Um altar com flores de tom claro, decoravam o salão, um tapete vermelho esticado e convidados se levantando. A enorme porta se abriu e a noiva a esconder o rosto atrás do véu entrou. Carregando um buque e de longo vestido branco, caminha sozinha até onde o noivo de terno claro a esperava. Dava inveja as mulheres que queriam estar naquele lugar. O seu coração batia acelerado, sentia as várias miradas postas sobre ela.
Ao tocar as mãos, ambos ficam de frente ao juiz de paz, que começou a cerimônia. Palavras românticas foram ditas e uma grande mentira se desenvolvia ali, o noivo retira o véu da noiva a revelar o rosto dela, um rosto o qual tinha um falso sorriso e um olhar de frieza, não era para ela estar naquele lugar mais ela estava, com um noivo que a mirava com indiferença e sem paixão nenhuma. Mesmo não havendo amor, ela precisava estar ali, pelas crianças e pela sua amiga morte.
Num beijo de um toque frio, a noiva substituta concluía o contrato e finalmente começava a vingança dela, a vingança a descobrir quem dos convidados causou a morte da sua melhor amiga e mãe do filho do noivo.
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Gwen, era uma moça simples crescida dentro de um internato extremo em regras, um lugar onde se era deixado a pessoa ficava considerada abandonada. Era impossível o contato com o exterior, a fazer com que as alunas ficassem dentro de uma jaula até o dia que os pais as fossem buscar ou até a formatura quando completavam 18 anos.
Crescendo nesse interior rígido, a jovem teve a companhia de uma amiga o qual deixara o lugar menos sufocante, a amiga vivente do internato vivia lá desde os 4 anos, ambas juntas começaram a compartir histórias das suas famílias e a fazer uma grande amizade.
Gwen, não tinha muito que contar, porém, a sua amiga Gwendoline, contava histórias e desejos que tinha de ver os pais, ela tinha uma grande esperança de que um dia eles fossem buscá-la e a retirariam daquela jaula.
Elas eram tão unidas, que quase eram confundidas como irmãs gêmeas, ambas tinham a mesma idade, aparências quase similares, até o nome era parecido, até em caso familiar eram similares, contudo havia uma diferença, Gwen, foi parar no internato a pedido da mãe que começou a ter problemas para cria-la sozinha.
Já Gwendoline, foi simplesmente deixada a própria sorte, nunca nenhum parente a foi buscar.
Quando ambas se formaram, se separaram. Apesar da longa distância, ainda mantinham contato. Gwen, levava uma vida dura a cuidar da sua irmã pequena após descobrir a doença da mãe, já Gwendoline, estudava na França perto do internato onde estudaram.
Apesar das dificuldades Gwen, ainda estudava numa faculdade pública, ela fazia o máximo que podia para separar os horários e cumprir com as suas metas.
Contudo perderá contato com sua amiga, após felicita-la, quando a Gwendoline, disse ir finalmente viajar a conhecer os pais, após isso ambas perderam contato.
Gwen, fez 23 anos e formou-se a investigador na área policial da sua cidade, era o seu primeiro dia quando a mãe morreu a perder contra a leucemia.
Ela era boa, incluso praticava e aprendia o máximo que podia a poder dar uma vida diferente a sua pequena irmã, o qual ela nem sequer sabia quem era o pai.
Após um ano sem contato, numa noite chuvosa Gwen, estava em sua casa quando recebeu uma ligação. O alto horário e o frio não a impediu de correr para o hospital.
Num enorme quarto silencioso, os barulhos dos aparelhos, o corpo todo machucado da sua amiga a lutar pela vida na cama foi o início de um grande terror.
Fazia um ano e meio, aquele número não tocava nos contatos de Gwen, que vivia uma vida corrida.
Ela tinha 24 anos e havia perdido a mãe a pouco tempo e sem ter a chance de chorar, ela foi obrigada a encarar a vida de uma pessoa solitária. Onde tinha que trabalhar, estudar e cuidar de sua irmã pequena de 5 anos.
Quando por fim conseguiu se ajeitar a esta vida, algo inusitado ocorreu, aquele número o qual ficará 1 ano sem ligar surgiu na tela do seu celular.
