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Afaste-se, CEO!

Capítulo 1

Noah.

Todo o meu corpo doía, minha mente estava confusa, não faço ideia do que aconteceu ontem à noite, minha cabeça dói só de tentar lembrar.

Olhei ao redor, não reconheço este quarto, Caled me trouxe aqui? Imagens da traição do que até ontem era meu namorado vêm à mente, ele não foi quem me trouxe, eu entrei aqui, procurando um lugar para me esconder dele, me obrigo a levantar, com toda a dor e cansaço que sinto.

Só então percebo que estou nu, e como se não bastasse, sinto um arrepio terrível e medo quando vejo a pessoa que dormia nas mesmas condições ao meu lado.

É Arvan Daniel's.

Um alfa puro como nenhum outro, é o sonho de qualquer ômega, alfa ou ômega que o veja sequer em fotografias, e o pesadelo de qualquer um que tente se aproximar dele. Sua mera presença intimida qualquer um e seu caráter o torna o homem mais temido, além de ser tio do meu agora ex-namorado.

Tudo o que aconteceu algumas horas atrás vem à mente, não consigo evitar chorar enquanto coloco uma camisa que, embora eu saiba que não é minha, preciso para fugir deste lugar sem acordar esse homem, estarei morto sem nem mesmo poder me defender. Mas maldita sorte...

Fui derrubado e agarrado pelo pescoço, ele acordou e, como temia, esse homem queria me matar.

Arvan: quem diabos te pagou para fazer isso? Fale antes que eu acabe com você. — Que fale? Ele está pressionando meu pescoço com tanta força que mal consigo respirar, não tenho salvação, foi tudo um mal-entendido, sou a vítima e vou morrer como um criminoso.

Quando pensei que meu fim estava próximo, a porta se abriu, e que surpresa, os traidores que eu menos imaginava estavam lá.

O olhar de Caled, que fingia ser meu namorado para ganhar uma aposta e satisfazer o ego dele, estava furioso, é claro, ele deveria ser o primeiro, não é?

Estou tentando recuperar o fôlego antes que essa pessoa me deseje a morte novamente.

"Mas o que você fez, Noah? Eu te disse para parar, o que acha que acontecerá com nossa família quando souberem que você atacou o senhor Daniel's?" E sim, quem acabou de me condenar é Mariana, amante de Caled e minha irmã mais velha, olhei para cima apenas para encontrar o olhar furioso do senhor Daniel's.

— Pare de mentir, foram vocês! Eu os ouvi no corredor ontem à noite.

Mariana: Senhor Daniel's, Caled e eu passamos a noite toda procurando pelo meu irmão, ele tinha bebido demais e jurava que iria se vingar da humilhação que causou à nossa família.

Arvan: Sumam! — Vou morrer e nem tenho forças para sair deste lugar, faz sentido eu dizer mais alguma coisa, Caled ficou calado, é óbvio que ele a apoia, sou tão estúpido que ainda esperava que ele me defendesse.

Caled: Tio, pai e os outros membros da família Cossio estão do lado de fora, Mariana os informou do que ele pretendia fazer.

Não me foi nem mesmo dada a chance de terminar de me vestir, fui arrastado para fora, lá estava minha mãe, meus avós e meus tios, todos me olhando como se fosse a pior das escórias.

— Mãe, juro que não fiz nada, foram Mariana e Caled, eles são amantes, planejaram tudo — e, como era de se esperar, fui espancado.

"Como você pode manchar assim a reputação de sua irmã? Você não tem vergonha!" Minha mãe não acreditava em mim, ninguém acreditava.

Mariana: Aceite logo isso e pare de culpar os outros por suas ações.

— Não vou aceitar algo que não fiz, eu sou a vítima, não vocês nem esse senhor, fui eu quem...

"Chega! Senhor Daniel's, a família Cossio pede mil desculpas e decidimos expulsar essa pessoa, decida o que fazer com ele" esse foi meu tio, o homem que eu admirei e vi como um pai a vida toda, ninguém se opôs à decisão dele.

Arvan: Não vou sujar minhas mãos com lixo como este... — A dor que senti no peito foi indescritível, mais dolorosa do que toda a dor que sentia em meu corpo, ou do que a rejeição dos meus familiares, sentia que minha vida estava se esvaindo.

Arvan: Você tem 2 horas para desaparecer da minha cidade, se eu te ver novamente, irei matá-lo eu mesmo. — Ele foi embora, eu queria detê-lo, mas não podia, a dor em meu peito estava roubando minhas forças, também não podia dizer nada.

