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O Dono Do Seu Coração

Capítulo 1 - Pau Mandado

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Morro Do Galpe - Sala de Torturas

Lk

Odeio ter de começar o meu dia já surrando a cara de alguém.

Sei que parece um pouco estranho, afinal sou o dono desse morro mas me refiro a fazer isso tão cedo!

Cinco e quarenta e cinco da manhã, tudo isso para dar um corretivo no Dg.

Isso mesmo! O Dg, o meu vapor mais competente, o cara mais inteligente dessa comunidade cometeu um vacilo!

Deixou passar batido um drogado de me*da, só porquê era amigo dele de infância!

O resultado de tudo isso? Uma surra! Uma surra para dar o exemplo, espero que ele corrija o seu erro.

- ENTENDEU SEU ME*DA?

Perguntei ao dar golpeá-lo pela última vez com o chicote.

-Sim, Lk! Entendi... aaaaaah!

Dg respondeu, ou melhor gemeu. Estava todo arrebentado.

-Aqui não tem essa história de pagar quando der! O que ele te disse? Contou uma historinha triste foi?

Retirei a arma do bolso do short e apontei bem na testa dele.

-Calma aí, Lk... por favor!

Comecei a sentir um cheiro forte de urina no ar quando observei melhor, vi que Dg estava todo mijado.

Gargalhei enquanto destravava a arma.

— Tsc, tsc, tsc, você tinha um futuro promissor aqui na firma! É realmente lamentável que sua trajetória termine dessa maneira!

Disse e logo em seguida dei um tiro na testa dele.

Dg, o frouxo caiu no chão como um monte de bosta.

Meus parceiros Dc e Rg, pegaram o corpo do frouxo e no triturador de lixo.

De fato, agora o idiota servirá para algo!

Será o adubo para o jardim da minha casa, parece que as plantas amam c*zões!

Hahaha!

Subi na minha moto e subiu até a minha residência nada humilde!

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Morro do Galpe - Casa do Fábio

Carolina

Affs! Mas será possível que o Fábio na aprende a lição?

Era o que eu me perguntava enquanto o emfiava debaixo do chuveiro com roupa e tudo.

Essa situação não está nada legal! Todo dia ele chega do mesmo jeito!

Bêbado, drogado e agressivo!

Eu não aguento mais! Amanhã terei uma conversa muito séria com ele!

Acabei de terminar um curso profissionalizante de confeitaria caríssimo, trabalhei muito fazendo entregas nos aplicativo.

Fiz esse esforço todo pelo meu grande sonho!

Ter o meu próprio negócio e não depender de mais ninguém!

Os custos da casa são divididos meio a meio, ou deveriam ser.

A cerca de quatro meses que o meu irmão não ajuda em mais nada, ou seja, estou arcando com tudo.

Ainda bem que sou boa pagadora, senão estaria em prejuízo com os bancos.

Respiro fundo e desligo o chuveiro, entrego a toalha e a muda de roupas para que Fábio se vista.

Saio do banheiro e vou para cozinhar. Pego o pote de marmita que fiz para levar ao trabalho e coloquei no microondas, abri a geladeira e peguei o refrigerante colocabdo junto ao copo, talheres e o guardanapo.

Cinco minutos depois, Fábio passou por mim, retirou a comida do microondas e se sentou a mesa.

O olhei com decepção e fui direto para o meu quarto, amanhã o dia será cansativo!

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Capítulo 2 - Na Função

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Morro Do Galpe - Boca 3 (Padrinho)

Lk

Aqui estou para pegar o malote da semana.

Ah se as pessoas soubessem realmente soubessem o que de fato faz as bocas lucrarem ficariam surpresos!

Parece meio óbvio mas é o pessoal fixo! O pessoal que compra todo dia, os que revendem...

Além das exportações é claro! Dentre tudo isso, existe uma minoria: Os f*didos de me*da!

Esses são os "compradores que não pagam", os loucos que fazem dívidas!

O que não é errado, desde que seja pago!

Outra coisa: A dívida só aumenta com o tempo!

Obviamente existe um tempo limite, e hoje estou aqui para ver a lista dos devedores, preciso ver se o nome do caloteiro que o Dg "protegia" e quanto deve para decidir o que fazer.

Padrinho é o responsável pela boca dessa região, o mais velho ou melhor o mais experiente!

Está no comando dessa boca a quinze anos, foi o meu pai quem o colocou nesse posto e com a escolha do meu pai em morar na Suíça com a minha mãe.

Depois de estar trinta e cinco anos no comando do morro, ele precisava de um descanso.

Hoje ele está com cinquenta e quatro anos, e a minha mãe tem quarenta e seis.

Os dois ficaram conhecidos como: Facão e Estilete.

Isso porquê a história de amor deles começou com o ódio.

Minha mãe era uma estagiária na Delegacia de Gales, e o cara que na época era o capitão achou que era uma boa ideia ter uma pessoa infiltrada na comunidade para capturar o meu pai.

