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Apenas Me Ame

Capítulo 1

Me jogo na cama, o colchão macio um alívio bem-vindo depois do que pareceu uma eternidade no hospital. Dois dias, para ser exata. Trabalho em um hospital infantil – é gratificante, sim, mas também te esmaga por dentro. Ver aquelas crianças, tão pequenas e já enfrentando batalhas tão grandes... quimioterapia, cirurgias... É um peso constante no peito.

Hoje, uma garotinha brasileira chamada Isabela chegou. Seis anos, um sorriso tímido e um diagnóstico de câncer em estágio avançado. Os pais dela... você podia ver a determinação e o medo dançando em seus olhos. Eles vão lutar com tudo que têm, mas as chances... as chances são pequenas.

Com um suspiro pesado, me arrasto para fora da cama. Um banho quente é o que preciso. No banheiro, abro a torneira, adicionando sais de banho com aroma de lavanda. A água fumegante logo cobre minhas pernas enquanto deslizo para dentro da banheira, fechando os olhos e deixando o calor aliviar a tensão nos meus músculos. Um longo suspiro de contentamento escapa dos meus lábios.

Depois de um tempo que pareceu uma eternidade, esvazio a banheira e rapidamente ligo o chuveiro. Uma máscara capilar hidratante é essencial – meus cabelos precisam de um carinho extra hoje. Enxáguo tudo, me seco e sigo para o quarto, onde ligo o secador. Enquanto seco os fios, visto um pijama de seda confortável.

Na cozinha, aqueço um copo de leite no micro-ondas. Sentada no balcão, saboreio a bebida morna, tentando relaxar. É quando começo a ouvir. Uma discussão vinda do apartamento ao lado. Mudei-me para cá há alguns meses – um apartamento de luxo, sim, mas longe da cobertura extravagante dos meus irmãos. Suficiente para mim.

O casal ao lado, no entanto, tem sido uma fonte constante de drama. Brigas ocasionais, gritos abafados... geralmente acaba rápido. Mas esta noite é diferente. As vozes estão mais altas, mais raivosas. O som de coisas quebrando ecoa através da parede.

De repente, um estalo alto. Um tiro. Meu corpo reage antes que eu possa pensar, me jogando no chão. Irracional, talvez – as paredes são grossas –, mas o medo me paralisa. Mais três tiros soam, cada um deles me atingindo como um soco no estômago. Lágrimas silenciosas escorrem pelo meu rosto.

O silêncio que se segue é ainda mais assustador. Me levanto lentamente, as pernas tremendo. Preparo um copo de água com açúcar, bebendo pequenos goles para tentar me acalmar. Me sento no sofá, o pânico ainda latejando sob a minha pele.

Não sei quanto tempo se passa até que ouço o alvoroço no corredor. Espio pela janela e vejo luzes azuis piscando, carros de polícia bloqueando a rua.

Com cautela, abro a porta, apenas uma fresta. Um policial está parado perto da porta do apartamento vizinho.

— Com licença, senhor? O que está acontecendo? — pergunto, a voz tremendo.

— Um homem atirou na esposa — , ele responde, o rosto sombrio. — Ele está sob custódia. A vítima não sobreviveu. Por favor, fique dentro do seu apartamento. —

Assinto, fechando a porta suavemente. Meus dedos estão dormentes enquanto penso no que aconteceu. Uma mulher morta. Ao lado.

Não posso ficar aqui.

Pego meu celular e disco o número de Marius. Ele atende depois de alguns toques.

— Eliza? Você sabe que horas são? — ele resmunga, o sono evidente em sua voz.

— Preciso que você me tire daqui — , digo, a voz embargada. — Por favor. —

— O que aconteceu? — A preocupação substitui o tom irritado.

— Eu te conto depois. Só... vem me buscar. Não consigo dormir aqui. —

— Estou a caminho — , ele diz, sem hesitar.

— Vou esperar lá embaixo. — Desligo, a esperança frágil florescendo em meu peito.

