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Duas Caras

Capitulo 1

Ela acordou ainda sentindo muito sono. O som do alarme do celular soava incessantemente pelo quarto que dividia com a irmã mais nova, que se recusava a levantar. Enfim as suas férias haviam terminado e teria de voltar a rotina de estudos. Aquele era o seu penúltimo semestre e até aquele momento, ela não havia planejado nada para o futuro.

Irritada com o som do alarme, ela se levantou e desligou o aparelho. Agora era entrar na fila para o uso do banheiro para se preparar para mais uma temporada da sua vida agitada. De pé, Hannah chamou a irmã mais nova, que reclamou, mas levantou. Bem, se elas estavam cansadas, era puramente culpa delas mesmas, afinal, ficaram até tarde assistindo um anime de romance que estava acompanhando a algum tempo.

O Sol brilhava, mas ainda fazia frio, afinal era outono e logo seria inverno. Ainda desanimada e já ouvindo os gritos dos irmãos menores, a moça de longos cabelos castanhos e olhos verdes, que eram características de sua família, andou até seu guarda-roupa e escolheu uma roupa quente e confortável para ir para o campus. Optou por uma meia grossa marrom escuro, botas de camurça cinzas e um casaco quente rosa com a lapela de lã branca:

— Vai se arrumar primeiro?

Hannah ouviu a voz sonolenta da irmã:

— Sim, se quiser pode ir ao banheiro primeiro.

— Não, pode ir, os gêmeos devem ter bagunçado tudo, quando você vai primeiro sempre arruma antes.

— Ah, então essa é a estratégia?

Elas viram a porta se abrir e logo o pai delas surgiu com o semblante preocupado:

— Meninas se apressem ou vão se atrasar para o café da manhã. - O homem de cabelos castanhos que usava óculos avisou.

— Já estamos indo. - Hannah sorriu.

A porta se fechou novamente:

— Acho que senti o cheiro de panquecas. - A adolescente que usava um pijama preto com caveiras rosas se levantou da cama.

— Também senti. Vamos nos apressar antes que não sobre nada.

As duas irmãs se arrumaram juntas como sempre faziam. A casa em que moravam era bem grande para acomodar a família que era composta por sete pessoas. Bem, os gêmeos mais novos foi uma surpresa, segundo seus pais, eles queria encerrar com a chegada de Ivory, mas algo saiu errado e as pequenas alegrias da casa corriam de um lado ao outro.

As duas entraram na cozinha e encontraram a mãe tentando fazer os mais novos comerem, enquanto o pai delas e o irmão mais velho comiam enquanto tentavam fazer os meninos comerem um pouco de frutas:

— Bom dia. - Hannah se juntou a mesa e logo seu irmão mais velho serviu o prato dela e de Ivory.

— Bom dia, meninas, estão com olheiras, ficaram acordadas até tarde de novo? - Giovanni, o seu lindo irmão mais velho perguntou.

— Bom dia. - Ivory respondeu desanimada pegando o prato que lhe foi oferecido. - Sim, maratonamos para começar a segunda temporada logo.

— Vocês duas não tem jeito. - O jovem que tinha os cabelos castanhos acobreados como os da mãe e lindos olhos verdes falou com um leve sorriso.

— A história é ótima. - Hannah se justificou.

— Como vocês duas pensam em arrumar um namorado se só fazem assistir anime e jogar?

— Eu não preciso de um namorado. - Ivory falou.

— Estou bem da maneira que estou. - Hannah respondeu.

— Dois casos perdidos. - Giovanni suspirou desanimado.

— Ainda bem que temos você que vai sair de casa. - Inez, a matriarca da família, falou ao se juntar a mesa.

— Sim, agora falta apenas um ano para o meu casamento. - Giovanni sorriu. - Não vejo a hora de ficar longe desse monte de pirralhos. - Ele brincou e recebeu várias reclamações dos irmãos. - Hannah, já terminou, temos que ir para o campus.

— Vamos! - Hannah terminou de comer apressada e após se despedir dos pais e dos irmãos, ela seguiu o irmão mais velho.

