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1#Blood Moon - Lua De Sangue ( Revisando)

1° Capítulo

♦️História contém cenas de violência e sexo, não recomendado pra menores de 16 anos. É de sua inteira responsabilidade se for menor da idade recomendada.♦️

🐺História não revisada, contém erros ortográficos e dês de já peço desculpas por ainda não ter revisado. Breve será revisada e terá algumas alterações.🦇

🧚 Divirta-se e uma ótima leitura. 🧚

************🖤🖤🖤***********

Em uma noite diferente das demais, fria de lua cheia, uma noite onde o vento soprava forte,em  meio a floresta só se ouvia o vento e as árvores se mexendo com a forca dos ventos uivantes, a lua vermelha no céu quase estava em sua posição mais alta.

Uma jovem mulher vestida de capa vermelha corria em meio a floresta com um bebê em seus braços.

— Não deixem ela escapar!—Grita uma mulher ao longe.

A jovem corre se escondendo entre as árvores, encontrando um buraco onde parece ter sido feito por um animal ela coloca a criança para a esconder das outras que a persegue.

— Eu preciso te proteger, me perdoe te deixar meu amor, este colar te livrará do mal. Eu te amo.

A mãe enrola o colar no braço de seu pequeno bebê recém nascido à beijando , em seguida coloca um galho cheio de folhas sobre a criança.

Começa a correr novamente, o mais rápido possível fingindo estar com a criança nos braços.

— Olha ela ali,peguem-na e me traga o bebê! A lua está chegando a sua força total! Rápido suas lerdas...

A jovem se aproxima de um penhasco e sem saber o que fazer ela olha suas irmãs as encarando de frente.

— Eu prefiro morrer a dar minha filha a vocês!

— Lúcia me dê a criança!— a anciã  estende o braço em direção a criança

— Se afasta! Eu nunca a darei a vocês!

Em um ato de amor e desespero ela se joga do penhasco.

Antes do amanhecer o bebê chora de frio e fome , uma mulher que por ali passava, ao ouvir seu choro a leva pra casa e a alimenta. Porém a mulher tinha seus segredos e não podia ficar com aquela criança,então a leva até a pequena cidade de MistFalls próxima dali.

A deixando em na porta de uma casa qualquer, o casal que ali morava a acolheu como sua filha...

🖤 1° Capítulo 🖤

Dezeseis anos depois.......

Me mudar para uma cidade desconhecida, era o que menos desejava,mas devido a alguns motivos de força maior, estava disposta a enfrentar essa mudança. Claro que teria algumas resistências da minha parte devido ter vivido toda minha vida em Los Angeles. Mas tentaria facilitar ao máximo pra minha mãe. Meu quarto estava abarrotado de caixas e minha paciência não era as melhores.

— Mãe onde você colocou minha bota branca?— Grito desesperada.

— Está perto da caixa escritório "roupas da Sophie"! Leia as caixas querida.

— Foi muito útil mãe ,obrigada. — Procuro entre as caixas — Droga onde esta? — A encontrando logo em seguida me sento na cama para colocá-la.

— Anda logo,você vai se atrasar pra aula.

— E daí, é meu último dia mesmo! — Ela aparece na porta cruzando os braços me olhando com tédio.

— Querida não é porque vamos para outra cidade que você não possa se despedir dos seus amigos,não é? — A olho com a cara de reprovação.

— Eu amo Los Angeles, você sabe disso. Minha vida toda está aqui. — Fecho o zíper das botas enquanto a olho insatisfeita.

— Querida, nós já conversamos sobre isso. Agora anda, tenho que te deixar na escola e resolver o que falta! — Reviro os olhos bufando.

— Já estou pronta! — Pego a mochila me dirigindo a porta.

— Não seja tão mal criada.

☆゚.*・。゚☆゚.*・。゚

A caminho do colégio conversamos sobre o que quero de presente de aniversário, minha mãe é insistente mesmo eu dizendo que não precisa se preocupar.

— Mãe ainda faltam dois meses, e ... — Então uma ideia me surge,já que estamos indo para um lugar ridículo posso pelo menos ter autonomia.

— E? — Ela me questiona.

— Quem sabe um carro? Seria ótimo não depender tanto da minha mãe, não concorda?

—Tudo bem mocinha, assim que nós estivermos na casa nova,vamos a uma concessionaria olhar! — Ela sorri satisfeita.

— Promete? — Faço cara de piedade.

— Não é todo dia que se completa 16 anos. —A beijo no rosto enquanto estaciona na porta do colégio.

— Obrigada mãe, você é a melhor !

— Seus amigos estão te esperando.— Ela acena pra eles .

— Eu volto com Riley, OK?

— Olha juízo,eu só chego a noite.—  Bato a porta do carro a fechando.

— Esta bem, até mais tarde. — Caminho pela imensa entrada enquanto avalio, que aquela será a última vez que verei aquele lugar.

— E aí Sophie sua mãe desistiu? — Questiona Bruck .

— Quem me dera, ela diz que tudo a faz lembrar o meu pai, então realmente não podemos ficar aqui.

— Mas isso não é desculpa pra mudar pro fim do mundo. — Protesta Riley passando o braço no meu.

— Eu também acho, contudo ela me disse que é o melhor caminho.

— Então é oficial vamos perder você Amiga.— diz Riley enquanto abraça meu braço.

