Madison
Alguns anos atrás.
Hoje e o meu aniversário de 10 anos e a mamãe me acordou de um jeito tão alegre cantando Parabéns e me enchendo de mil beijos que me faziam rir e o nosso dia foi tão alegre e feliz rindo e cantando pelos quatro cantos da casa, mas quando o papai chegou as coisas mudaram nós sempre ficávamos em silêncio porque ele não gostava de barulho quando chegava e eu fiquei olhando para ele me perguntando se ele não se lembrava que dia era hoje? E olhei para ele por cima dos meus cílios.
— Papai o senhor não se lembra que dia e hoje? — perguntei baixinho olhando para as minhas mãos.
Papai respiro fundo.
— Não, eu não sei — papai falou de forma grosseira.
— Madison, Por favor — mamãe pede baixinho com súplica em seus olhos.
Fiquei em silêncio como a mamãe havia me pedido, mas papai deu um tapa na mesa fazendo mamãe e eu nos assustarmos.
— Deixe a menina terminar de falar Lily — papai falou para a mamãe de um jeito seco e sem paciência.
— Meu aniversário de 10 anos — digo tão baixo que quase não dá para escutar.
Papai deu uma risada amarga enquanto dizia “isso não é nada de importante” fiquei triste pela forma que o meu pai falou e não disse mais nada, terminamos a nossa refeição, mesmo assim ainda não podíamos nos levantar bom não até que o papai se levantasse e saísse primeiro depois que ele se levantou logo em seguida nós duas nos levantamos e seguimos atrás do papai pela sala até chegarmos perto da escada e começamos a subir em silêncio.
Quando chegamos no andar de cima seguimos em silêncio pelo corredor, quando chegamos perto do meu quarto nós duas paramos e ficamos de cabeça baixa esperando o papai entrar no quarto dele e da mamãe, logo depois eu e mamãe entramos em meu quarto vamos em direção à cama mamãe me ajuda a deitar e ficamos em silêncio.
— Mamãe desculpa — falo para ela baixinho de cabeça abaixada.
Mamãe delicadamente segura em meu rosto me fazendo olha-lá e me dá aquele sorriso que somente ela sabe dar.
— Você não tem culpa, meu amor — mamãe fala carinhosamente tocando o meu rosto.
Ela me encobre e fica comigo por alguns segundos cantando uma música para que eu durma e quando eu estou quase pegando no sono ela disse que me ama e logo em seguida caminha em direção à porta saindo do meu quarto fechando a porta e quando eu estou quase dormindo escuto um barulho muito alto que me faz assustar e logo em seguida um grito da minha mãe e logo em seguida escuta o papai gritando com ela e mais barulhos até que de repente tudo ficou em um completo silêncio e de repente escutei passos pelo corredor e a porta do quarto dos meus pais se abrindo e em seguida Escute a voz do tio Edgar gritando com papai.
— Mamãe — fiquei chamando o seu nome baixinho sentindo as lágrimas molharem meu rosto.
Tudo ficou silencioso por um tempo até que escutei passos pelo corredor e novamente escutei a porta do meu quarto se abrindo e passos se aproximando enquanto abraçava meus joelhos e sinto tirar minha coberta do meu rosto, olhei para cima vendo o tio Edgar e olhando de um jeito que eu não sabia decifrar.
— Vai ficar tudo bem, querida — tio Edgar falou passando a mão em meu rosto me pegando em seu colo.
Ele caminhou comigo para fora do quarto, seguimos pelo corredor e tinha alguns homens atrás dele acho que eram seus seguranças, não intendo quando chegamos perto da escada começamos a descer no andar de baixo papai estava lá e assim que me viu com tio Edgar tentou se aproximar mais alguns homens não permitiram tio Edgar me entregou nós braços de outro homem.
— Leve ela para o carro — tio Edgar fala para o homem olhando para papai.
— VOCÊ NÃO PODE LEVAR A MENINA ASSIM — papai gritou olhando friamente para meu tio.
— É CLARO QUE EU POSSO DEPOIS DO QUE VOCÊ FEZ COM A LILY — tio Edgar gritou para o papai.
