( Depois colocarei as fotos dos personagens)
Ricardo Soler
Em meio à multidão, as pessoas andando para lá e para cá, vários homens vestidos de ternos preto e com cabelos perfeitamente alinhados andavam uns à frente e outros atrás de uma única pessoa de aparência elegante.
Era notável como as mulheres o olhavam, mesmo aquelas com namorados ou maridos não podiam deixar de olhar brevemente.
??: Senhor, por aqui. - O homem de cabelos castanhos esticou o braço indicando o caminho que levava o chefe até a saída do aeroporto, diretamente para um Audi A8 na cor preta, que já se encontrava estacionado à espera do homem.
Antes de entrar no automóvel, o homem passou a mão em seus cabelos caramelo e liso e respirou o ar daquela cidade.
Ele estava de volta a sua cidade natal e não iria voltar para o exterior novamente, desta vez ele iria ficar e assumir o que era seu por direito.
Ricardo: Me leve para a mansão dos Soler. - Ele falou com o homem que segurava a porta esperando-o entrar no carro para então partir rumo ao destino desejado.
??: Senhor Soler, a senhorita Laís está noiva de seu irmão mais novo. - O motorista que também era seu assistente pessoal e um amigo contou as novidades, fazendo seu chefe, que estava com o notebook lendo alguns arquivos sobre sua empresa de fotografia no exterior, parar e olhar para ele confuso, mas logo desfez isso e voltou a sua postura fria.
Ricardo: Laís não irá se casar com Igor, pois eu voltei e ela é minha. - Assim ele achava, mas a surpresa que o aguardava iria mudar tudo, principalmente seus planos.
O caminho de volta para a mansão foi regado de atualização sobre tudo que ele deveria saber ao retornar, desde sua amada ex-namorada, a empresa e sua família.
Ricardo: Pare, eu quero ver algo antes de prosseguir. - O homem falou, ele abaixou o vidro do carro e olhou para fora vendo o verde refrescante das árvores e não pode deixar de sorrir ao observar o céu com os pássaros voando e cantarolando, sim, ele estava de volta para o lugar de onde nunca deveria ter saído. " Vamos." Ele retornou para sua postura anterior e ficou sério até o carro parar em frente a mansão.
Assim que saiu e caminhou até a porta de madeira, tocou a campainha e logo foi atendido pela empregada que ele não reconheceu.
A mulher vestia uniforme de cor azul-marinho e o cabelo estava em um coque baixo, também usava sapatos combinando. A empregada, vendo o homem lhe olhar da cabeça aos pés sem, demonstrar qualquer reação, se apressou a abrir caminho.
Sua chegada era mais que esperada, ele foi levado para o jardim nos fundos e lá pode ver vários familiares à espera dele.
Layla: Ricardo. - A mulher de cabelos ruivos, correu para o homem e o abraçou tão forte que ele se sentiu sufocado.
Ricardo: Pare com isso, Layla, você nem sentiu saudades minha. - O homem desfez o abraço e afastou a mulher que fez cara de triste.
Layla: Eu te amo tanto e você me trata assim, seu malandro. - A mulher falou virando de costas para ele, pensando que ele iria insistir para que ela não ficasse com raiva, mas sua espera não resultou em nada, pois quando se deu conta que já estava sozinha.
Layla: Ricardo, por que você está assim? Sou sua irmãzinha. - Ela falou com ele chamando a atenção do homem de idade que estava ao lado.
??: Se comporte Layla, você não é mais uma criança para falar de maneira tão livre. - Ela olhou para o pai e depois para o irmão e fez uma cara feia e saiu.
??: Ricardo, como foi a viagem? - Perguntou o homem. Ricardo olhou para o homem e pensou se deveria realmente responder, não tinha sido ele que o fez ficar recluso três anos.
Ricardo: Foi ótimo, agora que voltei muita coisa mudará. - Ele viu que o homem ficou com um sorriso falso, mas não insistiu, pois além de ter visitas, seu filho estaria de volta a casa com a noiva.
Uma mulher mais velha de cabelos ruivos se aproximou da mesa, ela era a versão mais velha de Layla, e por uma dessas familiaridade ela fazia sua filha usar roupas iguais as dela.
Camila: Que bom te ver aqui, seu irmão em breve chegará. - A mulher falou com Ricardo e foi dar um abraço no homem, mas foi deixada só, o homem que estava na mesa tossiu para chamar a atenção do filho que não se importou.
??: Ricardo não vê que sua mãe está aqui, seja mais filial. - Dito isso, o jovem mestre se levantou e ia sair da mesa quando outro casal chegou fazendo ele ficar sem reação ao ver a mulher, ela estava tão bela como ele se recordava em suas memórias.
