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A Vingança Da CEO

Capítulo 01

Aurora

A manhã estava mais fria que o habitual para essa temporada, mas eu olhava ao redor e nem todos pareciam sentir tanto frio, era incomodo porque eu sentia que o frio era também interior, como se eu tivesse ansiosa e o meu ventre agitado, como um anúncio de que algo ruim aconteceria.

- Voce está bem Aurora? – Robert o meu marido perguntou colocando uma mão em minha cintura assim que descemos do carro ao chegar na empresa, era a primeira vez na semana que ele decidiu vir comigo para a nossa empresa, o nosso motorista traria o seu carro.

- estou querido, não é nada – assegurei, ele beijou em minha testa cumprimentamos alguns funcionários pelo caminho e seguimos para o elevador para irmos até as nossas salas, eu era a ceo e ele o vice presidente, a empresa era da minha família, eu não tinha muitos parentes infelizmente, então fiquei com todo o patrimônio da família, hoje o meu marido dividia a função comigo, na época em que o meu pai faleceu Rob era apenas um engenheiro, ele ficou ao meu lado quando eu mais precisei e então começamos a nos envolver, pouco tempo depois ficamos noivos e logo nos casamos.

- Bom dia Edna – cumprimentei a nossa secretaria, dividíamos uma, éramos casados e dividíamos o trabalho, e não precisávamos de outra secretaria, era um gasto desnecessário.

- Bom dia senhora Lenny, bom dia senhor Maximus – sim, eu não usava o seu sobrenome, pois eu não achava isso algo relevante, e além do mais eu pretendia levar adiante o sobrenome do meu pai.

- Eu vou para a minha sala – Robert disse quando dei dois passos na direção da minha sala, eu o encarei confusa – eu tenho muito trabalho para fazer, e daqui a pouco Edna levará uns documentos para você assinar, preciso da sua assinatura neles com urgência.

- Tudo bem então

Concordei e quando fui em sua direção para lhe dar um beijo de despedida ele me ignorou completamente indo para a sua sala e chamando por Edna para informar sobre os primeiros compromissos do dia.

Tudo bem, fazíamos aquilo juntos, mas se ele queria fazer sozinho por mim não tinha importância pois eu precisava checar uns e-mails.

A manhã seguia tranquila, assinei alguns documentos e vistoriei algumas obras por vídeo, tínhamos uma empresa nova concorrente que pouco a pouco estava levando os nossos clientes embora, eu só não sabia quem estava por trás disso, pois o nome ainda era desconhecido.

- Alô – disse assim que atendi de imediato a ligação da escola da nossa pequena filha de cinco anos Anne. Eu engravidei logo após o nosso casamento, tínhamos seis anos juntos. Quando o meu pai faleceu eu tinha acabado de fazer vinte e um anos, estava confusa com a faculdade de administração pois eu estava ralando no estágio, porque para o meu pai a vitória sem esforço não compensa, e não era porque eu era filha dele que teria privilégios e também de acordo com o meu pai um grande arquiteto, eu não levava jeito para obra e muito menos para os desenhos, deveria ficar em um escritório, e cá estou eu.

- Desculpe lhe incomodar senhora Lenny, mas Anne teve uma queda e a escola não tem máquina para raio x, então a enfermeira a levou para um hospital – disse e me enviou o endereço, eu olhei no relógio era hora do almoço, peguei as minhas coisas e sai da minha sala correndo para a sala de Robert, mas ele não estava.

Voltei e só então percebi que a secretaria também tinha saído, provavelmente já havia ido tirar sua hora de almoço, então apenas segui para o hospital, chegando lá encontrei, e fiquei sabendo de mais detalhes que a trouxe ali, ela caiu do escorregador e dizia doer sua cabeça, meia hora depois o médico disse não ser nada de grave, e só então pude respirar aliviada.

