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Meus Três Noivos Destinados (Livro 2)

1

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Transtorno bipolar ou transtorno afetivo bipolar É uma condição de saúde mental que causa mudanças extremas de humor.

Eu tenho essa doença, algo que me prende num estado catatonico de depressão e ansiedade. Um sentimento horrível, uma hora estou tão feliz, já em outro momento sou a pessoa mais miserável do mundo. Eu me odeio por ser assim.

Minha família me abandonou por causa disso, por que sou quebrada, defeituosa. Eles tinham vergonha de mim, por isso me jogaram fora.

Me internaram num hospital psiquiátrico qualquer e nunca mais, vinheram me ver ou checar se eu estava bem.

Sim, um hospício de verdade. Um lugar para onde doentes mentais vão, pessoas que foram abandonados pelo, aqueles que deveriam os amar e proteger.

Sou apenas uma garota de 16 anos, que deveria esta na escola, deveria arrumar amigos e ter um ou dois namorados ou esperar pelo o dia que descobriria se eu seria um slavus ou uma domine. E ter um parceiro, mas falta dois anos para esse dia chegar e quando chegar, meu parceiro saberá que sou quebrada também e irá me abandonar.

Todos me abandonam!

Esse lugar é terrível e eu ódeio como eles me dopam, sem necessidade. A pior parte é que minha doença nem tem um grau sério. Minha bipolaridade é do tipo 2.

No tipo 2, o paciente apresenta episódios baixos ou moderados de mania, que não geram grandes alterações na vida da pessoa.

Porém, minha família não queria saber disso nem escutaram os médicos, mesmo que minha doença pudesse ser tratada com remédios e terapia.

E eu os odeio por isso, odeio a todos.

Odeio o mundo por ser normal e eu não, odeio meu futuro parceiro porque sei que ele irá me abandonar como minha família abandonou.

Eu me odeio...

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Eu estou na cantina comendo, enquanto jogo dama com Cleide. Ela tem 56 anos e tem esquizofrenia, seus filhos a abandonaram também nesse lugar. Mas pelo menos, eles vem a visitar.

__ Eles estão atrás de mim, querem entrar na minha barriga. __ Ela sussurra, para mim.

Eu já não tento a convencer que não tem ninguém querendo entrar na barriga dela, eu só faço concordar e continuar a jogar, porque é inútil tentar explicar para ela que ela está tendo alucinações.

Quanto mas eu conheço as pessoas daqui, mas percebo que esse não é o meu lugar. Sou normal demais para estar aqui, do mesmo jeito que sou anormal demais para estar lá fora. Eu não tenho ideia de onde é o meu lugar.

A hora da comida terminou e eu vou para o meu quarto dormir, ter uma péssima noite de sono como sempre.

Eles me dão os meus remédios e eu durmo. De frente do normal, eu me sinto um pouco estranha antes de pegar no sono.

Acordo de noite, com uma queimacão nas costas. Uma dor, que nunca senti antes.

Meu corpo todo doi e eu gem0 desolada, cada fibra minha esquenta e eu grito. Grito muito, até uma enfermeira vim me socorrer.

Ela me segura enquanto me contorço de dor.__ O que está acontecendo?__ Ela pergunta.

Eu gem0.__ Não sei, está doendo muito. __ Declaro, com a voz fraca.

Aponto para onde está doendo, bem no meio das minhas costas. A enfermeira, levanta a minha blusa.

__ Isso não é impossível, você é muito nova.__ Ela declara, um pouco chocada.__ Vou chamar o médico.

A enfermeira corre pelos corredores, como se algo extraordinário estivesse acontecendo.

E Realmente está porque minha vida está prestes a mudar.

Depois de horas de sofrimento, finalmente eu entendo o que aconteceu comigo. Minha marca apareceu, dois anos antes, do mínimo de idade que se pode ter quando a marca deve aparecer.

Só aparece para você aos 18 anos se você for uma domine, se for um slavus a marca aparece quando seu domine fizer 18 anos. Então, você pode ter qualquer idade quando isso acontecer, se acontecer.

__ Então, o que eu sou?__ Pergunto para o médico.

Ele examina as minhas costas, com cuidado.__ Você é uma domine e tem 3 marcas, o quê significa que você tem 3 parceiros. __ Ele declara.

3? Meu Deus, quão azarada eu sou?

__ Parabéns, Mille!__ Algumas enfermeiras dizem, em sicronia.

Claro que elas acham que isso é uma boa coisa, agora que tenho slavus. São eles que irão me controlar e não a minha família. Então, eles poderão me tirar daqui quando quiserem se quiserem e ninguém, nem o governo nem a minha família pode ir contra a eles. Porque essa é a tradição deste país é a lei, desde que a rainha Aruna veio para esse país a leis ficaram mas severas, por causa de toda a confusão que ela fez em rejeitar os seus slavus. O próprio rei, ela era louca. Quase tão louca quanto eu sou agora.