Sua família era grande e barulhenta, mas não os trocaria por nada no mundo. Ela saiu da casa e ficou na frente da calçada esperando Giovanni sair com o carro que ele havia comprado com o próprio esforço. Seu irmão era incrível e ela o admirava muito por isso. Ele fazia direito e seria um excelente promotor, assim como sempre dizia. O jovem dividia a responsabilidade com os pais e com ela para cuidar e proteger os irmãos mais novos

Giovanni estacionou o carro popular de cor vermelha ao lado da irmã que embarcou rapidamente:

— Vai buscar a Clara? - Hannah perguntou colocando o cinto de segurança.

— Segundo ela não vai poder ir hoje, você sabia que a mãe dela se casou? - Giovanni falou enquanto dirigia.

— O quê? A Dona Cristine se casou?

— Sim.

— Eu sabia que ela estava namorando o mecânico daquela oficina que fica na rua principal, mas nunca imaginei que eles fossem chegar ao ponto de se casar. - Ela estava surpresa.

— Parece que foi pelas condições de ambos. O senhor Joshua é separado a muitos anos, tem apenas alguns meses que resolveu dar uma chance para dona Cristine que sempre foi sozinha. Achei bonitinho que eles começaram a namorar, só a Clara que ficou com um pouco de ciúmes.

— Bem, ela e a mãe estiveram sozinhas desde sempre.

— Só que agora com a proximidade do nosso casamento, a dona Cristine iria ficar sozinha, então se deu uma chance de ser feliz.

— Eu sou completamente a favor.

— Eu também sou, acredito que todos devam ser felizes, independente da idade.

— Você é um romântico sem cura. - Hannah implicou com o irmão que sorriu.

— Sim, eu sou. E você, quando vai olhar para alguém? Ou melhor, quando vai tomar coragem de se jogar para o Scott?

— Irmão! - Hannah corou. - Eu não vou me jogar para o Scott.

— Pois deveria, ele também gosta de você.

— Eu não acredito nisso.

— É sério, ele sempre pergunta de você e bem, eu o conheço desde criança, acho que o conheço bem para dizer com certeza de que ele gosta de você.

— Como uma irmã mais nova.

— Ainda vou te provar o contrário.

Capitulo 2

Clara se olhou no espelho novamente, havia optado por usar uma calça quente e uma blusa de lã. Era seu primeiro dia de retorno para a universidade e teve que faltar para receber a mãe que havia voltado de lua de mel. O bom é que ela teve a casa vazia por quase um mês para que ela pudesse encantar seu noivo cada vez mais. Sim, ela era noiva, e de um homem maravilhoso de uma família que ela queria muito fazer parte.

Ela olhou para mão com as unhas pintadas de branco onde o anel solitário reluzia. Bem, se casar não estava nos seus planos, mas se aquele era um preço para ela melhorar de vida, não teria nenhum problema em seguir com aquele plano, até porque Giovanni era um dos homens mais bonitos e cobiçados do campus, se não fosse pela amizade dela com Hannah, ela nunca teria sido notada pelo futuro promotor.

Seu interesse era outro, Scott, a estrela do campus. O jovem filho da família mais rica da cidade, seus pais eram cientistas famosos que trabalhavam para o exército do país e possuíam diversos negócios. Além de rico, Scott era muito bonito, com seus longos cabelos loiros e olhos azuis acinzentados afiados. Era alto e atlético, assim como seu amigo Giovanni e Addam. Aqueles três eram as joias do campus e todas as garotas os queriam e claro, para ganhar destaque, ela fez questão de pegar Giovanni para ela.

Como não foi abençoada com uma aparência que chamava a atenção, ela tinha que optar por sua inteligência. Por isso ela se tornou amiga de Hannah no ensino médio quando descobriu que a jovem era irmã mais nova de uma das joias da cidade. Se ela gostava de Hannah? Não, ela detestava, mas sempre se fazia de boa amiga para obter as coisas boas que aquela amizade dava a ela.

