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Último dia, é hoje! Finalmente serei uma adulta, hoje é meu último dia na escola. E daqui a um mês farei 18 anos, sairei de casa para estudar. O pesadelo escolar acabou e eu serei uma caloura na universidade...

Cursarei biomédicina!

Pego uma escova e penteio o meu cabelo, a adulação do meu cabelo se desfaz e formam andulações menores. Odeio a foto do meu cabelo não ser nem liso e nem cacheado, apenas um andulado que me faz sofrer na hora de fazer penteados. A cor vermelho carmezim, deixa o que seria um cabelo sem graça um pouco mais interessante.

Eu me levanto da frente do espelho e pego meu uniforme escolar, uma calça azul e uma blusa branca com detalhes azuis e o nome da escola.

Passo um batom rosinha para dar uma cor aos meus lábios pálidos, passo protetor solar na minha pele branca como papel. Para não pegar um câncer de pele, já não basta as sardas que tenho por todo o corpo. Manchas de melanoma iria destruir o resto da minha pele feia...

Então pego minha lente vermelha e coloco nos olhos, cobrindo a pigmentação verde da minha íris.

Enquanto escolho anéis para colocar no dedo, sinto uma ansiedade crescente que invade o meu peito de repente.

Todos os meus sentidos ficam aguçados, como se as células no meu corpo reconhecessem o perigo eminente. Meus olhos doem com um grande fecho de luz, que destroem o meu globo ocular de forma cruel, coloco o meu braço na frente dos meus olhos para proteger da luz.

Então sinto uma dor atravessar o meu corpo! Parece que cada célula minha, está sendo destruída e reconstruida ao mesmo tempo.

A dor é quase insuportável, a minha consciência oscila e eu apago completamente.

Alguém toca na minha bochecha, os meus olhos estão pesados como o inferno. Meu corpo dói e eu não consigo ficar completamente consciente. Porém, escuto sussurros!

__ Ela é tão pequena...__ uma voz masculina diz, num tom ansioso e cauteloso.

P0rra fui sequestrada? Vão me abrir e vender meus órgãos?

Abre os olhos Ofélia! Você tem que se levantar e lutar com esses canalhas, sequestradores de mulheres.

__ Parece que trouxemos uma criança!__ Outro sussurro.

__ Fique quieto, ela pode acordar a qualquer momento. Ela acordará assustada, você vai há assustar mais ainda, desse jeito.__ Uma voz mais grave declara, num tom irritado.__ Ela não é uma criança, só não passou pela mutação...

Ele está mais que certo, estou assustada para caralh0. Bom, é normal quando você é sequestrada. Mas que mutação eles estão falando? P0rra, fui sequestrada por lunáticos.

Mais toques exitantes no meu cabelo, eles parecem com medo de tocar em mim.

__ Temos que checar se ela esta bem?

__ Cheque você.

__ E se eu a machucar? Ela parece tão...__ Ele parece procurar as palavras certas.

__ Frágil?__ O outro homem declara.

Eu sei que sou bem magra e pálida, pareço doente para alguns! Sou assim porque sou bailarina e isso pede que eu tenha essa aparência quase doente. Mas ser tão frágil, que eles não podem me tocar? Esses homens nunca viram uma mulher antes?

Deus do céu!

Flexes de luzes incomodam os meus olhos e eu resmungo, com o desconforto.

__ Ela está acordando!__ Uma exclamação, num tom assustado.

Eles me sequestraram e são eles, que ficam com medo?

__ Vá chamar por ajuda.

Eu consigo abrir os olhos, mas minha visão está embaçada.

Tento me levantar, mas uma mão me para.__ Cuidado!__ Ele diz, cauteloso me segurando.

Suas mãos ansiosas, como se fosse algo terrível para ele tocar em mim. Percebo que o seu corpo está tenso e os seus músculos travados. O homem travado na minha frente parece enorme, acho que a minha visão distorcida não ajuda muito.

__ Quem são vocês?__ Eu sussurro num tom fraco, antes de desmaiar novamente dessa vez nos seus braços.

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A fêmea de cabelo de fogo, desmaiou nos meus braços. Depois de sussurrar uma pergunta. Seus pequenos lábios dispararam uma voz doce e fraca. Fazendo um arrepio atravessar o meu corpo, a respiração dela na minha pele fez todo o meu corpo esquentar.

Eu a observo cauteloso, não sabia que as mulheres eram tão...? Frágeis, tenho medo de a segurar de mau geito e acabar quebrando algo sem querer.

