— Laura chegou! — gritou Mike no orfanato ao vê-la entrar.
Laura, exausta, sorriu ao ver o seu querido Mike. Acabara de retornar depois de procurar emprego, mas ainda não havia tido sucesso; a razão era por ser menor de idade, tinha apenas 16 anos.
Laura também recusou ir para a universidade, realmente queria buscar emprego ao ver que a situação do orfanato piorava. Apesar de receber uma oferta para estudar no exterior, Laura rejeitou a oferta porque não queria deixar sua mãe e seus irmãos no orfanato, embora, em seu coração, realmente quisesse aceitar a oferta.
— Irmãzinha! — disse uma criança de 3 anos.
Laura abraçou fortemente o seu querido menino para aliviar o cansaço e o esgotamento. Em seguida, deixou-se cair no chão, ainda segurando o pequeno Luke.
— Irmãzinha, onde você estava? não te vi quando acordei. — disse com uma expressão adorável em seu rosto.
Laura beijou as bochechas do pequeno Luke com ternura.
— Fui dar um passeio, procurar borboletas e flores. — brincou com Luke.
— Por que você não me levou junto? Você prometeu sair comigo! — disse fingindo estar triste.
Laura riu ao ver a reação de Luke, aquilo era o seu consolo e a forma de liberar todo o cansaço e exaustão destes ultimos dias.
— Oh, meu menino! Na verdade, eu saí para buscar emprego e ajudar a mamãe, assim como comprar doces para você e os outros. — disse Laura enquanto apertava ainda mais o abraço na doce criança.
— Pelo amor de Deus, querida! Pegue, beba isso, você com certeza está cansada. — disse a senhora Rose, que acabara de sair da cozinha com um copo de água e entregou a Laura.
Laura aceitou o copo com um sorriso e bebeu até o final.
— Luke é tão adorávell... — disse Laura depois de terminar a bebida. —Obrigada, mamãe, desculpe ter causado problemas. — continuou.
— Que problemas você causou? Você nunca causaria problemas! Como foi o seu dia?— respondeu a senhora Rose
— Igual como sempre, mãe. Entreguei vários currículos em restaurantes, cafés e lojas de roupas. Espero que algum dê certo, mamãe, por favor, ore por mim. — respondeu Laura enquanto suspirava cansada, acariciando as costas de Luke.
Sem perceber, o pequeno Luke adormeceu em seus braços.
— As orações da mamãe sempre te acompanharão, Lau. Se você está cansada, descanse. — disse a senhora Rose.
— Meu cansaço desaparece quando vejo os rostos felizes e sem preocupações dos meus irmãos no orfanato, mamãe. — respondeu Laura com um sorriso genuíno.
— Bem, é melhor você voltar para o seu quarto e colocar o seu irmão para dormir. Depois, vá ao banheiro tomar um banho e descanse. — ordenou sua mãe, tapando o nariz.
Fingiu sentir o aroma do corpo de Laura, o que fez com que franzisse a testa de irritação.
— Estou brincando, querida! Vá descansar! — a senhora Rose empurrou suavemente o corpo de Laura, que havia acabado de se levantar da cadeira.
Antes de entrar no quarto, Laura tirou um momento para beijar a bochecha de sua mãe. Esta balançou a cabeça ao ver o comportamento de sua filha, que às vezes agia como uma criança.
— Espero que você tenha uma vida feliz no futuro, filha. Você sofreu e se conteve o suficiente durante todo esse tempo. Quem diria que o bebê que eu encontrei, agora é uma adolescente que precisa amadurecer antes do tempo devido às durezas da vida.— murmurou sua mãe suavemente, olhando para as costas de Laura até ela entrar em seu quarto.
Laura acabara de terminar de tomar banho e agora estava secando seu cabelo com uma toalha pequena. Seu antigo celular tocou, indicando uma ligação. Ela pegou o telefone que estava no chão e franziu a testa ao ver um número desconhecido ligando para ela.
— Oi, boa tarde. — disse ao atender a ligação.
— Boa tarde, falo com a Laura? — respondeu a pessoa do outro lado.
— Sim, é ela. Desculpe, quem é? Em que posso ajudar?— perguntou curiosa.
— Senhorita Laura, eu li o seu currículo. Ao ver suas qualificações e a quantidade de certificados anexados, decidimos fazer uma entrevista com você. Esperamos por você amanhã no Restaurante Gran Cascada às 09:00 da manhã para realizar o teste e a entrevista.— respondeu a pessoa.
