Capítulo 1
- Meu Deus! - falei quando abri meus olhos e não reconheci o lugar onde estava. Minha cabeça doía muito.
Era um quarto grande e muito bonito, cortinas longas cobriam as grandes janelas. Passei minhas mãos na cama e senti os lençóis super macios em que eu estava deitada. Quando fui erguer meu corpo, para sentar porque eu estava de barriga para baixo, percebi que eu estava... nua.
Eu tinha cometido uma loucura! Tinha transado com algum maluco que eu conheci na noite passada.
- Bom dia! - ouvi uma voz grossa e talvez até sedutora de um homem alto com pele morena que passou só de toalha, saindo do que eu imaginei ser o banheiro e ir para o closet.
Bom, ao menos ele era o maior gato, barriga de tanquinho, braços fortes com uma tatuagem que cobria boa parte do seu braço e do seu peito e aquilo marcando na toalha... senhor amado, eu nem queria imaginar como eu devia estar lá embaixo depois da noite que passamos.
- Bom dia... - falei baixo e sentei na cama puxando o lençol para cobrir meu corpo nu.
- Como você está? - ele perguntou saindo só de calça social preta e justa ao corpo, do closet.
- Eu estou bem e você? - perguntei tentando parecer casual.
- Bem! - ele disse me olhando estranho, como se me avaliasse - então, qual o seu nome?
- Não... não sabe meu nome? - era pior do que eu pensava, simplesmente pulei na cama dele, completamente bêbada e sem ao menos dizer meu nome.
- Não, não sei!! Você por acaso sabe o meu? - ele perguntou passando a toalha que estava em suas mãos nos seus ombros e subindo para as orelhas.
- Na... verdade não! - falei e tenho certeza que virei um pimentão vermelho na frente dele.
- Pois é! - ele disse sorrindo de leve e caminhou até perto da cama, depois sentou me olhando e estendeu sua mão - Muito prazer Thomas Noskosi, mas todos me chamam de Tom!
- Muito prazer Thomas! - falei segurando o lençol com uma mão e com a outra apertei a sua mão - Sou Hannah Gonzáles e preciso muito confessar uma coisa, espero que não fique chateado!
- Diga, eu jamais ficaria chateado com você Hannah! - ele falou e abriu um sorriso que me deixou quase sem fôlego.
- Eu não lembro de nada, a não ser de estar na boate e dançar a noite inteira, depois disso... nada mais! - falei fazendo uma careta e ele riu, ele riu? Como assim?
- Eu imaginei que não se lembraria de nada Hannah, você estava realmente muito bêbada quando eu a trouxe!
- E mesmo vendo meu estado transou comigo? - perguntei ficando preocupada e ele riu novamente.
- Querida Hannah - ele falou olhando no fundo dos meus olhos com aquela voz sedutora dele e eu estremeci - se nós tivéssemos transado, você com certeza se lembraria!
Eu fiquei sem palavras e ele ficou de pé, voltando para o closet.
- Se não transamos, por que me trouxe para cá? - perguntei e ele se virou para me olhar.
- Eu a trouxe, exatamente porque vi o estado em que estava, e se eu não a tivesse trazido, algum cara espertinho e mal intencionado, poderia ter levado você para qualquer lugar, então de nada!
- Quem me garante que não está mentindo? Você pode muito bem ser esse cara mal intencionado que me arrastou para cá e me sequestrou! - falou brava.
- Pense o que quiser, pode pegar suas roupas e ir embora a qualquer momento! Não estou a mantendo aqui, apenas a salvei!
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Capítulo 2
Thomas.
Eu estava muito entediado e cansado, tudo no meu ramo estava ficando cada vez mais difícil, embora o dinheiro ainda estivesse entrando. Eu não confiava em ninguém, devido ao que eu fazia. Mas a pior parte, eram os ataques que eu vinha sofrendo, precisava logo dar um jeito nas coisas, ou perderia tudo.
