Amélia nunca teve muita sorte na vida. Desde muito jovem, ela precisou ajudar sua mãe a cuidar do pai, que era alcoólatra, e da avó doente. A família mal tinha recursos para sobreviver, e Amélia teve que se esforçar para conseguir terminar o ensino médio.
O sonho dela sempre foi ser médica, mas a realidade cruel da vida a obrigou a deixar esse objetivo de lado. Após a morte da mãe, a responsabilidade de cuidar do pai e da avó doente ficou ainda mais pesada.
Mas essa rotina difícil não a impediu de sonhar com um futuro melhor. Amélia ainda acreditava que poderia mudar a sua vida e a de sua família, sempre antes de dormir ela fazia o mesmo pedido aos céus - por favor me deixe viver uma boa vida..
Foi então, após mais uma noite em que o pai chegou bêbado em casa, que Carlos, o pai de Amélia, disse que tinha uma notícia importante para dar à filha. Ele contou que um velho amigo havia se aproximado dele com uma proposta que podia mudar a história da família.
Esse amigo estava com câncer terminal e queria muito ver o filho se casando antes de morrer. Mas ele queria que o filho se casasse com uma moça humilde e confiável. Foi então que Carlos disse que tinha oferecido a mão de Amélia em casamento ao filho do amigo, e ele havia concordado por saber que Carlos era um bom homem e devia ter criado uma boa filha.
Amélia ficou chocada. Ela teria que se casar com um homem que mal conhecia, em nome de uma promessa feita pelo pai. Ela teria que abandonar seus sonhos e se submeter a uma situação desconfortável por toda a vida.
Naquela noite, Amélia ia jantar na casa de Joel, seu futuro noivo.
Joel apareceu para buscá-la ao chegar na porta Amélia já o aguardava, ela se sentia perdida e desconfortável.
O olhar confiante e arrogante de Joel atravessa Amélia assim que ela o vê sob o vidro do conversível, ele exala charme e poder. Apesar de toda a sua beleza, Joel transmite uma sensação de frieza e calculismo, fazendo Amélia se sentir ainda mais desconfortável em sua presença.
Ele desce o vidro do carro e pede que ela entre, Amélia fica sem jeito mas obedece.
Ao entrar no carro ela se acomodou da melhor maneira que pode o cheiro de loção pós barba de Joel invadiu as narinas de Amélia, ela reparou que Joel possui uma aparência muito bonita, com traços afiados e bem definidos em seu rosto. Seus olhos são de um castanho escuro intenso e sua pele tem um tom dourado, como se ele passasse muito tempo ao sol. Seu cabelo castanho-escuro é bem arrumado, penteado para trás, dando-lhe um aspecto elegante e polido. Seu estilo é bem formal e refinado, com roupas de alta qualidade e elegantes.
Diferente de Amélia que apesar de ter um rosto bonito, com traços delicados e suaves, ela sabe que parece exausta, com olheiras escuras e profundas que dão uma impressão de cansaço e esgotamento. Sua magreza é bastante evidente, com uma aparência esquelética e um pouco abatida, como se ela não estivesse se alimentando bem ou dormindo o suficiente, seu cabelo está preso em um rabo de cavalo negligente, com mechas caídas em seu rosto emaranhado.
Ela está vestindo uma blusa rasgada e um jeans desbotado, sem preocupação com a moda ou o estilo. O que se pode notar nela é que apesar de sua aparência um pouco negligenciada, Amélia parece ter uma energia silenciosa e uma determinação forte, como se estivesse passando por um momento difícil, mas ainda assim, segue em frente.
Ela esperava que ao vê-lo talvez se apaixonasse a primeira vista como nos contos de fadas, mas tudo que ela viu foi um homem bonito e charmoso, mas que não despertava nenhuma emoção nela.
Joel quebra o silêncio - Então, Amélia, como foi seu dia hoje?
Amélia responde em tom baixo - Foi... normal, eu acho. Cuidei da minha avó e ajudei um pouco o meu pai na lavanderia.
Joel em um tom agradável - Ah, entendi. Eu não conhecia essa parte da cidade. É tão diferente do meu bairro.
