Olá minhas meninas!🥰

Aqui estou eu, iniciando mais uma história de amor...um pouco diferente dessa vez, eu confesso.

Nossos protagonistas da vez serão o casal Maya Choi e Jacob Stewart.

Nossa Maya vocês já conhecem pela espontaneidade e por falar o que pensa, o que a torna única!

E vamos acompanhar o resultado de uma simples partida de UNO, que vai acabar se transformando numa história de dois corações que se reencontram e enfim vivem um grande amor.

Esse será um livro curtinho, mas espero que vocês gostem e deem muitas risadas e se emocionem com nossos personagens.

Então, com a palavra...Maya Choi, a minha maluquinha preferida ❤

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Maya

Obrigada autora linda do meu ❤.

- Helena, pode me trazer as fotos prévia da campanha da Love in jewelry por favor?

Peço à minha assistente, enquanto olho algumas imagens e vou finalizando o texto da campanha para a empresa de joias do meu "primo".

Minutos depois minha assistente entra e, coitada, tropeça como sempre, quase caindo, me fazendo rir discretamente.

- Tudo bem aí, coleguinha? - pergunto e ela sorri meio sem graça, ajeitando os óculos.

- Sim, me desculpe senhorita Choi. É que...esse sapato de salto...ah, senhorita...isso é muito difícil de usar. - diz, frustrada.

Eu dou uma risadinha contida, enquanto olho com carinho para a menina linda porém meio desengonçada à minha frente.

Uma menina, só tem 18 aninhos, mas é muito competente e trabalha comigo já há 1 ano, desde que a contratei como training e não a larguei mais.

Helena perdeu os pais há três anos e ficou órfã tadinha, e hoje eu sou o que ela tem mais próximo de uma família, por isso cuido dela, dou conselhos...se bem que na maioria das vezes sou eu quem preciso de conselhos!

Enfim...eu gosto muito dessa menina.

- Os saltos são pra você praticar, afinal minha assistente tem que me acompanhar nos eventos, jantares chatos e com pessoas fúteis. - eu reviro os olhos e ela sorri. - Sério, Leninha! Quem vai rir comigo da cara plastificada das damas da alta sociedade?! - eu sorrio e ela dá uma risadinha...A risada dela é muito engraçada.- Então, continue treinando, minha fiel escudeira!

- Tudo bem, chefe. - ela assente. - Aqui as fotos que me pediu. - põe a pasta sobre minha mesa e a vejo me olhar, como se quisesse dizer algo, pois está esfregando as mãos e eu a conheço bem.

- Desembucha, minha filha! - digo, me ajeitando na cadeira e apontando a cadeira à minha frente para ela se sentar.

Ela senta, meio sem graça mas senta...ô bixinha vergonhosa!

- É que...sabe as fotos...A senhorita me ensinou muitas coisas...então meu olhar ficou mais crítico e...não me leve à mal...mas a prévia da nova campanha ficou bem ruim..- diz, receosa.

Torço a boca e pego a pasta, olhando as imagens.

- Que porcaria de trabalho mal feito! - reclamo. - Não tem emoção, tudo mal focado, sem um bom ângulo...quem fez isso?

- A Kendra. - ela responde, receosa.

- Entendi. - torço a boca. - Faz um favor pra mim, Leninha? - ela assente, já pegando seu Tablet e ficando pronta pra anotar minhas instruções...essa é uma menina de ouro, minha pupila! - Descarta essas fotos, reagenda com as modelos pra daqui uma semana, e manda uma mensagem pro Kevin agendando pra ele essa sessão de fotos.

E aí, como num passe de mágica, as bochechas da minha pupila ficam vermelhinhas.

Ela gosta do meu irmão, tadinha. Mas o tapado do Kevin fica babando pela Victoria, nossa prima e sócia. Porém a Vic é solta, gosta de curtição, mas vive dando esperanças pro meu irmãozinho, o que às vezes me deixa bem irritada.

Eu amo a Vic, somos amigas de verdade, mas esse jeito dela cozinhar o Kevin, o mantendo sempre por perto e nunca dando uma chance de verdade...isso me dá nos nervos!

