai apareceram. Além disso, havia também um carro desconhecido. Ara nunca havia visto antes, já que não havia nenhum símbolo da família Rayyansyah ou Atmadja na placa do carro. Onde estavam os símbolos das duas famílias originárias de seus avôs e avós?
Enquanto ela se aproximava do interior da casa, Ara cruzou com o segurança que saía pela porta lateral.
"Pak Sul!", Ara chamou um pouco alto, pois ela estava muito longe da porta principal de sua antiga residência, enquanto Pak Sul acabara de sair pela porta lateral.
Pak Sul virou-se para Ara, o homem de meia-idade correu até ela.
"Sim, senhorita? Em que posso ajudá-la?", perguntou o homem com presteza.
"Tem algum evento em casa, Pak? Por que Ara viu os carros da tia e do tio. E os avôs também estão aqui. Mas de quem é aquele carro? É um visitante de longe?", Ara bombardeou Pak Sul com várias perguntas seguidas.
Pak Sul coçou a cabeça, mesmo não tendo nenhuma coceira real. Ele ficou confuso sobre como responder. Afinal, esse era um evento para sua jovem senhorita.
"O senhor não disse nada para a Srta. Ara?", Pak Sul perguntou com muito cuidado antes de responder às perguntas de Ara.
Ara balançou a cabeça com sua inocência.
"O que está acontecendo, Pak? Basta me contar. Tenho medo de entrar e encontrar muitas pessoas estranhas lá dentro. Tenho medo de envergonhar a mamãe e o papai se eu me comportar... Você mesmo sabe como eu sou, não é?", Ara sussurrou em sua última frase.
Pak Sul ficou ainda mais confuso sobre como responder.
"Nesse caso, Srta. Ara, apenas seja você mesma. Seja natural. Afinal, o senhor e a senhora não se importaram com isso até agora, não é?", lembrou Pak Sul. "Acho melhor a Srta. Ara entrar e perguntar a eles. Tenho medo de dar uma resposta errada, Srta. Desculpe," sugeriu Pak Sul.
Realmente, é certo que não é necessário ser outra pessoa apenas para obter simpatia ou atenção. É melhor ser você mesmo.
"Obrigada, Pak", respondeu Ara, entendendo.
Em seguida, a garota entrou. Não pela porta da frente, mas pela porta lateral que Pak Sul havia passado antes.
Ara entrou em uma sala cheia de carros de sua família. Caminhou um pouco mais adiante e virou à esquerda, onde havia uma porta que levava à cozinha.
"Ah, meu amor, já voltou?", mama Yuan perguntou surpresa ao ver Ara na cozinha. "Por que passou por aqui? Por que não passou pela entrada principal, meu amor?", ela perguntou novamente.
Ara sorriu. "Havia muita gente na frente, mãe. Fiquei com vergonha", respondeu Ara enquanto beijava a mão de mama Yuan.
Mama Yuan sorriu. "Tudo bem, vá logo lavar o rosto e trocar de roupa, as que já preparei para você estão em cima da sua cama. Depois, encontre seu pai e eu na frente, certo?", disse mama Yuan acariciando suavemente a cabeça de Ara.
Ara ficou cada vez mais curiosa sobre o que estava acontecendo. Sua mãe raramente preparava roupas para ela. A última vez que ela se lembrava disso foi quando pediu para dormir em seu próprio quarto. Certamente isso aumentou a suspeita de Ara.
"Afinal, o que está acontecendo, mãe? Por que a avó e o avô estão aqui? E a tia Sila e o tio Zacky também estão. Isso está muito suspeito, mãe", disse Ara, estreitando os olhos enquanto se aproximava de mama Yuan.
Isso fez mama Yuan rir com a atitude de detetive da filha.
"Certo, agora troque de roupa. Ou melhor, tome um banho. Mas levaria muito tempo. Tudo bem, apenas lave o rosto, meu amor. O importante é você estar bonita e cheirosa", brincou mama Yuan.
Ara não provocou mais a mãe. A garota optou por seguir o conselho de sua mãe, entrou em seu quarto e imediatamente fez o que lhe foi ordenado.