- Mamãe estava tão preocupada meu amor – eu disse apertando a minha bonequinha, ela sorriu, mas em seguida começou a se afastar, ela só gostava de conversar olhando olho no olho

- Onde está o meu papai, mamãe? – indagou, ela era muito apegada a Robert, apesar de ela ter puxado para mim na aparência e na personalidade, ela era apaixonada pelo pai.

- Papai está resolvendo umas coisas importantes meu amor – disse, mas eu não consegui falar com ele ainda, estava mais preocupada com minha filha, ela me abraçou e concordou, eu beijei sua testa me despedi do médico e da enfermeira, segui para o estacionamento com ela em meu colo, apesar de eu ser pequena e magra um filho nunca seria pesado para uma mãe.

Quando eu a coloquei na sua cadeirinha e fechei a porta de longe eu vi alguém muito familiar então eu parei, um vento gélido chegou em mim atingido o meu corpo com força, só podia estar vendo coisas, uma mulher loira e esguia caminhava de lado com um homem alto e negro de braços fortes, muito parecido com o meu marido, quando ficaram de lado eu pude confirmar que sim, era Edna e Robert, os dois sorriam um para o outro, ele se ajoelhou e desferiu um beijo no ventre dela.

Muito parecido com o que fazia quando eu estava gravida, a diferença é que não era em mim que ele fazia, era em nossa secretaria.

Quando ele se levantou desferiu um beijo em seus lábios em seguida os dois entraram em um carro, um carro que eu dei a ele de presente no seu último aniversario.

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Sejam bem vindos a mais uma obra 💜🌻

Capítulo 02

Aurora

Mesmo trêmula me sentei diante do volante, mas a musiquinha que minha pequena Anne cantava me impedia de ligar o carro.

Eu precisava ser forte por ela, não podia ligar, acelerar e colocar sua vida em risco, nem a minha.

– mamãe, vamos brincar de eu vejo com os meus olhinhos? – Indagou e eu concordei, olhei pelo espelho e os meus olhos estavam muito vermelhos pelas lágrimas que eu evitava derramar – Mamãe a senhora está bem?

– si.sim meu amor, mamãe está bem – minha menina era muito perceptiva, como eu achava que eu era.

Como eu não me atentei à traição de Rob? Desde quando isso acontece? Como isso aconteceu bem diante dos meus olhos e eu não desconfiei de nada?

Tudo bem que diziam que eu era uma pessoa fria, que eu era uma pessoa prática, mas eu amava Rob, do meu jeito eu o amava, como ele pode fazer isso comigo?

Assim que estacionei o carro na mansão onde morávamos, eu fechei os olhos, e respirei fundo, agora Anne precisava de mim, minha filha sofreu um acidente eu tinha que dar atenção a ela e esquecer o meu coração destroçado.

– mamãe o papai está ligando – sai dos pensamentos com a minha filha chamando minha atenção. Ao longe vi Nana nossa governanta, vindo ao meu auxílio

– Senhora Lenny – me cumprimentou, eu estava tão lenta que apenas acenei

– mamãe atenda o papai – e então olhei para o vídeo no painel do carro, eu atenderia e diria o que? O xingaria? Diria que eu sei a verdade? Eu o expulsaria de casa?

O meu coração parecia que havia iniciado uma maratona, o meus pensamentos estavam tão acelerados que me deixava confusa

– Que demora pra atender esse celular Aurora – reclamou ele em um tom agoniado, com que direito ele tinha para gritar comigo desse jeito?

– Papai, papai eu caí no parquinho da escola e machuquei a cabeça – gritou Anne, ela não parecia com uma garotinha que tinha acabado de sair do hospital, porque era assim que ela era, alegre, se caísse em dois minutos se levantava sorrindo dizendo o famoso “nem doeu” – está doendo papai.

