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Do Fim Ao Recomeço

Capítulo 1

Era cedinho e os primeiros raios de sol invadiam o parabrisa do carro, mãe e filha chegaram em Los Angeles/Califórnia, seguindo o caminhão da mudança, param em frente a casa nova que iriam morar e descem animadas com o que estava por vir.

Claire O'Neill, 30 anos de idade, é uma jovem mãe divorciada de uma adolescente de 14 anos chamada Kristen. Foi mãe muito jovem e desde então abdicou de muitos de seus sonhos, do qual virou apenas memórias esquecidas em algum lugar no passado. Era uma artesã muito habilidosa no seu trabalho, fabricava peças em cerâmica e isso de uma certa forma virou sua paixão, além de ganhar muito bem com as vendas.

Kris - É... nada mal! (risos)

Claire - E você ainda não queria vir!

A menina olha para a mãe e balança a cabeça, em seguida abre a porta do carro liberando um lindo Golden Retriever chamado Dime. O cachorro corre pela grama se familiarizando com a área e fareja a varanda da entrada da casa.

Claire - Podem tirar a mudança!

Falou para os dois homens do carro da mudança enquanto abriu a porta para a entrada dos móveis, apesar de algumas partes da casa terem móveis planejados. Kristen abre o porta malas e pega uma bola pequena, joga no meio da grama fazendo Dime ir buscar.

Claire - Cuidado com essa caixa, tem coisas de quebrar.

Homem - Não se preocupe senhora, tudo dará certo, confie em nós!

Claire - Esse é o meu medo!

Ela fica observando os dois homens um pouco atrapalhados, amassa os lábios e então olha para a rua. Era tudo tão calmo que transmitia até uma certa paz, tinha muitas árvores que exalavam oxigênio com cada ventania que batia, fazendo as folhas caírem no chão.

Nesse momento, Claire percebeu que ter escolhido uma casa afastada de todo o movimento do centro da cidade foi literalmente a melhor opção. Leva a visão para filha brincando com o cachorro e sorrir.

Claire - Filha, venha me ajudar a tirar essas coisas do carro.

Kris - Já tô indo mãe!

A menina joga a bolinha um pouco mais longe e corre até o carro, pega umas caixas e leva para dentro da casa. Logo os homens finalizam os últimos móveis e vão embora. As duas olharam para toda aquela bagunça na casa e suspiraram profundamente.

Claire - É, acho que teremos um longo trabalho pela frente.

Falou com as mãos na cintura.

Claire - Mão na massa!

Elas passaram a manhã inteira tentando organizar o máximo possível de coisas na casa, mas ainda tinham alguns cômodos para colocar tudo em ordem. Deram uma pausa e Claire pediu delivery para almoçarem. Enquanto isso deitaram no piso de madeira da sala, cansadas, entretanto, era algo que estava valendo a pena, e estavam felizes por isso.

Dime aproveita e deita do lado delas, Claire fita a filha digitando algo no celular e franze o cenho incomodada.

Claire - Você e esse celular!

Kris - Estou falando com o meu pai!

Claire revira os olhos.

Kris - Eu disse que nós já chegamos.

Claire - Disse foi?

Perguntou ironicamente, a menina se incomoda e olha para a mãe.

Kris - Sim! E convidei ele para vir conhecer a casa.

Claire - Ah não, não acredito!

Kris - Qual é mãe, ele é meu pai!

Claire - No dia que ele vir me avise que eu vou dar uma volta pelo o bairro.

Fica um silêncio.

Kris - Porque vocês não deram certo?

Perguntou triste enquanto se sentava no chão e cruzava a perna uma em cima da outra.

Claire - Já disse, casamos muito jovens e não deu certo!

Kris - Só casaram por minha causa?

Claire - Não Kristen, casamos porque estávamos apaixonados.

Mais uma vez fica um silêncio naquele cômodo, até a garota quebrar o gelo e se levantar.

Kris - Ah, vou tomar um banho!

Claire apenas confirmou com a cabeça.