Meu corpo grande, modificado pelo vírus. Não ajuda em nada, parece que não importa como eu a toque eu a irei machucar.

O médico entra na sala que é própria para manter um paciente isolado, da atismofera já que não sabemos como ela reagirá ao nosso planeta fudid0.

Não podemos arriscar a segurança, dá única fêmea viva que se tem registro em duas décadas. Eu tinha cinco anos, quando a última morreu.

Eu me levanto enquanto o médico a examina, me afasto o suficiente e me encosto num canto. Olho para a minha mão, que estava segurando a sua pele macia como um algodão. O cheiro dela, é diferente da dos machos daqui. Enquanto eles fedem a testosterona, ela possui uma fragrância... doce!

__ Ela está bem, seus batimentos cardíacos estão regulares! Só está exausta, o corpo dela está se recuperando de ter sido transportado do passado para o futuro. Logo, logo ela ira acordar.

__ Irei informar aos outros. __ Falo, saindo da sala o mais rápido possível.

Quero tirar a sensação de tocar nela dos meus pensamentos, porque a probabilidade de eu ser escolhido para ser o parceiro dela é mínima.

A probabilidade de sermos compatíveis para acasalar é quase inexistente, tenho que esperar o dia que serei escolhido geneticamente pelo computador!

Respiro fundo...

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Enquanto caminho pela base 1 para a base 3, onde os outros estão.

Enquanto atravesso o campo sou cercado por 2 centinelas e um caçador como eu.

Somos divididos em grupos e cada um tem seu dever a cumprir, outros centros como o nosso tentam nos invadir porque temos uma tecnologia mais avançada e médicos procurando soluções para que não entramos em extinção. Por isso, precisamos estar sempre atentos!

__ É verdade, Beron?__ Dante pergunta, super empolgado.

__ Vou precisar de mais do que duas palavras, para entender o que você quer!

Dante revira os olhos.__ Não seja tão duro, sabe o que estou perguntando.

Carlos abre os braços. __ Tem uma mulher aqui? A máquina realmente trouxe uma mulher do passado?

Eu confirmo com a cabeça, um pouco relutante.

__ Quantas tem?__ Dante pergunta.

__ Apenas uma.

Suas expressões felizes mudam para decepção. __ Apenas uma, em!__ Carlos suspira.

Gael da uma tapinha nas costas dele.__ Isso é bom, se conseguiram trazer uma podem trazer mais. __ Ele declara tentando animar os ânimos.

__ É verdade!__ Eu declaro.__ A extração dela foi um sucesso, é isso que estou indo falar para os superiores.

A centelha de esperança volta para os olhos deles.

__ Eu nunca vi uma mulher antes, só nos livros. Como ela é?

Gael é o mais novo, ele tinha meses, quando a praga levou a última mulher embora.

Eu balbuceio, ao lembrar de seus traços finos e sua pele macia. Ela era tão pequena, porque não foi afetada pelo o vírus e não mudou como nos.

Seus ombros não eram largos como os nossos, cada parte do seu corpo poderia ser facilmente destruído com um aperto meu.

Eu respiro fundo, para responder a eles.__ Ela era pequena.

Carlos balança a cabeça. __ Faz sentido, ela não possui a mutação genética.

Eles concordam entre si.__ Será que essas fêmeas, conseguiriam acasalar conosco?

Uma boa pergunta, para se fazer. Eu penso sobre isso, não tenho certeza se será possível. Não com aquele corpo pequeno.

__ Fale mais sobre ela, amigo...

Cruzo os braços, um pouco relutante.

Preciso relatar tudo o que sei aos superiores, mas não vai me mat@r se eu der mais algumas informações a eles.

__ Sua pele era muito macia, diferente de nos! Que temos o corpo duro e também, ela tinha esse cheiro.

__ Cheiro? Que tipo de cheiro?

__ Doce.

Os machos se entre olham, com um sorriso malicioso no rosto.

__ Hum, doce! Agora estou curioso, quero cheirar ela.

Eu franzo as sobrancelhas, um pouco irritado com o pensamento de outros machos cheirando ela.

Mas de novo, ela não é minha parceira.

__ Eu estou ansioso para ter uma fêmea nos meus braços e acasalar com ela.

__ É algo que eu pensei que nunca aconteceria. Pensei que morreriamos sem saber como é o toque de uma fêmea.

__ Vocês estão sonhando cedo demais, não temos como saber se seremos escolhidos pelo computador.

Carlos bufa__ Não seja pessimista. Nos podemos sonhar um pouco.

