Eram dias sombrios para a humanidade: pestes rasgavam a saúde como lâminas. A fome arrebentava intestinos até sangrarem, pessoas andavam como fantasmas: gemendo, esqueléticos e pálidos. O mar estava revolto, até mesmo a terra sentia as sombras, As arvores escureceram já não estavam mais verdes nem gerara frutos, as raízes das flores mais resistentes estavam morrendo. Uma guerra sem fim, não só no mundo dos humanos como no mundo espiritual.

Lúcifer e seus irmão Gabriel, Gadrel, Rafael e Azazel comandam o seu exército de demônios marchando para terra gritando ardentemente por morte, vingança, destruição. Não existiam heróis na guerra e nem gentileza, eram demônios contra demônios, noite contra noite, fogo contra fogo e reinos contra reinos. nesses tempos a morte jamais saudava a vida.

Lucífer estava sobre toda fúria despencando com seu exército a procura de sangue e uma boa causa para destruir e dilacerar o mundo, quer dizer, não era novidade que a estrela da manhã repudiava os humanos com todo seu ser, mas isso é detalhe, isso só seria apenas consequência de algo maior.

O trovão titubeou no céu nublado. As ruas pareciam tomada pelo caos, pessoas corriam de um lado para o outro tentando se abrigar nos comércios. Lojas fechando com os sons rangente do ferro enrolar, carros batendo nos postes. A cidade estava um caos. Animais tentavam se salva enquanto seus donos sumiam na fumaça de terra que se espalhavam pela cidade por causa dos fortes ventos. Enquanto a estrela da manhã e seus irmãos se preparavam, seu irmão Abbadon rebelado pela ganancia vinha sozinho como um lobo solitário pronto para disputar por território. Abbadon queria ser o líder, queria liderar o inferno sozinho tendo seus irmãos como parte de seu exército, mas não era só isso, Abbadon queria destruir a terra, tomar o trono do pai e por assim virar um novo Deus. ridículo vocês devem estar pensando, mas Abbadon tinha tudo planejado...

...Palácio das almas...

_ Nós precisamos exila-lo, precisamos tirar o seu poder e jogá-lo na Gaiola de heresia. Rafael vociferou. _ Rafael e Gadriel se entre olharam e Rafael fez uma caramunha estranha, e rosnou.

_ Ele é nosso irmão. isso é traição. Abbadon tem suas motivações erradas, mas não somos seus inimigos. _ a voz de Gadrel reverberou pela sala.

_ Abbadon não está sendo um traidor?_ disse Rafael._ Se rebelando contra seus irmãos , o que você acha que ele vai fazer quando ganhar o poder, acha que vai sentar essa sua bunda penosa no trono ao lado dele? Pare de ser ridículo Gadriel!

_ será um peão que o servira para sempre_ terminou Azazel.

Gadriel pareceu reconsiderar, mas depois voltou a sua postura impenetrável.

_ então está dizendo que ele está agindo certo, irmão? _ eu disse._ Gadriel pareceu analisar se deve ou não dizer o que pensa. Novamente ele encara os outros na mesa como se estivesse pedindo permissão.

_ Lúcifer... eu só acho que não devemos ser tão duro com nosso irmão.

_ Diz isso para Abbadon que está lá fora movendo céu e terra para destruir-nos . _ respondeu Rafael, seus olhos fitaram Gadriel como se quisesse devora-lo.

_ irmão…_ ouve um silencio na sala. _Abbadon deve ser exilado. Não podemos deixar que ele domine de uma maneira imprudente tudo que faz ser quem somos, se ele prefere da forma difícil , então que assim seja._ Azazel pareceu sentir o peso de suas próprias palavras, por ser o líder ele sabia que só teria fim se Abbadon caísse.

_ E impossível que ele consiga realizar esse plano ridículo, ele nunca derrubaria o pai. Um anjo contra a existência? Impossível! _ eu disse.

Azazel estava inquieto, suas asas estavas arrepiadas e levemente caídas e distraídas para o lado. Seu rosto era uma incógnita, mas seu lábias franzidos, e sua mãos no queixo o entregavam.

_todos de acordo? _ perguntou Lúcifer e ouve um murmúrio fraco antes de seus irmãos assentirem.

_Irmãos. - disse Abbadon saindo de trás das nuvens escuras. Seu rosto estava apagado, sua divindade se foi de vez, ele não só havia caído como foi para o lado maligno. Seu rosto estava com pequenos cortes cicatrizados de uma antiga luta talvez. Suas asas que antes eram como ouro, agora estão como ouro branco pálida e depenada como se caísse em um buraco de lâminas divinas. A foice de penumbra cintilou na sua mão, ela parecia maior, mais sombria que costumávamos lembrar. O ferro que antes cintilava azul turquesa agora está negro como o mar poluído, Abbadon definitivamente não era o mesmo, Ele cheirava a morte e miséria, sem poder do nosso pai o regendo é como se estivesse na ausência de luz em um grande túnel escuro sem fim. Abbadon me lembrou um velho planeja que visitei, estavam em ruínas parecia doente.