Então decidi ir para o centro e entrar numa boate qualquer, acharia alguém para transar, a convenceria de que eu era uma boa escolha. Eu só precisava resolver uma coisa de cada vez. Mas assim que entrei, tudo mudou. Avistei uma mulher linda de cabelos compridos e um vestido preto justinho e curto, ela parecia sozinha. A mulher era simplesmente linda, me deixou sem fôlego, mesmo com a luz baixa e aqueles “pisca pisca” refletindo, eu podia ver sua beleza extraordinária. Ela estava com um copo de bebida na mão e dançando no meio da pista. Eu continuei no bar sentado apenas observando. Ela passou a noite pegando bebidas e mais bebidas, até que em certo momento, simplesmente foi em direção a saída, tropeçando e quase caindo por cima de quem passava, vi vários homens de olho nela.
Então decidi ir atrás dela. Coloquei duas notas de cem dólares em cima do balcão do bar e saí.
Quando consegui alcançar ela, na porta de saída, dois caras já estavam na sua volta a cercando.
- Boa noite rapazes, obrigado por cuidarem da minha namorada! - falei e toquei as costas dela, que apenas me olhou com seus olhos borrados de maquiagem preta e pareceu muito confusa, além de bêbada é claro.
Os dois homens não disseram nada, somente me olharam e provavelmente viram que não iriam ganhar essa briga, eles apenas se retiraram. Ainda bem que não precisei mostrar a eles minha arma.
- Venha, vamos! - falei a empurrando para frente com minha mão em suas costas e a outra segurando seu braço.
O manobrista logo trouxe meu carro e a coloquei no banco ao lado do motorista, quando eu estava colocando o cinto nela, a mulher vomitou em cima de nós dois.
- Ótimo... - falei irritado e quase me arrependendo.
- Desculpe - ela falou com sua voz meio bagunçada, vômito no canto da boca e ainda sim, era linda!
Dirigi até em casa cheirando vômito. Quando cheguei, pedi a um dos meus homens para chamar uma funcionária para ajudar.
- Leve ela para cima e tire essa roupa, depois tente limpar ela e a coloque para dormir.
- Sim senhor Noskosi! - ela disse e um dos meus seguranças ajudou a subir com a mulher.
Primeiro fui à cozinha beber água, fiquei com sede devido ao tanto de whisky que tinha bebido no bar.
Quando subi para o meu quarto, a minha funcionária tinha colocado a mulher ali. Ótimo, agora teria que dormir no quarto ao lado. Porque tudo ali ainda cheirava a vômito e eu não queria uma ereção que não daria em nada. Acho que esse na verdade, era o motivo real.
Na manhã seguinte acordei, vi a hora, levantei e voltei ao meu quarto, estava um pouco mais claro agora e eu podia ver suas curvas através do lençol que a cobria. Mas não fiquei olhando muito, peguei uma toalha e fui ao banheiro tomar banho, eu tinha que ir ao trabalho, tinha uma reunião.
**(conversa do primeiro capítulo)**
- Então é aqui que eu fico né... - ela disse claramente constrangida, quando eu parei em frente ao seu prédio.
- Pois é! - falei olhando em seus olhos, ela era simplesmente linda.
- Obrigada por tudo! Você foi muito gentil em me ajudar! Não sei o que poderia ter acontecido, caso você não tivesse me ajudado ontem a noite! Nem sei como agradecer! - ela falou apertando suas mãos uma na outra. E pude ver seu nervosismo.
- Pode me agradecer me dando seu celular! - falei sorrindo e ela ficou vermelha.
- Claro... - ela disse e depois me deu seu celular.
Fiquei olhando ela até que entrasse no seu prédio. Eu precisava dela, eu queria ela! Hannah ia ser minha!
Fui para o meu trabalho. Chegando no escritório, fui fazer a reunião com o chefe de polícia.
- Boa tarde Jordan! - falei estendendo a mão e o cumprimentando.