Amélia revira os olhos- É, aqui é um pouco mais humilde. Mas não me importo muito com isso, desde que tenha um lugar para morar e comida para comer.
Joel parece confuso- Pois é... Eu sou um pouco mais exigente, sabe? Gosto de coisas boas, de roupas bonitas, carros de luxo e de ambientes bons...
Amélia (suspira) - Eu não sou muito ligada em roupas e carros caros. Prefiro gastar meu dinheiro com coisas que são realmente importantes pra mim.
Joel diz em um tom curioso- Ah, é? Interessante... Mas eu gosto de mulheres que se cuidam, que se vestem bem... Você podia se arrumar mais para mim, não?
Amélia retruca (se sentindo desconfortável) -Como assim?
Joel aperta o volante - Eu quero dizer... você está linda, é claro, mas talvez pudesse vestir algo mais apropriado. Essa camiseta rasgada e esse chinelo não são muito... elegantes.
Amélia fica envergonhada e não responde o silêncio se mantém até chegar a mansão.
Ao entrar Joel faz o mesmo comentário sobre a roupa de Amélia diante do pai que retruca -
Concordo com ele, Amélia. Você poderia se arrumar um pouco mais quando vier aqui para jantar conosco, minha falecida esposa mãe do Joel era modista, se ainda estivesse viva daria um jeito em você no instante a deixaria como uma princesa.
Amélia impaciente e se sentindo encurralada responde- Eu não tenho muitas roupas elegantes, então... desculpa se a minha camiseta não é boa o suficiente para vocês!
Carlos dá um tapinha no ombro da moça e diz - Não precisa se irritar, Amélia. Eu só pensei que poderia ser mais agradável se você se vestisse com algo mais formal. Não foi minha intenção ofender você.
Após o silencioso jantar, o pai de Joel decide deixar os dois sozinhos por um tempo.
Carlos indaga - Joel, querido, eu minha nova namorada Mimi, vamos sair um pouco para dar uma voltinha. Divirta-se com sua noiva, tá bom?
Joel sorri maliciosamente e diz - Pode deixar, pai. Vamos nos divertir bastante.
Carlos sorri se despede - Bom final de noite queridos. Até mais!
Depois que o pai de Joel sai da sala, ele se vira para a jovem e pergunta se ela gostaria de tomar uma bebida. Amélia achava que já tinha feito o suficiente, ela se sentou à mesa com a família de Joel, comendo uma comida que não estava acostumada e tentando ser educada, ela estava claramente cansada, e declina do convite, mas Joel insiste, dizendo que ele e Amélia precisavam se conhecer melhor. Ele menciona que ela agiu friamente durante toda a noite, e Amélia corta o diálogo, perguntando bruscamente o que ele esperava, já que o relacionamento deles era arranjado.
A atmosfera na sala muda instantaneamente. Quando Joel se senta ao lado dela, seu olhar é de cobiça, ele escorrega a mão pelos ombros de Amélia.
Amélia não conseguiu evitar as lágrimas e vociferou - Não sou nenhuma prostituta, não me toque!
Ela estava tentando manter a calma, mas quando Joel tentou tocá-la, ela não pôde mais se conter.
Joel se afasta e seu tom se torna sério, enquanto Amélia mantém um modo defensivo. Ela fica em pé e começa a responder com argumentos sólidos, deixando claro que não aceitará jogos emocionais, e que um casamento de conveniência não poderá ser baseado em nada além da hostilidade entre eles.
Joel se senta ao lado dela e contempla suas palavras, percebendo que tinha subestimado a jovem. Ele rapidamente muda de assunto e começa a fazer perguntas, dessa vez com uma curiosidade genuína sobre a vida de Amélia. A tensão diminui e os dois começam a conversar de forma mais amistosa, dando um passo positivo para começar a conhecer um ao outro.
Quando voltou para casa, Amélia ponderou que apesar de desagradável o jantar não foi um total fracasso, pelo menos ela pôde comer carne, e apesar de sem noção Joel não era tão terrível, mas ao repousar a cabeça no travesseiro e fechar os olhos no fundo Amélia sabia que estava sendo vendida pelo próprio pai. E que essa situação desesperadora iria mudar sua vida para sempre.
