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A Falsa Alfa — ABO

APRESENTAÇÃO E AVISO!

Jessica Clarke: Ômega lúpus, 19 anos, cursando Direito. Jessie é tímida, mas doce quando adquire intimidade. Não suporta injustiças, a menos que seja com ela mesma. Apesar de ser ômega, ela não gosta de depender de ninguém e os únicos que ela permite que cuidem dela é seu irmão mais velho e seus pais. Jessie sonha em ser delegada como seu pai biológico.

Dante Bianchini: Alfa lúpus, 21 anos, cursando Arquitetura. É um alfa gentil e caseiro contrariando os maiores estereótipos. Apesar da sua aparência intimidar as pessoas, quando se aproximam dele naturalmente se sentem à vontade e é um dos maiores sonhos de consumo do campus. Dante é muito próximo de Matteo, seu melhor amigo, e Charlotte, sua prima.

Matteo Ricci: Alfa, 21anos, cursando Medicina. Matteo é o melhor amigo de infância do Dante e apesar de terem personalidades opostas, eles sempre se deram muito bem. Matteo gosta de festas e não dispensa uma ficada independente de ser ômega, alfa ou beta.

Charlotte Bianchini: Ômega lúpus, 22 anos, cursando Gastronomia. Ela é prima do Dante e gosta do Matteo desde que era apenas uma menina. É uma garota que por fora pode parecer forte, decidida e afrontosa, mas quem a conhece bem sabe que ela é mais doce do que se imagina.

Jackson Lewis: Beta, 22anos, cursando Contabilidade. Ele é o melhor amigo de infância do Alex e tem carinho pela Jessie. É um beta festeiro, porém responsável e raramente se mete em alguma confusão. Já foi apaixonado por Jessie, mas descartou a possibilidade de ter um relacionamento quando ela descobriu que era uma ômega lúpus.

Sofia Simon: Ômega, 21anos, Cursando Moda. Gosta do Dante em "segredo" já que ele é o único que não percebe isso. Sofia não mede esforços para conseguir o que deseja, sua personalidade pode parecer frágil e amigável, porém, basta tentar se aproximar de Dante que ela mostra sua real face.

Alexander Lynch: Alfa, 22anos, cursando Administração. Irmão de consideração da Jessie, mas a considera sua irmã de sangue. Possui personalidade semelhante à de Jessie, sendo quieto inicialmente, mas extrovertido com seus amigos. Alex é o típico irmão parceiro que todos gostariam de ter.

Anna Johnson: ômega, 22 anos, cursando Nutrição. Inicialmente pode parecer um pouco metida e irritante, mas é apenas seu jeito atrapalhado de se expressar. Gosta do Alex, porém nunca conseguiu ter um relacionamento oficial com ele já que o alfa nunca a pediu.

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...**AVISO**...

O universo é ABO, porém, eu vou escrever de acordo com a minha criatividade, então se notarem algo "diferente" do habitual não estranhem. Mas seguirei os mesmos esquemas de cheiros, cios, hierarquia de classes e etc.

Terão mais personagens, mas a princípio esses são os principais. Não mostrarei pais, professores e etc, mas eles aparecerão ao longo da história.

Essa é minha primeira história nesse universo, então se quiserem deixar críticas construtivas, elas são mais que bem-vindas!

Agora chega de enrolação e vamos para a história, obrigada aos que chegaram até aqui S2

Boa leitura!

Capítulo Um

JESSIE

Dizer que eu estava ansiosa para ver o meu e-mail era pouco. Minhas mãos suavam e, por mais que tentasse, eu não conseguia conter o sorriso. No último ano eu tinha dado tudo de mim para entrar nessa universidade. A melhor de toda a Inglaterra, onde só os mais inteligentes eram capazes de entrar.

— Qual é a hora da comemoração? — Perguntou meu irmão entrando no meu quarto e sentando ao meu lado.

— Alex, sabe que eu não gosto de festas... Mas vamos saber agora o resultado — Sorri com animação.

Ele estava tão animado quanto eu. Era certo e justo que eu entrasse na universidade, logicamente entre os dez primeiros.

Eu tinha me dedicado tanto, em questões mentais e físicas já que meu curso era Direito, porém o que eu desejava era ser delegada.

Meu coração estava disparado ao abrir o e-mail da faculdade. Alex me abraçou antes mesmo de ler o e-mail e começou a comemorar sozinho.

— Eu sabia! Eu disse, Jessie, eu disse que você ia passar.

— Tem algo errado — Ajeitei meu óculos e li com mais atenção. — Eu não fui aceita.

— O que? — Ele finalmente parou de comemorar e pegou o notebook do meu colo. — Que porra é essa?