- E...eu? Não...não pode...ser a senhorita? - a pobre tá a ponto de sair correndo de salto e tudo.

- Claro que posso. - encaro ela, sorrindo de lado. - Mas eu quero que seja você. - dou de ombros e ela se encolhe, mas concorda.

Conversamos mais algumas coisas e ela sai da minha sala, mas logo volta, toda alvoroçada.

- Senhorita, a senhora tem visita. - diz, sorrindo.

- Visita há uma hora dessas? Se não forem meus avós ou minha afilhada, pode mandar dar meia volta! Não estou pra ninguém...

- Nem pra mim, minha Tempestade?

Essa voz grossa já que causa um siricutico que só eu sei...

Olho na direção da porta e lá está ele, o motivo dos meus pensamentos mais levianos e da minha primeira desilusão amorosa na adolescência...Jacob Stewart!

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Eu, sou Maya Choi Donartti. Empresária, empreendedora, determinada, decidida e como muitos já sabem, comigo é assim...Escreveu não leu, pau comeu!

Mas eu sou um docinho de pessoa, olha só a carinha da bebê...😏

Maya Donartti Choi*

Pode deixá-lo entrar, Helena. Obrigada.

Encaro o homem enorme e cheio de músculos que senta na cadeira à minha frente, com um sorrisinho de lado, sua marca registrada de cafajeste gostosão.

- Diga, sr. Stewart, à que devo a honra da sua visita assim, no meio do meu expediente e sem marcar um horário? - ergo a sobrancelha e ele meneia a cabeça, sorrindo discretamente.

- Você fica linda assim, com essa postura de poderosa chefona, sabia?

Apoio o queixo na mão e o encaro nos olhos...aqueles olhos tão lindos que ele tem.

- Jake, o que você veio fazer aqui? - digo, com tom de reprovação. - Sabe que seus galanteios não surtem efeito em mim há muito tempo, então por favor, vá direto ao ponto, está bem?

Menti? Com certeza e na cara!

Mas não posso admitir que minhas pernas tremerem e meu coração dispara toda vez que o vejo. Sou...na verdade acho que sempre fui apaixonada por ele, mas infelizmente ele não me quis.

Disse que eu era muito nova e ele não queria me magoar pois não queria nada sério, e pior, ficou com outra na festa de casamento dos meus pais depois de me dar o fora.

Fiquei muito mal, mas engoli a decepção que amargou mais que féu. Levantei a cabeça e segui minha vida.

Estudei, me formei, montei a Prime, que é minha empresa de Publicidade e já estamos no mercado há dois anos.

Eu sempre fui mais alegre e solta, mas depois do que aconteceu eu resolvi que o que tem que ser dito, deve ser dito!

Parei de guardar certas coisas e me libertei de muitas amarras que me prendiam. Eu deixei sair a verdadeira Maya, e hoje minha família já se acostumou com meu jeitinho.

E quanto ao Jake? Bom, ele seguiu na galinhagem até que parece ter se dado conta do que perdeu, e acredite, isso já faz uns três anos. Desde então ele vive querendo uma chance, mas eu lembro bem do quanto eu sofri e não quero isso pra mim de novo não!

Porém, me esquivar desse monumento de 1,90 de altura ficou bem difícil depois que minha empresa começou a fazer a publicidade da Love in jewelry, a empresa do Jacob.

Muitas reuniões, telefonemas, mensagens...

Sabe aquele friozinho na barriga? Tá virando iceberg!

E por mais que eu tente com muito afinco parecer indiferente, até o perfume dele mexe comigo, e essa encarada que ele me dá, me olhando como se eu fosse um doce delicioso que ele quer devorar...isso me deixa nervosa!

- Eu senti sua falta, estava passando aqui perto e resolvi te ver. - me olha com carinho. - Trouxe um presente pra você.

Ele tira uma caixinha do bolso e põe em cima da mesa, deslizando em minha direção, fazendo um gesto para que eu abrisse.