O homem caminhava comigo pela sala dizendo ficaria tudo bem enquanto eu chorava ainda dava para escutar os gritos do papai e do meu tio de longe até que já estávamos do lado de fora da casa o homem caminhou em direção ao carro abriu a porta de trás me colocando dentro e seguindo para o lado do motorista entrando e travando as portas tentei abrir e não consegui tudo que eu pensava era na mamãe enquanto chorava me sentei no banco de couro abraçando minhas pernas enquanto chorava logo escutei o clique da porta e tio Edgar entrando e se sentando do meu lado me olhando com um sorriso.
— Vamos — tio Edgar fala para o homem que confirmou.
— Eu quero a minha mãe — digo olhando para com os olhos marejados.
— Eu sei querida, mais isso não é possível — tio Edgar fala afagando meu cabelo.
Me ajoelhei no banco e vejo aos poucos o carro se afastando da casa enquanto eu ainda chamava pela minha mãe com a visão turva pelas lágrimas.
Dias atuais.
Todas as noites durante anos eu sonhava com a mesma coisa o dia em que o tio Edgar foi lá em casa me tirando de lá para nunca mais ver meu pai e a minha mãe eu passei alguns anos tentando intender o que tinha acontecido para o meu tio me tirar da minha casa daquele jeito tão repentino e quando eu finalmente fiz meus 15 anos eu perguntei para ele por que ele tinha me tirado do meu lar daquele jeito até que ele me contou que o dia do meu aniversário de 10 anos o dia que era para ser alegre se transformou em um dia sangrento, pois naquele dia meu pai assassinou a minha mãe e também descobri que ele fez um acordo dando minha mão em casamento para quando eu tivesse 18 anos para me casar com Elijah Pollock o chefe da nossa organização e para minha infelicidade hoje era meu aniversário de 18 anos.
Abrir meus olhos e fiquei olhando para o teto por alguns segundos pedindo para minha mãe que de onde ela estivesse olhasse para mim para que nada me acontecesse, eu estava tão distraída perdida em meus próprios pensamentos que nem escutei a porta do quarto se abrir, só senti um peso em cima de mim soltei o ar que estava em meus pulmões e logo escutei a voz de Emma entrando em meus ouvidos.
— Parabéns Mad — Emma cantarolou em meu ouvido dando um beijo em meu rosto.
— Obrigada Emy — digo para ela um sorriso atribuindo o seu abraço.
Ema é a esposa do meu tio Edgar, ela é cinco anos mais velha que eu, Emma e o tio Edgar estão casados há mais ou menos três anos e no começo o casamento deles não foi fácil por ser um casamento arranjado e confesso que eu ainda confesso que eu tinha esperanças de me casar por amor mesmo que o casamento fosse arranjado, porém, todos os meus planos morreram só de pensar com quem eu iria me casar sair dos meus pensamentos quando escutei a voz de Emma.
— Seu tio está no escritório e ele quer muito falar com você — Emma fala, me fazendo prestar atenção no que ela está falando.
— Será que devido ao casamento? — perguntei para ela, a olhando meio pensativa.
— infelizmente não sei, mas deve ser sobre isso — Emma fala dando de ombros com uma expressão pensativa.
— Certo — e tudo que eu digo.
Nós duas trocamos mais algumas palavras e logo uma empregada apareceu dizendo que uma das damas da família estava sala Emma falou para mulher calmamente que já estava indo e antes de sair a mulher falou que o café estava na mesa e quando a porta foi fechada Emma se virou para mim com uma cara de tédio.
— Aí não suporto aquela velha fofoqueira — Emma falou com a cara mal-humorada me fazendo rir.
— Você sempre tirou isso de letra — digo para ela dizendo a mais pura verdade.
Emma ri e caminha até a porta, mas antes de sair se vira para mim.
— Logo será você tendo que ouvir Elizabeth falando mal das outras damas e vice e versa — Emma fala, faço o sinal da cruz e começamos a rir.