– o que quer Robert? – indaguei antes dele responder, a ideia de ele dizendo palavras doces pra ela me embrulhou o estômago, pois eu lembrei que ainda a pouco ele estava com Edna beijando o seu ventre enquanto eu estava com nossa filha no mesmo hospital, eu liguei e ele não havia me atendido

– eu vi sua mensagem e fiquei desesperado – alegou

– e o que você estava fazendo de tão importante que não pode atender uma chamada da sua ESPOSA? – enfatizei bem a palavra, ouvi o seu suspiro, o meu coração parecia que sairia da minha boca a qualquer momento

– Estava trabalhando, fui almoçar com uns investidores – disse ele como se fosse o seu habitual mentir

– e porque eu não sabia disso? – indaguei

– E por que tudo o que eu tenho que fazer tenho que lhe dar explicações? – gritou ele e ouvi um suspiro feminino ao seu lado, ele ainda estava com ela? – filha o papai não pode ir para casa agora

– Por favor papai – implorou ela, agora os seus olhinhos estavam cheios de lágrimas – preciso de beijo para sarar

– A mamãe lhe dar todos os beijos do mundo meu amor – Assegurei soltando o meu cinto – precisamos nos acostumar com a falta do papai

– Que merd4 está dizendo Aurora?

– em breve você será o CEO esqueceu? – foi difícil dizer isso em um tom brando, fechei os olhos e completei – nós estamos tentando dar um irmãozinho para a nossa princesa.

– Sim meu amor, em breve ela vai ter um irmão, ou uma irmã – disse ele e pude ouvir o seu sorriso, uma lágrima sorrateira saiu dos meus olhos, mas limpei antes que minha filha pudesse ver

– Eba eu quero muito uma irmã – disse ela batendo palmas – eu te perdoei papai, pode trabalhar.

– eu te amo filha, papai vai levar uma surpresa pra você – disse ele, ela se despediu e acenei para Nana tirá-la do carro, esperei que ele desligasse a ligação mas não fez – você não vai voltar para a empresa, não é?

– porque? – retruquei – te incomoda que eu volte para a minha empresa?

– não meu amor, só disse isso por conta da nossa filha, não a deixe sozinha – meu Deus, porque ele era assim? Se eu não tivesse visto com os meus próprios olhos eu não acreditaria.

– peça a nossa secretária para desmarcar o meus compromissos – pedi

– Edna?

– nós temos outra secretária Robert? – questionei

– não querida, falha minha, me desculpe – disse em um tom brando – não me espere para jantar, chegarei um pouquinho tarde.

Não respondi, apenas desliguei a chamada, é bom que ele não venha para o jantar, assim me dá mais tempo de eu decidir o que farei.

– Naná, após o jantar eu não quero nenhum funcionário na casa, dê folga a todos – avisei decidida e ela concordou

Eu tinha um nome a zelar, eu não iria permitir que homem algum zombasse dele.

Alguns me chamavam de a CEO sem coração, eles estavam errados, eu tinha um e ele estava sangrando, desolado.

Capítulo 03

AURORA

Durante o restante da tarde eu mal conseguir comer, mas me dediquei em muito nos cuidados com a minha filha, o nosso advogado estava em viagem de férias e eu não conseguir falar com ele, pedi urgência para a sua secretária e até agora não obtive retorno.

- Mamãe a senhora já falou com a dona cegonha? – perguntou minha filha quando Eu ainda estava deitada ao seu lado esperando que ela dormisse, eu sabia que eu não tinha conseguido focar cem por cento nela hoje, mas eu juro que dei tudo de mim, pelo menos uma parte que não estava destroçada.

- Que dona cegonha filha? – indaguei confusa, ela finalmente havia parado de perguntar pelo pai, o que era um avanço para mim.

- Para trazer o bebê e colocar na sua barriguinha né – disse ela revirando os olhinhos de modo sapeca, a imagem daquele ordinário agradando a nossa secretaria voltou a minha mente, me obriguei mais uma vez a esquecer essa imagem perturbadora e foquei em minha filha, comecei a fazer cocegas em sua barriguinha – pala mamãe, para

- Tudo bem meu bebê – concordei beijando seus cabelos enquanto eu ria, o sorriso dela me alimentava, ela era uma cópia fiel minha, seus olhos azuis eram tão profundos e claros quanto os meus, ela era pequena, delicada uma verdadeira princesa com seus grandes cabelos longos escuros – eu amo você filha, tanto, tanto que a dona cegonha disse, essa princesa deve ser mimada pela mamãe um pouquinho mais.