A porra a que ele se referia era o e-mail onde estava escrito claramente "matrícula negada". Aparentemente eu não poderia cursar Direito, mas eles me aceitavam em outros cursos.

— Minha nota... Eu não fui boa o suficiente.

— Jessica, você tirou notas melhores que eu — Ele apontou para si de um jeito orgulhoso. — Você foi incrível, houve um engano.

— Não, ninguém se engana com esse tipo de coisa.

— Claro que se engana, nós vamos até a universidade falar com o reitor agora.

— Mas...

— Nós vamos e acabou.

Eu sabia que era inútil discutir com ele, meu irmão era extremamente teimoso desde pequeno. Confesso que eu também era, mas ao contrário dele, eu costumo aceitar a derrota com mais facilidade.

Até porque na nossa sociedade ninguém nunca me respeitou como eu merecia, ou me fragilizam por eu ser ômega ou diziam que havia algo errado comigo pois não ajo exatamente como um.

Não acreditava em estereótipos, meu irmão, um alfa completamente doce e calmo, e eu somos prova disso. Até mesmo nosso amigo Jake, um beta que adora uma farra e age como um típico alfa padrão.

Meu problema era comigo mesmo, eu não aceitava injustiças com os outros, mas comigo eu sempre relevava, não queria briga, eu abominava esse tipo de comportamento.

— O que nós vamos fazer?

— Nós vamos perguntar porque não te aceitaram.

— Mas não somos donos da universidade, não cabe a nós dizer quem entra ou não.

— Jessie — Meu irmão me olhou carinhosamente. — Você estudou a vida toda por isso, é o seu sonho, você vai permitir que o destruam sem nem questionar?

Alex sabia como tocar na ferida. Meu sonho era ser delegada por causa do meu pai, ele era policial e morreu em serviço quando eu tinha cinco anos.

Apesar da minha mãe ter seguido em frente e casado com o meu padrasto, o pai biológico do Alex, eu ainda pensava no meu pai e em como eu queria ser como ele um dia. Ajudar as pessoas boas e protegê-las não porque é meu trabalho, e sim porque sou uma boa pessoa, assim como meu pai.

— Não — Respondi firme. — Vamos resolver isso logo.

...***...

Chegando na universidade, eu já podia ver o quanto meu irmão era popular por ali, isso me intimidava um pouco. Ele apenas cumprimentava educadamente todas as ômegas que o olhavam com malícia e sequer prestavam atenção na minha presença.

Eu já não estava tão segura assim quanto a universidade... Para começo de conversa eu teria que morar aqui, claro que nossa casa não era muito distante, apenas uma hora de distância, mas eu não aguentaria fazer todo o percurso todos os dias e também era uma experiência nova, eu precisava aprender a me virar sozinha já que toda a vida sempre tive meus pais ou Alex para me apoiar em qualquer viagem e passeio distante.

Entretanto, ter o Alex no mesmo campus me confortava, por mais que não devesse, e era como um presente do universo, porém eu não sabia que ele era tão popular, sempre pensei que Jake brincasse quando dizia que meu irmão tinha "fãs". Até porque meu irmão não fazia o tipo galanteador, pelo menos não do meu ponto de vista.

Isso me preocupava, pois eu não queria conversar com ninguém, se possível, gostaria que meu colega de quarto saísse o dia todo durante os fins de semana para que eu pudesse me enterrar em livros e séries policias. Sempre fui muito introvertida e era difícil alguém me tirar da minha zona de conforto, mais conhecida como meu quarto.

— Você espera aqui, vou falar com a secretária — Alex pediu.

— O que vai dizer?

— A verdade ué, que você deve ser aceita.

— Tudo bem... Alex seja educado.

— E quando que eu não sou educado, Jessica Clarke?

Acabei rindo. Ele deu um leve puxão no meu cabelo e sumiu pelo corredor do colégio. Fiquei encostada em um canto esperando ansiosamente. Se tudo desse certo, logo eu poderia caminhar pelos corredores como uma caloura de Direito.

Meus olhos foram atraídos por uma figura masculina vindo em minha direção, eu não estava perto o suficiente para saber se era um alfa... Mas pelo andar confiante, definitivamente era um alfa, constatei com desgosto. Não que eu odiasse alfas, mas esse tipo em especial, os que se achavam donos do mundo realmente me irritavam.

Talvez meu desagrado estivesse estampado no meu rosto, pois o garoto parou na minha frente e levantou as mãos em rendição.

— Acho que não está em um dia bom, mas...

— Seja lá o que for perguntar, a resposta é não.

— O que? — Ele me olhou confuso. — Como assim? Eu não...

