Oi gatuxas , bem vidas a uma nova história , espero que gostem , não esqueçam de comentar e curtir os capítulos isso ajuda muito na divulgação do livro , lembre-se que a história está só começando e muitas aventuras irão surgir sem mais delongas desejo a todas uma ótima leitura beijos 💋.

...(...)...

Larissa tem 17 anos e está encerrando o ensino médio , ela é criada desde os 6 anos por sua tia, já que sua mãe morreu de overdose após descobrir que seu marido a estava deixando por uma mulher mais jovem , ela ficou inconformada já que ele foi o único homem que ela teve a vida toda , eles se conheceram no colegial se apaixonaram, namoraram, e se casaram , mas depois que Larissa nasceu ele começou a se distanciar de sua esposa, chegava tarde do trabalho, saia nos fins de semana sem dizer para onde estava indo, até que finalmente veio a bomba, ela chegou do trabalho e encontrou ele já com as malas prontas , e quando ela perguntou para onde ele estava indo, ele disse que estava apaixonado por outra mulher , que ela era mais jovem , mais bonita e que entendia ele e fazia ele feliz.

Eleonor

— O que esta dizendo é que sou feia e velha demais para você agora ?

Mario

—Precisa admitir que já não é como antes Eleonor.

Eleonor

— Não , eu não sou, mais você também não é Mario.

Mario

—Mais eu me cuido, mesmo com quase 40 anos e não aparento, já você, olha para você , essa barriga , estrias , não usa nem uma maquiagem , chego em casa quando vamos dormir, fica colocando esse blusões velhos, como um homem pode amar uma mulher assim?

Eleonor rir de forma amarga e diz entre lágrimas.

—Se estou mais gordinha e com estrias foi por carregar por nove meses nossa filha, o que antes você chamava de maior presente e agora mal olha para a menina, usar maquiagem? Como eu faria isso? Meu dinheiro vai todo nas contas, trabalho igual uma escrava naquele restaurante de seis da manhã até as cinco da tarde, chego em casa, tenho que fazer o jantar, da atenção a nossa filha, lavar as roupas que você larga jogada pela casa, então sim, a noite estou exausta e quero me sentir confortável para dormir.

Mario

—Eu perdi completamente o tesão por você, não vou ficar aqui batendo boca, sei que como é, vai inventar uma desculpa para qualquer erro seu que eu cite aqui.

Eleonor

— Não são desculpas Mario, são fatos, você chega do trabalho,se joga no sofá , toma sua cerveja, vê seu futebol , é claro que vai ter tempo de descansar e se cuidar, eu trabalho horas a fio fora de casa e quando chego não posso me sentar e relaxar, e mesmo assim nunca reclamei, sempre fiz a minha parte e a sua nessa relação.

Mario

— Só está cumprindo seu papel como mulher .

Eleonor

— Está brincando né ? Então por que não cumpriu o seu papel como marido ?

Mario

— Não cumpri ? Nunca deixei faltar comida nessa casa .

Eleonor

— Não é só colocar comida na mesa o papel de homem .

Mario

— Quer saber , adeus Eleonor, em breve envio a papelada do divorcio.

Ele sai e Eleonor cai de joelhos aos prantos, Larissa que tinha apenas três anos nesse momento e estava na sala com seus brinquedos escutando a briga dos pais quando vê sua mãe cair ali vai até ela e a abraça.

Larissa

—Mamãe .

Ela abraça sua filha com força chorando baixinho , ela fica ali até que não tem mais lágrimas para derramar, Larissa até mesmo dormiu em seu colo, ela se levanta levando a menina para cama e vai até o armário onde seu marido guardava as vodkas e whisky caro que ele gostava de beber, ela bebe até não se aguentar em pé achando que assim toda essa magoa passaria, e isso começa a virara um hábito, ela começou a beber até fora de casa , chegava em casa muito bêbada .

Parou de pagar a vizinha que cuidava da Larissa enquanto ela trabalhava, e teve muitas vezes que a menina ficava em casa sozinha sem nenhuma supervisão , as bebidas funcionaram por um tempo um longo tempo, mas no fim cada vez que ela chegava em casa e Larissa buscava pelo afeto de sua mãe ela a rejeitava, ela colocou em sua cabeça que no fim das contas seu marido a largou por que ela teve um filho e seu corpo não era mais o mesmo, então ela começou a trocar as bebidas por drogas pesadas , Larissa teve que aprender ase virar sozinha, com 5 anos preparava sua comida da forma que conseguia e ainda cuidava da sua mãe quando estava drogada jogada pelos cantos da casa, que era uma sujeira só, roupas sujas jogadas, latinhas de cerveja e bingas de cigarros por todo lado .

