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Doce Desejo

Capítulo 1

Não deixe de curtir essa obra ♡

Leiam em modo noturno, seus olhos agradecem!

Boa leitura ...

O tempo estava nublado, o vento gelado soprava fazendo as folhas voarem, enquanto pingos de chuva começavam a cair, as pessoas abriram os seus guarda-chuvas, enquanto o coveiro despeja terra sobre o caixão, assim que o coveiro terminou, as pessoas começam a ir embora e por fim somente restaram Brad e os seus três filhos, hoje ele enterrava a mulher que devolveu a ele a alegria de viver, foram 10 anos inesquecíveis.

Brad e Sara se conheceram no colegial tiveram milhares encontros, porém, cada um seguiu um rumo diferente, Brad assumiu o negócio da família na Itália e Sara foi estudar em Nova York assim como o seu pai já havia planejado para ela, funcionou por um tempo até ela se envolver com o Billy um bad boy e se desvirtuar, o seu pai já não conseguia regrar a vida da filha, então ameaçou de deserda-lá achando que ela voltaria atrás, mais para a tristeza dele isso não aconteceu, ela seguiu a vida e foi morar com o Billy, não demorou muito tempo e ela engravidou, o que não agradou nada ao seu companheiro, ele começou a tratá-la muito mal e passou a trair, queria a todo custo que ela tirasse o bebê, e apesar de ser influenciada Sara não queria e não iria abrir mão da sua gravidez, ela tentou reencontrar o pai, mas ele havia retornado para Itália, tentou entrar em contato mais sem sucesso, sem dinheiro e sem a ajuda do homem que lhe fez várias juras de amor, ela aceitou o destino que ela mesmo procurou.

Na manhã seguinte Sara acordou cedo e finalmente saiu para sua primeira consulta e descobriu que ali não havia apenas um bebê e sim dois, ela não conteve a sua felicidade, ser mãe não estava nos seus planos, mas ela já sentia um imenso amor por aqueles seres.

Depois que soube dos gêmeos Billy saiu de casa e a deixou sozinha, ele mandava dinheiro as vezes, dinheiro que Sara tinha que fazer render pois não sabia quando receberia novamente, ela saiu a procura de emprego e conseguiu meio expediente em uma cafeteira ali perto e com muita dificuldade seguiu com a sua vida, depois que os gêmeos nasceram tudo se complicou mais com muita persistência e ajuda dos donos da cafeteira que pegaram amor pelos pequeninos, ela estava indo bem.

Os anos se passavam, os gêmeos cresciam, quando já estavam com 13 anos Billy reaparece, Sara conversa com ele que diz estar arrependido e com saudade, e pede para que ela o aceite de volta, ela resiste um pouco mais acaba aceitando, seria bom que eles crescerem com a presença do pai ela pensa, no começo foram só flores, passando poucos dias o Billy bonzinho sumiu.

Uma noite quando chegava em casa Sara foi surpreendida assim que entrou, Billy a agarrou pelos cabelos e começou a bater nela, afirmado que ela o estava traindo, ela suplicou e tentou de todas as formar lhe dizer que aquilo não era verdade, já que desde a separação deles não havia se envolvido com mais ninguém, ela vivia para os filhos, porém ele estava cego durante todo aquele circo de horrores ela só pensava nos gêmeos, quando finalmente ele "cansou" a largou lá no chão toda machucada e saiu.

Isso foi a gota d'água, os gêmeos Ethan e Elouise ajudaram a mãe, e foi aí que Sara decidiu, não era assim que os filhos dela cresceriam.

Quando ela terminou de se lavar, ligou para os patrões e pediu ajuda, ela mandou fotos dos machucados para eles, que no mesmo instante se prontificaram a ajudá-la, ela tinha algum dinheiro guardado que serviria para alguma coisa.

Passando uma semana desde o ocorrido Sara aproveitou uma das saídas do Billy, pegou as bolsas que estava escondidas e saiu o mais rápido possível dali com os seus filhos para a cafeteria, lá ela encontrou com os patrões que a levaram para o aeroporto.

Chegando lá eles se despedem e a senhora lhe dá um envelope que contém um endereço e dinheiro!

Assim que o avião pousa na Itália o coração de Sara se acalma, Billy agora não poderá nunca mais fazer mal a ela.

Ela seguiu para o endereço que a senhora lhe deu, dava em uma outra cafeteria que pertencia ao primo dela, Sara sorriu lembrando do casal que ajudou, assim que ela falou o seu nome uma moça a acomodou em um pequeno quarto nos fundos e lhe explicou como funcionava todo o lugar, e então ali seria o seu recomeço.