—Meu irmão vai pirar quando souber que a deusa dele vai embora. — Menciona Bruck a futura insatisfação do irmão.

— Eu já disse que ele não tem chance Bruck, seria o mesmo que beijar você. — Gesticulo revirando os olhos.

Saimon sempre teve uma paixonite por mim, mas era coisa de criança, claro que agora seria diferente.

— Fala isso pra ele.Somos gêmeos mas não idênticos, acho que isso nem existe! — Rio de escárnio.

— Claro que não existe! Pra ser idêntico teriam ser do mesmo sexo,sua bobinha. — Afirma Riley com sua sabedoria em divisão celular.O sinal toca e entramos para escola.

— Ah, então podemos ir pra sua casa depois da aula?— Pergunta Riley empolgada.

— Sim,minha mãe vem só a noite e de qualquer maneira eu disse que voltaria com você!

Entramos na sala e sentamos, ao término da aula vamos as três pra minha casa, ligamos a música dançamos, relembramos coisas dês de pequenas, falamos de garotos até minha mãe chegar. Um fim de tarde nunca passara tão rápida como aquela.

— Ah.. oi meninas! — Minha mãe as cumprimenta enquanto passa pela porta.

—Oi senhora Histon! — Bruck com sua educação impecável a cumprimenta.

— Mãe,deixa eu te ajudar!— Vou até ela pegando algumas sacolas.

— Vocês vão ficar para o jantar meninas?

— Não já estamos indo! Estávamos só esperando a senhora chegar. — Responde Riley enquanto guarda suas coisas.

—Tem certeza vou fazer pato! — Insiste minha mãe. Ela sabe o quanto as duas são importantes para mim, sei que é difícil para ela também.

— Temos, minha mãe está me esperando.— diz Bruck desanimada.

— E você Riley ?

—Eu tenho estudo com meu pai senhora Histon!

— Tudo bem meninas, cuidado no caminho!— As acompanho ate a saída.

— Vamos sentir sua falta! — Geme Riley entre um abraço.

—Eu vou morrer sem você aqui... Já imaginou o que será de Bruck Daltom sem você? — Se refere a ela mesma na terceira pessoa. Nunca conheci uma pessoa tão dramática como a Bruck.

— Meninas existe chamada de vídeo, sabiam?

— Mas não será a mesma coisa.— Continua Bruck.

— É...eu sei! Mas vou ligar sempre, prometo.

— Promessa de irmãs? — Elas estendem os dedos mindinho.

— De irmãs! —  Entrelaçamos nossos dedos, selando a promessa.

— Bye, amiga e boa viagem.

Elas se despedem indo em seguida, minha vontade era de levá-las comigo, mas não posso.

☆゚.*・。゚☆゚.*・。゚

Na manhã seguinte o caminhão da mudança chega bem sedo e carrega tudo, minha mãe  e eu seguimos para o aeroporto.

Dez horas depois chegamos em MistFalls, é totalmente diferente de onde eu vivi toda minha vida.

Uma cidade cercada de florestas, montanhas, e pela minha pesquisa vive fazendo frio, chuvosa e pelo nome cheia de neblina.

Minha mãe estaciona em frente uma pequena casa amarela de dois andares, simples mas parece aconchegante.

— Preparada pra conhecer a sua nova casa, não tão nova?— respiro fundo

— Cheia de empolgação! — Reviro os olhos mostrando minha insatisfação.

— Sério filha? Seja mais positiva.

—Vamos acabar logo com isso.— Saio do carro pisando alto.

Entramos e tudo é muito arrumado e bem distribuído, a sala é média com uma lareira a cozinha até que é espaçosa conjugada com a sala de jantar.

— Pode subir e escolher seu quarto, apesar que sei que vai ficar com o que tem banheiro!

— Sério mãe? Faria isso por mim?

—Vai lá querida! 

Nem espero ela falar duas vezes, subo correndo, olho os quartos,o maior tem o banheiro na frente mas o menor é uma suíte,mesmo sendo menor ainda tem espaço o suficiente para uma cama de casal comum.

— O menor mãe, ele já é do Jeito que eu gosto.

— Imaginei! Comprei móveis combinando — ela grita subindo as escadas.

— Espero que nada rosa . — Eu odeio rosa e qualquer cor que remeta a patricinha.

— Em madeira escura só a cama branca!

— Você é a melhor mãe do mundo, sabia? — A agarro em um beijo.

— É eu sei.

A campainha toca, a olho intrigada, mal tivemos tempo de respirar.

— Quem será? — Indago encarando o corredor.

— Deve ser os vizinhos dando boas vindas querida.

— Credo, mas nem chegamos direito! — Murmuro.

—Vamos descer. Aqui é diferente, seja simpática.—Descemos as escadas e minha mãe atende a porta.

— Oi Boa noite. — Cumprimenta minha mãe toda simpática, a mulher se vira surpresa em ver minha mãe, elas se entreolham sorrindo.

— Gisele? Nossa amiga quanto tempo!— Em um impulso ela abraça minha mãe.

—Tábata entre.

Tábata é uma mulher de estatura mediana, magra, pele morena, cabelos cacheados e belos olhos cor de mel.

— Que bom que você voltou!— ela entra me olhando com um sorriso largo no rosto,chega a ser assustador.