Fui retirado daquela mansão e jogado como lixo na rua.

Somente quando alguém que passava se aproximou de mim, entendi. Fui marcado por aquele homem ontem à noite e agora que experimentei a dor de seu desprezo, provavelmente vou morrer. É impossível que ele não soubesse disso, no entanto, decidiu me condenar assim, mesmo sabendo que vou morrer por isso.

Este homem... é excessivamente cruel.

Capítulo 2

O que aconteceu naquela noite

Narrado por Noah

Não me sinto bem, sabia que não devia confiar em sua suposta demonstração de paz, mesmo sendo minha irmã, sempre soube que aquela mulher nunca me quis bem, além do mais, tenho que sair daqui.

Hoje é meu aniversário de 17 anos, meu namorado e eu tínhamos planos diferentes, mas minha irmã propôs que eu viesse a esse evento organizado pela família Daniel's, uma das famílias mais poderosas, com quem temos negócios e também é a família do Caled, meu namorado.

Estou tentando em vão sair desta sala lotada de pessoas, posso ter uma ideia do jogo da Mariana, ela me ofereceu uma bebida com mais álcool do que ela disse, porque sabe que não tolero, espera que faça algum escândalo para se divertir com ela e seus amigos, sempre foi assim.

Só me ocorreu ir ao quintal, mas foi a pior decisão.

"Por que continua com aquele idiota? Já perdeu a aposta! Meus pais não param de dizer que em breve vocês vão se comprometer", essa é a voz da Mariana, ela está realmente chateada, pensei em ir e reclamar com ela pelo que fez, mas...

"Querido, relaxa, mesmo se perdi a aposta, ainda quero me divertir com aquele idiota! Além do mais, não disse que quer vê-lo humilhado? Que melhor oportunidade do que esta?" esse é o Caled, meu namorado, e minha irmã, são amantes? O álcool está me pregando uma peça.

"Então jura que não gosta dele? Jura que vai seguir o plano, usá-lo e dispensá-lo, jura isso" esse foi o plano deles, fazer com que eu me apaixonasse por ele? Eles estiveram zombando de mim!

Caled: Juro, é apenas uma aposta a mais, esta semana será incrível, vamos nos vingar da maldição do meu tio e amanhã, neste horário, no nosso aniversário de namoro, Noah vai sofrer a pior das decepções —as risadas triunfantes deles me enchiam de raiva.

- Você é um rato sujo\, Caled Daniel's —os dois ficaram alarmados\, acho que não esperavam ser pegos.

Caled: Noah! O que você está fazendo aqui?

- O que estou fazendo aqui? Descobrindo que tipo de lixo vocês dois são —ele tentou me tocar\, dizendo que estava confuso. Acredita mesmo que sou tão estúpido? Dei um chute entre suas pernas\, nunca confiei nos alfas\, e nunca deveria ter acreditado nele.

- Vão para o inferno\, malditos mentirosos. —Saí imediatamente daquele lugar\, a cabeça latejava\, agora me sinto ainda pior\, tudo é culpa dessa dupla traidora.

Mariana e eu não somos realmente irmãos, sou apenas seu primo, meus tios sentiram pena da minha mãe e de mim quando meu pai nos abandonou e nos acolheram. É isso.

Não quero ficar mais um segundo aqui, mas não consigo encontrar a saída, tantas coisas vêm à minha mente que acabei vomitando num canto.

- Ei\, você está bem? O que você tem? —não reconheço a voz de quem está falando comigo agora\, e menos ainda seu rosto\, minha cabeça está martelando desesperadamente\, preciso descansar.

- Oh\, meu Deus\, você deve ter bebido muito\, vem\, deita numa dos quartos. —Tentei escapar dessa pessoa\, dizer que iria para casa\, mas não consigo evitar que me arraste pelo que parece ser um dos corredores longos dessa enorme casa.

Consegui me soltar e entrei no primeiro quarto que encontrei, não posso confiar em ninguém agora, pode ser que essa pessoa estivesse do lado deles.

Desabei no chão, minha cabeça está prestes a explodir, minhas mãos tremem, e sinto como se este lugar estivesse ficando mais sufocante para mim, abri minha camisa rapidamente, não a tirei, só precisava de um pouco de ar sem essa maldita gravata.

Limpei as lágrimas que começavam a cair, um lixo como aquele não merece nada.

- Eu te odeio\, maldito desgraçado!

Narrado por Arvan

Estava tentando dormir, depois de um lixo se atirar em cima de mim na porta, estou cansado desse tipo de mulheres e homens, que não entendem que só quero ser deixado em paz.