Até que no aniversário de 6 anos da menina ela acorda toda animada, mas acaba encontrando sua mãe espumando pela boca com uma seringa presa no braço a menina liga para a emergência , mas quando a ambulância e policia chegam lá ela já esta morta, e todos ficam chocados com cena que encontram na casa já que a menina mesmo com a mãe morta estava preparando o café da manhã em meio a uma bagunça, uma outra policial já havia atendido a um chamado também na casa quando a mãe passou mal outras vezes, também ficou chocada com a calma da menina.

Policial

—Oi pequena, onde esta o seu pai?

Larissa

—Ele foi embora.

Policial

— Não tem nenhum tio ou tia para quem possamos ligar?

Larissa

— Tia Susy 555 48932, mas só ligar se for caso de vida ou morte.

A policial olha para o seu parceiro surpreso por como a menina falou.

Policial

—Quem te disse isso?

Larissa

— A tia Susy , a mamãe ligava para ela sempre que queria dinheiro, e ela disse que só pode ligar para ela quando for caso de vida ou de morte, a minha mãe morreu?

A policial olha para a menina sem saber como responder aquela pergunta.

—Fica aqui, vou ligar para a tia Susy e já voltamos.

A policia consegue contato com a tia da menina que mora em outra cidade e diz que estava vindo, a menina foi levada por uma assistente social até que a tia chegue para cuidar dela, todos ficam impressionados pois a menina o período que ficou com eles ela não pediu nada, nem agua nem comida, nem mesmo para ir ao banheiro, ela apenas fica sentada quieta, como se fosse uma boneca esperando os comandos.

Quando a tia Susy chega ela cuida de todos os papeis para ficar com a aguarda da criança ,mas ela deixa claro que não tem dinheiro para enterrar a própria irmã e todos não só na delegacia como a assistência social ajudam para fazer o enterro dela a menina se muda com a tia e vive em uma cidade pequena a algumas horas dali, como era uma cidade pequena todos viram a historia passar na tv.

E por Larissa ser uma menina muito fechada já que não teve contato com outras crianças de sua idade, ela foi alvo de muitas chacotas desde muito nova, chamavam ela de bloco de gelo, de boneca de cera, e até aberração, Larissa nunca ligou para como seus colegas a tratavam, e isso deixava muitos deles ainda mais zangados e faziam pegadinhas de mal gosto com ela cada vez piores , com os anos se passando e a adolescência chegando as coisas mudam um pouco assim como toda menina com seus 15 anos ela começa a se interessar pelos garotos e ate se interessa por algumas maquiagens e roupas mais femininas sempre muito independente ela trabalhava em meio período em uma mercadinho de bairro que tinha na rua que ela morava.

Apaixonada pelo garoto mais popular da escola as outras meninas resolvem pregar uma peça na Larissa quando ela estava completando os seus 16 anos, ela é convidada para a sua primeira festa, Larissa pensa que finalmente estava fazendo amigas, então fica muito feliz e animada com o convite que recebeu, as meninas disseram que seria uma festa a fantasia e que ela precisava ir fantasiada como todo mundo se não ela não ia poder entrar, ela confirma e trabalha bastante para conseguir o dinheiro e comprar sua fantasia , e as meninas dizem que vão ajudar ela a encontrar uma fantasia perfeita, no dia marcados as duas vão ao encontro de Larissa e fazem ela provar varias fantasias algumas bizarras onde elas tirão fotos e outras sexy demais ate que elas decidem por uma .

—Essa vai ficar perfeita em você experimenta .

Larissa

—Isso parece muito vulgar.

—Temos 16 anos Larissa acha que vamos usar fantasias de freiras? Você é louquinha pelo Paulo né?

Larissa fica vermelha

—Como sabe?

—Sei lá talvez por ele ser o garoto mais popular da escola? DAhhhhhhh.

As duas dão risada e depois voltam a falar.

— Ouvimos dizer que ele também tem uma quedinha por você então acho que usar algo mais sexy na festa vai fazer ele tomar coragem e se aproximar, você não quer?

Larissa

— Tem certeza? Ele pode pensar que sou fácil e oferecida .

— Que nada, vai por mim, não é atoa que sou a garota mais cobiçada da escola, todos os garotos me querem e todas as garotas querem ser como eu.