Duas semanas já haviam se passado desde que Joel e Amélia se conheceram. Ela parecia mais conformada com a situação, mas ainda um pouco tímida e reservada.
Amélia estava correndo pela casa tentando deixar tudo o mais limpo possível já que não havia um gota se quer de luxo ou requinte no local.
No dia anterior, quando o pai de Joel informou que iriam jantar na casa de Amélia, ele pareceu odiar a ideia e disse que preferia jantar em um restaurante, onde Amélia poderia levar o pai e a avó. Mas o pai de Joel negou e disse que seu filho devia retribuir a gentileza de sua noiva, que sempre saía de casa para estar com ele, mesmo com a avó doente.
Joel e o pai discutiram na frente de Amélia, mas no fim, o pai venceu. Joel ofereceu dinheiro para Amélia fazer o jantar, ele disse que não comeria qualquer porcaria que os pobres comem, isso ofendeu Amélia, e ele tentou se desculpar e disse que não queria ofendê-la, ela recusou o dinheiro e não acreditou no pedido de desculpas ela percebia que Joel estava se esforçando para fingir que estava se acostumando com ela.
Saindo de seus pensamentos Amélia, foi até a cozinha iniciar os preparativos porém viu que precisava comprar alguns legumes para a receita que faria.
Ela tomou a carteira e seguiu descendo a rua até o mercadinho próximo, dona Lourdes sua vizinha passou por ela e a cumprimentou e disse a Amélia que evitasse sair de casa a noite a polícia invadiria o morro procurando por bandidos foragidos. Dona Lourdes sempre tinha essas informações pois Roney seu filho era envolvido os com maus elementos do bairro.
Amélia se desesperou. Ela começou a entrar em pânico, pensando em que seria perigoso para Joel e seu pai irem para lá.
Amélia foi até a lavanderia do seu pai para informá-lo sobre a operação da polícia no morro e aconselha-lo a cancelar o jantar com Joel e Carlos. Mas o pai de Amélia discordou, dizendo que Dona Lourdes inventava muitas mentiras e que ele não tinha ouvido nada sobre a operação da polícia. Ele ainda disse que o jantar seria ótimo e que Amélia deveria parar de inventar desculpas para afastar Joel, já que em poucos meses eles seriam marido e mulher.
Amélia retornou para casa chateada, sentindo-se desamparada e sozinha. Seu pai nunca acreditava nela e sempre a tratava como uma tola. O casamento que ele arranjou para ela com Joel foi somente para que ele pudesse ter dinheiro e se afundar ainda mais na bebida.
Amélia se sentia perdida, sem saber para onde ir ou o que fazer. A única pessoa que realmente a amava era a sua avó, mas ela já estava senil e mal se lembrava dela. Amélia preparou o resto do jantar com lágrimas nos olhos, pensando em como sua vida estava tomando um rumo que ela nunca esperou.
Ela sabia que nem todo o dinheiro de Joel seria capaz de fazê-la feliz, pois o amor verdadeiro não se compra. E ela pensava em como todos os seus sonhos pareciam estar desaparecendo, enquanto seus problemas só aumentavam.
Joel e Carlos chegam para o jantar e tudo parece estar tranquilo no morro. As crianças ainda estão brincando na rua e tudo está bastante calmo.
Joel e o pai trouxeram uma garrafa de vinho e o pai de Amélia os recebe com elogios e muito cuidado. Enquanto isso, Amélia aparece somente na porta da cozinha, cumprimentando-os à distância, ela informa que sua avó parece estar bastante mal.
O pai de Amélia diz que somente ele e a filha participarão do jantar, e Amélia fica apreensiva na cozinha, pensando o tempo todo no que pode acontecer se as palavras de Dona Lourdes se provarem verdadeiras e a polícia invadir o morro.
O pai de Amélia vai até a cozinha. E Então, ele a chama para fazer companhia para o noivo.