- Noskosi! - ele disse e apertou de volta minha mão - por favor, sente-se! - pedi apontando a cadeira. Estávamos na sala de reunião.
- Vim o mais rápido que pude, alguns de seus homens foram capturados e pegos com uma carga grande de drogas atravessando a fronteira, não sei se vou poder ajudar quanto a isso! - ele diz.
- Quanto isso vai me custar Jordan? - perguntei o olhando.
- Não é questão de dinheiro, sabe que a cerca está se fechando! Cada vez mais estão se aproximando de você! Esses homens que foram pegos com as drogas, não vão ser soltos e com certeza vão ser torturados pelo investigador de fora, que veio com tudo para pegar você!
- Acha que meus homens iriam me entregar? Primeiro que esses que foram pegos, não tem acesso a mim! Segundo que pagamos a eles e suas famílias muito bem, para abrirem o bico!
- Está seguro disso? Porque o investigador vai com tudo para cima deles! - avisou Jordan.
- Por que está aqui? Se não por dinheiro? - perguntei confuso, mas mantendo meu rosto ilegível.
- Só vim avisar para que esteja pronto. Enquanto este investigador estiver por aqui, fique na sua, o máximo que conseguir! - Jordan falou ficando de pé.
- Obrigado por avisar, vou ver o que posso fazer! - falei ficando de pé também.
Voltei para minha sala quebrando a cabeça, sobre o que deveria fazer. Não podia matar esse investigador, porque ele era muito importante e levantaria ainda mais suspeitas, não podia armar um resgate, porque com certeza eles estavam contando que eu fizesse isso. Então o que eu deveria fazer? Não sabia.
Decidi ligar para a Hannah.
- Oi - ela disse sonolenta quando atendeu.
- Acordei você? - perguntei feliz em ouvir a voz dela.
- Sim, mas tudo bem, já está tarde, preciso reagir! - ela disse agora um pouco mais acordada.
- Depois da bebedeira que você tomou ontem, eu não acharia estranho você dormir até amanhã de manhã! - falei.
- Me diga, por que me ligou? - ela pergunta parecendo curiosa.
- Quero levar você para jantar hoje à noite!
- Isso foi um convite? Ou uma exigência? - ela perguntou bem humorada.
- Eu faria um convite, se não soubesse que você quer muito isso! Mas como sei que quer, estou apenas avisando.
- Você é muito convencido, sabia?! - ela falou.
- Pego você às sete, esteja pronta! - falei e desliguei antes que ela pudesse responder.
Fiquei sorrindo na minha cadeira. Mal podia esperar para levar Hannah para a minha casa essa noite.
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Capítulo 3
Hannah.
Aquele homem era muito convencido. Mas eu entendia, com certeza devia chover mulheres para ele. Thomas é alto, forte, bonito... e aquela tatuagem? Senhor amado...
Mas fiquei muito intrigada, ele tinha muitos seguranças na sua casa, fora aquelas grades nas janelas e aquelas cercas elétricas enormes, sendo que os muros já tinham no mínimo três metros. Claramente ele era muito rico.
Era meio dia agora e eu já estava ansiosa para ver ele. Tinha acabado de perder meu emprego, meu namorado tinha me traído e terminado comigo, então eu iria aproveitar.
Embora eu tenha dito o mesmo noite passada e quase fui sequestrada...
Eu não sei bem porquê, mas confio no Thomas, ele passa confiança, principalmente com aqueles olhares profundos dele, parece que está me vendo nua, quando olha nos meus olhos.
Passo a tarde toda enviando currículos por e-mail, depois dou uma geralzinha no meu ape e começo a me arrumar. Primeiro tomo um banho e depilo tudo, até minha alma, depois seco meu cabelo e faço chapinha nele. Passo uma maquiagem bem leve, para parecer que sou linda naturalmente. Depois a pior parte, roupa? Onde um homem bonito e rico iria me levar para jantar?
Obviamente num lugar chiquérrimo, mas eu não tinha nem roupa para isso!