— Tábata esta é Sophie. — Me apresenta à ela cheia de orgulho na fala.

— Nossa, como ela está grande. — Seus olhos me cercam por completo.

— Prazer em conhecê-la. — Estendo minha mão, ela a aperta em retribuição.

— Prazer querida. E muito educada. —Em seguida aperta minha bochecha. Odeio este tipo de situação.

—Você ainda mora na mesma casa? — Questiona minha mãe.

— Sim, com minha mãe e minha filha Sara! Vocês vão se dar muito bem Sophie!

— Que bom preciso de amigas novas.

— Vamos jantar lá em casa? Acabaram de chegar e suas coisas ainda não chegaram, é uma ótima oportunidade.

— Claro Tábata, bom que colocamos a conversa em dia!

Seguimos ate o outro lado da rua, Tábata morava quase em frente nossa casa.

Ao chegar na casa, sinto uma áurea diferente, há vários objetos místicos espalhados pela casa, velas, olho grego, pedras, incenso entre outros artefatos. Tento ser discreta.

— Sophie está é Sara.

A linda garota de pele cor bronze e olhos amêndoas me dá um sorriso amigável.

— Oi Sara! É bom te conhecer. — Ela assenti.

— Nem fala, não tenho muitos amigos por aqui.

—E aí, onde você estuda?— Da um riso de escárnio. Provavelmente devo ter perdido a piada.

— Aqui só tem uma escola, Sophie. Então vamos estudar juntas.

Ótimo, cidade do interior, já estou começando a gostar, patético.Talvez Sara me salve do tédio.

— Que bom.— Sorrio. —Por ser meio de semestre, me sentiria deslocada sem ajuda para me socializar.

—Você começa amanhã?

— Sim, mas bem que poderia ser um dia de descanso.

Depois do jantar, Sara e eu ficamos na varanda, ela me contara um pouco sobre a cidade e os moradores. Até que foi uma noite agradável afinal de contas.

2° Capítulo

Na manhã seguinte acordei bem cedo, tomei uma ducha rápida, vesti meu jeans rasgado, uma blusa roxa de frio e minha jaqueta de couro por cima, calcei uma bota até nos joelhos. Deixei meus cabelos soltos e passei apenas um batom marrom.

Peguei minha mochila e desci para tomar meu café, minha mãe como sempre me apressando, terminei minha panqueca e saímos.

— Mãe, não precisa ir comigo até a escola!— Seus olhos não deixam a estrada.

—Claro que eu vou te levar, você não conhece a cidade, e no mais é meu caminho! E tira os pés do painel. — Ela bate nos meus pés os removendo do painel.

— Que dia vamos olhar o carro? — A questiono me endireitando no banco.

—Talvez amanhã ou depois. Ainda não tenho certeza, está uma correria e preciso terminar de organizar o consultório.

—Ótimo... Porque não quero parecer uma adolescente mimada, onde a mãe a deixa na porta do colégio todas as manhãs.

—Já quer se livrar de mim?— Reviro os olhos a dando de ombros.

— É uma vergonha chegar com os pais quando já se é adolescente, acredito que na minha idade você também não gostava que a vovó a acompanhasse. — Ela me olha sorrindo, seus olhos chegam a brilhar.

— Na sua idade, eu e minhas amigas nem sonhávamos em falar de garotos. Então, não me importava ser vista com sua avó.— Ela arqueia a sobrancelha.

— Com coisa que faz tanto tempo assim. — Nos olhamos, logo em seguida ela estaciona próximo a calçada.

—Chegamos.— Abro a porta para sair, mas ela me puxa pela jaqueta.—Ei,meu beijo.

Lhe dou um beijo rápido saindo do carro, respiro profundamente encarando meus futuros colegas de classe.

O prédio tem dois andares, sua fachada tem duas pilastras do chão ao telhado na porta de entrada com o nome " High School Mist ". Um colégio típico americano, nada de mais, caminho pelo gramado tentando não encarar os alunos, esta lotado e alguns até me olham estranho, abaixo a cabeça, quando ouço Sara me chamar.

—Ei,Sophie, aqui.

Ela balança os braços como uma louca tentando chamar minha atenção, se queria ser discreta, foi por água a baixo.

— Oi Sara, bom dia.— Me aproximo rapidamente, para que ela pare de chamar a atenção de todos.

—Animada para seu primeiro dia?— Caminhamos em direção ao prédio.

—Quero me socar debaixo das cobertas!— Respiro fundo arregalando os olhos.

—Vai ser legal,vai ver. Só precisa socialista. — Sorrio tentando disfarçar meu incomodo.

—Eu preciso ir até a secretária pegar meus horários... Ah, te vejo mais tarde?

—Claro.— Ela pisca. — A secretaria fica no fim do corredor a direita. Boa sorte!

— Obrigada.

Ela assenti subindo as escadas.

Sigo o corredor enquanto olho pela janela, me distraindo por um momento,quando bato com tudo em um garoto saindo do banheiro masculino, ele me segura firme contra seu abdômen.

—Ai...Que droga. — Ergo meus olhos me deparando com duas pedras de âmbar, com um tom de cobre amarelo com tons de avelã,verde e marrom. A luz reflete em seus olhos os deixando ainda mais intensos.