Enfio algumas roupas em uma mochila – não tenho plantão amanhã, então não preciso do meu jaleco. Verifico o corredor, certificando-me de que está relativamente vazio, e saio do apartamento, trancando a porta atrás de mim. Desço as escadas o mais rápido que posso, fugindo daquele prédio.

Na rua, a cena é caótica – policiais, curiosos reunidos, as luzes vermelhas e azuis pintando o céu noturno. Me posiciono na calçada, a mochila apertada contra meu corpo.

Logo, os faróis familiares do carro de Marius surgem. Entro rapidamente, e ele acelera, nos afastando dali.

— Então — , ele começa, a voz tensa, — pode me explicar por que me ligou no meio da noite para me buscar em um prédio cercado pela polícia? Você por acaso resolveu virar criminosa e precisa de um motorista de fuga? —

Ele olha pelo retrovisor, esperando ver carros da polícia nos seguindo.

— Não é nada disso — , digo, e ele suspira. — Lembra do casal que mora ao lado do meu apartamento? Eles sempre brigam. Pois bem, hoje à noite foi pior do que nunca. E então eu ouvi tiros. —

Vejo a preocupação em seu rosto. Ele volta a olhar para a estrada. — Você se machucou? —

— Estou bem — , digo. — Só não queria ficar lá. Eles prenderam o cara, mas tenho medo de que ele seja solto e volte. O apartamento dele é ao lado do meu, estou apavorada. —

— Você vai ficar lá em casa — , ele diz. — Amanhã vemos o que fazer. —

Agradeço, me aconchegando no banco e observando as luzes da cidade passarem.

Acabo adormecendo no carro. Cansada e assustada demais para me manter acordada. Sinto Marius me sacudindo gentilmente. Chegamos. Saímos do carro e entramos em sua casa. Victoria está nos esperando e me abraça assim que me vê. Retribuo o abraço rapidamente.

— O que aconteceu? — ela pergunta.

Conto a história a ela, e seus olhos se arregalam de horror.

— Ainda bem que você está bem e segura agora. Pobre mulher, ninguém merece passar por isso — , ela diz.

— Infelizmente, essa é a realidade de muitas mulheres... — digo, a voz embargada.

Victoria me leva até um dos quartos de hóspedes. Deitada na cama, me pego pensando em tudo. Talvez eu precise me mudar. Não consigo mais ficar naquele prédio. Já estava considerando a ideia, mas isso só acelerou as coisas. Preciso encontrar um lugar novo. Rápido.

Capítulo 2

Eliza Fitzy narrando:

Na manhã seguinte...

Saiu do quarto e desço as escadas em direção à cozinha, ouço várias vozes, eram meus sobrinhos.

— Tia Eliza. — diz Helena sorrindo.

— Oi, minha bonequinha. — falo andando até ela e beijando seus cabelos.

Comprimento os trigêmeos e pego Luna que está nos braços do meu irmão. Minha sobrinha que já tem um ano está vestida em um lindo macaquinho azul.

— Coisinha azul da tia. — falo beijando a barriguinha dela que solta uma gargalhada.

— Tia, você dormiu aqui? — pergunta Dylan curioso.

— Sim, eu chegue era de madrugada. — falo entregando Luna para Marius e me sentando ao lado de Victoria.

— Por que você veio dormir aqui? — agora é a vez do Herry perguntar, Ryan fica apenas ouvindo.

— Acho que isso é assunto para outra hora. — diz Victoria. — vocês precisam ir para aula ou irão chegar atrasados.

Eles assentiram e logo se levantaram, os quatro me dão um beijo na bochecha e sobem para escovar os dentes, logo eles voltam com suas mochilas, eles se despedem da mãe e esperam por seu pai, que irá levá-los.

Marius entrega Luna para Victoria e lhe dá um beijo, o mesmo se aproxima de mim e beija meus cabelos.

Assim meu irmão vai embora e nos deixa sozinhas, apenas com a companhia da Luna que está olhando atentamente pro colar da sua mãe.

— Como você está? — pergunta ela enquanto tira a mão da Luna que tinha acabado de puxar seu colar.