Sorrio de lado e abro a caixinha, sentindo meu coração acelerar ao pegar e ver o que era...

- Mandei fazer pra você. Escolhi pessoalmente o estilo da letra. Espero que tenha gostado.

Olho pra ele, emocionada...

- É lindo! - sorrio. - Obrigada!

Aí, coraçãozinho bobo...Não vamos conseguir resistir por muito tempo, né?!

Jacob Stewart

Sentado nessa cadeira eu observo a mulher firme, decidida e poderosa à minha frente...

Cabelos escuros e compridos, corpo pequeno e delicado, rosto de menina, olhinhos apertadinhos, boca desenhada, gestos sutis e voz doce.

Essa mulher mexe mais com meu psicológico do que eu ousaria admitir com palavras, e por uma dessas brincadeiras da vida, nos distanciamos.

Somos adultos, mas não soubemos como lidar com certas situações entre nós, então cada um seguiu seu rumo, nos distanciando cada dia mais, até nos perdermos um do outro.

Mas a vida também têm suas coincidências, e numa dessas, a Love in jewelry, empresa de joias que meus pais fundaram e hoje eu dirijo ao lado da minha irmã Amber e do meu primo Andrew, têm todas as campanhas feitas pela Prime, empresa dirigida por essa tempestade coreana em forma de mulher.

Ela joga os cabelos para o lado, deixando o pescoço à mostra, e me faz o pedido que eu queria ouvir...

- Me ajuda a pôr o colar?

Esse colar foi um presente que eu cuidei pessoalmente de cada detalhe da confecção. Escolhi o designer das letras e a espessura da correntinha que, eu sabia, ficaria perfeita no pescoço dela.

Me levanto e dou a volta em sua mesa, deslizando meus dedos pela pele delicada de seu pescoço, sentindo a maciez e me inclinando, aspirando o perfume suave...ainda o mesmo perfume de antes.

Coloco o colar e prendo o fecho. Mas minha atração por ela é incontrolável e não resisto, dando um leve beijo em seu pescoço, sentindo e vendo seu corpo se arrepiar com meu toque.

- Eu sinto sua falta, minha tempestade...- digo baixinho, ainda com os lábios próximos à sua pele. - Por favor amor...

Ela se mexe na cadeira, se esquivando e limpando a garganta, quebrando nosso clima.

- Jacob, obrigada pelo presente, mas já pode se sentar. - aponta a cadeira e eu suspiro frustrado, mas aceito...não tem jeito. - Já que está aqui, quero te mostrar umas ideias que tive para a sua nova campanha das joias com Rubis...

Resolvo tratar somente de negócios. Então nos sentamos nos sofás da sala dela e ela vai colocando alguns esboços sobre a mesa de centro...

- Então, Jake, é isso. Se você gostou do slogan nós podemos seguir, mas quanto as fotos, eu prefiro esperar o Kevin voltar de Boston na próxima semana, aí vamos refazer as fotos em outra cidade. Aqui com tanta neve não será tão bom quanto à imagem que eu quero pra essa campanha. Rubis remetem à calor, fogo, e eu preferiria fotos num ambiente mais caloroso, estilo Brasil, tropical...

- Gostei da ideia. Que tal uma viagem? - digo, descontraído. - Brasil, família. Podemos visitar o pessoal, nossos primos...- tudo o que eu quero é mais tempo com ela.

- Ah, mas pra viajar e visitar teríamos que levar todo mundo. Bom, Vó Larissa e vô Felipe, Eu, Kevin, meu pai, minha mãe, tio Aaron e tia Sofy, Adrian, Allan, Nicollas e Mariana, tem a Maria Isis também.

- A filhinha do Nicollas?

- Sim, a minha bolinha fofa. - diz, sorrindo. - Tem também tio Antony e tia Melissa, Victoria, Pietro, vô Igor e vó Mônica, tio Seong e tia Anne, Andrew, Erick, Maria Flor, Rebecca e Hanna, Amber, você, tio Ricardo e tia Samantha, e ainda tem o povo lá da Itália, porque se formos sem eles não dá.

