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Oh! Minha Querida

Capítulo 1

Família Vallín

Em um reino muito distante havia algumas vilas bem frequentadas por seus habitantes de vilas próximas e visitantes de terras vizinhas, além dos viajantes que chegavam no porto.

Para os visitantes que vinham, eram recebidos por uma das vilas mais rica da província, sendo que esta vila era conhecida pelo comércio seja de alimentos ou tecidos, tudo poderia ser encontrado desde que tivesse a autorização do rei.

Existia a vila onde estava centrada os estudiosos que era conhecida por suas belas construções e diziam que eles viviam em clãs, porém quem poderia afirmar já que nunca foi confirmado nada sobre isso.

E o mais importante era a vila onde estava os parentes direto da realeza, sendo compostos por duque, condes, príncipes e seus descendentes, uma vila rica e próspera em que todos desejavam visitar, no entanto, pessoas comuns apenas transitava por estas ruas com uma espécie de passe, sendo esta uma forma que o rei encontrou para que seus parentes consanguíneos ou de sobrenome pudessem viver pacificamente.

Entretanto, a vida dos mais pobre que viviam distantes destas três vilas era bem mais difícil, tendo que acordarem na hora do galo para pegar a carroça que os trariam para as vilas mais ricas que eles poderiam trabalhar.

Existiam famílias que eram consideradas pobres sem terem ao menos um punhado de arroz para cozinhar na hora da refeição. Antes mesmo que o galo cantasse, os mais velhos já estavam acordados para pegarem carona na carroça que os levaria para a vila dois onde os estudiosos viviam.

Irene e sua irmã mais nova de apenas quinze anos iniciaria em um trabalho que seus pais arranjaram para que elas pudessem juntar o dinheiro para o dote delas futuramente.

A mais velha das irmãs tinha um sonho, um pouco improvável para a realidade em que viviam, porém, a esperança dela nunca morria mesmo diante da dificuldade que encontrava, já a mais novas era uma encrenqueira na qual todos alegavam que nasceu com problema e que nunca encontraria um marido, pois agia de maneira errada para uma dama, mas isso não a desmotiva ou fazia ela se sentir triste com quem ela era.

Enquanto Carlota dormia tranquilamente, sem se importar que hoje começaria a trabalhar, Irene a irmã mais velha, que havia completado vinte anos, estava na cozinha preparando o café da manhã para seu pai, antes dele ir trabalhar, não era muito apenas um pão e leite com garapa.

Ela não concordava com o trabalho que sua mãe fazia, acordando tão cedo e indo para a vila dois trabalhar como serva da esposa de um médico, pois eles sempre a maltratava como palavras e espancando ela para mostrar aos filhos que não deveria cometer erros futuro, caso contrario eles poderiam ficar no lugar dela e serem espancados até aprender, era triste mais aquela era a realidades dos servos que tinham uma família e moravam na vila seis.

Enfim, naquela manhã Irene estava com muitas esperanças para seus novos trabalhos e como ela poderia ajudar sua mãe a comprar sua liberdade, no entanto, havia algo que fazia ela ficar descontente, e isso porque seu pai não contou para ela e nem para a irmã onde elas trabalhariam.

Capítulo 2

Irene: Acorde Carlota, ou perderemos a carroça das três e meia.

Irene entrou no quarto que dividia com a irmã caçula e a chamou, ela foi até o pedaço de espelho que encontrou enquanto lavava roupas e começou a passar pó de arroz em seu rosto para que ela ficasse mais branca do que já era, após passar uma pouco ela pegou os grãos de urucu e misturou com um pouco de água pegando aquela tinta e passando em sua boca e depois limpou um pouco com o papel para que suavizasse a cor, ficando o mais natural possível.

Ela olhou mais uma vez e ficou contente em como estava tão linda, porém essa alegria passou quando ela viu que sua irmã continuava dormindo mesmo após sua tentativa suave de acordá-la.

Ela se levantou e foi até onde sua irmã estava dormindo, como eles não tinham dinheiro para ter uma cama ou algo parecido, dormiam em uma manta de algodão que a mãe delas fez e deu um chute e sua irmã a fazendo a rolar para o outro lado e abrir os olhos.