_ está indo longe, irmão. _disse Azazel passando por mim_ está passando dos limites, não foi esse o acordo.

_ Novamente esse acordo? Não cansa de tentar me converter Azazel. Como pode ser um cachorrinho inestético do papai. _ a voz de Abbadon era como um sussurro auto, era de fazer cada consciência se manter eletrizante.

O céu titubeou.

_ Deve cessar seus poderes e vir conosco. _ Abbadon caçoou de Azazel, um sorriso pequeno mais frio o bastante para entendermos o recado. Ele não iria parar, nada poderia fazê-lo mudar de ideai. Azazel sentiu um tremor frio por todo seu corpo só em pensar que teria que lutar contra seu irmão. Lúcifer ouviu a lâmina desembainhando lentamente da bainha, então Abbadon se preparou, seu rosto escureceu, suas asas bateram fortes limpando o céu em volta fazendo com que as nuvens se espalhassem para longe.

Abbadon de repente rodopiou por cima investindo a foice, mas o reflexo de Azazel foi mais rápido.

_ vamos irmãos, lutem, lutem comigo. _ ele parecia um louco, seus olhos brilhavam morbidamente.

Lúcifer atacou depois de Rafael, as armas colidiram fortemente.

Em um momento rápido Abbadon e Lúcifer foram jogados para trás. Rafael rodopiou atacando por baixo, sua lâmina parecia fazer um redemoinho cortando os ventos, mas Abbadon bateu suas asas com força impulsionando para cima e logo colocando os dois pés no peito de Rafael que foi caindo desequilibrado. Lúcifer tentou outro ataque, a estrela passou rápido deixando sua essência para trás, como se seu corpo se dividisse em dois. Com a pouca sorte que tinha, ele atacou por trás, mas Abbadon se virou como se já esperasse exatamente esse movimento. Sem sorte, a espada de lucífer rodopiou fugindo de sua mão em um ataque para se defende. Abbadon bateu com foice no peito de lúcifer fazendo ele se distanciar da luta.

Ele tinha que admitir, Abbadon estava implacável, ele não parecia lutar sozinho era como se estivesse conectado em uma força vital, mesmo sem sua luz, ainda conseguia força da escuridão. Lúcifer passou as mãos no seu peito esperando que a foice tivesse rasgado, mas surpreendentemente nada aconteceu. Lúcifer teve uma ideia do porquê Abbadon não o feriu. Enquanto ele voava de volta para guerra Lúcifer vacilou, a estrela da manhã não era de deixar uma guerra esperando, mas ainda não fazia sentido algum. Lúcifer recuperou os sentidos enquanto cortava os ventos indo em direção a Abbadon ele teve uma visão ampla, Gadrel e Gabriel não estava lutando, apenas Azazel e Rafael se desviando constantemente da foice de Abbadon.

meu estomago se contorceu com uma ideai, não, não poderia ser isso. Eles não fariam isso. escutei um forte barulho no céu e então minha mente clareou, de repente estava ligado a tudo. levantei minha espada e fui enfrente passando por todas as nuvens, Parei quando o barulho novamente sacudiu os céus, literalmente como se o mundo estivesse sendo arrastado ou virado de ponta cabeça. olhei em frente e o tempo parou, meus olhos deslizou para baixo petrificados assistindo Azazel despencar sem uma asa. Rafael continuou a empunhar a espadar sem parar, sem descanso apenas os raios cintilando no fundo da batalha e o barulho das lâminas colidindo

Lúcifer mergulhou para seu irmão, suas asas chegavam a rasgar o céu, cortando ventos e dissipando nuvens como um foguete. Nada importava para a estrela da manhã a não ser seu irmão caindo para morte. Quando lúcifer estava quase lá, Abbadon passou por ele tão rápido que lúcifer o amaldiçoou. Ele então colocou mais pressão em sua descida. Eles eram como dois galos de briga, cortando os ventos e empurrando um ao outro. Lúcifer lembrou dos velhos tempos quando Abbadon apostava corrida de quem chegava a cidade de Auria, Mas isso não era uma brincadeira, não é apenas dois irmãos em disputa, eram agora inimigos.