Joel está visivelmente desconfortável na casa, mesmo estando limpa e arrumada, ela tem uma aparência muito pobre e humilde. O sofá é desconfortável e o chão mal tem piso. As paredes estão se deteriorando.
Carlos e o pai de Amélia conversam em um canto da sala enquanto Joel e Amélia trocam olhares. Ele se aproxima e sussurra se ela está bem. Ela diz que está nervosa porque talvez ele não goste da comida que ela fez, pois é apenas o básico. Joel dá um sorriso sem graça e puxa assunto com ela sobre quando concordará em visitar o salão de beleza e ir ao shopping comprar roupas novas. Amélia fica desconfortável com a conversa fútil, mas finge estar interessada e diz que basta ele marcar o dia e ela vai.
A tensão paira no ar, e todos parecem estar um pouco desconfortáveis. O jantar começa, mas a conversa é superficial e não há muita interação entre eles. Amélia tinha cada vez mais certeza que seu relacionamento com Joel não é o que ela esperava, e ela se sente ainda mais sozinha em meio àquela situação.
Já passava das nove da noite, mas medo de Amélia não passou, enquanto fazia o café na cozinha por exigência de seu pai ela refletia, Joel passou o jantar em silêncio, com os olhos no celular, ambos os pais ficaram falando sobre os velhos tempos, e ela contava os minutos para o fim daquela sessão de tortura.
Era uma noite tensa, e Amélia mal podia esperar para que os convidados fossem embora, ela serviu o café e Joel se prontificou em ajudá-la, o pai de Amélia disse que ela e Joel deveriam subir até a laje da casa para verem as estrelas, e ficarem um tempo a sós, Amélia odiava o quanto o pai a empurrava na direção de Joel, ela resolveu ir com Joel para laje para ficar longe do
pai que estava bêbado e a constrangendo contando histórias desconfortáveis sobre todas as vezes que traiu a mãe.
Amélia e Joel sobem até a laje da casa, e Joel tenta puxar assunto com ela que está em silêncio. Os dentes de Amélia estão batendo de frio, e Joel tira seu blazer para colocar sobre os ombros dela. Amélia olha para ele sem graça, e Joel começa a falar.
Joel: Amélia, eu sei que você não me ama, e também não espero que isso aconteça do dia para noite. Mas você precisa me dar uma chance, assim como eu estou dando uma chance para você.
Amélia: Mas como assim?
Joel: Eu jamais me envolveria com uma mulher de um nível inferior, estou fazendo isso somente para satisfazer o desejo do meu pai. Eu tenho medo que o meu pai acabe me deserdando se eu não obedecer e me casar com você.
Amélia sente um certo alívio ao perceber que Joel não tem segundas intenções.
Amélia: Eu entendo. Eu não sou o tipo de mulher que você gostaria de ter como esposa.
Joel: Não é isso, Amélia. Eu estou disposto a tentar.
Amélia: Mas eu não sei se sou capaz de amar alguém assim, Joel. Para mim o amor tem que vir naturalmente..
Joel: Eu não espero que você sinta isso por mim agora, mas quem sabe um dia...
Amélia: Eu não quero iludir você. Não acho que vamos ser felizes juntos!
Joel: Eu prefiro tentar do que me arrepender por não ter tentado, Amélia.
Amélia fica confusa ela não sabe se pode confiar nas palavras de Joel, ela solta um sorriso tímido para disfarçar e Joel pega em sua mão, ela se afasta. Eles ficaram conversando e olhando a vista da cidade. Amélia se sente um pouco mais à vontade na presença dele e começa a perceber que, talvez, Joel não seja tão ruim assim.
Alguns minutos se passam e Amélia estava encolhida, segurando o blazer de Joel em volta de si mesma. Ela estava tremendo de frio, mesmo com a peça emprestada dele. Quando Joel percebeu, ele a abraçou de supetão. Amélia ficou apreensiva, pensou em empurrar ele, mas sentiu um conforto imediato nos braços quentes de Joel.
Ele disse que sabia que ela não queria que ele a tocasse, mas aquele momento foi necessário. Amélia não conseguia argumentar, já que o abraço de Joel era a única coisa que a fazia se sentir segura.