Irene: Acorde, Carlota. Estamos atrasadas por sua culpa, ande logo, pois eu não quero perder este emprego e desistir da minha carreira de cantora por sua culpa.

Ao abrir os olhos, Carlota teve um pouco de dificuldade para se acostumar com a luz do candieiro que Irene havia colocado em uma mesinha que ficavam as coisas dela.

Olhando em volta ela percebeu estar no quarto que dividia com a irmã mais velha, na verdade, não era bem um quarto porque na casa não havia, e como eles não tinham condições de construir cômodos no terreno, então apenas dividiram com tecidos de bananeira que eles mesmo confeccionaram, no total era dois quartos e uma cozinha o banheiro era do lado de fora mesmo assim se chovesse eles teriam que se banhar na chuva sem nenhuma proteção.

Carlota: Que horas é?

Carlota perguntou a irmã que estava puxando as mantas que a cobria para poder guardá-las.

Irene: Você tem apenas cinco minutos para se arrumar e sair.

Ela mentiu, pois, esta era a única maneira dela fazer a outra sair da manta que ela tentava retirar da irmã para fazer um rolo e amarrá-lo e guardar.

Carlota: O quê? Devo ter dormido muito novamente, me desculpe.

Levantou da cama e pegou o vestido que separou no dia anterior e vestiu, era um vestido simples e bem comum porem era sua melhor roupas.

Deixou sua irmã no quarto e correu para o quintal, onde faria sua higiene matinal escovando os dentes com uma mistura de carvão com sabão que sua mãe havia feito a dois dias que ajudava a deixar os dentes limpos e branco, deixando os dentes de início pretos e completamente feios, contudo após lavar a boca algumas vezes seus dentes ficavam completamente limpos e brancos.

Irene: Rubi, vamos, o papai está nos esperando lá fora.

Como Irene já tinha terminado de se arrumar, ela chamou sua irmã que estava do lado de fora da casa, enquanto ela estava na porta com o candieiro na mão tentando protegê-lo do vento frio que fazia do lado de fora.

Carlota: Onde está a mãe?

Carlota nunca via sua mãe direito, quando a mulher chegava do trabalho já era tarde da noite e ela estava com bastante sono esperando-a e pela manhã ela sempre saia muito cedo.

Irene: Ela pegou uma carona com a vizinha que foi se consultar com o médico. Além disso, a senhora que ela serve disse que ela deveria chegar cedo, por ir receber uma entregar de tecidos para fazerem roupas novas para os mais novos.

Irene falou com a irmã que estava a olhando do lado de fora enquanto limpava o rosto com sabão.

Carlota: Então desta vez ela mandará roupas velha para a mãe poder nos vestir no inverno.

Ela fez uma pausa para jogar água em seu rosto retirante toda aquela espuma de seu rosto.

Carlota: Espero que desta vez ela não mande aquelas roupas de homem, pois tive que cortá-las e costurar todas para que ficassem mais femininas.

Ela exclamou sua frustração com as vestimentas que sua mãe ganhou da senhora a quem servia.

Irene: Espero que tenha terminado suas lamúrias, agora vamos que esta carruagem vai para a vila três e nós não podemos perder.

Irene já estava agoniada, porque ela não gostava de chegar em cima da hora no ponto que pegava a carruagem, mas como tudo na vida dela era complicada e sempre que chegava no local já tinha muitas pessoas esperando, mesmo se ela acordasse cedo sempre havia alguém lá antes dela.

Vendo que sua irmã se afastava, Carlota correu para dentro da casa com o rosto molhado, pegou uma toalha que estava no tamborete de madeira que o pai dela fez com uma laranjeira e enxugou seu rosto, antes de sair pegou suas roupas e colocou no saco foi até a mesa de coisas de sua irmã e passou um pouco da água de orquídeas para lhe dar um cheiro agradável.