— Olha por onde anda novata,ou irá acabar machucando seu lindo rostinho. — Ele segura meu queixo, enquanto a outra não deixa minha cintura. Seus olhos esverdeados não deixam os meus.

Como pode ser tão sexy um simples olhar?

Seus cabelos castanhos com luzes naturais e pele morena fazem um lindo contraste com seus lábios rosados e carnudos.

— Idiota!— Ele se afasta rindo.

— Eu sou idiota?Você que não olha por onde anda, e eu que sou um idiota? — Erguendo uma sobrancelha ele se vira me ignorando completamente e sai andando.

—Desculpado, cretino! — Respiro fundo me endireitando, continuo em direção a secretária. Ao entrar peço a secretária meus horários.

— Bom Sophie, por enquanto são estes, você precisa escolher mais duas aulas extras até o final da semana. — Ela me entrega o papel me encarando. As pessoas desta cidade são estranhas.

—Tudo bem senhora Palmer obrigada.

— Você já está atrasada para sua aula de biologia, seguindo o corredor segundo andar terceira porta direita.

Concordo com a cabeça saindo logo em seguida, subo as escadas, ao me aproximar da porta meu nervosismo faz minha garganta secar, respiro fundo batendo na porta.

— Entre.... — Ordena o professor.

— Bom dia. Sou a aluna transferida. — Ele sorri.

— Bom alunos, esta é Sophie Histon! Veio transferida de Los Angeles, ela será sua nova colega de classe!— Dou um sorriso sem graça, tantos olhos sobre mim me intimida, encolho os ombros. — Arranje um lugar querida!

Os alunos continuam me olhando e minha vontade é de socar o rosto no chão como um avestruz, mas acredito que mesmo assim não seria o suficiente. Avisto uma bancada vaga e me dirijo a ela me sentando. Coloco minhas coisas ao lado da bancada me preparando. Porém um outro aluno entra na sala, mas não me atrevo a levantar a cabeça, apenas continuo arrumando minhas coisas na bancada.

— Que bonito senhor Belmont, atrasado outra vez.— O professor o repreende . Concerteza um rebelde que gosta de chamar a atenção. Apenas elevo os olhos para ver o rosto do sujeito em questão, me deparando com o garoto que esbarrei a vinte minutos atrás.

— É muita falta de sorte.— Resmungo em cochichos.Ele caminha sem dizer nada, entrando no corredor que dá acesso a minha bancada, parando do meu lado.

—Por favor, que não seja na mesa bancada que eu, por favor. — imploro incessantemente. Mas para minha má sorte ele para na ponta da minha bancada me encarando.

—Ei,novata esse é meu lugar. —Reviro os olhos respirando fundo.

Tinha que ter escolhido logo aqui Sophie? Logo junto com este imbecil, arrogante, sexy e lindo?

Me levanto, passando para a cadeira do outro lado da bancada, ele me olha de canto de olho enquanto o ignoro completamente.

A aula segue, olho pra ele sem ele perceber, corro os olhos pelos traços finos de seu rosto. Sr.Fillips passa uma matéria que já estudei no semestre passado e pede pra fazermos com o amigo de bancada.

— Ótimo. — Resmunguei. — Não poderia ser melhor. — Sussurro pra mim mesma.

— Eu também prefiro fazer sozinho. Mas ordens são ordens .— Como ele conseguiu me ouvir?Respiro fundo o encarando.

— Antes de começarmos, é melhor você me pedir desculpas por mais cedo,não acha idiota? — Ele passa a língua nos caninos, o que é muito atraente.

— Garota, você é muito chata.Alguém já te disse isto? — Arqueio a sobrancelha.— Eu não te devo nada.

—Já vi que não vamos chegar a lugar algum,não é? O ego é alto demais aqui. — Ele me olha com meio sorriso nos lábios revelando uma covinha do lado esquerdo.

— Se eu pedir você me deixa em paz?— Cruzo os braços arqueando a sobrancelha—Acho que é um não. — Ele respira fundo.—Perfeito.

— E aí, vai demorar? — Continuo o encarando.

— Desculpa marreta, me desculpe por não olhar por onde ando e trombar em vossa excelência. Satisfeita?

Quanta arrogância, já vi que vou ter trabalho com esse aí.

— Ótimo, só não gostei do sarcasmo e arrogância, mas já é um começo— Me viro pra bancada ele ri.

—Ei... é sua vez! — Agora é sua vez de cruzar os braços e me encarar.

— Minha vez de quê, garoto? — Faço de desentendida. Se ele pensa que vai me fazer de idiota, está bastante enganado.

— Pedir desculpas. — Ele morde o lábio inferior e me olha como se quisesse me devorar.

— Você é muito babaca, eu sou a vítima aqui, Okay? — Ele ergue as mãos em rendição.

— Esta bem, vamos começar de novo! Meu nome é Trevor Belmont e você? — Ele estende a mão.

—Sophie Histon! — Aperto sua mão, mas é como uma descarga de energia intensa passasse entre nós fazendo meu corpo arrepiar. Jamais senti alguma coisa do tipo.

— Vamos deixar alguns pontos firmados, Sophie. — Ele enfatiza meu nome .— Não somos amigos, apenas faremos nossas tarefas escolares e ponto, daí você desaparece da minha vida.— O fito com os olhos, ele ainda segura minha mão.