De repente, eles observaram uma luz cortando o céu, e Joel exclamou que era uma estrela cadente. Ele convidou Amélia para fazer um desejo, e um clima de romance surgiu de repente entre eles. Joel se inclinou para beijar Amélia, e ela se aproximou, seus corpos quase se tocando.
Mas antes que seus lábios se juntassem, um estrondo os paralisou. O barulho dos tiros começou a ressoar pelo local, e Amélia segurou a mão de Joel com força. Ela sabia o que aquilo significava: a invasão da polícia ao morro. Correram para dentro da casa, buscando um abrigo seguro do caos que se instaurava ao seu redor.
O pai de Amélia e Carlos pai de Joel estavam muito bêbados para notar toda movimentação, Amélia correu pela casa fechando as portas e as janelas, Joel tremia perguntando o que estava acontecendo, Amélia disse que era um operação da polícia, ele passou a mão pelo cabelo em um visível sinal de angústia, Amélia disse que poderia levar minutos ou horas e que Joel devia tentar não se desesperar tanto, Amélia também estava apavorada Joel tomou uma postura mais máscula e percebeu a aflição dela tentou confortá-la, prometendo que tudo ficaria bem, mas Amélia já estava acostumada com essas situação.
O tiroteio continuava do lado de fora da casa, e Amélia estava assustada. Ela tinha preparado o quarto do pai, para que Joel e Carlos pudessem dormir, mas ao chegar a sala encontrou o pai de Joel dormindo profundamente no sofá. A bebida tinha feito efeito, e ele não acordaria tão cedo.
O pai de Amélia estava de pé, seus bocejos bêbados denunciavam sua embriaguez. Ele sugeriu que ela dividisse a cama com Joel, deixando a avó dormir no quarto dela. Amélia não gostou da ideia, mas não tinha outra escolha. A casa só tinha dois quartos, e ela não queria dormir perto do pai.
Joel sugeriu que ligassem para a polícia, mas Amélia sabia que isso não fazia sentido. A polícia já estava lá fora, e eles estavam mais seguros dentro de casa. Então, seguiram juntos para o quarto, onde dormiriam juntos.
Joel começou a se despir, e Amélia ficou constrangida. Ela perguntou o que ele estava fazendo, e ele respondeu que só conseguia dormir sem roupas. Amélia disse que preferia dormir no chão a compartilhar a cama com ele, mas Joel riu e disse que ela não precisava ser tímida.
Ele insistia para que Amélia dormisse com ele na cama, assegurando que a respeitaria. Amélia refletia sobre a proposta, mas ficava receosa. Joel falou que se sentia atraído por ela, mas que não faria nada que. Amélia não quisesse.
Amélia acabou aceitando, mas estava com medo. Joel perguntou se ela iria dormir com a roupa que estava e sugeriu que ela usasse pijamas para dormir, já que jeans não é uma roupa confortável.
Amélia se levantou e foi pegar sua única camisola. Ela não queria dormir na mesma cama que Joel, mas não queria mais dormir no chão também. Ela se deitou ao lado de Joel, e lhe entregou um cobertor, Amélia puxou seu próprio cobertor tentando ficar o mais longe que podia de Joel. Eles se acomodaram juntos na cama, lutando contra o barulho do tiroteio lá fora.
Minutos se passaram e nenhum deles conseguia dormir, ele perguntou se ela queria continuar o que tinham começado na laje, se referindo ao beijo.
Amélia ficou em silêncio, fingindo dormir. Joel escorregou a mão e tocou o rosto de Amélia. Ela pediu que ele dormisse, mas ele disse que não conseguia. Amélia percebeu que talvez fosse o momento dela fazer algo louco e se permitir, então concordou com o beijo.
De repente, Joel se virou para Amélia e a beijou apaixonadamente. Amélia ficou tensa mas tentou relaxar retribuindo o beijo.
As mãos de Joel começaram a explorar o corpo de Amélia, percorrendo suas costas e braços com carinho. Ele puxou Amélia para mais perto de si, e ela sentiu a excitação dele contra o corpo dela.
