Posso me lembrar como se fosse hoje,os anos era 90 e o meu pai ia me buscar todos os dias depois da escola com o seu fusquinha amarelo,pra me levar pro curso de artesanato, desde pequena sempre tive mãos habilidosas,foi aí que minha mãe resolveu me colocar num curso pra aperfeiçoar o meu dom...
com 12 anos já pintava, fazia crochê, bordado e tudo mais...
Assim que eu formei o 3 ano,e fiquei de maior, com a ajuda dos meus pais abri o meu primeiro ateliê de artes ,
onde divulgava o meu trabalho,as telas que eu pintava e as peças de artesanato que eu mesma fazia, com um tempo eu comecei também a expor trabalho de outras pessoas ,foi onde o meu ateliê começou a ficar conhecido, e todas as segundas e sextas ficava aberta ao público pra visitas...
Foi aí que eu conheci o Max, ele era um amante de artes principalmente quadros, apreciava com cuidado, olhava um por uma com detalhes e sempre comprava alguma tela nova minha, elogiava a minha arte e o meu trabalho.. sempre dizia que ia longe desse jeito...
O Max era soldado do exército,
ainda novo no ramo trabalhava só tinha três anos,o pai era tenente e o filho resolveu seguir a trajetória do pai também..
com um tempo já frequentando o meu ateliê, ficamos chegados um do outro,eu nunca tinha namorado antes, e o máximo que eu tinha já feito era uns beijinhos e abraços,eu apesar de ter 19 anos ainda era virgem e estava esperando a pessoa certa pra esse momento especial que pra mim era sagrado!...
Eu não tinha muito tempo pra pensar nessas coisas então ia deixando levar, minha vida era tranquila e eu passava a maior parte do tempo, criando as minhas artes pra expor no meu ateliê. .
Até que numa noite, já era bem tarde, teve exposição de peças feita de barro e argila, o movimento foi bem grande,eu acabei ficando até o final terminando de ajeitar as coisas pra fechar o ateliê e ir embora,, o Max também ficou me ajudando e ofereceu pra me levar em casa,eu disse que não precisava, morava pertinho e dava pra ir a pé sem perigo nenhum..
ele riu e disse que não tinha problemas, iria a pé comigo mesmo e nada melhor como a companhia de um soldado do exército pra me proteger!...eu ri, e acabei deixando que ele me levasse até em casa...
no portão o Max me pediu um beijo e eu dei!...
já conhecia ele a tanto tempo e sabia que rolava uma química entre nós dois,além de uma amizade também..
com pouco tempo ele me pediu em namoro e eu aceitei, nós dois tínhamos tudo a ver,e tinha certeza que o nosso namoro ia terminar em casamento!
foi o que aconteceu, com um ano de namoro, ele me pediu em casamento,e tivemos o casamento mais lindo que se possa imaginar, com todo o exercício presente,
eu era a noiva mais linda e a mulher mais feliz também, porém a minha felicidade só não estava completa por que o meu pai nunca aprovou o meu namoro com o Max, dizia que eu não devia ter me casado tão rápido,eu não o conhecia direito, e ainda tinha uma vida pela frente, uma carreira de me tornar uma pintora famosa e reconhecida pelo mundo todo, o meu pai as vezes sonhava demais, e esse era o sonho dele....
Eu era filha única,mimada, e tudo que os meus pais podiam fazer por mim eles faziam, e o maior medo deles era me perder, ou que alguém fizesse algum mal pra mim,eu tinha o mesmo nome que minha mãe Elisa,ou melhor Lisa era como me chamavam, depois de casada Elisa Albuquerque Medeiros o sobrenome que herdei do Max,meu amor, marido e fiel companheiro...
Assim eu pensava até começar a conhecer o Max completamente...🍃💔
continua no próximo capítulo
Depois de casada,sai da casa dos meus pais, Max alugou um pequeno apartamento, porém bem longe de onde eu morava antigamente,eu queria que fosse mais perto, mais ele dizia que naquele bairro não achava apartamentos bons e baratos igual era o nosso,meus pais me ligava quase todos os dias, perguntando como estava minha vida de casada e como o Max me tratava e tals, eu não podia reclamar,o Max era um bom marido,apesar de ser econômico em tudo, mais era ele que pagava as contas então eu não podia reclamar....eu estava bem, feliz,o Max foi meu primeiro namorado,meu primeiro homem e concerteza seria meu eterno marido, com dois anos de casada eu ainda não conseguia engravidar,meu sogro Alex o pai do Max sempre cobrava um netinho e as vezes perto das pessoas da família me deixava sem graça com umas brincadeiras passivo agressivas que acabavam dando a entender que eu infértil, frígida ou sei lá sei oque, ele queria dizer, ou aonde ele queria chegar com aquelas brincadeiras de mal gosto..eu relevava afinal de contas ele era o pai do homem que eu me casei..