Capítulo 3
Apesar de estar um pouco desconfortável com as roupas escolhidas por sua mãe, Ara decidiu vestir a roupa de sua mãe. Havia algo que ela não entendia. Por que sua mãe estava de repente preparando um traje tradicional de kebaya para ela? Afinal, não havia nenhum evento que ela iria junto com eles. Pois até então, a mãe Yuan preferia ver a Ara vestindo uma kebaya moderna em vez de um vestido sexy, como a maioria dos filhos dos empresários.
"Está bom, vou seguir o que a mamãe pediu. Melhor do que ter que lidar com problemas mais tarde. Além disso, isso não é tão revelador," murmurou Ara ao olhar seu reflexo no espelho.
Antes de sair, Ara verificou se sua aparência estava adequada. Uma maquiagem leve aplicada por ela mesma em seu rosto bonito e natural não a fazia parecer mais velha do que sua idade. Pelo contrário, a deixava mais serena e elegante. Verdadeiramente uma moça javanesa.
Toc, toc, toc.
"Srta. Ara... a senhora pediu para te chamar, disse para se juntar logo a ela", chamou alguém do lado de fora do quarto de Ara.
Ara saiu apressadamente, não querendo fazer a mamãe Yuan esperar por ela por muito tempo.
"Sim, Bi!" respondeu Ara. Com medo de que a tia Tijah a repreendesse novamente.
Após isso, Ara saiu às pressas. Encontrou a tia Tijah ainda parada lá.
"Oi, por que a tia ainda está aqui? Eu vou para junto da mamãe", perguntou Ara um pouco surpresa.
Enquanto isso, a tia Tijah parecia assentir discretamente. "A tia foi solicitada pela Nyonya para buscar a Srta. Ara", respondeu ela.
Por que Ara sentiu que havia tantas coisas estranhas acontecendo agora? Não era usual a mamãe Yuan enviar a tia Tijah para acompanhá-la. Além do mais, ela só precisa ir até a sala. Ara ainda se recordava claramente da disposição dos cômodos na casa de seus pais.
"Ah, entendi", respondeu Ara.
Apesar de ser estranho, Ara seguiu os passos da tia Tijah, que a guiou em direção à sala. E ainda mais estranho foi quando Ara quase tropeçou de surpresa ao ver tantos convidados ali. Até mesmo o presidente da associação de moradores do condomínio onde ela morava estava na sala.
Ara olhou para a tia Tijah em pé.
"Na verdade, o que está acontecendo, Bi?", perguntou Ara em sussurro.
Assim como o Sr. Sul. Tia Tijah também não pôde responder. Pois a mamãe Yuan havia instruído que ela não contasse nada a Ara.
"Seria melhor a Srta. Ara ir logo para lá. Logo ela ficará sabendo", sugeriu a tia Tijah.
Ara não queria causar mais problemas para a tia Tijah. Ela sabia que a mamãe Yuan provavelmente já havia advertido a tia Tijah antes.
"Está bem, Bi. Obrigada", disse Ara, depois caminhou lentamente em direção à sala.
Enquanto os adultos continuavam conversando animados, Ara se aproximou da mamãe Yuan, que estava sentada no sofá perto da porta de ligação entre a sala da frente e a sala principal.
"Mãe", chamou Ara com voz baixa, enquanto tocava o braço da mamãe Yuan.
A mamãe Yuan se virou e sorriu calorosamente para Ara.
"Venha aqui, querida", disse a mamãe Yuan enquanto batia no assento ao lado dela.
Ara obedeceu e sentou-se ao lado da mamãe Yuan.
Todos os olhares se fixaram na beleza de Ara. Para muitos deles, fazia muito tempo desde que haviam visto a jovem crescer. Pois eles moravam em países diferentes e, mesmo quando voltavam, nunca encontravam Ara devido às suas ocupações.
"Essa aqui é sua filha?", perguntou uma senhora idosa para a mamãe Yuan.
A mamãe Yuan assentiu. "Sim, Mi. Esta é Queenara Angelistya."
O olhar da senhora idosa brilhou ao ouvir o nome de Ara.
"Então, faça isso imediatamente. Antes que ela mude de ideia", disse a mulher chamada tia Dilla.
A mamãe Yuan riu baixinho. "Sim, Mi. Antes que ela faça alguma besteira, é melhor fazer isso agora", respondeu a mamãe Yuan, olhando em direção ao papai Rio. Papai Rio respondeu com um aceno de cabeça.
"Pode começar agora, Sr.", disse papai Rio olhando para alguém que Ara nunca tinha visto.
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