As línguas dos dois se enroscaram na boca um do outro, enquanto Joel explorava ainda mais o corpo de Amélia. Ele colocou as mãos por dentro da camisola surrada, fazendo Amélia tremer de prazer.
Joel segurou Amélia com firmeza, enquanto ela colocava as mãos em seu pescoço, puxando-o para ainda mais perto. As mãos dele percorreram as pernas de Amélia, até entre suas coxas onde ele removeu sua calcinha e roçou o dedo no centro dela fazendo-a se contorcer de desejo.
Eles continuaram se beijando e se tocando com paixão e intensidade. Amélia sentiu um fogo crescer dentro dela, e seu corpo tremia ansioso por mais dele, Joel parou de explorar o corpo de Amélia com as mãos ele começou a usar os lábios, desferindo beijos lentos começando pelo pescoço de Amélia, parou por um tempo em seus seios e passou sua língua por eles, Amélia conteve um som que seu corpo quis emitir.
Joel percebendo disse
Joel: Não faça barulho Amélia, as paredes da sua casa são finas nossos pais vão ouvir ...
Amélia pressionou os lábios e Joel prosseguiu com sua jornada libertina pelo corpo dela dessa vez já estava em seu umbigo e descendo até o meio de suas pernas.
Joel perguntou a Amélia se ela era virgem, e ela respondeu que sim. Joel riu e parou de dar carinhos nela, dizendo que era melhor guardar o melhor para depois.
Amélia se cobriu, arrependendo se de ter permitido tamanho intimidade.
Agora não havia nada que pudesse fazer, Joel tinha despertado nela desejos que nunca tivera antes.. Mas ela precisava esperar, ela teria que guardar todo aquele calor e dormir esperando pelo amanhecer.
Na manhã seguinte, Amélia acordou cedo, sentindo-se um pouco cansada depois da noite intensa que passou com Joel. Ela olha para o lado e vê Joel ainda dormindo. Ela se levanta da cama e vai tomar um banho. Depois de se lavar, vestir e secar o cabelo, ela sai do banheiro e começa a preparar o café da manhã. Carlos, pai de Joel, já está acordado e ela percebe que ele não parece muito bem.
Carlos diz esfregando as têmporas: Minha cabeça está estourando.
Amélia responde oferecendo ajuda: Eu posso fazer um chá para você, senhor Carlos. Pode ajudar a aliviar a dor de cabeça.
Carlos responde aceitando: Obrigado, meu bem.
Amélia faz o chá e entrega a ele, em seguida vai fazer os cuidados diários com sua avó.
Ela retorna a cozinha e os dois começam a conversar e Amélia conta para Carlos sobre o tiroteio na noite anterior. Ele fica preocupado com a segurança de Amélia e diz que vai falar com Joel para contratar um guarda-costas para ela. Amélia tenta tranquilizá-lo, dizendo que tiroteios são comuns no morro.
Logo todos estão acordados e reunidos para o café da manhã. Carlos e Joel estão prestes a partir, mas antes de sair, Carlos diz que vai enviar um guarda-costas para Amélia. Ela tenta argumentar, mas não consegue convencê-lo.
O pai de Amélia interrompe: Não se preocupe, filha, é sempre bom ter alguém cuidando de nós.
Joel se despede de Amélia com um beijo no rosto e sussurra em seu ouvido: Caso prefira, pode vir morar comigo e não precisará de um guarda-costas.
Amélia recusa a oferta e diz que vai ficar na casa dela até o casamento. Joel sorri e completa : vou esperar que esteja pronta para terminamos o que começamos noite passada.
Amélia fica com vergonha e diz a ele que foi um erro e que aquilo não vai se repetir enquanto não for uma obrigação dela como esposa.
Joel ficou desapontado com a resposta de Amélia, mas ele tentou mostrar que estava compreendendo.
Ele tocou suavemente o ombro de Amélia e se virou para ir embora.
Amélia sentiu o coração acelerar ao ouvir as palavras de Joel. Ela realmente sentiu algo diferente na noite passada, mas ainda não sabia como lidar com essa situação.