Larissa aceita a sugestão e leva a fantasia , no dia da festa ela é chamada para se arrumar na casa da garota mais popular , dizem que vão maquiá-la e tudo mais e Larissa esta muito empolgada, quando a noite chega ela sai do trabalho e vai direto para a casa de suas novas amigas , elas mandam Larissa se vestir, ela esta muito desconfortável usando uma sainha minúscula com rabo um sutiã de coro vermelho e chifres de diaba , fazem uma maquiagem muita pesada nela e nem deixam ela se vê no espelho.

—Esta pronta!

Larissa

—Me deixa ver.

—E estragar a surpresa nem pensar, você esta maravilhosa, não sabia que tinha um rosto tão bonito assim .

— Pffff .

As duas seguram o riso para que Larissa não perceba e ela fica feliz em ser elogiada pelo menos uma vez na vida.

—Larissa? Você poderia descer e vê se o pessoal esta chegando, enquanto nos arrumamos também?

Larissa

— Mas vou ficar com vergonha de descer assim sozinha.

— Que nada você esta linda, vai la por favor, também quero estar tão linda quanto você quando eu descer.

Larissa então confirma e sai do quarto tentando se cobrir como da com a capa vermelha que também é minúscula para vê se alguém já chegou, as duas esperam ela chegar na escada e pegam o celular para gravar, no andar debaixo todos da escola estavam ali, mas ninguém estava usando fantasia, e quando olham para ela com aquela maquiagem forte e vestida de diaba bem sexy começam a dar risada, algumas gritam chamando ela de vadia, e os garotos zoando que ela só tinha ossos e ficaria melhor usando fantasia de ceifadora ou esqueleto .

Quando Larissa olha para cima vê as duas gravando e dando risada , ao perceber que foi enganada Larissa começa a chorar e sai correndo dali, ela nem mesmo pega sua mochila e suas coisas , ela só quer sair dali o mais rápido possível, no caminho até a porta a empurram e puxam seu cabelo a chamando de vadia, ela sai e se não bastasse três garotos do time de futebol americano a seguem a chamando de vadia entre outras coisas.

Larissa

— Me deixem em paz já não curtiram com a minha cara o suficiente seus idiotas?

Quando ela chama eles de idiota os três se irritam e olham em volta quando não veem ninguém agarram ela , cobrindo sua boca para que ela não grite levam ela para um lugar afastado e os três acabam a estuprando, falando que quem usa roupas como aquelas, gostava era disso,

depois de cometerem o crime um senhor que passava de carro por perto escuta o grito dela e desce falando que ia chamar a policia, ele ajuda Larissa a levando ate a delegacia onde a tia dela e chamada, a queixa é dada ela diz quem cometeu o crime e exames são feitos que comprovam o estupro e ela vai para casa .

Os três garotos menores são presos , mas os problemas de Larissa só pioram já que agora não só ela como sua tia eram alvos da raiva das pessoas, mesmo que Larissa tenha sido a vitima fotos dela vestida de diaba quase nua são distribuída pela cidade falando que ela quem provocou os garotos e que eles não deveriam ser punidos por causa dela. Larissa precisou parar de ir para escola, e sua tia perdeu o emprego , foi um ano de muita perseguição para as duas e quando Larissa completa 17 anos recebe de sua tia um envelope dentro dele uma carta de emancipação e mil dólares.

Larissa

— Tia? O que é isso?

Susy

—Já tivemos muito sofrimento no ultimo ano, sei que foi esgotador para você tanto quanto foi para mim, esse dinheiro é tudo que tenho na conta, e é o máximo que posso fazer por você.

Larissa

— Tia , eu não estou entendo .

Susy

—Você precisa ir Larissa.

Larissa

— E para onde quer que eu vá ?

Susy

— Eu não sei, eu te criei nos últimos onze anos , mas esse é o máximo que pude ajudar você querida, agora você precisa viver sua vida, eu não tive filhos, não vou dizer que é culpa sua, pois não foi, mas ver todos nessa cidade me olhando como se eu fosse uma bactéria não dá mais , eu tive que procurar emprego em outra cidade por que aqui todos me ignoram.

Larissa

— E acha que isso é culpa minha? Eu fui abusada e essa gente me culpa, esse mundo é muito distorcido .

Susy

— Eu sei, mas é assim que é.

Larissa

— Tudo bem então tia , eu já te causei muitos problemas, eu vou arrumar minhas coisas.

Susy

— Eu já fiz isso .

Larissa

— Entendo , obrigada .