— Agora estou bem, mas fiquei bastante assustada. — falo um pouco apreensiva ao lembrar do que passei na noite passada. — eu já estava pensando em me mudar daquele prédio, agora depois disso, vou sair de lá o mais rápido possível.

— Já tem alguma ideia de onde irá morar? — pergunta.

— Ainda não, vou ficar na casa dos meus pais até conseguir arrumar um novo apartamento. — falo. — enquanto não encontro um novo lar, vou ter que sofrer um pouquinho atravessando a cidade, meu trabalho fica muito longe daqui.

— Tadinha. — diz ela me olhando tristemente, olho para Luna que puxa a blusa da minha cunhada para baixo na tentativa de mamar. — calma, filha.

Quando Victoria deixa seu peito a mostra, a pequena menininha abocanha e já começa a sugá-lo.

— Isso dói? — pergunto olhando para Luna sugando o seio dela.

— Algumas vezes, sim, principalmente quando ela morde. — diz fazendo careta. — ela está fazendo isso agora.

— Acho que não quero ter filho e passar por isso. — falo olhando para ela.

— Se for pensar pelo lado da dor que a pessoa sente e de tudo que acompanha uma gravidez, acho que ninguém quer ter filhos. — diz ela sorrindo. — mas tirando isso, ter filhos é a melhor coisa do mundo.

Olho para minha amiga/cunhada que acaricia o rosto de sua filha, os olhos dela brilham ao olhar sua filha mamar calmamente com seus olhinhos fechados e sua pequena mãozinha sobre o seio.

Chega deu uma vontade de ter filho... mas já passou.

Ficamos conversando enquanto eu tomava meu café, depois nos despedimos por que eu iria para casa dos meus pais. Quando eu cheguei na casa dos meus pais, só a minha mãe que estava, contei tudo detalhadamente do que aconteceu e ela ficou toda preocupada. Felizmente estava tudo bem comigo, mas infelizmente nada terminou bem para a outra mulher.

Não quero voltar naquele prédio sozinha, por isso vou pedir a ajuda dos meus pais e até dos meus irmãos para me ajudarem com a mudança. Mamãe disse que posso ficar em sua casa até encontrar um novo apartamento, ou se eu quisesse ficar lá para sempre ela não iria achar ruim.

Resolvo subir para o meu quarto e tomar um banho, tudo está igualzinho, mamãe mantém nossos quartos iguais quando a gente ainda morava aqui. Ela disse que quando quiséssemos voltar para casa, ela estaria de braços abertos para nos receber.

Entro no meu closet e o encontro algumas roupas minhas, sempre deixo roupas aqui e também acabou ficando algumas outras roupas minhas, pois na mudança não levei todas, não sei se elas ainda me cabem. Deixo minha mochila sobre o puff e olho ao meu redor, está igualzinho. Sempre que venho para casa dos meus pais não preciso trazer roupa, isso facilita muito, pois não preciso ficar andando com mochila ou alguma bolsa com roupas.

Hoje foi apenas uma exceção, pois eu iria para casa do Marius primeiro.

Pego um vestido soltinho azul bebê e um conjunto de lingerie que tinha nas minhas gavetas, ele ainda tinha etiqueta, então nunca usei. Deixo tudo sobre a cama e sigo pro banheiro, busco por uma toalha e a encontro dobrada em uma das gavetas embaixo da pia.

Deixo ela pendurada e sigo pro box, ligo o chuveiro e suspiro sentindo a água quente cair na minha cabeça e descer pelo meu corpo, relaxando todos os meus músculos. Lavo meu cabelo com o shampoo que tinha ali e uso o sabonete líquido também, eu acabei trocando a marca que usava de shampoo, mas o que tinha ali no meu banheiro também era muito bom.

Tomo um banho rápido e em seguida volto pro quarto vestindo minhas roupas, volto pro banheiro pegando um pente e penteado meu cabelo.

Deixo ele solto para secar naturalmente e desço para pegar meu celular que acabei deixando sobre o sofá quando estava conversando com minha mãe.

Quando desci encontrei meu pai e minha mãe conversando, corri e abracei ele, minha mãe já tinha falado o que tinha acontecido.