No dia seguinte depois do seu expediente ela foi ao seu antigo endereço e tentou falar com o seu pai, mais foi avisada que na família não havia nenhuma Sara e que ela fosse embora senão os seguranças iriam ajudá-la a se retirar, ouvindo aquilo ela acreditou que o seu pai cumprirá a sua ameaça, agora ela tinha certeza que estava sozinha com os filhos neste mundo.

Havia se passado seis meses, Sara estava terminando de limpar o lugar quando alguém entrou e para a sua surpresa, lá estava ele, Brad Calton, assim que os olhos dele pousaram nela ele abriu um sorriso e a comprimentou, no mesmo dia ele a convidou para jantar, já havia meses que ela estava ali seguindo a mesma rotina e então ela aceitou afim de se divertir um pouco, depois do encontro eles não desgrudaram mais, quase dois anos se passaram e Brad insistia para que Sara e seus filhos fossem morar com ele, o trabalho dela era honesto mais ele estava disposto a dar o mundo para ela e então assim que ela disse Sim, ela o fez o homem mais feliz do mundo, pouco tempo depois de se casarem Sara engravidou, e para alegrar e completar a família nasceu a Rebeca.

As coisas estavam indo bem até Sara descobrir um câncer em estágio avançado e mesmo com um condição financeira boa agora a morte já estava batendo a porta, ela seguiu todas as ordens médicas e estava se esforçando, foram longos anos e então ela perdeu a batalha!

Brad abraçou os filhos e então foram para casa, mesmo que os gêmeos não tivessem o seu sangue, ele os amava e criou como se fossem seus e nada mudaria isso!

Capítulo 2

Quando o carro chegou na mansão todos desceram em silêncio e foram para os seus quartos, mais tarde quando o jantar foi servido o silêncio era ainda mas assustador, eles mal tocaram na comida, ficaram ali por alguns minutos e então se recolheram, afinal cada um deles lidaria com o luto de forma diferente.

Elouise levou Rebeca para o quarto, lhe colocou na cama para dormir, quando já estava saindo Rebeca sentou-se na cama e olhou com lágrimas nos olhos para a irmã que instantaneamente foi até ela

Também sinto falta dela querida, eu sei que você é pequena mas já entende bastante coisa, a mamãe está melhor agora, ela não está mais sofrendo, concorda comigo? Você viu como ela estava nos últimos meses, o tratamento já não funcionava, só estava a deixando mas exausta, ela está cuidando de nós lá de cima agora

Elouise tentou conforta a irmã e a ela mesma.

Concordo com você Elô, mais vai ser difícil ficar sem ela - Rebeca diz

Elas se abraçam e antes de sair Elouise beija a testa da sua irmã como a sua mãe fazia.

Elouise: Amanhã será um novo dia, descanse! Venho te buscar para tomarmos café da manhã juntas e não esqueça o quanto eu te amo

Rebeca concorda com a cabeça e deita-se, Elouise apaga a luz, fecha a porta e vai até o quarto do seu irmão.

Toc, toc..

Elouise: Ethan, está aí?

Ela já fala abrindo a porta, e lá está ele na sua varanda fumando back e com um copo de whisky na mão.

Ethan era um perfeito gato, rico, inteligente, tem 1,80m, loiro, olhos azuis, corpo extremamente definido, as mulheres se jogavam encima dele, afinal ele era o pacote completo.

Elouise: Fala sério, então é assim que vai buscar consolo?

Ethan: Me deixa em paz.

Elouise: Eu preciso falar com você.

Ethan: Hoje não.

Ela cruza os braços e olha seria para ele

Ethan: Vai, fala logo! Anda, antes que eu mude de ideia

Elouise: Como você sabe próxima semana é a minha formatura

Ethan: E o que eu tenho haver com isso Doutora.

Elouise: Eu vou para outro país,

Ethan: Fala sério.

Elouise: Farei parte dos médicos sem fronteiras.

Ethan: Por quanto tempo?

Elouise: Eu ainda não sei!

Ethan: É assim que vai lidar com o luto? Fugindo?

Elouise: Eu não estou fugindo!

Ethan: A mamãe morre e com duas semanas você some, vai viajar e nem se quer sabe quando volta, se isso não é fugir, eu não sei o que é.

Ela fica calada, então ele continua

Ethan: Já contou para o Brad? E a Rebeca?

Elouise: Queria contar primeiro para você, recebi o convite semana passada, eu conversei com a mamãe sobre isso, ela disse que eu deveria ir independente do que acontecesse, se fosse o que eu realmente quisesse .