Laura, ao ouvir essa resposta, estava prestes a gritar de alegria. Seu esforço finalmente tinha dado frutos.
— S-sim, senhorita. Amanhã irei ao Restaurante e me esforçarei para chegar a tempo.— disse Laura, contendo sua emoção neste momento.
— Muito bem, aguardarei sua chegada amanhã. Obrigado pelo seu tempo, tenha uma boa tarde.— despediu-se a pessoa. Laura pulou de alegria e abraçou firmemente seu telefone.
— Obrigada, Deus! Finalmente, entre todas as inscrições que enviei, uma delas funcionou.— disse emocionada, saindo do quarto e procurando sua mãe para compartilhar essa boa notícia.
— Mamãe! — chamou praticamente gritando.
— Querida! O que está acontecendo? — respondeu a senhora Rose, também gritando.
Sua filha, ao vê-la, se aproximou imediatamente para dar um forte abraço, muito feliz com a notícia.
— Parece que a Laura tem boas novidades! — disse sua mãe acariciando ternamente as costas de Laura.
Laura se separou do abraço e mostrou um sorriso em seu belo rosto.
— Sim, mamãe. — respondeu entusiasmada, concordando com muita alegria.
No dia seguinte, Laura continuou com suas obrigações habituais e decidiu ir à cozinha para ajudar a preparar o café da manhã para sua grande família. Assim que o café da manhã estava pronto, iniciou sua viagem para o restaurante onde trabalharia.
A viagem foi tranquila, com um sol brilhante. Muitas pessoas estavam ocupadas com seus próprios objetivos e Laura optou pelo ônibus como meio de transporte. Após descer do ônibus, caminhou cerca de cinco minutos para chegar ao restaurante.
— Ajuda-me, Deus! — sussurrou Laura enquanto ficava em frente ao restaurante, reunindo coragem e entrando. —Bom dia! — cumprimentou alguém que estava parado próximo à entrada.
O funcionário que estava apoiado no balcão apenas olhou para Laura e foi contar a outro colega.
— Tem alguém que chegou, vai recebê-lo! — disse enquanto ia embora.
Sua colega, que estava varrendo, abandonou sua atividade e se aproximou dela.
— Sim, bom dia, como posso ajudá-la, jovem? — perguntou aquela pessoa.
— Hmm, ah... ontem recebi uma ligação para uma entrevista hoje. — respondeu Laura, nervosa.
Embora tivesse contato frequente com muitos clientes, raramente encontrava-os cara a cara, apenas falava por telefone.
Caso um cliente insistisse, usaria uma máscara e um dispositivo para modificar sua voz.
— Oh, entendi. Venha, jovem, vou levá-la ao escritório da senhora Lilly. Ah, aliás, sou Penélope.— disse.
— Ah, eu sou Laura, me chame de Lau — respondeu com um sorriso.
— Tão bonita essa garota, até eu, como garota, gosto dela. Ah, pena que não gosto de garotas! — pensou enquanto observava Laura sorrir.
— Espere-me aqui, a senhora Lilly virá em um momento. — disse Penélope assim que chegaram a uma sala.
— Sim, obrigada.
— Relaxe.
Depois que ela saiu, Laura se sentou sozinha no sofá, inquieta, esperando por Lilly. Sem intenção de se levantar daquela cadeira, suas pernas não paravam de tremer de nervosismo. Ao ouvir o som da porta se abrindo, Laura se levantou de repente, surpresa.
— B-bom dia, senhora. — disse nervosa.
— Bom dia, por favor, sente-se. — disse a senhora Lilly.
Laura assentiu e voltou a se sentar. Lilly, percebendo o nervosismo em seu rosto, sorriu.
— Ei! Não vou te morder! Por que está tão nervosa? — brincou Lilly, tentando amenizar o clima.
— S-sim, desculpe. — respondeu Laura, esforçando-se para engolir saliva.
— Então você é a Laura, não é? — perguntou Lilly, assim que estavam sentadas uma de frente para a outra.
— Sim, senhora. — respondeu ela.
— Ao ver suas qualificações acadêmicas, todos os prêmios que você ganhou e também o fato de ter se formado tão jovem, suponho que tenha recebido uma bolsa de estudos, não é? — disse enquanto via Laura assentir. — Por que você não a aceitou?
— Hmm... e-eu não aceitei porque teria que sair desta cidade e isso significaria ficar longe da minha mãe e dos meus irmãos. Eu não quero isso.— respondeu Laura, enquanto Lilly assentia com a cabeça.
— Você não tem intenção de continuar seus estudos? — perguntou Lilly.