__ Tudo bem.__ Falo me afastando, enquanto dou de ombros. __ Sonhar é de graça... vou relatar para os de cima sobre como ela está!

__ Não entendo porque você foi o escolhido, para escoltar ela.

__ É porque eu sou o mais forte lutador e ela é preciosa demais, para ficar com machos fracos.

__ Eu não sou fraco.__ Gael cospe, irritado.

__ Mas não é mais forte que eu!__ Declaro debochando dele.

Tenho orgulho de ser o melhor lutador e caçador, aqui no centro. Sou o mais alto e forte.

Tenho uma boa genética.

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Subo o prédio em ruínas e saio do subsolo, o ar fresco invade os meus pulmões. As árvores e plantas cobrem os prédios, a vegetação já está cobrindo toda a estrutura da cidade.

Caminho perto de onde os novos recrutas treinam, eu observo os jovens rapazes que mal chegaram a fase adulta. Eles são o rebanho mais jovem, não existem mais crianças nesse mundo devastado pela guerra e pelo vírus.

Quando as fêmeas morreram, uma guerra explodiu. Os ânimos naquela época estavam terrível, o fato sobre nossa extinção eminente não ajudou muito. As leis não funcionavam mais e tudo foi por água abaixo.

Depois que a guerra acabou, tinha poucos sobreviventes. Que começaram a construir uma nova sociedade e com isso veio os cientistas, com opções para tentarmos bolar uma nova forma de procriação.

Como o útero artificial, mas não funcionou. A solução de trazer mulheres do passado foi ridicularizada por todos, porém foi a última que sobrou.

Podíamos tentar voltar no tempo, mas essa opção não funcionou. Os cálculos não permitiram a nossa regressão! A solução de trazer as fêmeas do passado, foi a única esperança da humanidade de ter um futuro novamente.

Os cientistas não acharam que daria certo, mas deu. E eu vi com meus próprios olhos hoje.

Entro no prédio mas alto e subo as escadas, passo pela porta. Que foi quebrada para que possamos passar sem nos encolher. Já que esses prédios foram projetados para os humanos normais e não a anomalia genética que nos tornarmos.

O vírus nos bombardeou com testorona, nos crescemos mais do que o normal, passando dos dois metros de altura, todos nós. Alguns são mais alto que outros. Tipo eu, sou um pouco mais alto que a maioria. Nossos corpo se enxeou de músculos, nos deixando mais forte e duros. Maior força, agilidade e sentidos. Podemos enxergar com mais eficácia, sentir e cheirar. Todos os nossos sentidos são melhorados. Nos deixando muito mais forte.

Isso é bom, para vivermos num mundo devastado.

Eu caminho até um salão, onde Creighton está lutando com os outros. Recebo olhares de todos, eles ainda não sabem sobre a fêmea no laboratório. Chegaram de uma excursão e ninguém veio informar sobre ela.

Deixaram para mim, que estou num cargo do nível deles. Os machos mais jovens tem medo de nos e até, os cientistas.

__ Beron, venha chutar a bunda de Diego. Ele está se achando, porque mat0u mais dos cobras do que nos.

Os cobras, eles vivem na cidade mais próxima e parecem gostar de violência gratuita, já que sempre tentam nos atacar sem motivo aparente.

Diego sorri para mim de forma presunçosa. __ Beron está inferrujado, ele nem quis acabar com os cobras conosco. Preferiu ficar na base, dormindo.

Eu reviro os olhos, com a provocação infantil.

Subo no ringue com uma carranca no rosto, como sempre. Então eu e Diego entramos numa luta corporal, eu o soco seu rosto após ele chutar a minha perta. O derrubando com apenas um golpe.

A ansiedade no meu peito, faz eu atingir ele com mas força do que eu uso normalmente.

Um dos caras exclama um p0rra.

__ Calma Beron! Ele é um canalha, mais não tem que o mat@r.

Eu me afasto, enquanto alguns caras riem de Diego.

__ Você quase quebrou meu maxilar. __ Diego reclama, segurando sua boca que escorre um pouco de sangue.

Eu respiro fundo, tentando acalmar a minha ansiedade. Que estou sentindo, desde que vi a fêmea desmaiada. Completamente a mercê da situação, fraca e frágil, diferente desses idiotas brutamontes.

__ O que ouve com você hoje? Não é todo dia que conseguimos te tirar do sério. __ Creighton diz sorrindo, ao dar um tapinha nas minhas costas. Com certeza, gostando da situação .

Eu o encaro__ Tem uma fêmea, nas instalações medicas.

Um silêncio irrompe!