Estar com Hannah e Giovanni era ser aceita na sociedade como uma pessoa normal e não como a filha de uma garçonete que não tinha onde cair morta e que nem sabia quem era seu pai. A jovem abriu a porta e saiu do quarto da pequena casa geminada de dois andares que a mãe havia adquirido para pagar até depois de sua morte:

— Oh, bom dia, filha. - Cristine cumprimentou radiante.

— Bom dia, mãe. - Clara sorriu e foi até a mãe para abraçá - la. - Ocorreu tudo bem durante a viagem?

— Sim, eu trouxe presentes para você. - A mulher mais velha com cabelos cacheados e pretos falou com um sorriso. - Lá é muito lindo, uma hora dessas vou te levar para conhecer.

— Estou ansiosa por isso. - Clara mentiu. Nunca que ela iria a um lugar podre como o que a mãe havia ido para passar a lua de mel. A dela seria na Europa com Giovanni pagando tudo, claro.

— Venha comer comigo, acabei de fazer uma torta de frutas vermelhas do jeito que você gosta.

— Espere, a senhora não deveria sair para trabalhar? - Clara observou a mãe confusa.

— Eu ainda tenho alguns dias de folga e serei promovida a gerente quando voltar. - Cristine falou animada. - Joshua esta cogitando em comprar a lanchonete para ampliar os negócios, o que acha?

— Não parece ruim.

— Eu também acho que não é. Segundo ele, quer deixar uma garantia para mim caso algo acontecer com ele. - Ela serviu um pedaço de torta para filha. - Claro que briguei com ele, onde já se viu falar que algo vai acontecer assim que acabou de se casar.

— Bem, ele é mais velho que a senhora.

— Sim, ele é, mas é mais saudável que muitos homens por aí.

— Mas porque comprar outro negócio se ele já tem a oficina?

— Acho que eu não te contei, mas ele tem um filho, um rapaz da sua idade, esse rapaz vai herdar a oficina dele.

— É compreensível.

— Eu concordo. Logo ele vem nos conhecer. Joshua disse que ele é um bom rapaz e é bastante trabalhador.

— Não sabia que ele tinha um filho, nunca vi um cara diferente por aqui. - Clara passou a comer o pedaço da torta que a mãe havia feito.

— Ele não vinha, a mãe não permitia, tanto que o Joshua tinha que viajar duas vezes ao ano para encontrá - lo. Mas sempre tiveram contato. A mãe desse rapaz se casou novamente quando ele ainda era pequeno, parece que a convivência dele com o padrasto é ótima.

— Que bom para ele.

— Aqui também não temos o que reclamar, afinal você aceitou o meu casamento muito bem.

— Você merece ser feliz. - Clara sorriu, mas por dentro sentia um grande ódio. Sua mãe era muito bonita, poderia ter encontrado um partido melhor que o mecânico, mas nunca acreditou no seu potencial para encontrar algo melhor.

— E como foi seus dias sozinha com o Giovanni?

— Aproveitamos bastante, ele passou quase uma semana aqui direto. Ele manteve as compras da casa e podemos sentir um pouco como será a nossa vida após casados.

— Eu fico tão feliz e aliviada que você tenha encontrado um rapaz tão bom para se casar. - Cristine falou aliviada. - Eu realmente não gostaria que você passasse o que eu já passei na vida.

— Eu sei das suas preocupações, mãe, e pode ficar tranquila que eu e o Gio vamos nos casar e teremos uma bela família.

Capitulo 3

Alguns dias tinham se passado e depois do casamento da mãe, Clara fazia questão de ficar mais fora de casa do que em casa para evitar encontrar o padrasto. Não que ele fosse um cara ruim, o problema é que ele sempre andava sujo e cheirava a suor. Só de lembrar ela sentia seu estômago revirar.