De todo modo, tenho certeza que eles irão me reijeitar porque sou defeituosa. Ninguém, iria querer um problema como eu nas suas vidas.

Não sei se fico feliz ou triste, com a minha realidade.

__ Porque a marca, apareceu tão cedo? Tem algo de errado comigo?

Meus olhos brilham com lágrimas, quando percebo que sou ainda mais defeituosa do que eu imaginava.

__ Não tem nada de errado com você, Mille! Você é um pouco precoce, talvez por causa dos remédios que você toma. Isso não é algo novo, já aconteceu antes. Você tem sorte, poderá sair daqui agora.

__ Sair daqui?__ Eu franzo as sobrancelhas, porque eles achariam algo bom. Uma pessoa como eu estar solta no mundo.

__ Sim, sair daqui! Você não deveria estar aqui de toda maneira. Não existe motivos para isso.

Então, o único motivo deu estar aqui, é que minha família pagou para eu estar.

Lágrimas escorrem pelo meu rosto, cheia de sentimentos de decepção.

__ Iremos notificar os seus slavus e a sua família, é hora de você começar a viver a sua vida.

Eu deveria estar feliz por isso, mas pelo o contrário, eu me sinto péssimo.

Horrível e desagradável, essa é a minha doença falando? Ou só sou eu mesma?

Um soluço ressoa da minha garganta, tenho certeza que só sou eu.

2

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Eu e meus dois irmãos, temos a nossa propria construtora. Somos bem conhecidos no meio. Construi­mos alguns dos principais predios de Novak, alguns edifícios foi construído para o próprio rei Anubis.

Depois que largamos do trabalho, voltamos para a nossa casa no centro da cidade. Uma casa rustica que herdamos dos nossos avos, são um bem precioso de família. Mesmo tendo dinheiro para comprar uma mansão, preferimos a casa que era dos nossos avos.

Enquanto estou tomando banho, eu finalmente sinto uma queimacão nas costas. Algo pelo qual eu estava esperando a muito, muito tempo.

Eu sinto a conexão se formando e quase sinto o cheiro dela inundar minhas narinas, que se dilatam com o aroma.

Um cheiro doce e intoxicante, que toma conta do ambiente.

Me levanto da banheira, a água escorre pelas minhas coxas. Eu me enrolo com uma toalha na cintura e vou para frente do espelho. Olho minhas costas e vejo a marca se formar, um pequeno brasão que se assemelha a uma rosa.

Meus olhos azuis se iluminam, cada musculo do meu corpo fica rigido.

Eu saio do quarto cambaleando e me dou de cara com os meus irmãos, que coincidentemente também tiveram as suas marcas expostas. Algo iluminou dentro de mim e eu sabia lá no fundo, que dividimos a mesma domine.

Um telefonema, o governo ligou para informar que acharam a nossa domine e que ela possuí circunstâncias atenuantes.

Eu não me importo com as circunstâncias dela, eu não me importo com nada na verdade.

Eu pegarei tudo o que ela tiver para oferecer com satisfação.

Por algum motivo, a pessoa que falou comigo não quis informar o que ela tem e quais são as circunstâncias. Mas como disse antes, isso não importa.

Assim, que desligo o telefone as perguntas começam.

__ Quem é ela? Como ela é__ Cardan, meu irmão mais novo pergunta.

Muito animado, ele sempre tem um sorriso provocativo no rosto. Suas feições são suaves, diferente do seu corpo.

Eu deslizo meu dedo na minha coxa sobre a minha calça jeans, que está bastante apertada nas minhas pernas e estalo a língua. __ Seu nome é Mille, foi tudo que me disseram sobre ela.

Seu nome derrete na minha boca, como chocolate. Tão delicioso.

O fato de não saber muito sobre ela me deixa incomodado, estou ansioso para tela comigo. Tela perto de mim.

__ Isso é um pouco estranho! Normalmente, eles dão um relatório completo sobre a domine para os seus Slavus. __ Bardon, declara.

Ele é o do meio, apesar de ser o maior de nós. Seu corpo é como uma maquina de músculos.

Talvez, porque ele pega no pesado nas construtora.

Nos temos uma força monstruosa, esse é o nosso dom. E usamos no nosso trabalho, Bardon, gosta de passar o tempo carregando sacos de cimentos e tijolos, um monte deles de uma vez. Seu corpo mostra como ele passa o seu tempo... Ele é monstruoso e sua personalidade não é diferente, ele é quieto e rigido. Um pouco diferente de mim e muito diferente de Cardan que está sempre com um sorriso no rosto.