- Bom, seriam Tia Nanda e tio Bruno, Angelo, Antonella, Martina, Felippo e Lorenzo. E também tem a Manu, o Vicenzo e os filhos...- digo, pensativo.

- E tem que ver se a Manu pode viajar, porque está grávida de trigêmeos.

- Cara, nossa família cresceu demais. Se der mole os Donartti e Stewart vão povoar o mundo!

- Povoar o mundo eu já não sei, mas que a gente vai ter que construir mais um anexo no sítio dos meus avós, isso vai. Pensa só, nós tínhamos a casa principal e a cabana, daí fizeram a casa da piscina, e mesmo assim não dá pra todo mundo.

- Que tal a gente se organizar e construir uma casa dos primos? - digo e a vejo sorrir.

- Sério? Seria ótimo. Mas o que tem em mente?

- Vou ligar pra minha mãe e pra tia Anne. Topa ir lá na construtora comigo?

- Agora? - diz, sorrindo.

- Pra que deixar pra depois o que podemos dar início hoje, Maya?

Ela me olha e parece analisar o que eu disse. Depois dá um leve sorriso e meneia a cabeça.

- Ok, mas deixa eu ligar pro meu avô primeiro, porque uma hora dessas ele tá lá vigiando a vó Larissa no pilates.

- Ele não perde essa manina, né?!- sorrio .

- Nem vem tá. Sei que o vô Igor faz a mesma coisa com sua avó.

- Verdade. Vó Mônica sofre com aquele velho ciumento dela.

- Deixa ele ouvir você falar assim dele, deixa...- estreita ainda mais os olhos. - Você pelo menos não herdou esse lado ciumento da família, né?!

Eu levanto do meu lugar e caminho até onde ela está, sentada no sofá, com as pernas cruzadas e sento ao seu lado, chegando bem perto e aspirando seu cheiro, o que a faz se esquivar e me encarar com a sobrancelha erguida.

- Tá fazendo o que, homem?!

- Sentindo seu perfume. - digo, de olhos fechados. - Eu amo seu cheiro, sabia?

- Ai ai, Jacob Stewart! Foco, meu filho.

- Estou focado, Maya. - dou um sorrisinho de canto e me afasto. - E respondendo à sua pergunta, eu não sou ciumento porque não conquistei quem eu quero.

Ela me olha de rabo de olho e solta o ar com força.

- Vamos ligar pro meu avô...- para um pouco. - Mas não estávamos falando em ir pro Brasil ainda há pouco?!

- É, mas você me lembrou que nossa família é enorme, que fazemos filhos igual coelhos e estamos prestes à dominar o mundo. - ela sorri. - Então você não acha mais fácil mandar os jatinhos que temos pra buscar eles no Brasil e trazer pra cá?

- É, você tem razão! - diz, torcendo a boca. - Sem falar que teríamos que alugar um sítio no Brasil pra acomodar todo mundo, porque no sítio Três mosqueteiros não cabe tanta gente.

- Então partiu construtora? - digo, me levantando e estendendo a mão para ajudá-la.

- Partiu!- pega minha mão e, quando a puxo, ela bate no meu peito, e eu inclino meu rosto, ficando bem perto do dela. - Maya...- digo, com a voz rouca, respirando pesadamente. - Minha tempestade...- acaricio os lábios dela com meu polegar.

- Jacob...por favor...não...- ela diz, murmurando chorosa.

Fecho meus olhos tentando controlar meu impulso e minha vontade e isso é torturante pra mim.

- Tudo bem. - me afasto, e fecho minhas mãos em punho, tencionando o maxilar. - Vamos...- digo, dando espaço pra ela passar.

Vejo ela respirar fundo, fechar e abrir os olhos lentamente. Depois, pega sua bolsa, caminhando até a porta.

Eu vacilei. Vacilei feio. Tive uma oportunidade de ter uma joia valiosa e me iludi com uma bijuteria barata e os prazeres que eu tive.

Agora tenho que conviver com as consequências da minha decisão.

Eu só queria uma chance, uma única chance de voltar atrás e fazer a coisa certa...