Lucas era um tenente do exército comprometido em manter as suas habilidades de combate sempre afiadas e a sua forma física impecável. Ele sabia que não podia deixar nada ao acaso quando se tratava de cumprir a sua missão, então dedicava grande parte do seu tempo a treinar incansavelmente.
Naquele dia, o sol brilhava forte no campo de treinamento ao ar livre onde Lucas estava correndo. Seu corpo já estava coberto de suor, mas ele não mostrava sinais de cansaço enquanto se movia com agilidade e habilidade. Saltando sobre obstáculos e se esquivando de armadilhas simuladas, ele demonstrava uma destreza impressionante, seus músculos tensos e definidos respondendo com precisão quase sobrenatural aos movimentos que ele executava com velocidade incrível.
A cada passo que dava, Lucas se concentrava em sua respiração, mantendo um ritmo constante enquanto percorria o campo com determinação. Ele sabia que não podia deixar sua guarda baixa, pois a qualquer momento poderia surgir um inimigo que exigiria todas as suas habilidades de combate. Por isso, ele mantinha-se alerta e preparado, seus sentidos aguçados enquanto avançava pelo terreno.
Lucas corria pela pista de treinamento, sentindo o vento bater em seu rosto e o suor escorrendo pelo seu corpo. Seus olhos fixavam-se no horizonte, enquanto sua mente vagava sobre o que significa ser um líder. Ele lembrava-se das palavras de seu instrutor: "A disciplina é a chave para a vitória em qualquer batalha". Aquelas palavras ecoavam em sua cabeça enquanto ele se concentrava em seu treinamento.
Com a respiração pesada e as pernas cansadas, Lucas forçou-se a continuar. Ele sabia que era importante dar o exemplo para seus subordinados. Eles olhavam para ele em busca de orientação, motivação e coragem. Ele tinha que ser forte, disciplinado e determinado.
Ele se lembrava de sua última missão, em que sua unidade teve que enfrentar uma situação de alto risco. Ele sabia que precisava liderá-los com coragem e disciplina. E assim ele fez. Eles conseguiram superar as adversidades, graças à sua liderança e exemplo.
Lucas continuou a correr, sentindo a queimação em seus músculos. Ele sabia que não podia desistir. Ele tinha que ser o melhor, para si mesmo e para sua equipe. Ele não poderia deixar a disciplina cair. Ele tinha que manter-se firme, mesmo nas situações mais difíceis.
Lucas havia treinado por uma hora, mas parecia ter passado uma eternidade para ele. Suas pernas estavam exaustas e seu corpo suado, mas ele sabia que precisava continuar. O tenente do exército não queria apenas ser um bom exemplo para os recrutas, ele queria que eles se inspirassem e se esforçassem para serem melhores.
Finalmente, Lucas parou de correr. Ele se esticou lentamente, sentindo cada músculo do seu corpo se contorcer de dor. Ele respirou fundo, fechando os olhos por um instante, tentando recuperar o fôlego. A adrenalina ainda pulsava em suas veias, e ele sentia a energia correndo por todo o seu corpo.
Lucas abriu os olhos e viu os recrutas ainda o observando, e sentiu um leve sorriso se formar em seu rosto cansado. Ele se aproximou deles, ainda ofegante, e notou a expressão de respeito e admiração em seus olhos.
"Vocês ainda têm muito a aprender", disse ele, com uma voz rouca, mas firme. "Mas se continuarem assim, um dia poderão ser tão bons quanto eu".
Os recrutas sorriram, sentindo-se motivados pelas palavras de Lucas. Ele era um líder nato, e eles sentiam orgulho de estar sob sua tutela. Lucas sabia que precisava continuar a treiná-los com rigor, mas também sabia que já tinha feito um bom trabalho ao inspirá-los a serem melhores.
Lucas saiu do local de treinamento ofegante, ainda sentindo o suor escorrendo pelo rosto e pelo corpo. Ele seguiu direto para o vestiário, tirou a camiseta molhada e a jogou em um canto. Tomou um longo banho, sentindo a água quente relaxar seus múscUlos cansados.