Kris - Vem Dime!

O cachorro se levantou e foi correndo atrás da garota subindo as escadas para o quarto no segundo andar. Claire ficou ali no mesmo lugar pensativa e lembrando do passado, por um momento lhe bate um arrependimento de ter voltado para Los Angeles, pois seu ex marido também morava lá.

A campainha toca.

Claire - A comida já chegou? Que rápido!

Ela se levanta e caminha em direção da porta, ao abrir dar de cara com uma mulher bastante simpática segurando uma travessa com uma torta de maçã.

Mulher - Olá vizinha, seja bem vinda!

Um pouco sem jeito, Claire sorriu e recebeu a torta agradecida.

Claire - Quanto gentileza, muito obrigada!

Mulher - Espero que goste, é receita da família!

Ambos sorriem.

Claire - Entre!

Mulher - Só um pouquinho não quero atrapalhar!

Claire - Não vai! (risos)

Mulher - Me chamo Deyse!

Claire - Prazer, e eu me chamo Claire!

Elas ficam conversando alguns minutos na cozinha enquanto Claire organizava algumas coisas. Kristen desce as escadas já de banho tomado seguida por Dime, escuta vozes e se encaminha até o cômodo.

Kris - O almoço chegou? Estou morrendo de fome!

A vizinha olha para a garota e sorri.

Deyse - Bom, presumo que essa seja a sua irmã!

As duas sorriem com o comentário da mulher, mas isso já não as incomodava mais, elas levaram numa boa.

Claire - Não! Essa é a Kristen, minha filha!

A mulher praticamente esbugalhou os olhos surpresa.

Deyse - Sério?

Claire - Sim, fui mãe muito jovem!

Deyse - Agora sim estou de queixo caído.

Kris - Com um tempo você se acostuma, todos tem esse baque logo de primeira, já é rotineiro esse tipo de reações das pessoas.

Respondeu descontraída, senta na banqueta próximo ao balcão e põe o dedo na torta de maçã para provar lambendo o dedo indicador.

Kris - Hum... gostosa!

Claire - Nem pense em comer doces agora, só depois do almoço!

A menina sorriu e olhou para a vizinha.

Deyse - Qual sua idade, jovem?

Kris - Quatorze anos!

Deyse - Tenho um filho da sua idade.

As duas mães conversam mais um pouco e acabam descobrindo que Kristen estudará na mesma escola.

Deyse - Talvez vocês até possam ir juntos, e ficar na mesma turma.

A garota dá de ombros, a campainha toca.

Claire - O almoço chegou!

A vizinha se despede das duas e vai embora. Ambas pegam as suas marmitas e sentam-se para comer no balcão da cozinha mesmo.

Capítulo 2

Depois do almoço elas voltaram a organização da casa, e isso se estendeu até umas 21:00 horas. Exausta, Kristen tomou um banho e comeu um sanduíche natural com a mãe, em seguida capotou na sua cama.

Claire voltou para terminar de organizar uma sala fechada que seria seu ateliê de artesanato, desembalou todas as peças já prontas e colocou expostas em prateleiras de madeira, uma espécie de armário improvisado, limpou tudo da melhor forma possível e finalizou aquela parte. Suada e suja, subiu e entrou no seu quarto, tirou as roupas e entrou no banheiro, no qual encheu a banheira e jogou alguns sais de banho aromáticos na água, deixando um cheirinho incrível de lavanda.

Apoiou a cabeça em um travesseiro de plástico e fechou os olhos. Contudo, seus pensamentos lhe levaram de volta ao passado, há exatamente 14 anos atrás.

"Lembranças de Claire"...

A jovem Claire estava no ônibus do acampamento de férias, todos os anos tinha, e seu avô a mandava sempre desde os seus dez anos de idade, agora com quatorze anos, seus gostos meio que mudaram da água para o vinho, se transformando em um programinha chato.

Claire - Um mês inteiro na floresta, quem aguenta?

Reclamou a garota enquanto olhava as montanhas pela janela, uma voz se manifesta atrás dela.