Larissa pega a mochila com suas coisa e o envelope que sua tia te deu, quando ela passa pela caixa de correio ela coloca o dinheiro de volta ali e sai, ela anda pela cidade e como sempre a pessoas viram a cara ou a xingam ela caminha em direção a um parque perto dali tem uma ponte onde a galera sempre se reúne nos finais de semana, mas como hoje era segunda estaria vazia e ela teria um pouco de paz , Larissa se senta ali agarrada a sua bolsa , tudo passando em sua mente como uma tortura constante , ela passa tanto tempo ali remoendo tudo que já perdeu na vida, e no quão injusto isso era já que desde sempre a única coisa que ela fez foi ficar na dela e deixar a vida seguir seu curso, sua cabeça naquele momento doí tanto que ela não consegue nem mesmo pensar.

— Por que tudo de ruim acontece comigo? Por que sou eu que tenho que sair ferida sempre? Estou tão cansada de tudo isso.

Não muito longe dali um homem esta de pé na frente de uma lapide, com um buque de flores na mão, ele se ajoelha e com um pano que ele tira do bolso ele limpa um vidro já embaçado da poeira e pelo tempo, atras dele a foto de uma garota em seus 18 anos com um sorriso inocente.

— Oi, sei que é estranho eu vir até essa porcaria de cidade todo ano para ver você, mas não podia evitar , perder você me destruiu de tal forma que eu nem sabia como seguir em frente.

Ele para de falar e olha em volta suspirando antes de voltar a falar novamente.

—Talvez não se orgulhe do que me tornei, mas foi a forma que encontrei de seguir sem ter você do meu lado, Alice ? O que vim até aqui dizer é que essa será a ultima vez que venho ate essa merda de cidade , sempre que coloco meus pés aqui é como se a vida tivesse rebobinado tudo e eu te vejo morrendo de novo e de novo, e eu não posso mais lidar com isso, eu sinto muito.

Ele se levanta colocando as flores no arranjo ali do lado , olha uma vez mais para a foto e depois vira as costas e sai dali, indo até o carro, na volta para o aeroporto ele corta caminho pela ponte onde tudo aconteceu , aquele seria o seu adeus, ele não pensava em colocar os pés naquela cidade nunca mais, Larissa que estava ali de pé seu coração angustiado e cheio de dor olha para baixo, e vê ali sua chance de acabar com todo o sofrimento , seria apenas um salto e tudo acabaria , ela sobe tentando se equilibrar na estreita barreira que separa seu corpo do vazio, o vento balança seus cabelos , Larissa fecha seus olhos e respira fundo,

— Tudo isso vai acabar em breve .

Ela abre os olhos tomando coragem e está prestes a pular , um carro se aproxima e quando o homem vê aquela garota de pé naquela mesma ponte onde ele perdeu o amor de sua vida, ele nem pensa duas vezes antes de parar o carro e correr na direção dela, Larissa se joga e ele consegue segurar o braço dela no ultimo segundo .

—O que você pensa que esta fazendo?

Larissa

—Tudo vai acabar em breve, precisa me soltar.

—Não, você é doida?

Ele puxa ela com toda a sua força e ele acaba caindo batendo as costas no chão e Larissa cai por cima dele , ela esta prestes a levantar, mas sua exaustão mental não permite e ela acaba desmaiando .

— Ei garota? Acorda .

Mas é em vão, ele suspira deixando seu corpo cair naquele asfalto e olha para cima, no céu as primeiras estrelas já começam a surgir.

— Isso só pode ser uma piada cruel da vida.

Ele se levanta colocando ela no chão , ele caminha na direção do carro limpando suas roupas sujas da poeira , ele está prestes a entrar no carro quando vê a garota ali jogada no chão desacordada , ele suspira .

— Mas que merda.

Ele caminha até ela a pegando e a coloca no banco de trás e pega a bolsa que estava jogada ali perto e joga dentro do carro também , quando ele entra no carro e olha para a garota pelo retrovisor ele nem sabe para onde levá-la , a intenção era sair daquela cidade hoje mesmo , mas acaba indo até o único hotel que tem ali na cidade , ele pega Larissa no colo e entra .

— Oi, eu preciso de um quarto, para ela , essa garota desmaiou e eu não sei para onde levá-la .

Gerente

— Essa garota não pode se hospedar aqui .

— Como é ?

Gerente

— Ela não é bem vinda aqui .

— Poder me dizer o por que ?

Gerente

— Olha só não vamos aceitar ela aqui isso é tudo que digo.

Irritado ele encara o gerente com seu olhar frio e o gerente da um passo atrás .

— Então eu quero um quarto para mim .

Gerente

— Tudo bem , mas ela não vai poder entrar com você .

— É o meu quarto estou pagando por ele e nem você nem ninguém vai me dizer quem eu posso receber ou não , deu para entender ?