com um tempo o Max também começou a me cobrar um filho,eu sempre falava com ele que uma hora ia acontecer,e era pra ele ter calma, paciência que as vezes pela pressão psicológica eu não conseguia engravidar!!'mas o Max achava que era eu que não queria, que eu tomava anticoncepcional escondido dele ou injeção, que certamente eu estava pensando em terminar com ele futuramente e por isso não queria filho pra mim atrapalhar...
eu nunca tinha pensado nisso, nunca me passou pela cabeça, mais ele cismava, chegando ao ponto de começar a ter ciúmes de mim,a querer me controlar com medo de me perder pra outro homem, começou a me levar e buscar no meu ateliê, que era o meu trabalho,o lugar que eu recebia visitas de diversas pessoas, homens e mulheres e ele sabia muito bem como era a rotina lá, mais ele tinha ciúmes,instalou câmeras no nosso apartamento e dentro do meu ateliê sem que eu ficasse sabendo, assim ele me monitorava pelo celular 24hs por dia...
eu pra que o Max não ficasse desconfiando do amor que eu sentia por ele , e mostrar pra ele que também queria muito ter um filho nosso, com as minhas economias guardadas paguei um tratamento para que eu engravidasse,na verdade mesmo eu não podia engravidar, o ginecologista disse que os meus ovários não tinham amadurecidos ainda, isso que dificultava a minha fertilidade, mais o tratamento iria me ajudar a ser mãe em breve!
fiz tudo isso sem o Max saber, seria uma surpresa pra ele e eu contaria tudo quando eu desse a notícia que estava grávida....
com oito meses de tratamento finalmente eu consegui engravidar,dei a notícia pro meu marido e contei o que tinha feito com ajuda de tratamento, de início ficou espantado não acreditava mais depois ficou muito feliz, e o meu sogro também claro,era tudo que ele mais queria um neto homem pra ser companheiro dele, e no futuro também ser policial igual todos da família eram ,Max e Malvino o irmão dele que era sargento.,.
ao longo da gravidez eu descobri que estava grávida de gêmeos, não dava pra saber o sexo, eles estavam sentados ,e eu teria que fazer uma cesárea provavelmente...
mesmo pesada, e custando fazer os meus trabalhos eu tentava manter a minha rotina, e não abandonar o meu trabalho e o que eu mais gostava de fazer que era pintar..
bordei todo o enxoval dos bebês, fiz tudo em amarelo que era uma cor unissex
pra caso fosse duas meninas,ou dois meninos, decorei todo o quartinho com as minhas artes manuais, e esperava ansiosa a chegada dos meus bebês, mesmo com a ciumeira do Max, até grávida e imensa igual eu estava ,ele tinha as cismas bobas dele de homem inseguro,mas mesmo assim ele era bom e parecia que seria um ótimo pai...
com sete meses de gestação, minha pressão ficou muito alterada, quase tive uma pré eclampsia e tive que passar por uma cesárea de emergência,os meus bebês nasceram de sete meses, pequenininhos e muito fraquinhos,era um lindo casalzinho,o Caio e a Monalisa,
iriam ficar na UTI pediátrica até completarem nove meses e ganhar peso adequado mas infelizmente o Caio era muito fraquinho e não resistiu, aquilo pra mim foi a maior tristeza que eu já tive em toda a minha vida, perder um filho, tão pequenininho, tão frágil, eu fiquei arrasada e o Max mais ainda, lamentando pelo filho homem que ele tinha perdido,pro meu sogro então nem se fala,eles nem lembravam que a Monalisa tinha sobrevivido, estava bem, e já tinha ganhado alta da UTI.
a minha volta pra casa não foi uma das melhores,o Max estava bem aborrecido com tudo, preferiu se isolar aquele dia dormindo no quarto de hóspedes e assim ficou uns bons dias até se conformar com a perda do Caio...
durante o resguardo eu fiquei sozinha,meu marido disse que não tinha necessidades que ninguém fosse me ajudar, não era possível que não dava conta de olhar uma criança só!,se pelo menos fosse duas tudo bem!e eu mesma fiz tudo durante o resguardo sem ajuda de ninguém,nem minha mãe pois o Max não gostava do meu pai e vice versa,meus pais não iam na minha casa se eu não fosse lá!
alguns meses se passaram e ele e o meu sogro ainda falavam do filho que eu perdi, me pressionava a engravidar de novo, mais eu não estava preparada pra uma nova gravidez,a Monalisa estava apenas com seis meses, e eu não ia fazer mais tratamento nenhum pra engravidar!
com um tempo vendo aquilo tudo eu comecei a mudar o meu conceito sobre o Max e vi que ele não era a pessoa que eu queria pra minha vida, ele era egoísta, mandão, ciumento e possessivo, fora que só andava sobre os mandados do pai dele! não era isso que eu queria pra minha vida, eu ainda era nova 24 anos e não precisava dele pra nada,eu tinha minhas economias, tinha o meu próprio negócio e uma vida inteira pela frente, decidi pedir o divórcio pra ele!sem pensar duas vezes, mais naquela vida eu não queria ficar mais...🍃🍃🍃💔
continua no próximo episódio,...