— Quem disse que quero ser sua amiga playboyzinho prepotente? —Ele segura o riso. — Posso ter minha mão agora? Preciso dela para o trabalho. — Ele a solta mordendo o lábio.

Fazemos nossa tarefa e Trevor disse apenas o necessário, quando bate o sinal sou a primeira a sair da classe.

— Que babaca completo! Eu não tenho sorte mesmo.

— Oi,garota. — Sara me surpreende. — Por que está vermelha?

— Nada de mais, talvez raiva misturado com desespero. — Seus olhos me analisam.

— Você parece mesmo nervosa. — Ela repousa a mão em meu ombro.

— Um playboy idiota que sentou comigo. — Rosno.— Que ódio daquele moleque.

— Como ele chama?— Respiro fundo ao lembra dele, mas não posso negar que tem olhos lindos.

— Trevor Belmont!— Ela ri levando a mão a boca.—Qual é a graça!

— Trevor é o capitão do time de futebol americano. As meninas morrem pra ficar perto dele, mas não tem muito êxito. Diria que tirou a sorte grande. — Ergo as sobrancelhas balançando sutilmente cabeça.

— Daquele babaca?O que elas tem na cabeça?

Não posso negar que Trevor é muito bonito, mas com aquele jeito arrogante, só deve conseguir as desesperadas.

— Ele é um pouco ante social mesmo, mas um tremendo gato, isso você não pode negar. — Ela morde o lábio inferior ao dizer.

—Não fui nem um pouco com a cara dele,nem um pouco mesmo. — Arregalo os olhos.

— Qual sua próxima aula? — Me questiona enquanto seguimos pelo corredor.

— Álgebra!

— Que bom é a minha também.

☆゚.*・。゚☆゚.*・。゚

No termino da aula,vamos para o refeitório, Sara me faz sentar com alguns dos seus amigos, eles conversam mas fico na minha, apenas brincando com a comida.

Sinto como se tivesse sendo observada, percebo Trevor junto com os meninos do time em um canto mais reservado, o olho de de ombros e vejo ele me olhando com um sorriso travesso no rosto, nossos olhos chegam a se encontrar, porém os desvio rapidamente.

Isso me deixa nervosa, pego minha bandeja, jogo os restos no lixo, saindo do refeitório sem olhar pra trás.

Como a próxima aula é de educação física,fico sentada nas arquibancadas revisando as atividades das aulas anteriores.

Os alunos entram no campo, guardo os materiais descendo até o gramado.

— Senhorita? — O professor aponta para mim.

— Histon...Sophie.— Forço um sorriso.

— Cadê seu uniforme de ginástica? — Torço os lábios.

— Eu não trouxe, me desculpa. — Ele estala a língua.

— Então hoje pode ficar só olhando da arquibancada. Mas não tem desculpas na próxima aula. Estamos combinados?— Assenti.

— Sim, senhor.

Volto para as arquibancadas me sentando,volto a trabalhar nas minhas anotações.

— Você até que é esperta, marrenta! —So de ouvir sua voz já me bate um nervoso, já vi que não será fácil estudar aqui.

—O que foi agora? —Ele senta ao meu lado se jogando no assento.

— Nada só estou olhando o desempenho dos alunos. — Tento não demonstrar o quanto estou incomodada com sua presença.

— Para o capitão,você não deveria dar o exemplo? — Ele me olha surpreso.

— Andou perguntando sobre mim? — Sorrio de escárnio o olhando em seguida balançando a cabeça.

— Nem nos seus sonhos eu perguntaria sobre você. O que te faz pensar assim? — Mordo o lábio pensativa.

— Como você sabe que eu sou o capitão do time? — Ele me olhando com um sorriso assanhado.

— Minha amiga me disse, nada de mais.— Volto minha atenção ao caderno.

— Por que você não me olha enquanto fala? — Mordo os lábios novamente.

— Estou ocupada, não percebe? — Tenho me manter focada no caderno.

—Eu também! — Ele volta o olhar ao campo.

— A arquibancada é imensa... Você poderia se sentar em outro lugar? — Respiro fundo.

— Gosto de onde estou! Tenho visão privilegiada. — Seus olhos percorrem todo meu corpo me deixando sem graça.

— Você é bipolar ou o quê? — O encaro —Uma hora me chinga e diz que não somos amigos, que é pra eu sumir e agora não sai do meu pé? Indago o fitando com os olhos.

— Quem disse que estou no seu pé? Se enxerga garota. — Suspiro profundamente jogando a cabeça para trás.

Respiro fundo decidindo o ignorar, ele olha minhas anotações , e volta a olhar para o campo de braços cruzados.

Ao término da aula, guardo minhas coisas, desço a arquibancada correndo, começo a andar de volta pra casa pela calçada lateral ao colégio.

Trevor passa com seu Rolls Royce conversível preto, andando devagar a meu lado.

—Você vai a pé pra casa? — O olho de soslaio.

— Sim,adoro caminhar. Algum problema quanto a isso? — Ele sorri.

— Entra ai, eu te levo de volta.— Nego imediatamente, sem exitar.

— E diz não estar no meu pé.Nem pensar.— Ele bufa.

—Anda logo marrenta!— Suspiro.

— Me deixa em paz Trevor. É Trevor, não é? Eu sei ir sozinha.