Garoto - Talvez não seja assim tão ruim!

Ela se vira para olhar quem era e cora.

Garoto - Tudo bem? Me chamo Thomas!

Claire - Tu..tu..

Ela mal conseguia completar uma simples palavra de tão nervosa que ficou, afinal o garoto era um gato.

Claire - Tudo!

Ela arregala os olhos e se ajeita no assento olhando novamente para frente um pouco imóvel. Claire só escuta um riso do rapaz, que soava amigavelmente.

O restante da viagem inteira não trocaram nenhuma palavra. Quando chegaram no destino, um monitor subiu no ônibus pedindo que todos os adolescentes descessem, formando uma fila.

Monitor - Devagar!

Claire desceu e ficou olhando para trás procurando o rapaz, mas não o encontrou de imediato.

Thomas - Está me procurando?

Ele falou atrás dela.

Claire - Eu... eu não! Convencido você, né?

Thomas - Talvez!

Um homem começa a chamar pelo o nome entregando as malas a cada um dos adolescentes. Claire e Thomas enfim olham toda a extensão do lugar, ela não conhecia esse ainda, frequentava outro antes. E tinha que admitir que aquele acampamento a surpreendeu, principalmente o lago um pouco mais distante da casa-hotel.

Thomas - Legal!

Monitor - Todos os dias teremos atividades...

Enquanto o homem falava, a curiosa Claire olhava tudo ao seu redor. Outros ônibus com adolescentes de outras cidades chegavam, e logo toda aquela agitação a animou.

Homem - Claire O'Neill?

Como ela não estava prestando atenção, o homem encarregado pela a entrega das malas a chamou algumas vezes até ela ouvir e levantar a mão.

Claire - Sou eu!

Homem - Está surda jovem? Precisa de uma lavagem nos ouvidos?

Alguns adolescentes sorriram com o comentário.

Claire - Não! Minha audição funciona perfeitamente bem, consigo ouvir zumbido de mosquitos há quilômetros.

Ela se aproxima e pega a mala.

Homem - Engraçadinha! (risos)

Ela olha novamente para os lados procurando Thomas, mas ele já não estava mais ali. Há três metros, uma mulher estava com uma prancheta nas mãos indicando qual era o quarto compartilhado de cada um.

Depois de saber onde iria dormir, Claire entrou dentro daquele enorme hotel rústico no meio da floresta, cada quarto tinha dez camas, banheiros e um enorme refeitório.

A noite estava tendo a noite do cinema no salão, mas logo aquele programa desanimou Claire, que saiu de mansinho sem ser notada pelos supervisores. Caminhou até o lago e sentou na plataforma de madeira contemplando a luz do luar no céu refletindo na água.

Um ar de melancolia dominava aquele lugar de uma forma surpreendente. Claire senta na mini ponte e tira o tênis colocando os pés submersos na água fria, e ficou mexendo delicadamente.

Thomas - Também não curtiu o filme?

Ela olha para o lado e sobe a cabeça para visualizar seu novo suposto amigo de rebeldia.

Claire - Sim! Já assisti aquele filme.

O rapaz tira os sapatos e senta perto dela afundando os pés na água.

Thomas - Então, qual sua idade?

Claire - Quatorze, e você?

Thomas - Dezesseis!

"Fim dos pensamentos de Claire"...

Depois daquela noite a vida deles nunca mais foi a mesma, se tornaram amigos e consecutivamente um casal, quando voltaram para Los Angeles, continuaram o relacionamento até Claire engravidar. Entretanto, o pai de Thomas não concordava, estava preparando o filho para assumir suas empresas no futuro próximo, e ter um envolvimento com uma garota de classe média não era bem visto por ele.

Depois de o bebê nascer, as coisas estavam se complicando ainda mais, pois o pai de Thomas estava decidido o mandar para estudar fora, e assim aconteceu. Três anos depois casaram escondidos com a ajuda do avô de Claire e depois dali, o pai dele teve que aceitar.