Ethan: Irmã olhe para mim, você só se tornou médica por causa da doença da mamãe, ela se foi, faça algo que realmente você quer fazer.

Elouise: Eu quero isso, não vou jogar tudo que aprendi esses seis anos fora, tem pessoas que precisam de ajuda, e eu vou usar tudo que aprendi com elas, pela mamãe!

Ethan: Vem aqui!

Eles ficam abraçados ali na varanda por bastante tempo

Elouise: Cuide da Rebeca por mim, eu vou tentar está presente na vida dela mesmo distante!

Ethan: Não se preocupe, estaremos bem quando decidir voltar!

Elouise: Obrigada irmão, te amo!

Ethan: Eu também amo você, agora vai dormir!

Elouise: Ei, não vem mandar em mim. Eu ainda sou a mais velha

Ethan: Uma diferença de 2 minutos

Elouise: Ainda assim

Eles sorriem e então ela vai para o seu quarto, lá entre aquelas quatro paredes e longe de todos ela poderia deixar tudo o que estava preso sair.

Na manhã seguinte ele pega a Rebeca como combinado e vão tomar café, logo em seguida o Brad chega.

Brad levantou-se cedo e saiu para correr como de costume, ele mal dormiu durante a noite, olhar para o lado vazio da cama lhe causava angústia, depois de alguns copos de whisky ele acabou cochilando, mas nada lhe traria de volta o sono!

Quando retornou para casa Elouise já estava na mesa com a pequena Rebeca, ambas tomando café da manhã!

Elouise: O tempo está bom hoje?

Brad: Sim! Aonde vocês vão?

Elouise: Eu vou para a biblioteca.

Brad: A sua formatura está chegando

Elouise: Sim!

Brad: Bom, vou subir e tomar um banho.

Rebeca: Papai eu posso ficar em casa o resto da semana?

Brad: É claro que pode! Mas na segunda tudo terá que voltar para a rotina, combinado?

Rebeca: combinado!

Brad: Vou ligar para a escola, onde está o Ethan?

Rebeca: Obrigada papai.

Elouise: Deve está no quarto dele!

Brad: Depois eu passo pra vê como ele está.

Elouise: Certo, eu já vou indo! Qualquer coisa me liguem.

Rebeca: Cuide-se Irmã.

Elouise: Pode deixar, Brad passo na empresa depois, preciso falar com você!

Brad: Ok!

E então ela vai, passa o dia inteiro na biblioteca, quando se da conta já é quase 17 horas, ela fecha os livros e vai para a empresa, alguns minutos depois já está de frente para o prédio, ela respira fundo e entra.

Capítulo 3

Assim que o elevador abriu Catarina (secretaria) cumprimenta Elouise e anuncia a sua chegada, sem muita espera logo ela entra na sala do Brad.

Brad: Oi querida, sente-se.

Ele diz sem se quer se levantar, ela assim o faz, ele está submerso nos papéis da sua mesa.

Elouise: Se quiser podemos conversar em casa, você parece bem atarefado.

Ele para de mexer nos papéis ao ouvir Elouise e passa a mãos nos cabelos encostando as costas na cadeira

Brad: Me desculpe, achei que fosse ser melhor voltar para a empresa, ocupar a cabeça, mas veja só, acumulou tarefas, tarefas tão fáceis.

Elouise: Tudo bem, você não precisa ser forte o tempo todo.

Brad: Ainda não consigo acreditar que ela não esta mais aqui.

Elouise: Eu sei, eu também não.

Brad: A sua mãe sempre vai ser o grande amor da minha vida, sabe, depois que o seu avô levou ela embora, um parte de mim ficou vazia, eu sabia que ela provavelmente encontraria alguém em Nova York, eu até tentei seguir a minha vida aqui, mais ainda assim faltava alguma coisa, eu nem acreditei no dia que eu entrei naquele café e a vi, era como se o meu coração voltasse a bater de novo, a minha vida voltou a ter algum sentindo, o sentimento que eu tenho pela sua mãe é tão incrível que nem se eu quisesse descrevê-lo conseguiria, eu não deveria está aqui nesse escritório, mas eu sei que se eu ficar em casa eu vou ficar louco.

Elouise levanta-se e o vai até ele o abraçando

Elouise: Está tudo bem Brad! Vai ficar tudo bem

Ele a abraça tão forte e chora, ela o conforta, eles ficam assim por alguns minutos, então Brad se afasta.

Brad: Me desculpe por isso

Elouise: Não tem do que se desculpar, você sempre foi como um pai para mim, você sempre fez muito pelo meu irmão e por mim, mesmo não tendo obrigação alguma, isso é o mínimo que eu posso fazer por você!