Tudo foi muito rapido, Gwen, nem se lembrava direito de quantos sinais vermelhos atravessou. A forte chuva a bater no vidro reduzia a visibilidade, porém, mesmo com tantos contratempos ela só acelerava, precisava estar lá de qualquer jeito. Chegou as pressas no hospital a ir direto ao quarto junto a uma enfermeira, o qual saiu a deixando sozinha.
Foi se aproximando lentamente da cama a mirar o corpo todo machucado de sua amiga, via aquelas unhas pintadas com marcas de mordidas, a boca rachada e os cortes, apertou-lhe os dedos a engolir o choro. Quando a porta de arrastar se abriu.
Um homem todo de branco segurava a ficha na mão e Gwen, sem olhá-lo perguntou:
Gwen: O que aconteceu com ela?
O médico respirou fundo e disse:
- O carro deslizou na pista, devia ter estado a correr com muita velocidade.
Gwen, olhou para cima e se virou para encarar o jovem médico que era seu conhecido.
Gwen: John, tem que salvá-la.
- Estamos tentando, porém não será fácil a criança saiu ilesa por muita sorte, porém, ela está com muitos ferimentos graves.
Gwen, passou a mão no nariz quando escutou isso, contudo algo a intrigou, “que criança?” de acordo com ela, não era para ter uma
criança, sua amiga teve um filho e ela não sabia.
Estava a pensar quando lhe apertam a mão, imediatamente olhou para a cama a ver os olhos de sua amiga abertos.
Gwen: Gwendoline!
A amiga sorriu e o doutor a querer deixá-las sozinhas fecha a porta, com a mão a jovem retira o respirador.
Gwendoline: N-noah, ele está bem?
Gwen, confusa, acena com a cabeça a forçar um sorriso.
Gwen: Precisa descansar minha amiga, está certo?
A balançar com a cabeça respirou fundo.
Gwendoline: Estou sem tempo, eles irão vir buscá-lo.
Gwen: Fique calma, ninguém vai vir buscar ninguém_ falar a apertar a mão da amiga com força.
Mesmo assim a amiga negava com a cabeça, ela parecia desesperada.
Gwendoline: Irão sim, eles o querem, eu...eu.. _ começou a soluçar em choro_ preciso proteger o meu filho.
Gwen: Calma, Line, você precisa se recuperar primeiro_ fala a chamá-la pelo apodo.
Gwendoline: Não, eles o querem haa! A minha bolsa, tem um diário dentro dela, eles me enganaram, nunca me quiseram, só precisavam de mim para salvar o filho deles _ chorava a ter várias lágrimas escorrendo pelos olhos _ você precisa...por favor...cuida do Noah, cuida dele..ahaha! cuida do meu bebê, Gwen, minha querida ir....
( Piiiiii)
Ainda com os olhos abertos, veio aquele barulho, Gwen, nervosa, mexeu o corpo da amiga que a mirava com aqueles olhos sem vida.
Rapidamente os médicos e enfermeiras entraram na sala a fazer a reanimação. Gwen, foi expulsa do quarto e ao mirar para os lados saiu a correr até a balconista.
Lá ela parecia ameaçar a moça que assustada lhe passou o saquinho que continha os itens de sua amiga, foi sentada no quarto já com o corpo coberto que ela abriu aquele “bendito” livro.
“ Finalmente fui chamada para a casa, estou animada, como serão os rostos dos meus pais, duvido que estejam iguais aos da foto”
Gwen, começava a respirar fundo a cada folha que passava.
“ Soube que o meu irmão mais velho está doente, ele precisa de tratamento e eu quero ajudá-lo"
“ Tudo foi feito pelo laboratório, escolhemos a pessoa que batia e fizeram a inseminação, virei mamãe, será que minha amiga ficaria feliz”
Gwen, engolia o choro tanto quanto podia só para poder ter forças para poder continuar a ler. Naquelas folhas úmidas por conta da chuva, descobriu que sua amiga havia sido chamada à casa de sua avó só para servir de um tipo de barriga de aluguel.