??: Irmão, não sabia que você vinha hoje? Deixe-me apresentar minha noiva. - O mais novo falou e segurou na mão delicada da mulher, os cabelos loiros e sedosos brilhavam dando um ar de beleza maior a ela, a luz do sol cintilar em sua pele reluzindo o branco saudável de seu rosto, era uma beleza inigualável.
Ricardo: Lais. - O homem pegou na mão de Laís e beijou-a, não se importando com o irmão.
Lais: Ricardo, que bom te ver, vejo que ainda continua um galanteador como no passado. - Pedro não gostou disso, e tirou a mão da noiva segurando com carinho.
Layla: Lais, por que você não esperou para se casar com meu irmão mais velho? - Layla falou cortando o sorriso da mulher.
Casar-se com Ricardo sempre foi seu maior sonho, no entanto, a responsabilidade seria inevitável e ela não estava pronta para isso, além de que para se casar com ele existia uma condição.
Lais: Ele não pode se casar comigo devido a condução que ele propôs. - Com um sorriso fraco, ela começou a falar de maneira um tanto desajeitada em suas palavras.
Layla: Que proposta absurda é essa para você, uma interesseira desistir?-
Ricardo: Layla, o que ela quer dizer é que não me casarei com uma mulher que não seja pura. - Ricardo falou lançando um olhar de dúvida para a mulher que ficou calada ao lado do noivo.
Layla: Mas que bobeira é essa, Ricardo estamos no século vinte e um, quem em sã consciência iria esperar um casamento assim? - Layla perguntou. Até mesmo ela sabia que não teria este tipo de casamento como seu irmão poderia ter, era único.
??: Não é uma ordem dele. - Uma voz veio de trás fazendo todos olharem na direção era a matriarca da família.
O mais velho estava em pé com uma bengala que era uma marca dele, usar- la significava superioridade e sabedoria assim ele falava, no entanto, o real motivo era outro.
Layla: Vovô, que bom que chegou, vejo que hoje é um dia propício para visitas únicas. - Layla falou e correu para dar um abraço em seu avô paterno.
??: Vejo que meu neto primogênito voltou a mansão, pois bem agora você deve fazer o que prometeu a mim. - Ele disse e aproximou do neto o olhando de maneira séria e nada disse.
Ricardo: Eu entendo, mas a noiva que eu queria já está nos braços de outro. - Ricardo falou olhando para Laís que continuou em silêncio, ela não poderia ter imaginado que este homem ainda esperaria por ela depois de três anos.
Agora não tinha volta ela já estava noiva e se casaria em breve, não iria deixar tudo para ir atrás de seu amor da infância.
Layla: Avó Alcides, Ricardo é incapaz de esquecer essa mulherzinha sem sal, ele vai acabar morrendo virgem assim como a mulher que ele vai se casar. - Layla falou fazendo apenas a mãe dela rir. A jovem gostava dos seus dois irmãos, mas odiava Laís por fazer seu irmão mais velho sofrer e ser mandado embora.
Era inaceitável uma mulher deste tipo em sua família, mas Pedro estava tão apaixonado por ela que ninguém jamais conseguiu fazer — ló desisti desse casamento.
Ricardo não aguentava ver Laís então decidiu entrar e ir para seu quarto, ele apenas queria tomar um banho relaxante e esquecer de todos.
Camila: Ricardo, não ver que os mais velhos ainda estão presentes. - Camila falou, mas seu marido segurou em sua mão e a impediu de prosseguir,
??: Deixe- o ter seu tempo. - O homem falou fazendo a esposa sentar-se novamente.
Pedro observar tudo ao lado da noiva, viu que se este encontro foi um desastre, ele se sentia mal, pois não foi assim que imaginou que seria.
Pedro: Laís, acho melhor você ir. - Pedro falou para a mulher, que concordou de maneira meiga, fazendo seu noivo apertar levemente a bochecha e dar um beijo na testa dela.
O que o casal não sabia era que Camila, estava atenta à conversa, interveio.
Camila: Nem pensar que Laís vai para a casa dela, ela dormirá aqui como das outras vezes. - Camila falou. Antônio estava ao lado da esposa e sabia que isso não iria ser bom.
Lais: Tia, não quero causar problemas, Ricardo voltou e pode ficar chateado com Pedro por eu dormir aqui. - Lais falou timidamente, ela era tão pura e meiga que as pessoas pensavam que ela poderia ser um anjo.