— Hmm, na verdade já fui aceita em uma universidade. Desejo estudar enquanto trabalho como meio período, para poder estudar antes ou depois do trabalho.— respondeu Laura com um pequeno sorriso.
— Que ótimo! Gosto muito da sua atitude! Você se importaria se eu te colocasse na área do caixa ou de garçonete?— perguntou Lilly, que colocaria Laura à prova.
— Adoraria, senhora! Isso significa que fui aceita para trabalhar aqui?— respondeu Laura ampliando seu sorriso e perguntando ao mesmo tempo.
— Sim, bem-vinda ao nosso restaurante! Espero que se sinta à vontade trabalhando aqui e que possa trabalhar em equipe.— respondeu ela estendendo a mão.
— Obrigada, a Deus! Muito obrigada! — Laura respondeu emocionada e apertou a mão de sua chefe quando ela assentiu.
— Está tudo bem, você pode começar a trabalhar amanhã. Se prepare. — disse Lilly a Laura após receber sua resposta.
— Obrigada, senhora, muito obrigada! Com sua permissão, me despeço, bom dia! — respondeu Laura enquanto saía rapidamente do escritório.
— Além de ser bonita, ela também tem um coração bonito. Ela escolheu rejeitar a oferta de estudar no exterior, apenas pelo bem da sua família. É compreensível que eu goste dela. Por que você não a leva diretamente para a empresa? — disse Lilly enquanto apoiava as costas no encosto da cadeira.
Aquela pergunta na verdade tinha sido dirigida a alguém que acabara de sair de seu esconderijo.
— Isso não é possível, ela não enviou sua candidatura para lá. Como eu poderia chamá-la de repente para uma entrevista lá.— respondeu o homem.
— Oh... entendo. Eu apoio você. Parece que há muitas coisas ocultas nela. Você não pofr passar mais informações sobre ela? Por alguma razão, tenho a intuição de que essa garota não é comum.— disse Lilly.
— Todas as informações sobre ela estão bloqueadas. Então, as informações que tenho são as mesmas que estão anexadas em seu currículo. Uma garota do orfanato que conseguiu uma bolsa desde o ensino fundamental até o ensino médio, ganhou muitos certificados e troféus em cada competição, tanto acadêmicas quanto não acadêmicas. Eu me apaixonei completamente pelo seu charme. — respondeu o homem enquanto se sentava no sofá.
— A diferença de idade entre vocês é considerável, isso não é um obstáculo? — perguntou Lilly.
— Só há uma diferença de 10 anos entre nós. Existem muitas pessoas por aí com diferenças de idade maiores do que a minha. — respondeu o homem irritado.
— Sim, sim, sim... As pessoas apaixonadas não se preocupam com coisas triviais assim.— disse a mulher enquanto rolava seus olhos preguiçosamente. — Ah, sim, agora estou realmente intrigada sobre como foi o primeiro encontro de vocês.— perguntou Lilly, endireitando seu corpo de curiosidade.
O homem sorriu, mostrando um sorriso que raramente deixava escapar.
— Foi naquele momento...
Flashback
Aconteceu quando o homem estava voltando do trabalho, se sentindo cansado pela rotina do dia e pela quantidade de documentos que tinha que assinar, então ele dirigiu seu carro bem devagar.
Quando parou em um semáforo vermelho, ele viu um grupo de crianças atravessando a rua, liderado por uma jovem. No começo, ele não prestou muita atenção e apenas deu uma olhada. Embora tenha sido atraído pelo sorriso de Laura, ele rapidamente desviou o olhar.
Continuou seu caminho de volta para casa, mas como estava com sede, decidiu fazer uma breve parada em uma loja de conveniência. O homem saiu do carro e entrou na loja depois de trancar a porta. Dentro da loja, pegou uma bebida refrigerante e foi diretamente ao caixa para pagar. Mas ao chegar para pagar, percebeu que esquecera sua carteira que tinha deixado no seu casaco.
— Oh não... Onde está minha carteira! — murmurou enquanto revirava todos os seus bolsos, enquanto a atendente ainda o observava atentamente.
Naquele momento, entrou Laura, com a intenção de pagar sua conta. Enquanto as crianças do orfanato esperavam do lado de fora, calmas e bem-educadas. Laura, que estava atrás do homem, aguardou enquanto ocasionalmente olhava para fora.
— Hmm... Eu vou procurar minha carteira. — disse o homem, virando-se para trás. Ele ficou surpreso ao descobrir que alguém estava na fila atrás dele. — Você se importa de esperar um momento?