Depois de se secar, ele se vestiu com uniforme limpo e novo, sentindo-se renovado. Enquanto amarrava os cadarços das botas, ele ouviu alguém bater à porta do vestiário. Ele gritou para que entrasse e viu o sargento adentrar no ambiente.
"Sargento, o que traz o senhor aqui?" perguntou Lucas, curioso.
"Um homem de terno está aqui na base militar à sua procura, Lucas. Ele diz que tem assuntos importantes para discutir com você" respondeu o sargento.
Lucas franziu a testa, tentando lembrar se tinha algum compromisso marcado. "Não tenho ideia de quem possa ser, sargento. Mas agradeço por me avisar. Vou procurá-lo imediatamente" respondeu Lucas, enquanto seguia para a porta.
"Tenha cuidado, Lucas" advertiu o sargento, preocupado.
Lucas assentiu com a cabeça e deixou o vestiário, seguindo para o prédio principal da base militar. Ele caminhou pelos corredores, cumprimentando seus colegas de trabalho, enquanto tentava imaginar quem poderia estar à sua espera.
Quando finalmente chegou à recepção, ele avistou um homem de terno esperando por ele. Lucas se aproximou e cumprimentou-o com um aperto de mão.
"Sou Lucas, o que posso fazer por você?" perguntou Lucas.
"Boa tarde, Lucas. Meu nome é Carlos, precisamos conversar sobre algo extremamente importante." respondeu o homem de terno.
Lucas entrou no escritório com Carlos, ainda sentindo a adrenalina daquele treino intenso em seu corpo e a fala de Carlos apenas aumentou isso.
"O que está acontecendo, Carlos?" perguntou Lucas, com seriedade em sua voz.
Carlos suspirou e olhou para Lucas com seriedade. "Eu sou um amigo antigo de sua família e o advogado de sua mãe. Recebi uma ligação esta manhã de uma empresa de tecnologia de ponta", disse ele. "Eles estão procurando por um trabalho importante realizado por sua mãe anos atrás em física quântica."
Lucas arregalou os olhos, sentindo seu coração acelerar. "Minha mãe?", perguntou ele, sem acreditar no que estava ouvindo. "Mas ela faleceu há anos em um acidente de carro."
Carlos assentiu. "Eu sei, Lucas. Mas essa empresa está disposta a pagar muito dinheiro pelo trabalho de sua mãe, e eles querem encontrá-lo a todo custo. Eles estão enviando um representante aqui para a base militar hoje à tarde para se encontrar com você."
Lucas ficou atordoado, tentando processar a informação. "Minha mãe era a melhor em física quântica do mundo", disse ele lentamente. "Mas ela nunca compartilhou seu trabalho com ninguém. Como essa empresa sabe sobre isso?"
Carlos deu de ombros. "Eu não sei, Lucas. Mas isso é algo que você precisa descobrir. Eles estão dispostos a pagar muito dinheiro por esse trabalho, então isso deve ser importante."
Lucas pensou por um momento, sentindo uma mistura de emoções. Ele sentiu falta de sua mãe todos os dias desde sua morte, mas também sabia que ela nunca compartilharia seu trabalho com alguém sem uma boa razão.
"Eu preciso descobrir o que está acontecendo", disse ele, sério. "Vou me encontrar com esse representante e descobrir o que eles querem com o trabalho de minha mãe."
Carlos assentiu. "Boa sorte, Lucas. Tenho certeza de que você descobrirá o que está acontecendo."
Lucas saiu da sala e caminhou pelo corredor, sentindo-se confuso e ansioso. Ele se dirigiu ao vestiário, onde tomou outro banho rápido e trocou de roupa. Quando saiu do vestiário, um soldado se aproximou dele e disse: "Senhor, um homem chegou à base militar à procura de você. Ele disse que precisa falar com você imediatamente."
Lucas ficou ainda mais sério e seguiu o soldado até a entrada da base militar, onde um homem de terno preto o aguardava. "Lucas, prazer em conhecê-lo", disse o homem com um sorriso amigável. "Meu nome é Peter e represento a empresa de tecnologia de ponta que está procurando pelo trabalho de sua mãe."
Lucas permaneceu sério e olhou para o homem, preparando-se para o que viria a seguir.