— Vai logo Sophie, ou eu te coloco aqui dentro a força! — Paro o encarando,ele parece ter falado sério em me forçar.

— Experimente tocar em mim, um único dedo e te arrebento.

— Nossa, quanta agressividade. Que sexy! — Bufo. — Agora é sério, entra logo!

— Você não vai me deixar em paz enquanto não entrar, não é? — Ele assente.

Então decido entrar no carro.—Satisfeito? —Ele sorri.

— Teimosa! Onde é sua casa?

— Criviler n 23 !

— Eu sei onde fica!— Ele coloca os óculos escuro acelerando ocarro.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, olho para Trevor brevemente algumas vezes , ele está todo concentrado no trânsito, o vento bate em seu cabelo o deixando mais lindo, isso não posso negar.

— Algum problema? — Questiona Trevor. Suas covinhas aparecem juntamente com um sorriso.Trevor e muito gato mesmo.

— Como? — Volto a mim.

O que é que eu tenho ? Esse garoto não faz meu tipo, deve ser um tipo de castigo do universo.

— Você não para de me olhar de canto de olho! — Ele molha os lábios com a língua lentamente, engulo em seco.

— Para de viajar, idiota! — Sorrio de nervoso, olhando a estrada.

— Me conta! Como é em Los Angeles? — Trevor tenta descontrair.

— Melhor que aqui mil vezes! —Ele sorri me olhando.

— Não gosta da minha cidade? Que ousadia dizer isso em voz alta, não tem medo de eu ser um psicopata e te matar agora mesmo por este desaforo? — Reviro os olhos.

— Morro de medo. Ainda não sei se gosto daqui, não tive experiências suficiente para dizer.— Cruzo as pernas ele as olha.

— Você vai acabar gostando, vai ver! — Ele estaciona próximo a entrada.— Está entregue.

— Obrigado pela carona! — Desço do carro o mais rápido possível.

— Te vejo amanhã, marrenta.— Ele pisca.

— Dá para me chamar por meu nome? Imbecil.—Ele sorri e arranca o carro, me deixando no gramado olhando o carro se afastar.

3° Capítulo

No dia seguinte já no colégio Sara vem até mim no refeitório, sentando em minha mesa. Devido a seu olhar imagino que vem um interrogatório a vista.

— Ontem você foi embora e nem me esperou.— Seus lábios reprimem um sorriso.

— Fui andando, estava com pressa. — Evito seu olhar revirando os ovos na bandeja.

— Sério Sophie? Eu vi outra coisa, um certo moreno de olhos claro. Mas devo ter me enganado.— Ela morde o lábio.

— Okay, ele insistiu para eu ir com ele, mas eu não quero que isso seja frequente. Ele insiste em me irritar.

— Eu vi vocês de longe, quando ele estacionou próximo a você. Acho que ele esta encantado com seus lindos olhos azuis.

— Será que ele não se manca, que não fui com a cara dele? Parece que adorou ficar me irritando. — Ela olha por cima do meu ombro.

— Acho que não amiga, porque ele não para de olhar para você. — Ela sorri colocando os cabelos atrás da orelha.

—O quê, onde?— Olho ao redor discretamente.

—Atrás de você,perto da mesa dos veteranos! Não olha mas ele esta vindo em nossa direção. — Respiro fundo comprimindo os lábios.

— Que droga! Será que ele não se cansa?

Não vi Trevor a manhã toda, estava imaginando que talvez ele tenha encontrado outro bichinho de estimação ou esquecido de mim.

— E aí Sara. — Seus olhos percorrem meu rosto. — Marrenta!—Ele coloca as mãos na mesa.

—Trevor... Eu vou ter que ir na biblioteca antes do fim do intervalo, Sophie — A olho balançando a cabeça negativamente para não me deixar sozinha com ele. — Te vejo por aí Trevor.

— Sara, não.— Ela sorri,saindo em seguida.

— Então?— Ele se senta ao meu lado.

— Qual é a sua? Não sei se você é burro ou lerdo.Será que você não percebeu que eu não fui com a sua cara?— Ele sorri mordendo o lábio.

— Acho que é isso que me faz querer falar com você, sabia?

—Você é masoquista ou o quê? — Arqueio a sobrancelha o questionando.

— Gosto da sua sinceridade, Sophie! Não são todas as meninas que tem sua ousadia — Ele se aproxima do meu ouvido. — , isso me excita. — Congelo enquanto ele se afasta, respiro fundo o encarando.

— Fala o que você quer e cai logo fora daqui. Atrevido...

— Então...vai ter uma festa hoje a noite na floresta, o que acha de nos dar a honra da sua presença?

— Festa na floresta? É algum código para ritual ou o quê?—Ele sorri de escárnio.

— Esqueci que você é da cidade grande. É uma festa que eu e meus amigos fazemos dois dias antes da lua cheia! Poucos alunos são convidados!

Festa não é muito minha praia, mas seria uma boa forma de me socializar. Já não aguento mais minha mãe me mandar sair e conhecer pessoas novas.

—Então eu devo me sentir honrada com seu convite?

— Digamos que será uma cerimônia de aceitação da novata na cidade. — Trevor passa a língua sobre os lábios arqueando a sobrancelha.

— Contanto que a virgem a ser o sacrifício não seja a mim, por mim tudo bem. — Engulo em seco.