Ela estava na casa do noivo com a sua cunhada no quintal, onde Hannah vigiava os irmãos mais novos que brincavam alegres na piscina da casa. Seu noivo estava estagiando o que a deixava com muito tempo livre após as aulas da faculdade:

— E então, como está indo o casamento da sua mãe? - Hannah perguntou distraída olhando para tela do celular de última geração que havia ganhado no último aniversário.

— Ela está feliz e eles se dão bem. - Clara respondeu sem muita emoção. - Sabia que meu padrasto tem um filho da nossa idade?

— Sério? E você já viu ele?

— Ainda não, parece que ele chega hoje para conhecer a minha mãe. Sinceramente acho que a minha casa é pequena demais para receber mais gente.

— Se quiser pode vir para cá, você sabe que o Gio tem um quarto só para ele.

— Se eu ver que o cara é uma mala eu peço socorro. - Clara brincou.

Hannah ficou preocupada com a amiga, já que ela sempre esteve sozinha com a mãe e do nada aparecem dois homens estranhos na casa dela:

— É sério Clara, se você não se sentir a vontade pode vir para cá. Certeza que meus pais não vão se incomodar.

— Pode ficar tranquila, amiga, estou falando sério que caso eu me sinta mal eu venho para cá.

— Espero que não esconda seus problemas de mim novamente. - Hannah tinha um tom preocupado. - Mas mudando de assunto, já pegou o cronograma de planejamento do casamento?

— Ah, sim, peguei ontem, mas como só vi o Gio rapidamente nem deu para mostrar a ele, esta na minha mochila, quer dar uma olhada?

— Claro!

— Meninos, só vou ali dentro rapidinho e já volto. - Hannah avisou aos irmãos que gritaram um ok, de volta.

As duas amigas seguiram para dentro da casa onde foram até o hall de entrada onde Clara deixou sua mochilha verde desgastada. A jovem abriu a mochila e de lá tirou uma bela pasta rosa com arabescos dourados com uma etiqueta escrita “Contagem até o sim”:

— Aqui.

Hannah pegou a pasta com cuidado e abriu, revelando uma agenda estilo planer com todos os passos que os noivos teriam que seguir:

— Uau, isso é muito bem organizado.

— Não é? - Clara sorriu. - Essa cerimonialista é a melhor, ainda bem que a sua mãe tinha o contato dela. Agora só estou preocupada com os gastos, estou desesperada para encontrar um estágio ou um emprego de meio período.

— Você logo vai encontrar. - Hannah guardou a agenda em seu local de origem e devolveu para a amiga.

As duas voltaram para área externa e quando deu um certo horário, Hannah colocou os irmãos mais novos para dentro de casa e foi fazer o jantar com Clara, já acostumada a ajudar a amiga nas obrigações da casa. Já era noite quando Giovanni chegou animando a casa. Assim que o jovem apareceu seus irmãos mais novos correram para saudá - lo e ele entrou na cozinha com os dois pendurados em seu pescoço:

— Cheguei! - O futuro promotor anunciou.

— Bem-vindo! - Clara foi até o noivo e o beijou rapidamente.

— Que bom que esta aqui, passou a tarde toda?

— Sim, quis ficar aqui com a Hannah e também queria mais tempo com você.

— O cronograma? Você pegou?

— Sim, esta comigo. - Ela sorriu.

— Vamos lá em cima e você me mostra enquanto eu troco de roupa. - O jovem vê a irmã mais nova. - Oi Hannah.

— Ah, me viu aqui. - Hannah brincou.

— É que a minha noiva é tão linda que ofusca a sua presença. - Giovanni implicou.

— Vai te catar Gio! - Hannah joga uma ervilha no irmão que sai correndo.

Clara subiu para o segundo andar da casa seguindo o noivo. Já era costume aquilo acontecer. Tinha anos que ela frequentava aquela casa e depois que ela passou a namorar Giovanni ela passou a ter mais acesso ainda. Giovanni abriu a porta e deixou aberta para ela entrar. Pilhas de livros estavam espalhadas pelo local como de costume. Uma foto deles estava na mesa de estudos ao lado do monitor:

— Como foi o seu dia? - Ela perguntou.