- Eu também te amo mamãe – disse me dando um beijo na bochecha e isso preencheu o meu coração, afastando para o lado a dor que o seu pai causou em meu peito – muitão do tamanho do universo.

- Ninguém é capaz de te amar mais do que eu – soltei sem querer, enquanto a apertei forte, a ideia de me separar e que Rob pudesse tirá-la de mim me destroçou um pouco, eu não deveria pensar nisso, ele não faria tal coisa.

Não faria? Eu ainda era muito inocente, tinha que concordar.

Robert enquanto me iludia dizendo que eu deveria parar um pouco com as cargas de trabalho para assim relaxar mais para termos um segundo filho, ele queria esse tempo para fazer um filho na nossa secretária.

Será que a culpa é minha? De não ter sido uma boa esposa, de ter pensado só em trabalho? Será que em algum momento eu falhei, não fiz ou não fui a pessoa que ele queria?

Não, não vou me culpar, a culpa é só dele de não ter caráter, de ser essa pessoa horrível, desleal. Se ele não tivesse satisfeito com o nosso casamento ele que terminasse, não precisava chegar a esse ponto.

Depois de Anne ter dormido e eu erroneamente continuar mantendo suas esperanças em ter um irmão eu fui para o meu quarto com um aperto no peito. Ela teria um irmão, e ele não sairia de mim.

Toque minha mão em meu ventre e o apartei, por que isso acontecia comigo? porque eu sinto que a qualquer momento vou ficar louca, eu sinto que eu preciso gritar, colocar para fora essa leoa que ruge desolada dentro de mim.

Peguei duas malas de Robert e coloquei de qualquer jeito algumas de suas camisas passadas perfeitamente do jeito que ele gostava dentro da mala, soquei outras de suas roupas quando as malas se encheram fechei todas e corri até o banheiro em busca de uma tesoura.

Após cortar todo o restante eu olhei no relógio, vinte três horas, sorrir imaginando que estava colocando a mãe do seu filho para dormir. Desci com suas malas e coloquei elas na sala ao lado do sofá.

Fui até a cozinha e peguei uma xicara de chá, eu sentia o meu corpo trêmulo, minhas mãos estavam frias e tremulas, os meus lábios eu precisava mordê-los para me conter. Enquanto tomava o meu chá sentei-me no sofá e cruzei as pernas como fazia quando era adolescente.

- Amor? – ouvi sua voz ao longe e percebi que eu tinha entrado em um estado de inercia, ergui o rosto e o encarei, ele era tão lindo, um sonho de consumo de muitas mulheres que eu conhecia e que diziam que eu tinha tirado a sorte grande, porque ele me idolatrava, diziam que ele só faltava beijar o chão que eu pisava, a custo de que? Em troca de que? Do que adiantou se agora me apunhalou pelas costas? – querida você está bem? Está tremendo Aurora o que aconteceu?

- O que aconteceu? – indaguei, sentindo as lágrimas escorrendo em meu rosto, elas pareciam queimar a minha pele, eu queria que ele sentisse a mesma dor, por que doía tanto? Porque queimava, sangrava? Olhar para ele tão bem enquanto eu estava destroçada me deixava irritada, eu queria poder estapear a sua cara, eu queria poder descontar tudo o que eu estava sentindo – onde você estava Robert?

- Tive um jantar de negócios, queriam beber um pouco depois do jantar e seria falta de respeito eu negar – disse ele ainda cauteloso, essa calma dele que eu sempre admirava agora estava me dando nojo, por que ele mentia desse jeito? – o que você tem? Nossa filha piorou? Está me deixando preocupado amor – no mesmo instante em uma atitude impulsiva joguei o resto de chá quente em seu peito – QUE PORR4 PENSA QUE ESTÁ FAZENDO AURORA?

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