Fecho os olhos percebendo a merda que acabei de dizer, ele tomba a cabeça me olhando com um leve sorriso nos lábios, mas desta vez, não faz nenhum comentário sarcástico.

— Então você aceita? — Sua voz sai baixa, rouca.Parecendo uma tentativa de persuasão.

— Contanto que eu possa levar a Sara comigo.

— Feito, pego vocês as seis na sua casa.— Ele beija meu rosto bruscamente se levantando e sai.— Ah... Sophie vista uma roupa mais leve. — Sorri mostrando suas covinhas lindas.

— Como assim? É uma festa no meio do mato. Nossa Sophie você é idiota ou o que? "Virgem do sacrifício não seja a mim?". Onde eu estava com a cabeça?Você tem que pensar mais antes de falar.— Saio do refeitório.

— E então como foi? — Sara me aborda, me assusto dando um salto.

—Da próxima vez fica, se você inventar outra desculpar, não sei o que vou fazer com você!

— Me conta logo! Ele te chamou pra sai?

— Temos uma festa hoje a noite abre aspas —Gesticulo com os dedos —, vista algo leve, fecha aspas. — gesticulo com os dedos suspirando. — Talvez ele queira que apareça nua ou algo do tipo. — Sara gargalha.

— Você é Ilária.... Mas não acredito que ele te convidou para a famosa festa na floresta. Apenas os alunos mais próximos deles que vão.

—Qual é desta festa? Festa no mato é novidade pra mim. Deve ter só caipiras em volta da fogueira.

— Trevor mora em uma comunidade na floresta, é uma imensa reserva ambiental a areia è toda preservada.

—Ainda não entendi o por que da festa...

— Você não sabe espera a gente termina de falar ué. Todos da comunidade se juntam antes da lua cheia e fazem uma grande fogueira, como uma forma de agradecimento aos espíritos da floresta ou algo do tipo.

— É só isso? — Faço careta.

— É só uma festa de adolescente Sophie,o quê mais séria?

— Não sei,não estou acostumada com isso, é tudo novo pra mim!

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A tarde cai e termino de me arrumar, visto um vestido soltinho com mangas e calço uma sandália , passo apenas um batom meu perfume de jasmim e desço. Sara já estava me esperando na sala.

 —Nossa Sophie você esta linda.

— Obrigada, ele disse roupas leve, então. Você também está linda!— Ouço um carro buzinar.

— Deve ser ele! — Sarah diz empolgada.

— Pontual não? — Murmuro — Mãe já estamos indo!

—Juízo meninas, não vão se perder na floresta.

 

Saímos e Trevor sorri ao nos ver, ele esta encostado em seu carro, de bermuda com suas pernas grossas a mostra, uma camisa mais justa, tento disfarçar meu olhar.

— Olá meninas! Estão lindas!

— Obrigado Trevor.—Sara responde entrando na porta de atrás.

— Pode ir na frente Sara.—Tento a induzir,Travor me olha tombando a cabeça.

— Não amiga você é a convidada lembra? — Trevor segura o riso com minha tentativa inútil de evítalo.

— Tanto faz... — Entro emburrada.

Trevor sorri tentando disfarçar e sai com o carro, dez minutos pela estrada de terra floresta a dentro e chegamos perto de uma clareira, há vários jovens e uma fogueira com alguns alguns carros estacionados próximos, Trevor estaciona.

— Que maneiro, sempre quis conhecer a reserva. — Sara sai do carro indo na frente.

— Espero que vocês se divirtam!

— Espero não morrer hoje!— Ele ri descendo do carro.

— Aposto que na sua cidade de pedra não tem festas tão maneiras assim.

— Pra ser sincera eu nunca fui muito de ir a festas. Sou bastante antissocial.

—É sério? — Zomba Trevor — Realmente, sua cara te condena.— Dou um tapa em seu braço rindo.— Vem, vou te apresentar alguns amigos.

Ele me leva até um grupo perto do baldão de Cerveja. Há quatro garotos encostados nas árvores, o maior de cabelos negros como a noite, olhos castanhos, corpo atlético. Ao lado dele um garoto menor, de cabelos castanhos curto, olhos preto. O terceiro é um pouco mais alto que o segundo, cabelos surfista castanho claro, não consigo ver seus olhos direito mas diria que são claros pelo luz da fogueira o quarto sentado em uma pedra parece ter quase a mesma estatura do primeiro, seus traços são bem mais fortes , moreno de cabelo preto e olhos amendoados.

— Galera ! — Trevor os saúdam.

— E aí cara! — O menor o responde .

— Achamos que não ia aparecer hoje. Onde esteve? — O mais velho de olhos pretos o questiona.

— Precisei resolver um assunto na cidade. Esta é Sophie Histon!— Trevor me apresenta, sorrio timidamente, não sou fã de apresentações.

— A filha da Gisele? Um dos garotos medianos o pergunta.

— Esta mesmo! — ele faz uma cara de fica quieto—Sophie estes são Caio, Vitor, Sefe e Robin .

Caio é o de cabelo surfista, Robin o mais velho, Sefe o menor o mais novo eu diria e Vitor o de traços fortes.

— E eu sou Rubi!—Ela chega me olhando de cima a baixo me analisando.