Ao sair do quarto improvisado ela passou pela cozinha e pegou um pedaço de pão de trigo e foi em direção a porta de entrada da casa, chegando lá ela viu que sua irmã estava na porta de cara emburrada, como se isso fosse uma novidade, já que Irene sempre ficava emburrada quando ela demorava de sair de casa, apesar que às vezes era compreensível como hoje que ela acordará tarde e estava atrasada para pegar a carroça que os levaria a vila mais próxima de onde elas trabalhariam.

Capítulo 3

Irene: Até que fim, vamos logo.

Irene estava pronta para sair de casa e começa seu sonho trabalhando onde lhe daria a chance de ser conhecida por seus talentos, mas o que deixava todos preocupados era se Irene conseguiria se casar após seu marido descobrir que ela queria ser tornar famosa e cantar para os outros assim como dançar, apesar destas dúvidas que a mãe e o pai dela tinha a mulher não se importava já que antes de se tornar noiva de um desconhecido ela sempre desejou realizar seu sonho.

Ao saírem da casa e começarem a caminhar em direção ao local onde pegaria o único meio de transporte existente, Carlota ficava pensando em como seria quando tivesse a idade de sua irmã, pois agora ela só tinha quinze anos e nem mesmo poderia trabalhar, por sorte seus pais conseguiram este trabalho escondido dos oficiais do rei.

Irene por sua vez estava alegre por não trabalhar mais vendendo frutas e legumes que ela e a irmã cultivava no quintal de casa, o que não era muito mais ajudava nos impostos que eles pagavam na troca de estação. Agora sua vida mudaria de maneira que ela não poderia explicar como aconteceu e um pensamento lhe veio à mente, que se ela fosse tão boa quanto imaginava ser, poderia ser escolhida para ir ao palácio e quem sabe se tornar uma dançarina do rei tendo todo o luxo e privilégios que sonhava, mas isso não passava de sonho já que o destino que iria lhe guiar para um futuro incerto cheio de dúvidas e escolhas.

Carlota: A benção pai.

Carlota pediu a benção mesmo após ter se lembrado que esquecerá quando o viu na porta de casa a minutos atrás, ele por sua vez apenas olhou a menina e lhe abençoou continuando a andar sem demonstrar o que realmente sentia.

O homem estava triste, pois não era apenas uma filha que estava saindo de casa mais as duas iriam trabalhar em uma casa de bebida, uma dançando e cantado enquanto a outra ficária fora da vista dos oficiais do rei, ele e sua esposa eram pobres e não teve condição de enviá-las para uma escola e quem sabe ter um destino diferente do seu, mas o que ele podia fazer agora era encontrar um bom casamento para Irene que já tinha vinte anos e já estava velha para se casar, o que tornaria um pouco complicado as coisas, mas ele daria um jeito.

Carlota: Pai onde trabalharei?

Carlota perguntou ao homem que parecia estar pensando no que falaria.

Pai: Você trabalhará com sua irmã no mesmo local. – Após dizer isso, ele olhou para as duas filhas que se entre olharam e não gostando do que o pai acabou de falar.

Carlota e Irene: Por quê?

As duas perguntou no mesmo instante. Irene estava furiosa por ter uma irmã como Carlota, ela não desejava trabalhar no mesmo lugar que sua irmã caçula, porque ela iria lhe atrapalhar como sempre, se intrometendo onde não era chamada.

O que ninguém sabia era que apesar de amar sua irmã inicialmente após elas crescerem, Irene começou a odiá-la porque Carlota era melhor do que ela em algumas coisas, além disso, a jovem tinha apenas quinze anos e sua beleza era inigualável, tendo a pele branca mesmo tomando sol enquanto trabalhava na horta, seus cabelos eram grandes e seus olhos tinha um brilho selvagem que encantavam quando ela estava em uma dança.

Irene tinha uma beleza comum, porém seus olhos eram iguais de sua mãe sendo esverdeados, o que atraia muito quando ela pintava seus cabelos com maquiagem ao contrário dos de Carlota.

Seus cabelos eram loiros e sua pele um pouco amarelada, ela era a cópia de sua mãe enquanto sua irmã era como seu pai.

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