Decido pelo básico, outro vestido preto. Justinho com os ombros de bora, preso pela gola e com as costas de fora. Sandália rosa de um tom bem escuro e a bolsa preta como o vestido. Faltavam dez minutos para as sete e eu estava pronta, um pouco nervosa, mas confiante. Ele havia gostado de mim, então eu iria me divertir com esse homem gostoso e rico. Depois voltaria a minha vida normal, onde acharia um novo emprego, um novo namorado e seguiria como se nada tivesse acontecido. Eu sabia bem que homens como ele queriam apenas se divertir com pobres mortais como eu. E tudo bem, porque eu queria o mesmo dele, era uma troca justa!
Thomas chegou sete horas em ponto, mandou mensagem avisando que estava aqui e eu desci para esse encontro.
- Linda demais! - ele disse com aquela voz grossa e sensual, que me fazia estremecer inteira.
- Obrigada... - falei sorrindo e colocando meu cinto.
- Como foi seu dia? - ele perguntou enquanto olhava para a rua, enquanto dirigia.
- Bom, tirando a dor de cabeça da ressaca e a vergonha de lembrar do que você disse, sobre vomitar em cima de nós dois... foi tranquilo. E o seu? - perguntei.
- Foi como anda sendo sempre! Difícil, mas sobrevivi! - ele falou deixando um suspense no ar.
Conversamos mais algumas coisas banais no carro e logo chegamos a um restaurante lindo, na beira de um lago. Ele era todo de vidro, exceto o chão. Fomos levados a um deck que parecia mais isolado no terceiro piso. A noite estava fresca e agradável, principalmente com o ar que vinha gelado do rio ao nosso redor.
- Aqui é lindo! - falei olhando a paisagem, do outro lado do rio, havia árvores enormes cercando tudo.
- Obrigado! - ele disse sorrindo e me olhando daquele jeito.
- Está se gabando pela paisagem? - perguntei e acabei rindo, a autoestima dele era maior do que eu imaginei.
- Não, mas o restaurante é meu! - ele disse e fez sentido, todos o conheciam pelo nome, mas achei que fosse porque vinha muito aqui.
- Ah... que incrível! Você deve ser ainda mais rico do que eu imaginei! - falei e ele sorriu abertamente, e que sorriso... com certeza tinha molhado minha calcinha.
- Sim, eu com certeza sou muito mais rico do que você poderia imaginar! Sou o maior traficante do nosso estado! - ele disse sério e por um segundo quase acreditei, depois comecei a rir.
- Você é bom, juro que quase acreditei! - falei sorrindo e bebi o champanhe que ele tinha servido para nós.
- Não estou brincando Hannah! Meus negócios são todos ilícitos! - ele disse apoiando seus cotovelos na mesa e depois juntou suas mãos perto do queixo, me olhando, me avaliando.
- É sério! Você é muito bom nisso, eu poderia até ficar com medo! - falei devolvendo a ele aquele olhar sensual.
- Tudo bem, você não precisa acreditar! - ele disse sorrindo - mas não diga que não avisei você!
- Ok, estou bem avisada Senhor Thomas Noskosi! - falei - mas me diga, o que realmente faz da vida?
- Sou dono de algumas empresas de tecnologia e também de algumas redes de restaurantes! - ele falou - Óbvio que tudo para poder lavar meu dinheiro sujo do tráfico de drogas e armas!
- Você é muito engraçado Thomas! - eu disse sorrindo e ele piscou para mim, fazendo meu coração bater descompassado.
- E você é muito linda... - ele disse baixo e rouco, me fazendo quase gemer - e quero que seja minha!
- Quer a sobremesa antes mesmo do jantar? - perguntei séria e bebi mais um pouco do meu champanhe - não tenha pressa, coisas boas demoram para vir!
- Não para mim! - ele disse pegando minha mão por cima da mesa - Quer casar comigo Hannah Gonzáles?
Eu literalmente cuspi o champanhe que estava na minha boca.
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