"Vamos para a minha sala.", disse Lucas ansioso.
Lucas leva Peter até seu escritório e o faz se acomodar em uma cadeira enquanto ele mesmo se senta atrás de sua mesa. Ele se prepara mentalmente para a conversa que viria a seguir.
"Então, Peter, do que se trata tudo isso?" perguntou Lucas.
"Como eu sabe, nós recebemos informações sobre um trabalho importante que a sua mãe estava realizando antes de falecer. E, aparentemente, esse trabalho pode ser muito valioso para nós", respondeu Peter.
"Você está me dizendo que estão procurando por um projeto da minha mãe?" perguntou Lucas, franzindo a testa.
"Sim, exatamente. E não estamos falando de qualquer projeto. Estamos falando de um projeto de física quântica, algo que pode mudar a forma como vemos o mundo", explicou Peter.
Lucas ficou pensativo por alguns segundos, lembrando-se das palavras de sua mãe sobre a importância do seu trabalho. "Eu entendo. Mas, e daí? Qual é o meu papel nisso tudo?"
"É aí que as coisas ficam interessantes", disse Peter, entregando um diário para Lucas. "Este é o diário de sua mãe. Nele, ela deixou informações valiosas sobre seu projeto, mas infelizmente, ela usou uma tecnologia quântica avançada para codificá-lo e achamos que apenas você tem a habilidade de abri-lo."
Lucas pegou o diário e o examinou. "E por que eu abriria isso para vocês?"
"Porque é a coisa certa a se fazer, Lucas. O projeto de sua mãe tem o potencial de mudar o mundo e isso é algo que não podemos ignorar. Além disso, você não acha que sua mãe gostaria que o trabalho dela fosse reconhecido e usado para o bem da humanidade?"
Lucas suspirou e colocou o diário na mesa. "Eu entendo o que você está dizendo, Peter. Mas este diário é tudo o que resta da minha mãe. Não posso simplesmente revela-lo para vocês."
"Eu entendo como você se sente, Lucas, mas por favor, pense na grandeza do projeto de sua mãe. É algo que pode ajudar a humanidade a dar um passo adiante em sua evolução", argumentou Peter.
Lucas ficou em silêncio por um momento, olhando para o diário em cima da mesa. "Eu preciso de um tempo para pensar nisso."
"Compreendo. Mas, por favor, não demore muito. O tempo é essencial", disse Peter, se levantando da cadeira. "Muito obrigado pela sua atenção, Lucas."
Assim que Peter saiu, Lucas ficou encarando o diário por um longo tempo. Ele sabia que a decisão que teria que tomar seria difícil e que teria consequências para sua própria vida. Ele pegou a pasta e o colocou em sua vestimenta, decidindo que precisava pensar mais a respeito antes de tomar uma decisão.
Lucas encostou suas costas em sua cadeira. Enquanto refletia sobre as palavras de Peter e a importância do projeto de sua mãe, sua mente vagou para seu passado, relembrando as circunstâncias que o trouxeram até ali.
Seu pai havia desaparecido misteriosamente quando Lucas tinha apenas 16 anos. Ele se lembrou do vazio que aquela ausência deixou em sua vida e do longo período de incertezas e perguntas sem respostas. Sua mãe, então, se tornou sua única referência e apoio, dedicando-se a criá-lo da melhor forma possível.
No entanto, a tragédia golpeou novamente quando sua mãe faleceu em um acidente de carro alguns anos depois. Lucas nunca superou completamente essa perda e, desde então, sentia-se impulsionado a desvendar os mistérios que envolviam a vida e o trabalho de sua mãe mas nunca o fez, decidiu superar e seguir em frente em sua carreira militar.
A conversa com Peter trouxe à tona todas essas memórias e emoções. Lucas ponderava sobre o significado de tudo aquilo. Será que o projeto de sua mãe era a resposta para os enigmas de seu passado? Será que aquelas informações codificadas no diário poderiam ajudá-lo a desvendar o desaparecimento de seu pai e a verdade por trás do acidente de sua mãe?