— Você está bem, filha? — pergunta preocupado.

— Estou bem, pai, passei a noite bem assustada, mas agora estou bem. — falo me afastando dele e sorrindo.

— Sua mãe disse que você irá se mudar. — diz ele. — irei chamar seus irmãos e iremos te ajudar com a mudança.

— Obrigada papai. — falo o vendo sorrir, ele adora quando chamo ele assim. — eu iria pedir ajuda as minhas cunhadas, mas com os bebês elas estão bem ocupadas.

— Elas não podem te ajudar com a mudança, mas tenho certeza que quando você for organizar tudo no seu novo apartamento, elas faram questão de ajudar. — diz minha mãe.

— Tudo bem, eu vou pegar meu celular e começar minhas buscas pelo novo apartamento. — falo vendo minha mãe parar de sorrir.

— Que pressa é essa para sair dessa casa, depois você pesquisa isso. — diz ela. — vamos comer um bolinho de chocolate enquanto você conversa com seus velhos aqui.

Sorriu e assinto.

Sigo junta com eles até a cozinha onde comemos bolo e conversamos sobre nossos trabalhos e coisas aleatórias do nosso dia a dia. Ri bastante com eles, meus pais são incríveis.

Capítulo 3

Eliza Fitzy narrando:

Algumas semanas depois...

Minhas buscas por um novo apartamento continua, já visitei alguns prédios e não me agradei muito, as estruturas e nem os apartamentos eram do meu agrado, deu para perceber que os vizinhos também não eram tão agradáveis.

Mesmo não ficando muito no meu apartamento por conta dos meus longos plantões, quando eu estiver em casa, eu precisarei descansar, e naqueles lugares percebi que descansar seria algo impossíveis.

Então continuarei com minhas buscas.

Eram quatro da tarde quando eu saí de mais um dos meus plantões, eu iria ver mais um dos apartamentos, esse era um pouco afastado do meu trabalho, mas vi que ele é muito bem elogiado pelas pessoas que já ficaram, ou que moram lá.

Pego meu carro e ao chegar no local, vou em direção a recepcionista que estava no telefone, a mesma me pede para esperar um pouco e logo me olha sorrindo.

— Senhorita fitzy, boa tarde, o gerente do prédio já irá descer para te mostrar todo o imóvel pessoalmente. — diz ela.

Não gosto quando me chamam pelo meu sobrenome, prefiro que me chamem apenas de Eliza.

— Tudo bem. — resolvo não questionar como ela sabe que eu realmente sou uma Fitzy, minha família é muito conhecida aqui em Los Angeles e, além disso, eu tenho a fama de ser a melhor pediatra do estado.

Todo mundo me conhece.

— Senhorita Fitzy, é uma honra ter uma pessoa tão importante quanto a senhorita por aqui. — diz o homem todo sorridente.

— Olá! — falo. — estou a procura de um apartamento.

— Então eu tenho exatamente o que você precisa. — diz ele. — me acompanhe, irei mostrar alguns para você.

Assinto e sigo ele.

Ele me mostrou alguns apartamentos no terceiro e quarto andar, mas nenhum deles me agradou, então seguimos para o nono andar.

— Nesse andar temos cinco apartamentos disponíveis, você no momento terá apenas duas vizinhas, uma delas tem uma criança, mas a mesma é super comportada e não fará nada para perturbar o sossego da senhorita. — diz ele.

— Certo. — observo o andar e por algum motivo gostei muito, parece ser sossegado.

Peço para olhar os apartamentos desocupados, gostei muito de um deles, a vista era muito bonita da cidade, fora que o mesmo era super espaçoso e do jeito que eu estava procurando.

— Eu gostei desse. — falo e o homem sorri de orelha a orelha.

— Perfeito, uma das suas vizinhas mora aqui em frente, a outra um pouco mais no final do corredor, a senhorita não terá nenhum problema, e se houver algum, faremos o possível para resolver.

— Tudo bem. — falo. — Irei me mudar amanhã mesmo.