Mas o tiro saiu pela culatra! E quando meu pai descobriu os reais motivos dela estar ali, disse que a mataria.

Só que ela estava preparada para tudo!

Minha mãe o atingiu com o estilete no pescoço e no braço direito.

E a mulher foi tão esperta que conseguiu desarmá-lo, e jogou o facão para longe.

Depois desse dia se apaixonaram perdidamente.

Eles sempre desejaram que eu encontrasse o amor, mas eu gosto mesmo é da p*taria!

-Aqui está patrão!

Desperto dos pensamentos quando o Padrinho me entregou o caderno.

O temido caderno! Só ele já mandou muito playboy, tiazinha, p*ta e até gente da terceira idade para vala!

E lá estava ele! Fábio Guimarães, devendo vinte mil lemms só em pó, seiscentos no lança perfume e 250 lemms na maconha.

Um sorriso malicioso brotou nos meus lábios. É hoje que mais um vacilão vai parar no meu triturador!

Acordei hoje na maior sede! Sede de sangue!

Um dos apelidos que ganhei foi vampiro, pelo motivo óbvio!

O derramamento de sangue!

Prefiro a abreviação do meu nome, Lukas.

Lk é o vulgo mais bonito e atrai as mulheres.

Vulgo p*tas! O problema é que a maioria delas é emocionada!

Brigam entre si e se dizem ser "a fiel"

KKKK! Digo-lhe uma coisa... uma p*ta jamais será uma fiel!

E como meu "velho" diz no momento certo encontraria a mulher que mudaria a minha vida!

Agora chega desses pensamentos! Preciso de ação!

Só um nome me veio na cabeça! Fábio, o caloteiro é hoje que você vai virar adubo!

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Capítulo 3 - A Entrega

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Mc Donalds, Rua Syrenity

Carolina

Aqui estou eu! Do lado da minha moto, esperando mais um pedido.

Já estava atrasada. Essa unidade é a única de toda cidade que sempre atrasa, mas os pedidos saem sempre impecáveis.

-Aqui, está!

John, o gerente me entregou o pacote. E galanteador como sempre, fez um lanche para mim.

-John, já lhe disse que não tenho como custear esses lanches.

Disse temerosamente enquanto colocava os pacotes na bolsa de entregas.

-E já lhe disse para não se preocupar com isso, eu pago do meu próprio bolso para não dar diferença no caixa.

John sorriu e eu apenas balancei a cabeça negativamente.

Já montada na moto, me despedi de John com um aceno rápido e parti para a rua Camelot.

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Já no caminho para casa, surge uma última entrega e agradeci mentalmente por ser no bairro onde moro.

Era um pedido grande até. Sorri, pois, mesmo cansada conseguiria um dinheiro bom com essa última entrega.

Morro Do Galpe - Esquina com a Rua B

Eram umas nove e meia da noite, quando saí com o enorme pedido e fui em direção ao morro.

Quando estava na metade do caminho, me dei conta...

Essa rua fica no alto do morro. O que significa que essa comida é para os traficantes do morro!

Chego na barreira cerca de quinze minutos depois, e logo sou revistada.

Reconheci os rapazes que faziam a guarda e a garota que me revistou.

-Desculpe, Carol.. mas é o procedimento padrão!

Lia disse ao terminar de me revistar.

-Está tudo bem...

Respondi tranquilamente.

-Está limpa, pode subir!

-Obrigada..

Travei a moto e peguei as sacolas de papel com a comida.

Respirei fundo e comecei a subir. Bem devagar, e sempre atenta a qualquer barulho suspeito.

Passei por alguns meninos que vendiam as drogas, a alguns viciados.

Ignorei os "psiu" de alguns caras no bar da esquina e entrei na segunda rua a direita.

Onde avistei uma casa maravilhosa. Não parecia nada com esses barracos que mostram na televisão.

Aqui no Galpe algumas das casas são belíssimas, mais lindas que as da Zona Sul.

Enfim... assim que cheguei na porta. Um rapaz loiro e de olhos azuis esperava de cara amarrada.

-Aqui está a comida e.....

-Já não era sem tempo! Não conhece nada por aqui?

O loiro cruzou os braços.

-Teria sido mais rápido senão tivesse sido revistada...

Ele revirou os olhos.

-Gata, tu não sabe que aqui esse é o padrão?

-Dá licença, preciso fazer a entrega!

Disse em tom sério passando por ele e assim que cheguei na entrada, o loiro apontou a arma na minha testa.

-Insolente, não sabe que é falta de educação deixar as pessoas falando sozinhas?

O loiro tinha um sorriso sádico nos lábios.

-Estou apenas cumprindo o meu trabalho, e o você está me atrapalhando!

Respondi corajosamente. Ele riu, abaixou a arma e puxou as sacolas de comida, e me mandou descer o morro.

-Ainda falta efetuar o pagamento, seu grosso!

Revirei os olhos. O insolente me deu uma nota de cem e uma de cinquenta lemms.

-Já pode ir, motoqueira!

Debochou pouco tempo antes de entrar e bater a porta na minha cara.

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