Vou matar qualquer um que ouse me incomodar novamente, só me fazem sentir enojo. Estou tão furioso, o pior é que não conseguia pensar com clareza, ainda quero matar aquela infeliz com minhas próprias mãos, odeio ômegas fáceis e oportunistas, usam seu cio como uma desculpa para alcançar seus objetivos...

Que é essa maldita inquietação, meu corpo se sente estranho, como se não fosse meu, essa reação no meu corpo não é comum, é muito parecida com quando... Não é possível!, alguém se atreveu a me drogar?, mas quando?, nessa celebração não bebi nada, só tomei água do meu quarto.

Se a dor no meu corpo somar-se ao aroma doce que começo a perceber por todo o quarto, ah droga, estou com muito calor.

"te odeio maldito desgraçado" de quem é essa voz?, me virei na cama e para minha surpresa, tem alguém aqui, é um ômega?, como ele se atreve? maldito infeliz.

Certamente ele é o responsável por me drogar, por que me odeia?, vou mostrar qual é o lugar dele, vou matá-lo com minhas próprias mãos.

Me levantei com a intenção de quebrar o pescoço dele com as minhas mãos.

Ele parecia assustado quando me viu de pé, ele realmente achava que eu ia perder a consciência por algo assim?

—S...senhor Daniel's! —a voz dele é vacilante e nervosa, aparentemente essa puta trabalha pra mim.

Noah

Ver esse homem aqui me devolveu a lucidez, esse é o quarto que foi preparado para o tio de Caled?, Arvan Daniel's eu preciso sair daqui.

Esse homem é o CEO mais temido e aterrorizante que eu já vi, ofendê-lo significa apenas a morte, e se por algum motivo você sobrevive, jamais poderá mostrar seu rosto perante a sociedade novamente.

Tentei sair sem sucesso, ele segurou meu pulso com muita força.

—como você se atreve a me drogar e me provocar com suas sujas feromônias ômega? —do que ele está falando?, ele foi drogado e está me culpando?, que feromônias são essas?, ele está furioso, consigo perceber que ele vai me matar.

—é... É um mal entendido... senhor, eu não fiz nada... Não sou ômega —mal consigo falar, ele está tentando me estrangular, tomei meus supressores, então é impossível eu estar liberando feromônias, além disso, mesmo se eu não tomar, quase não são perceptíveis.

—me... Me solta, por favor.

Arvan

Ele está me achando idiota?, eu sei reconhecer o aroma de uma puta!

Maldição, pensei que conseguiria resistir a isso, mas alcancei meu limite, as feromônias desse ômega pioram tudo, não posso acreditar que eu, Arvan Daniel's, estou sendo arrastado dessa maneira.

Meus olhos começam a percorrer seu corpo e abdômen sem que eu percebesse, os altos e baixos bruscos do seu peito ao tentar recuperar o fôlego, seus olhos marejados e sua boca semiaberta.

Ouço a última súplica dele e minhas mãos se afastam do seu pescoço, ele tossiu algumas vezes, e eu arranquei de uma vez aquela camisa irritante, é só por causa da droga, mas esse ômega é realmente sexy.

Noah

Fui liberado, mas ele rasgou minha camisa, eu preciso sair daqui agora!, não consegui, fui empurrado com força contra a porta, minha dor nas costas, mas o mais confuso aconteceu depois, ele me beijou, tive a sensação de que seria engolido, por toda a sua brutalidade, lutei o máximo que pude, cada vez estou ficando mais fraco, desse jeito os supressores não vão me ajudar.

Implorei para ele me soltar, ele estava tocando meu corpo, não queria que minha primeira vez fosse assim, mas ele estava determinado a me ignorar, me jogou na cama.

Não importa o quanto eu tente escapar ou implore para ele, ele não me ouve, meu corpo todo dói, não consigo parar de chorar, nem me mexer debaixo dele, parei de tentar fugir ou pedir para me soltar, não importa se ele acabe me matando por seu próprio prazer, não importa, não sei em que momento perdi a consciência, só sei que quando acordei, meu inferno recomeçou.

Capítulo 3

Atualmente

Noah

Acordei em um quarto de hospital, havia um homem sentado na minha frente, o mesmo homem que me encontrou naquele beco.

"Como você está se sentindo?" Ele tem uma voz bastante gentil, mas nem sequer consegui responder à sua pergunta, tive que me levantar para vomitar.

Ele me deu tapinhas nas costas enquanto chamava os médicos.