Tiveram dois anos conturbados de muitas brigas e acabaram se divorciando. Thomas acabou entendendo o quão precipitado foi, de não ter pensado no seu futuro profissional. Estudou fora alguns anos e retornou para assumir as empresas.

Hoje é bem sucedido, e paga uma pensão gorda para Kristen. No entanto, Claire só usa o necessário para escola, roupas, calçados e algumas coisas que a garota precise, o resto guarda tudo na poupança da filha. Jamais usou o dinheiro para seu benefício próprio, as compras de mercado, e todas as outras contas, ela que arca com seu próprio dinheiro.

Atualmente quase não tem contato direto com Thomas, faz anos que eles não se vê pessoalmente. Ao contrário de Kristen que fala todos os dias com o pai, e sempre nas férias e feriados prolongados viaja para passar uns dias com ele.

Agora, a menina estava extremamente feliz, pois morando em Los Angeles teria mais contato com o pai e poderiam viver uma rotina de agora em diante.

Claire abre os olhos e fita os detalhes do gesso do teto por um longo momento. Submerge na banheira e retorna tirando o excesso de água do rosto, pega uma toalha que estava do lado e levanta se enrolando. Ela evitava lembrar do passado, lhe traziam lembranças boas e ruins.

Capítulo 3

No centro de Los Angeles, Thomas saia de um restaurante luxuoso, tinha acabado de ter uma reunião muito importante informal com alguns supostos sócios, mas nada saiu como o planejado.

Ele entra no carro e abaixa a cabeça no volante, odiava o fracasso de todas as formas possíveis, inconformado aceita uma nova reunião com o grupo daqui a uma semana.

Thomas Jones, 32 anos de idade. É presidente de uma das maiores empresas de tecnologia digital do país. É divorciado, e pai de Kristen, sua única herdeira até agora. Nunca pensou em casar novamente, essa era uma hipótese distante para a sua atual vida. Gostava de sair e curtir a noite com mulheres sem compromisso, basicamente não queria se prender mais a ninguém, a última vez que tentou considerou um erro.

Ele liga o carro e sai do local, mais a frente para no sinal e pega o celular tirando do silencioso. Haviam algumas mensagens da filha lhe desejando uma boa noite e uma selfie com o seu cachorro Dime no seu novo quarto.

Aquele sorriso risonho na imagem foi o suficiente para ele relaxar um pouco, tirando a tensão que estava fazendo seus músculos ficarem rígidos. Tinha a plena consciência que não era um pai tão presente como gostaria de ser, mas estava decidido ao máximo recuperar o tempo perdido, pois agora, Kristen morando na mesma cidade tudo seria mais fácil, mesmo sento muito difícil conciliar seu trabalho que exigia muito dele muitas das vezes, chegando a ser exaustivo tanto empenho.

Ele resolve retornar para a filha, fazendo uma chamada de vídeo, apoia o celular em um prendedor de aparelhos que fica no painel, e ajusta o enquadramento para aparecer nitidamente.

Kris 📱 - Pai!

Exclamou surpresa.

Thomas 📱- Oi filha? Te acordei? (risos)

Kris 📱 - Na verdade, sim, mas não tem problema!

Ele observa a filha bocejar e alongar os braços para cima.

Kris - 📱 Viu o meu quarto?

Ela dá um giro com o aparelho na mão mostrando sua suíte, se levanta e entra no banheiro também para filmar.

Kris 📱 E ai? Gostou?

Thomas 📱 - Adorei filha!

Kris 📱- Estou pensando em trocar o papel de parede.

Thomas 📱 Quer que eu mande um profissional capacitado para fazer isso?

Perguntou enquanto manobrava o volante e entrava numa rua.

Kris 📱 - Acho melhor não, mamãe não aceitará, além disso tenho a minha própria mesada do mês, então não precisarei tirar da poupança.

Ele bufa.

Thomas 📱 Sua mãe é muito chata, e por causa disso e outros assuntos que não suporto nem olhar para cara dela.