Então eu resolvi chamar o Max pra termos uma conversa, e pedi o divórcio, ele chorou, implorou pra que eu voltasse atrás,e disse que iria mudar,controlar os ciúmes dele e passar a ser um marido e um pai de verdade, me pediu desculpas e até chamou o paí dele no nosso apartamento pra tentar mudar a minha cabeça em relação ao divórcio,a mãe do Max tinha falecido quando ele e Malvino eram pequenos, foram criados pelo pai que fazia todas as vontades dos filhos,e nenhum deles sabiam dar um passo seguer sozinhos eram dois dependentes ...
eu acabei dando mais uma chance pro Max e tentar salvar o meu casamento, afinal de contas minha filha precisava da presença do pai também.
Mas o Max não mudou, continuava fazendo as mesmas coisas de antes ,ficou ausente ,e era grosso o tempo todo ....eu decidi colocar o Max de lado na minha vida, suportava por causa da Monalisa que adorava o pai mesmo eu sabendo que ele preferia que o Caio tivesse sobrevivido ao invés da menina!..
comecei a focar mais no meu trabalho, levava minha filha comigo, ele não deixava nem ter uma babá pra ficar com a menina enquanto eu trabalhava, disse que pagar babá era muito caro e eu dava conta de olhar a garota sozinha,a cada aborrecimento que eu tinha dentro de casa com o meu marido eu transmitia tudo pras minhas telas,eram obras diferentes, e eu comecei atrair muitos visitantes
,curiosos com tudo que eu mesma inventava a cada dia que passava,o meu ateliê acabou ficando pequeno e sem espaço pra receber tanta gente,e eu inaugurei uma galeria maior e mais requintada pra receber os meus visitantes
que vinham de outras cidades e alguns estrangeiros também pra apreciar as minhas artes e de outros artesãos,pintores, que vinham me pedir pra expor as obras na minha galeria que na época começou a ficar bastante conhecida,a ponto de um patrocinador vir me procurar pra levar as minhas obras pra fora do país pra ser reconhecida mundialmente...
o patrocinador era o Marcos Aurélio Hallferd,era brasileiro mais morava na Suiça e estava visitando o Brasil a procura de novos talentos, eu não estava nem acreditando no que estava acontecendo , num momento tão conturbado da minha vida, eu não sabia que através de toda tristeza que eu levava pras telas eu iria fazer tanto sucesso, e o sonho do meu pai estava realmente se tornando realidade ...
logo a noite eu liguei para os meus pais e contava tudo com detalhes,o Max chegou e escutou,eu não sabia que aquilo ia despertar a fúria dele e ele já foi logo me perguntando quem era Marcos Aurélio,se era algum amante meu,e tals...
eu disse que não,! Marcos era um patrocinador,e iria me ajudar a ficar mundialmente conhecida pelos meus trabalhos!...
mas o Max não quis escutar minhas explicações , disse que eu estava traindo ele e os meus pais estavam me acobertando,!eu comecei a chorar e discutir na frente da nossa filha que ficou assustada vendo o pai daquele jeito tão nervoso e agressivo comigo, Max era soldado, sangue frio, e tinha muitas armas dentro da nossa casa,eu sempre temia que alguma coisa ruim pudesse acontecer quando ele estava daquele jeito,fui pro outro quarto e não queria mais discussões,o Max no meio da noite foi até lá chorando
, me pediu perdão e disse que nunca mais iria desconfiar de mim ou agir daquela forma,eu aquelas alturas já não acreditava mais nas mudanças dele, só fingia pra evitar os conflitos dentro da nossa casa....
aquele episódio passou,e eu não dei ouvidos ao ciúme do Max, marquei num final de semana pra fechar contrato com o tal Marcos Aurélio,e assim quando foi logo a noite que já encerrava a exposição, ficamos só eu,o Marcos Aurélio e mais alguns artistas que o Marcos iria fechar contrato exclusivo também! aquele dia era o dia mais feliz da minha vida e eu já podia imaginar o meu nome sendo reconhecido por todo lugar, todos nós riamos e decidimos brindar aquele nosso passo rumo ao sucesso!
quando eu escutei alguém parecer arrombar a porta da minha galeria, todo mundo que estava lá dentro se assustou e era o Max com fúria de ciúmes outra vez, disse que eu ao invés de trabalhar eu estava era bebendo,na farra com aquele monte de vagabundo!
vagabundo ele falava era os hippies que frequentavam lá e também eram meus colegas!mas o Max não respeitava ninguém e era preconceituoso, xingou o Marcos Aurélio,colocou todo mundo pra fora e disse que toda aquela palhaçada tinha que acabar ali e agora!
me puxou pelo braço me colocando no carro a força e me levou embora pra casa como se eu fosse propriedade dele 😥 !
Eu já não aguentava mais aquela vida,o Max estava acabando comigo, e com tudo que eu tinha de bom, afastando meus amigos, família, e querendo que eu desistisse do meu talento,do que de melhor eu sabia fazer!
eu iria embora daquele apartamento e nunca mais o Max iria me ver!...🍃😥
continua no próximo capítulo 😌
Para mais, baixe o APP de MangaToon!