O pai de Amélia sai para trabalhar na lavanderia e ela fica sozinha em casa com a avó, pensando sobre a noite anterior com Joel e sobre o guarda-costas que Carlos quer contratar. Ela espera que isso não afete sua rotina e que esse novo estranho em sua vida não gere mais nenhuma dificuldade.
Ainda naquele dia Amélia recebe a visita da amiga de infância, Dafne.
Dafne chegou na casa de Amélia toda animada, como sempre. As duas se abraçaram enquanto colocavam o papo em dia. Amélia contou para Dafne sobre sua vida nas últimas semanas, e como seu pai a colocou em um noivado inesperado.
Dafne diz surpresa: - Noivado?! Você está noiva e não me disse nada?
Amélia faz menção em responder mas Dafne a corta dizendo: Desculpa, amiga sempre esqueço que você não tem celular.
Dafne segue: quem é o cara?
Amélia: - Joel. Ele é um homem muito rico, filho do amigo do meu pai..
Dafne: Seu pai não perde uma oportunidade de usar você para benefício próprio em amiga?
Amélia: Se não fosse por vovó rosa, eu já teria ido embora daqui..
Amélia conta a Dafne sobre o jantar e o que aconteceu depois. Dafne pesquisa no celular sobre Joel ao ver uma foto dele fica deslumbrada.
Dafne pergunta arqueando a sobrancelha: Uau Amélia, você teve uma noite romântica com esse homem...
Amélia retruca envergonhada: - O quê? Não, nós apenas nos beijamos e dormimos juntos, nada mais.
Dafne responde rindo: - Ah, Amélia, você precisa aproveitar mais as oportunidades. Aproveita o seu noivo gostoso, vira mulher de uma vez!
As duas amigas conversaram por horas, relembrando histórias do passado e contando novidades pessoais. Amélia, por sua vez, contou a Dafne sobre a ideia de seu sogro de colocar um guarda-costas em sua vida, e como ela se sentia desconfortável com a ideia.
Dafne questiona confusa: - Guarda-costas, aqui no morro? Mas por que você precisa disso?
Amélia responde explicando: - Meu sogro é muito protetor e acha que eu preciso estar segura o tempo todo. Ele ficou apavorado ao saber a realidade do morro. Eu não sei como isso pode funcionar ou se eu realmente preciso disso, mas vou deixar esse tal cara vir e ver como vai ser.
O telefone fixo toca e Amélia corre para atender.
Amélia estava ansiosa com a ligação, e ouve as palavras da pessoa do outro lado atentamente, é da empresa de segurança, ela tenta se manter calma para lidar com a situação.
Dafne percebeu a mudança na expressão da amiga e perguntou o que estava acontecendo.
Amélia responde desligando o telefone - Era da empresa de segurança... eles vão enviar Gabriel para me proteger.
Dafne afirma com um sorriso malicioso: - Amiga, imagina se fosse o nosso Gabriel?
Amélia olha para ela confusa.
Dafne prossegue: Lembra daquele cara gato do curso de informática aqui da ONG do morro, ele tinha a nossa idade e nos dava aulas, eu sempre dava em cima dele mas ele só tinha olhos para você Amélia.
Amélia responde: Isso não é possível Dafne...
Dafne: como não é possível se ele sempre disse que queria ser policial.. ele não poderia ser um segurança gato? Afinal a história de vocês não teve uma conclusão.
Amélia: Dafne não houve história entre nós, Gabriel era um garoto de fora do morro, um voluntário, tinha boa vida e ele merecia mais do que uma pobre como eu...
Dafne: Credo mulher, você precisa de mais autoestima, é linda e inteligente demais, o destino sempre prega peças viu...
As duas amigas passaram o resto da tarde colocando o papo em dia, rindo e se divertindo juntas. Mesmo com todos os desafios que surgiram em sua vida recentemente, Amélia se sentia feliz por ter uma amiga como Dafne, e por ter tido a oportunidade de reencontrá-la depois de tanto tempo.
Para mais, baixe o APP de MangaToon!