O homem perguntou a Laura, que estava concentrada olhando para fora, e ela imediatamente virou a cabeça.
— Está tudo bem, senhor? — perguntou Laura com um sorriso leve.
— Um... hm, eu esqueci minha carteira. Você pode esperar um momento enquanto eu pego? — perguntou o homem novamente.
— Não vou demorar muito.— pensou Laura.
Ela olhou para os itens que o homem comprou no balcão. Então sorriu e deu um passo à frente.
— Não se preocupe, senhor, vou pagar o meu e o seu também.— disse Laura ao atendente.
— Eh, não precisa. Eu posso pagar. — disse o homem recusando.
— Não tem problema, senhor. Apenas uma lata de refrigerante, não vai me deixar sem dinheiro. — respondeu Laura sorrindo.
O homem estava realmente cativado por esse sorriso, Laura entregou o dinheiro ao caixa.
— Está-tá-tudo bem, eu devolvo lá fora.— disse o homem finalmente.
— Oh, não é necessário, senhor. Se quiser devolver o dinheiro, seria melhor dá-lo a alguém que precise mais.— respondeu Laura, tirando dinheiro para pagar tudo.
— Obrigado, senhorita, volte quando quiser.— disse o caixa, Laura assentiu e foi embora.
— Até mais, senhor! — disse Laura ao homem.
O homem percebeu imediatamente quando Laura saiu da loja. Pegou sua bebida e seguiu a garota para fora.
— Terminei! Agora vamos para o parque! Não era isso que queríamos fazer?
— Sim! — responderam as crianças animadas em uníssono.
Laura as guiou à frente, cantando uma música alegre. O homem apenas observava em silêncio, com um leve sorriso nos lábios. Não sabia o motivo, mas decidiu seguir Laura de trás.
Laura liderou o caminho à frente, cantando alegremente. O homem simplesmente a observava em silêncio, com um leve sorriso nos lábios, seguindo-a de forma cativante até o parque.
— Tudo bem, vocês podem brincar aqui. Mas não se afastem e brinquem juntos, entendido? Vocês não podem...
— Vamos brincar! — responderam as crianças em uníssono, com entusiasmo.
— Bob, cuide de seus irmãos! Estarei vigiando-os dali.— disse, apontando uma das cadeiras no parque.
Bob, de 8 anos, concordou animado, enquanto o homem do supermercado continuava observando-a de uma distância não muito longa. Em seguida, sentou-se em um dos bancos vazios do parque. Laura se aproximou do banco, sentou-se e tirou um livro de sua mochila. O homem prestou atenção no livro que Laura segurava.
— Livro de Administração de Negócios? A julgar pelo seu rosto, ela ainda está na escola. Impressionante...— murmurou o homem, sorrindo.
Laura, ainda concentrada em sua leitura, percebeu que alguém havia se sentado ao seu lado.
— Oi — disse Laura, sem prestar atenção ao homem ao seu lado.
O homem era aquele que a perseguia desde o primeiro ano do ensino médio, mesmo que ela o tivesse rejeitado várias vezes. Desde rejeitá-lo com gentileza até fazê-lo de maneira brusca, ele era bastante determinado.
— Por que você é tão antipática, Laura? Trouxe chocolate para você! — disse o homem novamente, mas Laura não queria responder.
Não era que ela recusasse o gesto, mas estava realmente cansada desse homem ao seu lado.
— Você se faz muito de difícil por ser mulher, deveria ser grata por ter um cara bonito e rico que quer estar com você. Você é apenas uma órfã, uma garota de origem incerta! — disse o homem irritado por não ser reconhecido de forma alguma.
Laura permaneceu em silêncio e paciente. Embora o que ele dissesse fosse verdade, por que ela deveria se irritar? Laura continuou a ler seu livro, sem querer responder às palavras do homem.
O homem do supermercado ficou verdadeiramente surpreso com as palavras do homem ao seu lado. Para ele, aquilo já era um assédio verbal. Sem perceber, o homem apertou os punhos a ponto de amassar a lata de refrigerante que segurava.
Laura apenas suspirou, aquilo era o que realmente a fazia não querer responder ao homem ao seu lado. Um garoto rico que sempre menosprezava as pessoas de sua própria classe. Porque Laura era bonita, ele a perseguia. Ele a perseguia por curiosidade, ela era a única mulher que se recusava a olhá-lo.