Na tristeza daquelas folhas, era retratado a solidão da amiga que não podia visitar ninguém e muito menos recebia uma visita de seus pais ou família. As folhas delatavam a tristeza, ansiedade e abandono, junto com o conforto de sentir uma vida crescendo dentro dela.
O nascimento do filho, num hospital onde ninguém a acompanhou, mais tentativa para retirarem o seu bebê após a alta, era como se Gwendoline tivesse sido jogada no lixo.
Na medo ela fugiu do pai do seu filho e veio para a Califórnia em busca de Gwen, contudo o acidente foi algo inesperado. Ao fechar o livro Gwen, se segurou para não lançar o objeto contra a parede.
Ela queria bater em alguém, queria gritar, ela ofegava enquanto mirava o corpo frio de sua amiga. Nisso a porta se abre, era John.
John: Precisamos preencher a ficha dela, tem por acaso um familiar o qual ligar?
Gwen, balança a cabeça e ainda encara o corpo.
John, mirava a amiga quando de repente uma enfermeira aparece e lhe sussurra no ouvido, ele mira rapidamente a Gwen.
John: Alguém está aqui, ele diz ser o pai do bebê _ disse a mirar a amiga _ Gwen!
Ela o olha, só se passaram duas horas desde a morte de sua amiga, isso só podia significar que ele a estava seguindo.
Paços se ouviam pelo corredor do hospital, o homem de terno e blusa branca todo chique se chamava Alex, ele caminhava acompanhado de alguém com aspecto sinistro, a olhar para os lados com aquele olhar caído.
Ambos altos e de boa figura, tinham ombros largos e assustavam.
O ruivo que estava no centro foi direto para a balconista.
Alex: Boa noite!_ cumprimentou todo calmado _ gostaria de saber se uma mulher veio para cá, ela carregava um bebê de poucos meses nos braços.
A mulher o olhou de lado a clicar no teclado do computador.
— Preciso do nome da mulher_ ela fala.
Ele bate os dedos da mão direita no balcão e olha para o lado na direção do colega, quando o moreno simplesmente aponta com o queixo.
Alex, imediatamente olhou para trás onde viu parar uma mulher de calça jeans, longos cabelos cacheados húmidos, o rosto pálido por conta do clima frio, tênis vermelho e camiseta branca de alcinha, ela cruza os braços na mesma hora em que os dois trocam olhares.
A observando de cima para baixo, ele percebeu ser igualzinha a mulher da foto, Alex, apertou os olhos a se aproximar dela ficando a poucos centímetros daquela moça de rosto sério.
Alex: Onde esta o meu filho?
Ela curva um pouco os lábios a mirar para o homem maior do que ela. Alex, sem paciência franze a sobrancelhas.
Alex: Eu vim levá-lo.
O silêncio de poucos segundos foi quebrado com um suspiro da mulher.
Gwen: Um doador que deseja os direitos de paternidade, isso não é contra as regras, não?
Alex: Ah! Olha_ fala a colocar as mãos nos bolsos_ se eu soubesse que você era uma louca e acabaria fugindo com o meu filho, com toda a certeza teria escolhido a sua prima, para carrega-lo em primeiro lugar.
Gwen: Há!_ balança a cabeça a lamber os lábios, depois o mira_ eu não me lembro de ter me oferecido para ser barriga de aluguel senhor e desculpa, mais quem é o senhor mesmo?
Com o rosto sério ele a encarava quando deu passos para trás a olhar para cima, isso era brincadeira não é, só podia ser pensou.
Gwen: Nós não nos conhecemos e sei que nunca nos vimos antes, por isso, estou com total certeza de que está a confundir-me com alguém.
Alex, mirava aquela mulher insolente que o tratava como estranho, a lamber o lábio inferior ele mexe no terno nos bolsos de dentro a retirar um envelope, o abrindo pegou a foto e a colocou bem na frente do rosto dela
Gwen, rapidamente reconheceu a foto, era ela e a sua amiga quando estavam no último dia do internato, uma foto onde ambas sorriam a segurar o certificado nas mãos.
Alex: Então, Gwendoline, irá continuar a fingir que não me conhece?