"Se considerarmos a sua situação, podemos dizer que você está se recuperando muito bem, porém, tanto física quanto mentalmente, seu estado é muito ruim" Eu não entendo do que esse médico está falando, não me sinto diferente do que estava há alguns momentos.

"O que o senhor aconselha, doutor? Alguma coisa pode ser feita?" Eu não entendo por que essa pessoa está tão preocupada comigo, nem sequer me conhece.

"Meu conselho é um aborto, assim talvez o jovem possa sobreviver, caso contrário, tanto ele quanto seu bebê estarão em risco de morte."

—"O que acabou de dizer? Eu estou grávido? Mas se foi apenas algumas horas atrás que..."—Senti uma palmada no meu ombro.

—Já se passaram 3 semanas desde que te encontrei naquele beco, e você tem 3 semanas de gravidez. É muito difícil para um ômega sem o seu alfa resistir a uma gravidez, mas essa é apenas a sua decisão. Me diga, você quer abortar?—Eu apenas chorei, aquele homem me abraçou e me ouviu sem dizer nada.

Eu não desejava nada disso, tenho certeza de que não mereço, tiraram tudo de mim, meus sonhos e objetivos, meus desejos de viver, qual é o sentido de continuar com essa vida miserável? Não restava nada para mim.

E agora é a minha decisão decidir sobre outra vida? Por que a vida é tão maldita comigo? O que foi que eu fiz?

—Se você decidir viver e abortar, você tem o meu apoio, e estes médicos irão garantir que você possa ter uma vida sem problemas. E se você decidir tê-lo, vou encontrar os melhores especialistas para garantir que nada aconteça com eles.

—Quem é você? O que quer de mim?

"Não desejo nada além de que você possa viver."

—Por quê? Você não me conhece, ninguém faz tanto sem nenhum objetivo.

"Você está certo, então serei claro, estou fazendo isso porque foi o que eu não pude fazer pelo meu filho, assim como você, ele era um ômega que perdeu o seu alfa, morreu de dor, sem que eu pudesse fazer nada. Já se passaram 4 anos, e ainda não consigo superar, você me lembra muito dele."

—Você está apenas abrindo a mesma ferida em seu coração, eu não posso ser salvo.

"Você está enganado, todos podem ser salvos, você tem algo que o meu filho não teve."

—E o que é isso?

"Uma razão para viver."

—Eu realmente tenho isso? E qual é? Deveria me sentir feliz por estar esperando o filho de um maldito que me estuprou e me deixou à minha própria sorte para morrer?

"Só pense sobre isso, talvez a vida não esteja tirando tudo de você, mas me diga o que você pensa."

—Noah, meu nome é Noah.

"É um prazer, Noah, eu sou Jacob, Jacob Montenegro." Esse nome me soa familiar, mas não consigo lembrar de onde.

Jacob: Você ainda não precisa responder, pode pensar um pouco mais.

—Não, já tomei minha decisão, mas tenho um favor para lhe pedir.

Jacob: Qualquer coisa que você quiser.

—Me ajude a ir para longe deste lugar, prometo que...

Jacob: Você não precisa prometer nada, eu já disse, o simples fato de você viver é recompensa suficiente.

—Obrigado.

Jacob: Vou chamar o médico.

...*×*...

...*×*...

...*×*...

Vários anos depois.

Noah estava revisando alguns documentos em seu laptop, sua vida tinha sido muito boa, agora o seu nome era Noah Montenegro, Jacob não teve nenhum problema em lhe dar seu sobrenome, ele o tratava da mesma forma que seus outros dois filhos, e eles o apreciavam como um irmão.

De vez em quando, ele levantava os olhos do que estava fazendo e sorria para um par de crianças pequenas de cabelos negros e olhos cinzentos, que estavam brincando no parquinho que Jacob havia instalado no jardim para eles.

A linda menininha se aproximou trazendo uma rosa para o seu pai.

"Papai, aqui está." Era costume da pequena Zoe, todos os dias, presentear seu pai com três rosas, uma para cada surpresa do dia, era a forma dela dizer obrigado.

Noah: Obrigado, minha princesa, eu também tenho um presente para você.

"O que é hoje, papai?" Todos os dias ele trazia uma doce surpresa para seus pequenos, sabia o quanto eles gostavam, ele mesmo as embrulhava e guardava para poder dar a eles.

O sorriso da sua pequena ao entregá-lo enchia seu coração de felicidade.