O homem que acabara de chegar e viu que Laura não se abalava, levantou-se de seu assento. Ele ia pegar na mão de Laura, mas antes que sua mão a alcançasse, ela rapidamente segurou aquela mão e apertou seu pulso com força. Então, ela ergueu a cabeça e olhou para o homem com um olhar frio e penetrante.
O homem que seguia Laura parou sua tentativa de se aproximar dela.
— Faltam mulheres para você, é por isso que continua perturbando minha vista? Não o rejeitei várias vezes? Você não disse que é filho de um empresário adorado por muitas garotas? Então, por que continua incomodando? Por quê? Você tem curiosidade por uma garota de orfanato como eu? Uma garota pobre que o rejeitou totalmente? Sente que seu orgulho foi abalado por receber a rejeição dessa garota de orfanato? — perguntou Laura seguidamente, sem soltar sua mão.
O homem franziu o cenho e tentou soltar-se da mão de Laura.
— Ai... ai! Solta... isso está doendo muito! — exclamou ele, reclamando.
— Escute, você é Michael Smith, filho de um empresário têxtil bastante conhecido. O único filho homem entre três irmãos, fruto do casamento entre o senhor Andrew Smith e a senhora Mariam Smith. Um homem que engravidou sua amiga no ensino médio e pediu que ela fizesse um aborto, e isso se repetiu com outra mulher no segundo ano do ensino médio. Mais uma vez, você facilmente conseguiu fazer com que a garota abortasse e ela chegou à beira da morte. Com dinheiro e poder, tudo foi rapidamente resolvido, uma característica que você herdou de seu pai, que agora tem duas amantes por aí. Eu me pergunto, quais pecados e erros sua mãe cometeu para lhe trazer ao mundo e obter um marido desprezível como ele? Uma mulher que escolheu ser dona de casa, para cuidar do marido e dos filhos, mas descobriu que sua dedicação só foi recompensada com traição. Quer saber mais? O mais triste é sua irmã mais velha, que foi usada como prostituta por seu marido para obter um contrato de trabalho em conjunto. — explicou Laura detalhadamente, mantendo seu olhar frio.
— O-onde você ouviu tudo isso? — perguntou Michael.
Ele ficou surpreso por Laura saber de sua vergonha, e mais surpreendente ainda era o fato de seu pai não ter apenas uma, mas duas amantes. Além disso, ela sabia do abuso de seu cunhado contra sua irmã.
Não apenas Michael, o homem que os observava também ficou completamente surpreso. Seu pai era um dos amigos falecidos do pai de Michael, que agora era seu sócio na empresa.
— Não pode ser, não faça acusações sem provas, Lau! — disse novamente, sem aceitar.
Agora o rosto de Michael estava vermelho ao ouvir o que Laura disse. Ela apenas sorriu zombeteiramente e soltou sua mão bruscamente. Ela fechou seu livro e se levantou. Ela se aproximou do garoto. Sem perceber, Michael se afastou enquanto Laura se aproximava. Seu olhar era muito intimidador.
— E se fizéssemos uma aposta? Se tudo que eu disse for provado como verdade, você terá que cumprir todas as minhas ordens pelo resto da vida. Mas se for o contrário, serei eu quem cumprirá todos os seus desejos. O que você acha? — propôs Laura.
Michael permaneceu em silêncio, sem querer responder. Ele podia ver nos olhos de Laura que o que ela dizia era verdade.
— Michael, você já ouviu falar da frase 'Você colhe o que planta'? O que você planta, isso você colherá. Se você planta o bem, colherá o bem. Mas se planta o mal, sem dúvida alguma colherá o mal. E agora você e sua irmã mais velha estão colhendo o que seu pai plantou.— continuou Laura enfatizando cada palavra.
— O-o que quer dizer? — perguntou Michael cortando a fala, enquanto se esforçava para engolir sua saliva.
A garota à sua frente realmente tinha uma aura de liderança muito forte, sua intimidação podia ser claramente sentida.
— Você está colhendo os comportamentos ruins do seu pai, como não se contentar com uma única mulher. Enquanto sua irmã, agora também está colhendo os frutos que seu pai plantou. Ela está recebendo um tratamento desagradável de seu marido.— Laura cruzou os braços em frente ao peito. — Você não tem medo de que seus descendentes colham o que você plantou no futuro? — perguntou impiedosamente.
Michael, que desde o início se sentia fraco com a surpresa, agora se sentia ainda mais fraco ao ouvir a pergunta de Laura. Ele caiu de joelhos no chão, segurando o peito que agora sentia apertado.
— E então? Quer provas de tudo que eu disse? Aceita minha aposta? — perguntou Laura.
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