“ Não eu suponho ser você quem não conhece a verdadeira mãe do seu filho”
Pensou Gwen, a notar o olhar frio dele que a encarava.
Então este era o homem do qual sua amiga estava a fugir, o tal homem que estava a reclamar a paternidade do filho dele, ela aperta o punho com força, se não fosse por ele, a sua amiga talvez não tivesse corrido com tudo na pista e muito menos teria falecido.
Gwen, queria acertar um tiro nele, era como se a culpa de tudo aquilo naquela noite era daquele homem.
Alex: Enfim_ guardou a foto no mesmo bolso de antes_ onde está o meu filho?
Gwen: Eu não acredito_ disse zangada_ é sério, é só isso que tem para me falar?
Ele ainda a mirava com indiferença, ela sem dúvida queria socar aquele cara, mesmo assim se continha.
Gwen: Por que, deseja tanto esta criança? Se não me engano ele foi criada só para salvar uma vida.
Alex: Sim, a vida do meu amigo e após isso era para ele me ser entregue.
Gwen: Só pode ser piada? Quer que eu entregue ele ao senhor?
Alex: Ele é o meu filho.
Gwen: Sim, e foi feito só para salvar o tio e eu aposto que não tinha nenhum papel para entregar a guarda dele após o nascimento_ fala ao homem que recua_ no Noah, o senhor não toca.
— Cough! Cough! _ tosse do nada.
Gwen e Alex, olham para trás onde o doutor tossia os encarando.
John: Preciso que assine os papéis _ mostra a ficha.
Gwen: É claro_ colocou a mão na testa_ espera um pouco eu já vou.
John, respirou fundo a se virar para o lado.
John: Vai rápido, nós temos que levar o corpo para o necrotério.
Gwen: Eu sei_ fala ainda a apoiar a mão na testa quente, estava a começar a sentir dores de cabeça.
Alex, mirava a ambos, notava a moça que suava a balançar para os lados.
John: E precisaremos também da ficha do menino.
Gwen, acena com a cabeça e o médico sai. Alex, ainda a encarava quando:
Alex: Por que precisa da ficha do meu filho?
Gwen: Isso não é da sua conta_ fala a manter a cabeça baixa antes de se virar a juntar as mãos_ olha resolvo tudo isso depois, mas agora estou ocupada, a minha amiga morreu e eu preciso emergencialmente ir para onde ela está.
Gwen, se virou para ir quando do nada ele lhe agarra o braço a segurando, ela o olhou a ver aqueles olhos verdes que a encaravam.
Gwen: Olha aqui, se tentar algo eu grito e se isso acontecer, o senhor irá se arrepender.
Ele mordia a boca por dentro o pulmo de Adão descia e subia com aqueles olhos arregalados que a encaravam, não demorou muito para ele a soltar e recuperar a pose, Gwen, mirou o braço e foi-se para a sala onde lá fechou a porta.
Alex, a sentir as miradas, olhou para o amigo que o acompanhava.
Alex: Preciso descobrir o que aconteceu.
— Não precisa nem pedir_ pegou o celular a coloca-lo no ouvido afastou-se a ficar de costa.
A notar a balconista que o encarava, Alex, acenou com a cabeça e foi para um lado. Minutos depois o amigo retornou com a mão-cheia de papéis.
— Foi um acidente, parece que o carro virou debaixo chuva.
Alex: E o meu filho?
— Ele está vivo, e está sã, salvo e mais descobrimos quem era a mulher que Gwendoline, veio procurar.
Passou o papel para o amigo que o pegou na hora. Alex, havia contratado um detetive para ficar na cola da mulher, ele queria saber tudo sobre ela, pesquisou o máximo que pôde apesar das dificuldades, pois o internato onde ambas estudaram era um lugar literalmente recluso. Percebeu até a grande semelhança dela com a amiga falecida.
Alex: Vejo que ela também tinha uma irmã pequena_ fala a virar as folhas que não continham imagens.
O amigo levanta as sobrancelhas a enrugar a testa. Alex, estala a língua a olhar para o lado onde numa janela de um dos quartos a ter a cortina aberta ele observava aquela moça curvada a ter a caneta em mãos.
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