Emma se virou para a porta ficou alguns segundos parada lá respirou profundamente e logo a abriu ela se despediu de mim e saiu me deixando sozinha e com os meus pensamentos me levantei da cama caminhei pelo quarto e fui até a janela abrindo fiquei parada ali olhando para o Céu azul eu sabia que não poderia adiar mais a conversa com o meu tio fechei meus olhos colocando os meus pensamentos no lugar me afastei da janela e fui direto para o banheiro e assim que entrei cheguei para a pia comecei a fazer minha higiene bucal e quando terminei fiquei me olhando no espelho.
— Eu tenho que enfrentar esse casamento de cabeça erguida — digo para mim mesma apertando o mármore até meus dedos ficarem brancos.
Por mais que eu conheça a fama horrenda do meu futuro marido eu não posso ficar presa em meu medo porque sei que não tem mais para onde correr agora que fiz 18 anos eu teria que me casar com ele respirei profundamente encaminhei pelo banheiro indo direto para o closet pela porta que fica anexada assim que entrei comecei a me vestir, mas a todo instante meus pensamentos me diziam que meu tio só me chamou em seu escritório para dizer que marcaram a data do casamento ou a data do noivado, mas se bem que eu preferia e nem tivesse noivado porque se era para casar que casassem com ele e pronto.
Sem adiar mais voltei para o quarto caminhei até a porta e saí por ela fiquei parada no corredor por um tempo e em seguida comecei a caminhar pelo extenso corredor e quando cheguei na escada comecei a descer lentamente quando finalmente botei meus pés na sala de estar senti de repente um frio na barriga, mas mesmo assim Eu segui direto para o escritório do meu tio para acabar logo com isso o corredor que dava para o seu escritório parecia que não tinha mais fim assim que cheguei em frente à porta do escritório minhas mãos ficaram frias de repente.
— Vamos acabar logo com isso — sussurrei comigo mesma enquanto bate eu o pé no chão.
Estiquei meu braço e finalmente bati na porta de madeira, demorou alguns segundos até que escutei um “pode entrar” a maçaneta parecia que tinha ganhado vida, mas finalmente abri a porta entrando e a fechando, em seguida olhei para o meu tio, mas só que ele não estava sozinho senti meu sangue ferver quando vi o causador de toda a minha desgraça, parado do seu lado fechei minhas mãos em punhos olhando para ele com raiva.
— O que é esse homem faz aqui? — perguntei olhando para o meu tio com raiva.
— Me respeite que eu sou o seu pai — Louis falou me olhando com firmeza.
Comecei a rir sem humor nenhum olhando dele para o meu tio que estava me olhando com uma certa preocupação em seus olhos.
— Um pai de verdade não faz o que você fez — digo entre dentes jogando nele toda a minha raiva.
Meu “pai” se virou rapidamente e olhou para o tio Edgar com raiva.
— Você contou para ela? — Louis perguntou para o meu tio em fúria.
Tio Edgar finalmente se levantou, deu a volta em sua mesa, ficando mais perto.
— Sim, eu contei porque desde o dia que ela chegou aqui até completar 15 anos tudo que ela fazia era ficar sentada na janela esperando a mãe aparecer — meu tio falou olhando de mim para o seu irmão mais velho.
Louis passou as mãos no cabelo balançando a cabeça de um lado para o outro perdido em seus próprios pensamentos, eu fiquei de costas impedindo que eles vissem que eu estava prestes a chorar, olhei para o alto tentando impedir a todo custo que as lágrimas caíssem porque todas às vezes que eu lembrava da minha mãe era isso que acontecia e segundos depois me virei novamente olhando para os dois.
— Quando será esse maldito casamento? — tentei olhando para eles com frieza.
— O noivado será... — os que o meu tio termine de falar eu o corto.
— Eu não quero droga de noivado nenhum — digo olhando para ele, tentando a todo custo evitar olhar no rosto do meu pai.
— Tem que ter noivado — Louis fala e eu sinto o seu olhar em mim.
Caminhei a passos lentos em direção à janela, fiquei lá parada olhando para fora pensando em como seria minha vida se a minha mãe ainda estivesse viva, mais aí tudo cai por terra quando lembro que o causador da sua morte está no mesmo ambiente que eu sentia que meu pai estava me olhando olhei para ele brevemente por cima do meu ombro ainda destilando em cima dele toda a minha raiva e ódio.