Noah: E você, Joe, tem algo para mim? - seu filho olhou para ele, atento, ao contrário de Zoe, Joe era muito calado, quase sempre tinha uma atitude séria, embora fosse muito protetor e condescendente com sua irmã, ele cortava a rosa todos os dias para se certificar de que Zoe não se machucasse.

Joe: Nada.

Noah: Nem mesmo um abraço?

Joe: Mas só um. - ele deu um abraço apertado em seu pai, que o abraçou carinhosamente.

Noah: Mais um.

Joe: Você sempre diz isso. - e apesar de protestar, ele também o abraçou novamente.

Zoe: Eu também quero.

Noah: Venha cá, querida.

"Posso me juntar também?"

Zoe: Tio Elian!! - a pequena correu para abraçá-lo.

Elian: Você não me cumprimenta, Joe? - o outro olhou para seu pai e só depois que ele concordou se aproximou para cumprimentá-lo.

Elian: Como vocês estão crescidos! Vão brincar, preciso falar com seu papai.

Joe: Por que o vovô não veio? - os dois mais velhos se olharam.

Noah: Seu avô Jacob está ocupado, mas com certeza ele virá em breve. - as crianças se foram.

Noah: O fato de você ter voltado não é um bom sinal, a situação do papai é grave?

Elian: Noah, papai faleceu hoje de madrugada.

Noah: Não é verdade! Ele disse que estava bem, apenas cansado, por que de repente...

Elian: Se acalme, eu sei que é difícil, mas as crianças estão aqui, você precisa ser forte por eles. - ele sabia disso, mas era tão difícil, aquele homem foi o pai que ele nunca teve, ele o apoiou e cuidou mais do que ninguém, ele ainda não conseguia acreditar que ele estava morto.

É como se a vida estivesse determinada a trazer dor a ele quando ele se sentia feliz e em paz.

Noah: Quando será o enterro?

Elian: Amanhã, será difícil contar para Zoe e Joe, então vou estar com você.

Noah: Obrigado! Vamos embora hoje, quero estar no velório dele também.

Elian: Como quiser, Kilian está cuidando de tudo.

Ele tinha decidido contar para seus filhos, mas como começaria? Eles eram tão pequenos para entenderem a morte.

Joe: Então o vovô não vai mais voltar.

Noah: Não, ele não pode mais voltar para nós.

Zoe: Mas ele prometeu que viria, você disse que uma promessa nunca é quebrada.

Elian: Às vezes, existem situações que nos obrigam a quebrá-las, mas eu garanto a vocês que seu avô sempre estará com vocês.

Foi difícil vê-lo naquela caixa, apenas alguns dias atrás ele o via rindo e brincando com seus netos e com ele, ele achava que teria muitos anos mais com ele em sua vida, se ao menos soubesse que ele iria embora tão rápido.

Ele se aproximou do rosto e deu um beijo na testa do homem.

Noah: Eu sei que nunca disse o suficiente, mas obrigado! Obrigado por dar esperança e um lar para alguém que havia perdido a vontade de viver, você foi e sempre será o meu anjo, papai, muito obrigado.

Zoe: Papai, por que o vovô não se levanta? Ele não está cansado? Ele está deitado lá há muito tempo, você disse que não é bom dormir tanto.

Noah: Ele não pode se levantar, amor.

Zoe: Por que não? Ele está doente?

Joe: Ele está morto, não é verdade, papai? - a afirmação de seu filho o deixou mudo.

Zoe: O que é estar morto, papai?

Noah: Significa que ele foi para o céu, princesa.

Zoe: E podemos ir vê-lo?

Joe: Não podemos, não é mesmo, papai?

Noah: Não, filho.

Zoe: Eu não queria que o vovô fosse embora, eu gostava muito dele.

Noah: Todos nós queríamos que ele continuasse conosco, mas às vezes não podemos evitar.

Elian: Noah, venha, o Sr. Daniel'S e seus filhos vieram dar suas condolências à família, Kilian está com eles agora.

Noah levantou os olhos e viu Arvan conversando com seu irmão, ao lado deles estavam seu ex-sogro e o pai de ambos. Ele se levantou imediatamente e pegou seus filhos para ir embora.

Elian: Para onde você vai?

Noah: Desculpe, mas não me sinto bem (não posso deixar esse homem me ver, nem meus filhos), o ômega se afastou rapidamente para seu quarto, enquanto aquelas pessoas estiveram no velório, ele agradeceu por no dia seguinte no funeral, eles não comparecerem, ele não queria saber nada daquelas pessoas, sabia que sua nova família tinha negócios com eles, mas era seu pai quem se preocupava com isso.

Muitas coisas iriam mudar agora com sua ausência.

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