Rubi parece ter nossa idade, cabelos castanho claro longo, pele um pouco mais clara que Trevor, olhos verdes e um corpo magro.

— É um prazer conhecer vocês. — Tento me manter educada.

— Eles parecem morder, mas são inofensivos. — Afirma Trevor aos risos.

— Até parece!— diz Sefe aos risos. — Experimenta nos aborrecer.

— Para de graça tatu!—Diz Robin batendo em sua cabeça.

— Vem, vamos pegar um refri pra você! — Trevor me pega pela mão.

— Até mais !— Aceno com a cabeça antes de dar mais uma olhada em Rubi.

— Eles são um pouco idiotas as vezes. — Afirmar Trevor. — Mas são legais, vai gostar deles.

—Acredita que deles eu já gostei, bem diferente de você.— Ele solta uma gargalhada me olhando.

—Então o problema é comigo? — Me questiona ainda rindo.

— Quem mandou ser um playboy grosso? — Ele morde os lábios.

— Eu não chego nem perto de ser um playboy. — Passamos por Sara. —Sua amiga parece está se divertindo!— A olho, ela esta sentada em um tronco conversado aos risos com uma garota.

— Ela é muito carismática, diferente de mim, a escrava da solidão. Garota de poucos amigos.

— Realmente isso, eu não posso negar. — Trevor serve um copo de refrigerante.

— Valeu pela sinceridade.— Ele me entra o copo, nossos dedos se tocam enquanto nos olhamos, desvio o olhar respirando fundo.

—Ei Trevor, vem aqui cara!— Um rapaz o chama em meio a algumas garotas.

— Você vai ficar bem se te deixar por alguns minutos?

—Tudo bem, vai lá!— Sorrio .

— Eu volto logo, prometo— Assenti respirando fundo, ele se afasta.

— Legal, vê se fica na sua, garota.— Bato as unhas no copo de refrigerante

Olho pra Sara, ela sorri pra mim e diz que já vai até mim, olho ao redor e caminho entre as pessoas.

No fundo da floresta vejo algo que me chama a atenção, dois pontos de luz ao longe. Começo a ir na direção das árvores fechadas.

— Oi tem alguém aqui ?

Continuo andando, quando percebo estou no meio da floresta e não ouço o barulho da festa, olho ao meu redor e vejo que tudo é igual.

— Que merda Sophie, tinha que ser curiosa?—Ouço um rosnado—Será um urso ou um lobo, ai meu Deus.—Ligo a lanterna do celular—Tem alguém aqui?

— Uma garota indefesa assim não devia andar no meio da floresta a esta hora da noite!— dou um pulo de susto ouvindo uma voz vir da escuridão.

— Nossa você me assustou! Eu estou em uma festa e vim ver uma coisa, mas me perdi.

—Você devia voltar para festa,seus amigos devem estar te esperando.— Forço para olhá-lo, mas vejo apenas sua silhueta na escuridão.

— Como se chama?

— Que indelicado da minha parte! — Ele sorri dando alguns passos em minha direção,posso o ver de perto, tem olhos avermelhados e pele clara, cabelos castanhos e bem mais alto que eu.

— Sou Alecxander, mas pode me chamar de Alec, todos me chamam assim. — Fixo em seu olhar que são duas pedras pedras de Jasper me atraindo para elas.

—Sophie. Seus olhos são lindos!—ele se afasta.

— E melhor você voltar Sophie, a festa esta nesta direção. —ele aponta, eu olho na direção apontada.

— Obrigado! — Quando olho de volta ele já não está mais la.— Ué cadê ele? Alec?— Olho ao redor e nada do rapaz. —É melhor eu voltar!

Caminho na direção que Alec apontou, pouco depois chego a festa.

Mas não consigo tirar aqueles olhos da cabeça.

—Onde você estava Sophie? Eu te procurei como uma louca pra gente dançar um pouco! — Sara vem até mim me repreendendo.

—Oi? Me desculpe eu....

— Onde você esta com a cabeça? — Indaga Sara me puxando.

— Nada é só uma coisa que... deixa pra lá!Onde está Trevor? — Questiono olhando em meio as pessoas.

— Não faço ideia. — Ela continua me puxa pelo braço. — Vamos dançar um pouco!

Ela me arrasta até onde tem jovens dançando,vou na onda dela, porém devo confessar que danço muito mal.

Trevor vem até a gente e se junta a nós na dança, algumas horas depois decidimos ir pra casa e Trevor nos leva, Sara desce do carro agradecendo e corre para casa, deixando mais uma vez nós dois sozinhos. Uma hora vou matá-la por fazer isso.

— Espero que tenha se divertido.— Trevor se aproxima colocando o braço sobre o encosto do meu banco .

— Foi uma boa festa, obrigado por convidar nós duas. —Ele fica me olhando com um sorriso travesso— O que foi?

—Nada... — Ele se afasta respirando fundo. — Me desculpe.

— Acho melhor eu entrar! Até amanhã Trevor.— Desço do carro.

—Até amanhã Sophie... Estive pensando, até que você é uma garota legal.

— Legal? — Ele sorri mordendo o lábio inferior.

— Durma bem.

— Okay, você também.

Me viro indo até a porta de entrada enquanto Trevor fica me olhando até que eu entre, quando fecho a porta ele sai. Quero só ver a cara do Trevor quando ver isso.

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