Kris 📱- Pai?

Reclamou a garota.

Thomas 📱 - Perdão filha, mas não me conformo! Você poderia estar morando em um confortável apartamento no centro da cidade com vista panorâmica, mas a dona teimosa não quer, me recuso a falar com essa mulher.

Kris 📱- Deixa ela papai!

Thomas 📱- Tudo bem! E a escola e pelo menos ela te matriculou na que eu indiquei?

A menina suspira e revira os olhos.

Kris 📱- Cansei de vocês dois, são chatos pra caralho!

Thomas 📱- Olha a língua!

Kris 📱 - Resolva com ela esse assunto, não custa nada os dois serem civilizados de vez em quando.

Thomas 📱- Me passa a localização da casa, amanhã depois do trabalho vou aí te ver!

Kris 📱- Ok, vou dormir, amanhã é meu primeiro dia de aula na nova escola, e estou bastante ansiosa por isso.

Thomas 📱- Até amanhã! Te amo!

Kris 📱- Também te amo, pai!

A garota finaliza a ligação, deixando o pai pensativo. Enfim, Thomas chega no prédio onde mora e entra pelo subsolo estacionando na sua vaga, desce do carro e caminha para o elevador.

Ao chegar no seu andar, entra no seu luxuoso apartamento, liga as luzes da sala e da varanda. Olha as luzes e o movimento da noite encostado no parapeito, de repente seu celular começa a tocar.

Thomas 📱 - Alô!

Era um amigo insistindo para Thomas sair para beber um pouco. A princípio ele até resistiu ao convite, mas como estava muito tenso devido ao fracasso da reunião no restaurante, precisava se distrair um pouco essa noite, e esquecer os problemas de trabalho.

Tomou um banho rápido e vestiu algo legal para um tour nas noitadas em algumas boates de elite. Logo saiu de casa e encontrou o amigo na primeira casa noturna, no qual nem passaram dez minutos.

Thomas - Detesto lugares repletos de adolescentes!

Derick - Até parece que nunca foi um. (risos)

Thomas - Fui, e o mais inconsequente que existiu!

Derick - E aí, para onde vamos?

Thomas - Acho que vou para casa dormir!

O amigo logo sorriu com o desânimo do seu parceiro de farra.

Derick - O que aconteceu?

Thomas - Nada!

Derick faz uma rápida ligação e comemora ao finalizar.

Thomas - E esse sorriso ridículo?

Derick - Me acompanhe!

Thomas - Para onde?

Derick - Sabe aquela garota gostosa que estou tendo um rolo?

Thomas - O que tem ela?

Derick - Ela nos convidou para tomar um vinho na casa dela.

Thomas - Tô fora!

Disse caminhando em direção ao seu carro.

Derick - A amiga dela que eu tinha comentado está lá.

Thomas - Qual é a sua? Tá me arrumando mulher agora? Sabe que não preciso.

Derick - Sim! Entretanto garanto que irá gostar dela, a loira é uma gata!

Thomas entra no carro, o amigo insiste mais algumas vezes dando batidinhas no vidro da janela, ele baixa e arqueia as sobrancelhas.

- Ok, você venceu!

Derick - Vamos então, me siga!

O amigo entra no veículo da frente e dirige em direção a casa da suposta ficante. Thomas o segue enquanto escutava uma música no volume bem baixo no som do carro.

Quinze minutos depois eles chegaram de frente a uma casa em um condomínio de luxo. Foram recebidos com muita hospitalidade pela anfitriã, Michele, que não enrolou muito e apresentou a amiga.

Michele - Bom, essa é minha melhor amiga, Agatha!

Thomas sorriu de lábios fechados e a olhou dos pés à cabeça com uma certa malícia.

- Muito prazer, meu nome é Thomas!

Ele a cumprimenta e ambos ficam se encarando. Era nítido que Thomas gostou do que viu, e se interessou logo de primeira. A conversa fluiu naturalmente e logo se beijaram esticando a noite respondendo seus desejos carnais.

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