__ Não me importo com nada, com tanto que tenhamos ela para nos.__ Cardan diz, seu sorriso ilumia tudo.

Ele está realmente feliz.

Eu me reencosto na poltrona, sou o mais velho. A pessoa que mantém tudo em ordem, mas, para ser sincero. Não estou com a cabeça no lugar, desde que a marca apareceu uma queimacão no meu peito me incomoda. Uma ansiedade e sensação estranha que corrói minha sanidade.

Eu respiro fundo. __ Não importa o que tem de errado, eu vou trazer ela para onde pertence. Que é ao nosso lado.

Cardan e Bardon, concente com a cabeça. __ Confiamos em você para isso, Illay...

👣

No outro dia, somos encaminhados para o centro de parlamento. Lá eles nos informam sobre a condição da nossa domine.

__ Ela é uma criança?__ Eu questiono, sem acreditar.

O homem magro na minha frente fica desconfortável, um pouco assustado. Talvez com medo de que vamos reagir de uma forma negativa, afinal não temos uma aparência nada receptiva.

Bardon inclina a cabeça para o lado escutando tudo atrás de mim, o homem se encolhe ao encarar ele. Bardon, com certeza é o que mais amedronta.

__ Uma criança...__ Cardan, sussurra. __ Isso é um ruim.

__ É uma condição rara que a fez despertar antes do normal, mas acontece. Sinto muito por vocês.__ O homem magro e ruivo, justifica.

__ Você fala como se ela fosse defeituosa. __ Eu estalo a língua, um pouco com raiva de como ele falou dela.

O homem para de respirar por um momento, suas feições cansadas ficam em alerta.

__ Eu-Eu vou chamar alguém para conversar com vocês. __ ele praticamente foge do local.

Cardan sorri.__ Vocês o amendrotaram, ao ponto dele fugir com o rabo entre as pernas.

Eu reviro os olhos. __ Eu só não gostei da forma que ele falou dela...

Bardon concorda comigo, com a cabeça. Seu silêncio diz muito.

Uma mulher aparece, seus olhos se chocam com os meus e ela dá um sorriso envergonhado, enquanto me observa.

__ Estou vendo aqui, que vocês vinheram saber sobre sua domine. __ Ela diz, um pouco decepcionada.

Ela revira alguns papéis, até achar o certo. Seus olhos se iluminam ao ler o que está escrito.

__ Sua parceira está internada num hospital psiquiátrico, por causa de sua doença de bipolaridade. Eu sinto muito. __ Ela diz, com um sorriso que mostra que ela não sente nada.

Meus músculos se contrai ao escutar aquilo, por isso estavam todos resseosos para nos contar sua condição.

O sorriso de Cardan vai embora e Bardon fica, mais silencioso que o normal. A mulher entrega os papéis e seus dedos deslizam pela minha mão enquanto ela me dá um sorriso meigo.

Eu só consigo sentir repulsa por ela. Eu tiro minha mão, com um pouco de brutalidade pegando ela de surpresa. Seus olhos logo escurecem.

3

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Meu corpo relaxa um pouco, eu olho para a mulher na minha frente e pergunto sério. __ E a família dela? Eles não se importam com ela nesse lugar?

A mulher se recompõe, seu rosto se torna sério e ela começa a se comportar como deveria desde o começo. Cardan, dá um sorriso provocativo do meu lado, enquanto observa.

__ Eu não sei sobre a família, se quiser posso passar o contato deles para você. __ Ela diz.

__ Isso séria bom.__ Meu tom de voz é neutro.

Nos saímos de lá com a cabeça cheia de pensamentos, sobre como ela deve ser e como ela está naquele lugar.

__ Deveríamos tirar ela de lá o mais rápido que pudermos. __ Cardan fala, descendo as escadas. __Só de pensar nela lá, me deixa furioso.

Seus olhos ficam fixados nos seus pés, seus ombros estão retraídos. Bardon, que está do meu lado com a mão no bolso, parece ficar tenso com o pensamento dela, naquele hospital.

__ Como lidaremos com uma adolescente com bipolaridade, eu não conseguigo nem me dar bem com adultos, quanto mais com uma criança. __ Bardon, desabafa.

Seus olhos observam os carros passarem, seus pensamentos parecem estar longe.

__ Vamos lidar com isso, quando a hora chegar.

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Eu liguei para a sua família e eles foram bem rudes no telefonema, seu pai disse que podíamos ficar com ela que eles não estavam interessados em saber nada sobre ela. Isso me deixou muito irritado. A formação ele falou dela,como se ela não significasse nada para eles. Me deixou enjoado e com vontade de socar, pelo o telefone.