No entanto, ao mesmo tempo, Lucas sentia um medo latente. Ele temia que desenterrar os segredos do passado pudesse trazer à tona verdades sombrias e dolorosas que talvez fosse melhor deixar enterradas. Ele não sabia se estava preparado para enfrentar as consequências de abrir aquele diário e revelar os segredos guardados por sua mãe. Ele sequer tinha certeza se como o abriria.
Enquanto refletia, Lucas olhou para uma foto em sua mesa, uma imagem antiga de sua mãe sorridente. Seus olhos se encheram de lágrimas, e ele sentiu um misto de tristeza e gratidão. Ele sabia que sua mãe sempre desejou o melhor para ele e que teria orgulho de suas conquistas. Mas também sabia que ela desejaria que seu trabalho tivesse um propósito maior, mas não necessariamente seria algo para ajudar outras pessoas.
Lucas tomou uma decisão. Ele não abriria o diário imediatamente, mas também não o entregaria a Peter sem antes explorar o que ele continha. Ele se comprometeu a estudar e a aprender mais sobre física quântica, a mergulhar no trabalho de sua mãe e a buscar respostas para suas próprias perguntas.
Ele sabia que o caminho à sua frente seria desafiador e cheio de incertezas, mas estava determinado a seguir adiante e a desvendar os mistérios que cercavam sua família.
Lucas se levantou da cadeira e olhou pela janela do escritório, contemplando o horizonte. Ele sentia uma nova energia pulsando dentro de si, uma motivação renovada para buscar a verdade de sua família.
Lucas adquiriu uma determinação feroz dentro de si. Ele decidiu que não dependeria de mais ninguém para desvendar os segredos de sua família. Sentia-se compelido a fazer isso sozinho, confiando em suas próprias habilidades e determinação.
Ele recordou de todas as vezes em que teve que se virar por conta própria, desde o desaparecimento de seu pai até a perda de sua mãe. Essas experiências o tornaram resiliente e independente, e ele sabia que poderia aplicar essas mesmas qualidades na busca pela verdade.
Lucas não tinha certeza se poderia confiar em Peter, Carlos ou em qualquer outra pessoa que surgisse em seu caminho. Ele não queria arriscar expor seus segredos e desenterrar memórias dolorosas apenas para ser traído ou usado.
Ele decidiu que seria autossuficiente e faria todo o trabalho árduo por conta própria. Estudaria a física quântica, decifraria o diário de sua mãe e caso tivesse algo, seguiria as coisas deixadas por ela. Lucas estava disposto a enfrentar todos os desafios e obstáculos que surgissem, mesmo que isso significasse estar em uma jornada solitária.
Enquanto se dirigia à porta do escritório, Lucas sentiu um fogo ardente dentro de si. Ele estava pronto para começar sua busca pela verdade, determinado a encontrar as respostas que tanto ansiava. Ele sabia que não seria fácil, mas estava disposto a lutar por sua família e pelo legado de sua mãe.
Com cada passo que dava, Lucas sentia uma nova força e coragem surgindo dentro dele. Ele se lembrava das lições que sua mãe lhe ensinara sobre perseverança e determinação. Ela sempre dizia que, mesmo nos momentos mais difíceis, a verdadeira força vinha de dentro.
Lucas estava determinado a honrar sua mãe e seu pai, desvendando os segredos que eles haviam deixado para trás. Ele sabia que, ao fazê-lo, poderia encontrar um sentido mais profundo em sua própria vida e talvez até encontrar a paz que tanto almejava.
Enquanto Lucas deixava o escritório e caminhava pelos corredores da base militar, sua mente estava repleta de pensamentos e planos. Ele sabia que a estrada à sua frente seria longa e cheia de desafios, mas ele estava disposto a enfrentá-los de frente.
A determinação de Lucas brilhava em seus olhos enquanto ele avançava em direção ao seu destino. Ele estava pronto para embarcar em uma jornada de descoberta, autodescoberta e, acima de tudo, de redenção.
Lucas sabia que sua busca seria solitária, mas ele estava confiante de que, no final, ele encontraria as respostas que buscava. Ele se tornaria a pessoa que sua mãe sempre acreditou que ele poderia ser: corajoso, resiliente e capaz de mudar o curso de sua própria história.
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