— Não, vai ter noivado porque eu não quero — digo para eles entre dente me virando.
— Tudo bem, vou falar para Elijah que você não quer noivado — tio Edgar fala acatando a minha decisão.
— Se não vai ter noivado, então o casamento pode ser para daqui a um mês — Louis fala olhando para mim dou de ombros.
Quando a data do casamento já estava mais ou menos definida pedi licença para o meu tio e sair daquele escritório feito uma bala eu não aguentava nem mais 5 segundos no mesmo espaço que o meu pai minha raiva era tão, mas tão grande que deu vontade de fazer com ele mesmo que ele fez com a minha mãe bater nele tanto até de desmaiar no chão ou até mesmo morrer eu não me importava desde o dia que descobri que ele tinha matado a minha mãe eu não me importava mais se ele morresse em algum atentado sentia que o mundo iria desabar sobre mim a cada passo que eu dava quando estava andando em direção à escada escuto Emma me chamando, mas eu estava tão perturbada que simplesmente ignorei, mas eu escutava os seus passos atrás de mim.
Subi correndo para o andar de cima ainda escutando Emma vir atrás de mim, com toda certeza ela estava preocupada, assim que botei meus pés no segundo andar corri pelo corredor até chegar no meu quarto, entrei e fechei a porta com força, eu odiava toda essa vulnerabilidade e eu estava tão bem antes daquele homem aparecer que eu não entendi, na verdade, eu não entendi porque a minha vida tinha que ser assim? Por que eu tinha que nascer nesse mundo tenebroso? Eram tantos porquês que rodavam a minha mente que eu me sentia tonta, ajoelhei no chão querendo que essa dor fosse embora de uma vez por todas, a porta do meu quarto se abriu, escutei alguém entrando, olhei e vi Emma me olhando preocupada, ela se ajoelhou do meu lado.
— Por Deus o que houve? — Emma perguntou enquanto me abraçava.
Me afastei brevemente dela.
— O casamento já vai ser marcado para daqui a um mês — digo tão baixo que ela quase não escuta.
— Mas não vai ter noivado? — Emma perguntou com uma expressão confusa no rosto.
Dei um suspiro.
— Eu não quero noivado, não quero que comemorar uma coisa que está acontecendo de um jeito forçado — digo de um jeito tão distante que ela voltou a me abraçar.
— Faremos do jeito que você quiser — Emma fala com a voz embargada passando as mãos em meu cabelo.
Nós ficamos um tempo desse jeito até que a empregada bateu na porta avisando que o jantar seria servido, eu disse que não estava com fome e Emma falou para ela fazer uma bandeja e trazer para mim e eu iria comer Nem que ela enfiasse goela abaixo.
— Eu realmente estou sem fome, Emma — digo para ela dando um pequeno sorriso.
— Nada disso você não irá passar fome por causa disso – bota a mão na cintura – no dia do casamento você tem que estar firme e forte para encarar o Elijah Pollock de cabeça erguida — Emma falo me dando uma bronca motivadora.
Eu e ela sorrimos uma para outra antes dela sair para pegar uma bandeja com alguma coisa para mim comer enquanto isso aproveito para ir tomar uma que dura em torno de uns trinta minutos quando voltei já pronta para comer e depois dormir tenho uma surpresa nada agradável quando voltei para o quarto e vi meu pai olhando para cada canto que fiz questão de pintar e decorar com a ajuda do meu tio ele notou minha presença mais contínua de costas para mim olhando para tudo.
— Sabe, se a sua mãe estivesse viva, tenho certeza que vocês duas decoraram um quarto juntas, aqueles quartos típicos de adolescentes — meu pai falou me olhando nos olhos depois de um tempo.
— Mais ela não está aqui graças a você — digo olhando para ele com muito rancor.
— Você acha que eu não me culpo todo santo dia durante esses oito? — meu pai me perguntou com o cenho franzido.
— E o senhor acha me senti como sabendo que o meu pai além de matar minha mãe dá a minha mão em casamento para um dos piores homens do clã? — digo para o meu pai totalmente, magoada.
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