— Perfeito. — diz ele. — agora só precisamos assinar alguns documentos, se a senhorita puder me seguir, para que resolvemos logo isso.

— Claro. — sorriu seguindo ele.

Após assinar diversos documentos e tirar algumas dúvidas sobre regras do condômino, finalmente sigo em direção ao estacionamento.

Entro no meu carro e me encosto no banco, eu estava me sentindo bem, como se ali fosse realmente o lugar onde eu deveria estar.

Agora que tenho um novo apartamento, possivelmente terei outros novos problemas, não conheço minhas novas vizinhas, mas de alguma maneira estou ansiosa para conhecê-las.

Só espero me dar bem com elas.

[...]

Na manhã seguinte...

Estava eu, Marius e Cristian colocando minhas coisas da mudança em caixas.

Meus pais iriam nos ajudar, mas infelizmente meu pai teve que fazer uma viagem e minha mãe o acompanhou.

— Cuidado com isso, idiota. — falo pro Cristian quando ele começa a jogar algumas coisas minhas nas caixas.

Ele sorri começando a colocar tudo calmamente.

— Eliza, a Victoria disse que amanhã irá no seu novo apartamento te ajudar a organizar tudo. — diz Marius. — as crianças irão para o colégio, a babá da Luna irá estar de folga amanhã, então a mesma irá levar nossa filha com ela.

— Joana também, Maya irá com ela. — diz Cristian.

— Tudo bem, já estou com tanta saudade daquelas bolinhas fofas da titia. — falo lembrando das minhas sobrinhas.

Luna e Maya estão tão fofas, as duas com seus cabelinhos escuros e olhos azuis, e seus corpinhos gordinhos que me dá vontade de mordê-las.

— Maya está me deixando louco. — diz Cristian. — agora que ela começou a engatinhar, não para quieta.

— Luna está na mesma situação. — diz Marius. — eu já tenho cabelos brancos, ela quer me matar de preocupação.

Marius já tem alguns cabelos brancos, ele tem trinta e quatro anos, vai fazer trinta e cinco, alguns fios brancos já estão presentes no seu cabelo, o mesmo disse que não irá escondê-los. Victoria disse que acha super sexy, coisa que eu achei super desnecessário ela falar para mim.

— Você já tem cabelo branco há muito tempo, quem mandou sair fazendo filho. — falo. — agora está aí, velho e cheio de preocupações.

— Eu amo meus filhos. — diz meu irmão. — eles me deixam preocupado, mas eu os amo e os protejo com minha vida.

— Tenho que concordar com o Marius. — diz Cristian. — depois que tive a Maya, eu soube o que realmente era amor, eu amo Joana, ela é o amor da minha vida, mas o amor de um pai com um filho é tão incrível, é algo inexplicável.

— Acho que nunca vou entender isso. — falo fechando a caixa. — Marius, pega a fita e me ajuda a fechar a caixa.

— Você diz isso agora, mas sei que futuramente seus pensamentos irão mudar. — diz Marius pegando a fita e grudando na caixa, deixando ela fechada e segura. — quando você encontrar alguém que você realmente ame, você irá mudar, irá querer ter uma família com essa pessoa.

— Uma família é muito além de ter filhos. — falo. — posso adotar um gato e ele ser minha família.

— Isso também está certo, mas você não acha isso tudo tão solitário? — pergunta Marius.

— Eu sei muito bem o que é solidão. — diz Cristian baixinho. — tive uma fase na minha vida que era apenas eu em um apartamento querendo que meus vizinhos fizessem barulho para eu não me sentir sozinho, mas depois que conheci Joana e formei uma família com ela, minha vida melhorou muito, você não sabe o que é chegar do trabalho e ver a mulher da sua vida e sua filha te esperando para jantar… é um sentimento único, incrível.

— Eu conheço esse sentimento, todo dia quando chego em casa e vejo todos os meus filhos sentados à mesa e Victoria me esperando com um lindo sorriso no rosto. — diz Marius. — eu me sinto tão feliz.

Olho para o que eles falam e suspiro baixinho, acho que nunca vou saber o que é esse sentimento.

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