— Eu conheço o seu tipo, você vem e se aproxima porque todos caem aos seus pés provavelmente... — Respirei fundo. — Então você espera que eu diga sim, mas acontece que eu não sou esse tipo de pessoa.

Capítulo Dois

JESSIE

O garoto continuou a me olhar de um jeito estranho, então de um jeito brusco apenas me empurrou para o lado fazendo eu cair. Machucou, mas eu permaneci inexpressiva e levantei, não queria que ele se sentisse superior porque era alfa.

— Você é esquisita pra caramba — Ele disse entediado e então começou a abrir... Seu armário.

— Você só queria abrir o armário — Falei debilmente.

— Eu ia pedir licença, dizer umas palavras calorosas, mas acho que você não é muito amigável — Continuou sem me escutar. Assim que terminou de pegar seus livros se voltou para mim e só aí percebeu que eu estava com a mão no braço que impediu uma queda pior. — Desculpe pelo empurrão, eu estou com pressa.

— Não tem problema.

— Qual é o seu nome? —. Não respondi. Não queria amizade com ele. — Eu sou Dante Bianchini... Eu sei que a gente se estranhou agora, mas espero que possamos ser bons amigos.

— Creio que não.

— Creio que sim — Ele riu divertido. — Quando você se mudar para cá vou te procurar pelos corredores.

— Você não faria isso, você não pode fazer isso — Eu estava surpresa com a sua investida tão... Direta.

— Por que não? Você realmente é muito estranha, garota sem nome.

Dante Bianchini era uma pessoa louca, eu tinha deduzido, simples assim. Não havia explicação para ele me falar tantas coisas, além de dar em cima de mim tinha me empurrado sem pensar duas vezes... Ele não era alguém para ser amigo.

— E por que sim? Eu nem te conheço.

— Mas vai conhecer, praticamente todos os alfas entram na irmandade.

— Alfas? Como assim alfas? — Perguntei confusa.

— Alfas, eu, você, é como um grupo só de alfas, entendeu?

Sorri ao ver que ele me confundiu com uma alfa. Eu deveria ter percebido que o cheiro do Alex estava forte demais, não ajudava muito seu cio ter acabado há alguns dias e eu estar usando seu moletom.

— Entendi — Dei risada aliviada, ele não era um agressivo louco e tarado.

— Nos vemos por aí então, bem-vinda! — Ele sorriu.

Pela primeira vez em toda conversa percebi que seu sorriso até que era bonitinho. Fiquei observando ele ir embora e apenas quando virou o corredor que eu me dei conta que não tinha dito meu nome.

— Terra chamando Jessie — Meu irmão apareceu atrás de mim me dando um susto. Eu o encarei, irritada. — Estava pensando em que para se assustar assim?

— De onde você veio?

— Eu saí pelo outro lado, queria falar com o Jackson.

— Para que?

— Então... Eles não me deram uma notícia muito boa, pensei que ele pudesse ajudar já que ele é filho de um dos professores.

Minhas mãos começaram a suar novamente. Eu estava nervosa.

— Eu não fui aceita?

— Não, Jessie, é pior que isso.

— Eu fui aceita e expulsa? — Perguntei assustado.

— Você nunca foi aceita e aparentemente nunca vai ser, o curso que você escolheu tem um requisito muito idiota e preconceituoso.

— Requer força, eu sei, Alex, eu entrei na academia há três anos por isso.

— Não é bem assim, eles só aceitam alfas.

— O que!? — Falei surpresa e indignada. — Como assim? Que tipo de requisito é esse?

— Eu não sei, eu achei muito preconceituoso, o diretor não falou com essas palavras obviamente, mas ele disse que você não era fisicamente capaz.

— Ele usou todas as palavras, Alex!

— Eu falei com o Jake, ok? Vamos tentar resolver isso. Não se preocupe.

Ele sabia que eu estava prestes a chorar, apesar de não ser muito chorona era inevitável segurar as emoções. Tirar uma boa nota, me dedicar horas na academia para apenas não ser aceita por puro preconceito, era uma das piores situações que já havia acontecido comigo.

— E se eu não entrar? Eu sou ômega, eu deveria saber, raramente vejo policiais ômegas... Principalmente em serviço.

Isso me atingiu diretamente na alma, infelizmente eu tinha razão... O preconceito sempre esteve diante dos meus olhos e eu me recusava a vê-lo, pois desejava demais essa profissão.

— Que se foda, você vai ser a primeira delegada ômega então — Meu irmão retrucou. — Eu vou resolver, garanto... Agora vamos para casa, você já teve universidade demais para alguém que sequer é um universitário ainda.

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