— Um pouco cansativo. - Ele tirou o terno cinza e em seguida os óculos. - Esta desconfortável ficar em casa? - Giovanni perguntou sem rodeios.

— Um pouco. Afinal eles são recém casados, precisam do tempo deles.

— Eu estava pensando sobre isso, acho que poderíamos morar juntos naquela casa que tem em cima da garagem, pelo menos até eu me formar e ser promovido.

— Esta com tanta pressa assim? - Ela sorriu.

— Estou pensando na sua segurança. - Giovanni se aproximou de Clara e acariciou seu rosto. - É um homem estranho dentro da sua casa, eu me preocupo com seu bem-estar.

— Eu entendo e já deixei claro que se acontecer alguma coisa eu vou te contar.

— É hoje que o cara lá chega?

— Infelizmente.

— Não quer dormir aqui?

— Meu quarto tem porta com chave agora, lembra? - Clara brincou.

— E foi quem que colocou mesmo? - Giovanni brincou.

— Meu noivo lindo. - Ela enlaçou o pescoço dele e o beijou.

— Então… vamos tomar um banho juntos? - Ele a convidou.

— Vamos.

Hannah viu Ivory surgir no seu campo de visão com um semblante de nojo enquanto tirava os fones de ouvido:

— Aqueles dois estão se pegando. - Ivory puxou uma banqueta em frente a ilha da cozinha onde a irmã mais velha cozinhava.

— É normal, estão apaixonados. - Hannah respondeu displicente.

— Deixei os gêmeos assistindo TV, assim temos um pouco de paz.

— Obrigada.

— Parece preocupada, aconteceu alguma coisa?

— Estou pensativa, ainda não vi o Scott no campus.

— Papai falou que os pais dele o levaram para uma conferência importante, por isso ele desapareceu. - Ivory sorriu. - Já está com saudades?

— Seria errado eu admitir que estou?

— Nem um pouco. - A mais nova sorriu. - A chata vai passar a noite aqui?

— Não sei, e não a chame de chata.

— Quer que eu a chame de rata então?

— Ivory!

— Um dia desses você vai descobrir que bela amiga você tem.

— Você e sua implicância com a Clara. - Hannah riu.

Depois do jantar, Giovanni levou Clara para casa e com muito custo, ela conseguiu que ele fosse embora. Ainda não era hora dela se pendurar na casa da família do noivo. Ela abriu a porta distraída e logo a sua mãe surgiu com um sorriso alegre:

— Que bom que chegou cedo!

— Boa noite mãe, não se preocupe que eu já jantei, agora eu vou descansar para amanhã.

— Antes venha conhecer o Zain. - Cristine puxou a filha pela mão até a cozinha.

Clara sentiu o chão sob seus pés desaparecer ao ver o homem de cabelos pretos e olhos verdes sentado à mesa conversando com seu padrasto. Ele tinha o rosto másculo, a barba bem feita e era tão musculoso que dava para ver através do tecido da camisa polo preta que ele usava:

— Zain, aqui está minha filha Clara. - Cristine os apresentou.

Zain sorriu com impecáveis dentes brancos e ficou de pé mostrando a sua altura de quase 1,90. A cozinha ficou pequena para ele. Clara engoliu a saliva e apertou a mão que ele oferecia:

— Prazer em conhecê - lo. - Ela sorriu encantada.

— O prazer é meu. - Zain falou simpático.

— Clara, eu estava falando com Zain que aqui tem um excelente curso de mecânica e automação, além de especializações ligadas ao governo, eu estou tentando convencer a ele vir para cá. - Joshua falou animado.

— Sim, o campus que temos aqui é bem tecnológico e grandes empresas e o governo fazem programas de estudo aqui, se quer seguir essa carreira aqui é um bom lugar. - Clara respondeu.

— Eu vou pensar sobre isso e também tenho que convencer a minha mãe para que eu possa me mudar. - Zain falou pensativo.

— Seria interessante você visitar o campus primeiro, se quiser posso te acompanhar amanhã.

— Eu adoraria.

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