Brad: A partir do momento que a sua mãe disse sim pra mim, eu sabia no que estava me metendo, eu aceitei você e seu irmão com todas as responsabilidades que um pai deveria ter e não me arrependo de nada disso.

Elouise: Eu sei, e não sabe o quanto eu sou grata por isso! A minha mãe não teve uma vida descente desde que nascemos, sempre foi uma correria e dificuldade para criar meu irmão e eu, até ela encontrar você, daí em diante tudo melhorou, os últimos anos dela foram os mais felizes, dava pra vê o quanto ela estava radiante, o quanto ela amou você!

Brad: Obrigado querida, eu também fui muito feliz todos esses anos.

Elouise: E vai continuar sendo nos outros anos que virão por ai.

Ele sorrir e concorda com a cabeça

Brad: Mas enfim, o que lhe trás aqui?

Elouise: Bom, como você sabe as aulas já acabaram, próxima semana já é a formatura.

Brad: Sim, estou ouvindo.

Elouise: Eu recebi uma proposta

Brad: Que tipo de proposta?

Elouise: Um dos meus professores está montando uma turma com recém formados para uma viajem de médicos sem fronteiras.

Brad: Está me pedindo permissão ou me comunicando a sua ida?

Elouise: Vai ser muito bom pra mim, lá terá vários outros médicos com mais experiência, aprenderemos muito com eles.

Brad: Elouise, nós sabemos que você só começou a cursar medicina por causa da sua mãe, não me entenda mal, eu tenho muito orgulho você, nunca nos deu trabalho, terminou o ensino médio com 16 anos, quem termina o ensino médio aos 16?

Eles sorriem e Brad continua...

Brad: Você já é uma mulher e pode tomar as suas decisões, mas todo mundo inclusive eu sabemos o quanto você ama dançar, ainda dá tempo de você fazer o que realmente ama, a sua mãe aprovaria isto.

Elouise: E o que eu faço com o meu diploma? guardo em um gaveta e esqueço tudo que aprendi?

Brad: Se for o que você quiser tudo bem.

Elouise: Não, eu realmente quero muito viajar, quero poder ajudar pessoas, tem crianças que precisam de cuidados, assim como jovens, adultos e idosos, essas pessoas não tem recursos, eu sei o que vai dizer, e você está certo, eu não pude fazer nada pela minha mãe, mas eu ainda posso fazer algo por aquelas pessoas.

Brad: Pra quando está marcado essa viajem e pra onde será?

Elouise: Africa, iremos uma semana após há formatura provavelmente.

Brad: Rápido assim?

Elouise: Sim, não podemos perder mais tempo

Brad: Vou fazer um deposito na sua conta, também quero poder ajudar.

Elouise: Obrigada Brad, significa muito para mim.

Brad: Eu sei querida.

Elouise: Bom, eu já vou indo.

Brad: Para casa?

Elouise: Na Vick, preciso conversar com ela e me despedir assim quando eu voltar não terá ninguém querendo me matar (risos)

Brad: Vai lá e tente ocupar a sua mente

Elouise: Não vai muito tarde para casa.

Eles se despedem e ela sai da sala dele, do lado de fora bem de frente da porta, fica a mesa da secretária, Elouise vai até lá

Elouise: Oi Catarina

Catarina: Oi, em que posso ajudar Elô?

Elouise: Eu sei que deve ta cheia de coisas para fazer, mas você poderia ajudar o Brad, ele esta todo enrolado com alguns papéis, ele só tá tentando ocupar a mente, mas não tá funcionando muito, eu até o ajudaria mas não entendo nada.

Catarina: Pode deixar, ele nem deveria estar aqui, Afinal, eu sinto muito pela sua perda.

Elouise: Obrigada. Vamos ficar bem.

Elas se despedem e Elouise finalmente se vai.

Saindo do prédio ela decide ir caminhando ao invés de pegar um táxi, está escurecendo, as pessoas estão saindo dos seus expedientes.Ela caminha distraida e mexe no celular, assim que o coloca na bolsa não se da conta que tem alguém na sua frente e então acaba esbarrando, o desconhecido repira fundo e olha para ela, que cambaleia um pouco para trás.

Elouise: Me desculpe, eu estava distraida.

O homem a olha, então um carro luxuoso para, ele entra e partem

Ela fica parada e conversa consigo mesma.

Que ser humano mais mal humorado, que grosseria, bom, eu também né, tenho que parar de mexer no celular enquanto ando, ele teve sorte que eu não estava com nada liquido em mãos.

Ela sorrir e continua caminhando, depois de alguns minutos ela chega no apartamento da sua amiga Victória.

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