Camila: Oh, minha querida, não há problema algum, você pode dormir aqui, tenho muitas coisas para conversar com você. - Camila falou com a mulher que parecia empolgada.
Ricardo ao sair da mesa adentrou na mansão pela cozinha pegou um copo e bebeu um pouco de água, subiu as escadas e caminhou pelo corredor indo para seu quarto que ficava no final, ao lado da biblioteca e do quarto de hóspedes. Por não conseguir dormir a noite desde a morte de sua mãe em um acidente ficou com este trauma, por isso ficava no final com todas as luzes acesas.
Ele rodou a tranca da porta e entrou vendo que seu quarto continuava do mesmo jeito, com o básico e essencial. Era tão bom voltar a sua casa, ele jogou o terno na cama e tirou a gravata e depois a blusa e caminhou para o banheiro e lá retirou o restante jogando no cesto de roupas sujas. Ao entrar na água sentiu ela escorrendo por seu corpo lavando todos seus medos e frustrações lhe dando a sensação relaxante que ele tanto queria.
Quando saiu do banheiro vestido uma cueca enquanto secava seus cabelos caramelo. Se deitou fechando os olhos tentando dormir. Mas seus pensamentos estavam preenchidos por Laís, e ele ficou frustrado porque durante seus três anos ele fez de tudo para esquecê-la, mas parece que foi tudo uma perda de tempo, já que com um único encontro ele voltou a pensar nela.
Ricardo: Que droga. - Ele bateu no colchão, se levantou e vestiu uma calça moletom e uma blusa folgada, passou a mão no cabelo para deixá-los mais alinhados e saiu do quarto indo para a cozinha.
Ao entrar, viu Pedro e Laís comendo juntos, uma tristeza invadiu seu coração vendo aquela cena por este motivo decidiu que sua presença fosse incomodá-lo e por motivos óbvios não queria ver sua amada sendo mimada por outro isso doía mais ainda, porém sua tentativa foi falha e assim que virou ouviu a voz suave da mulher que ele amava.
Lais: Ricardo, não notamos que você estava aí, venha e coma conosco. - Lais pediu ao homem, mas ele não tinha nenhum interesse em continuar ali presenciando as trocas de afeto do casal, sua presença também era incomoda para Pedro que estava apaixonado pela noiva e por saber que seu irmão era o antigo namorado dela o deixava com ciúmes.
Ricardo: Não, eu só vim pegar meu remédio que pedir ao meu assistente. - Ele mostrou o remédio que pegou na sala.
Pedro: Então, tudo bem, já estamos indo dormir de qualquer maneira, vamos querida. -Pedro falou com a noiva, mas ela negou. O que a mulher queria mesmo era ter uma chance de falar com Ricardo em particular e essa era sua oportunidade.
Lais: Pode ir primeiro querido, eu terminarei este pedaço de bolo. - Eles deram um beijo de" despedida" e então Pedro foi para o quarto deixando Lais e Ricardo sozinhos.
Vendo estar sozinho com a mulher o homem decidiu ir embora também.
Lais: Espere Rique. - Ela o chamou, igual chamava no passado ele sentiu seu corpo parar involuntariamente. "Não" ele tinha que sair logo antes que fizesse algo.
Ricardo: Boa noite. - Ele disse isso e apressou o passo saindo da cozinha, mas a mulher o alcançou e rapidamente segurou em seu braço impedindo de se afastar ainda mais.
Ricardo olhou para a mão da mulher e depois seu olhar involuntariamente parou no rosto dela, tão linda e delicada, sua pele tão clara, então seus olhos pararam na boca da mulher e ele sentiu um desejo de beija -la.
Balançando a cabeça para afastar aquele pensamento ele retirou a mão de Lais de seu braço a afastando, pois aquele tipo de contato não deveria existir em breve ela se tornaria a esposa de seu irmão e passaria a ser apenas uma cunhada, no entanto seria um pesadelo, já que após o casamento o avô instruiu que ambos os netos deveriam viver na mansão por um ano.
Lais: Ricardo eu sinto muito. – A voz de Lais soou um pouco triste até mesmo sua aparência parecia triste se olhasse com cuidado.
Ricardo: Sente muito? Você terminou comigo mesmo eu dizendo que sempre lhe apoiaria e lhe protegeria do meu avô, mas você simplesmente disse que não aguentava as exigências do avô. – Ao se relembrar do momento infeliz Ricardo não pode deixar de sentir raiva, naquele dia seu mundo desabou. Ela tinha sido seu primeiro amor, mas ela o deixou sem demonstrar nenhum arrependimento, agora dizer que sentir muito não mudaria nada.
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