Depois que eu olhei o relatório direito, ficou claro que a garota não devia estar internada num hospital psiquiátrico. No máximo, ela deveria ver um psicólogo e tomar remédios.

Porém, eles a abandonaram por qualquer que foi o motivo que eles tiveram, não justifica.

Então, fiz algo que pode ser considerado sujo, eu paguei a eles para ficarem longe. Bem longe dela e nunca mais buscarem por notícias. O que eles aceitaram de bom grado, um problema a menos nas nossas vidas.

Eu caminho pelo corredor da minha casa e me deparo com Cardan e Bardon, pintando o quarto que Mille vai ficar.

__ Rosa?__ Eu pergunto, olhando para as paredes.

Oquarto está pintando com um rosa bebê, tem uma camada casal montada no meio do quarto e alguns móveis para montar. Tem bolsas de roupas novas, espalhados em cima da cama. Presentes, que eu e meus irmãos compramos para ela. Tudo para que ela possa ficar o mais confortável possível.

Cardan abre um sorriso no rosto, suas feições são suaves. Seu corpo está coberto por tinta rosa.

__ Garotas gostam de rosa. Ela vai adorar o seu novo quarto. __ Ele diz orgulhoso.

Olho para Bardon que está lutando para montar uma penteadeira para ela. Seu rosto está com uma carranca, que é de dar pena.

__ Vocês precisam terminar isso antes deu chegar com ela...__ Declaro.

__ Você vaí busca-la?__ Cardan pergunta, num tom animado.

Seus olhos brilham, em antecipação.

Eu confirmo com a cabeça. __ Quando chegar é melhor vocês terem terminado e arrumado tudo.

Não quero que o primeiro dia dela seja uma bagunça. Mordo os lábios com o pensamento.

__ Posso ir com você?__ Cardan, me questiona.

Bardon para oque está fazendo e nos avalia cuidadosamente. __Se ele for, também quero ir.

__ Ninguém vai ir comigo, eles só permitiram uma pessoa para buscar ela e vocês precisam terminar o de ajeitar o quarto dela.

__ Se eu conseguir descobrir como se monta isso, vou ter sorte. __Bardon diz, os seus ombros estão caídos enquanto ele tenta decifrar o móvel desmontado na sua frente.

👣

Enquanto dirijo, me pergunto como vai ser conhecer ela. Ela é uma adolescente, não vai ser fácil ter ela em nossas vidas e não poder fazer nada. Teremos que esperar ela ficar maior de idade para podermos nos casar e também respeitar o seu tempo.

Ela tem uma doença séria, que precisaremos cuidar. Ela terá muito tempo para se acomodar e se acostumar com a nova vida.

Espero que ela se sinta em casa.

Eu estaciono o meu carro na garagem e saio, o sol está muito forte eu fecho os olhos com a luz no meu rosto que me incomoda. Olho ao redor, está tudo vazio! Não tem ninguém, tem dois carros estacionados na garagem e só.

O hospital fica numa área isolada, não deve ter muitos visitantes por aqui.

Eu caminho enquanto observo as grandes janelas do hospital, percebo que tem alguns pacientes me observando.

Me pergunto se Mille é um deles.

Sou recebido por um dos médicos, ele me leva até o centro onde tem vários pacientes jogando.

O ambiente é mormido, é bastante frio também. Me causa um calafrio na espinha.

__ Ali está ela!__ O médico aponta para uma garota.

Ela é pequena e pálida, seus olhos azuis são grandes e os seus cabelos possui uma cor loiro prateado. Seu rosto é fino e sereno, ela tem uma expressão triste no rosto. Olhos caidos e terrivelmente tristes.Os seus lábios são pequenos mais carnudos. Seu corpo é muito magro, mas porém, seus seios são fartos.

Eu desvio o olhar dos seus seios, me sentindo uma pessoa horrível por prestar atenção no corpo de uma adolescente dessa forma.

Respiro fundo para ter a minha sanidade de volta e agir, como uma pessoa descente.

Olho para o médico, com olhos ansiosos. __ Posso ir até ela?

__ Claro que pode.

Respiro fundo novamente, minhas mãos estão suando porque estou nervoso.

Eu passo por alguns pacientes que estão sentados em suas mesas, de longeosseus olhos grandes e azuis me fitam. Como se ela me reconhecesse e soubesse quem eu sou.

Eu me aproximo dele e sua boca se abre um pouco, como se ela quisesse falar agora. Suas mãos dilizam sobre a mesa e caem em cima do seu colo fechado.

Seus olhos tristes agora estão atordoados e assustados, mas em nenhum momento ela desvia o olhar de mim.

São olhos confiantes e destemidos, algo martela dentro de mim. Me avisando como ela é perfeita demais para alguém como eu.

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