Abbadon capturou Azazel o pegando no ar tão rápido que Lúcifer achava impossível. ele se movia como a escuridão...Lúcifer tocou o solo e ele se rompeu causando uma pequena cratera não planejada. Lúcifer ficou tenso, ele estava com tanta raiva que quase estava perdendo o controle, se aterrissasse mais forte poderia decimar a metade da terra como um meteorito. Rafael aterrissou ao seu lado ombro a ombro, houve um breve trocadilhos de olhares entre meus irmãos traidores e Rafael

_ vocês não irão fazer nada?

lúcifer se virou para seus irmãos que agora estava ao seu lado fazendo um círculo ameaçador em volta dele.

Os olhos de Rafael estavam super abertos como se levasse um susto, e então quando Abbadon se virou um pouco mais para esquerda deu para ver as asas de Azazel em pedaços, parecia que tinham sido arrancadas por cães. Rafael soltou um suspiro abafado.

_ Eles estão comigo pequeno irmão, e os recompensarei pela boa fé em mim. Você pode se juntar nos. seremos invencíveis!

_uma fala patética de um vilão que fracassou. _ eu disse. Gadriel olhou de esguelha.

_ você, estrela da manhã que ordenou a nossa saída do céu, você que nos libertou e nos fez ver o mundo como ele é e como deve ser. Seja nosso guerreiro estrela, junte-se a nós.

O céu tremeu novamente em um relâmpago. Abbadon olhou para cima e fez uma cara feia de desaprovação.

_ papai está com raiva... _ abbadon sorriu de canto maliciosamente. _ deve pensar que sou uma ameaça agora. Pois bem, eu gosto disso.

_já recebemos castigo o bastante. Não veem a insanidade em suas falas irmãos_ disse Rafael.

Me virei para encarar Gadriel e Gabriel. _Como pode ficarem ao lado dele quando sua ideia de domínio é repulsiva! _ Rafael se virou para seus irmãos olhando em seus olhos, talvez esperando que mude de ideia.

_ Abbadon nos prometeu e cumpriu mais que nosso pai, ele nos jogou aqui, ele nos puniu por dizermos a verdade sobre o quanto essa humanidade é patética. Ele estava louco quando achou que tínhamos a obrigação de cuidarmos desses... desses seres fracos e medíocres

_ e se vocês se juntarem a ele será isso que vocês serão, fracos sobre a sombra de um anjo com síndrome de exclusividade. Lúcifer se aproximou mais de Abbadon, seu plano de distrai-los estava dando certo, por enquanto. ele pensou que se continuasse falando, talvez desse mais tempo de Azazel reunir o resto de força que lhe restava.

_seremos poderosos. _ disse Gabriel

_ invencíveis_ completou Gadriel

_ teremos o mundo aos nossos pés Lúcifer. não vê? era isso que queríamos todo esse tempo, com o sangue... _Gabriel se deteve.

_ sangue? E de repente os olhos de Lúcifer se estreitaram, de repente sua espada áster pareceu mais pesada em suas mãos, o ar ficou mais denso,, o céu pareceu mais sombrio e ele podia sentir a terra oca debaixo de seus pés. e então caiu a ficha.

_Vocês querem o sangue do seu próprio irmão, isso é pior que imaginei, isso é bárbaro.

_isso é poder._ comentou Abbadon.

_ E apenas uma profecia, o sangue não lhes dará poder.

_ a profecia é verdadeira, _disse Gabriel._ quem tiver o sangue de Azazel se tornará poderoso, em mãos certas poderá se usado para dominar todos, e trazer mais anjos para terra e assim nos torna reis, e com sorte colocar um Deus mais útil no trono.

O silencio tomou o lugar, todos olharam para o céu.

_ murmúrios. _ disse Gabriel. _ murmúrios de ceifeiros.

Por mais que fossem anjos com toda força e poder não parecessem temer nada , havia uma coisa, os ceifeiros ainda os davam calafrios, so eles poderiam também recolher as almas dos anjos, afinal os ceifeiros eram mais antigos quanto Deus. Haviam muitos, muitas almas a serem levadas e eles estavam encima de todos Nos.

Lúcifer desembainhou áster mais rápido que os olhos de Abbadon pudesse perceber, as espadas colidiram fazendo um eco profundo que dava para ouvir a quilometro de distância, a foice se desintegrou. _ como?_ Se perguntou Abbadon. Seus irmãos se afastaram _ “papai”. _ respondeu Gabriel. _ ele está sobre as mãos do nosso pai. De repente uma pancada de chuva caiu. Abbadon andava para trás segurando Azazel e então bateu asas em um piscar. Azazel ainda estava fraco e impotente, parecia um coelho segurado por uma águia.

Lúcifer voou contra corrente de vento atras de seu irmão. Abbadon estava fraco e lento por causa do peso do corpo de Azazel que cada vez mais estava brilhando como se fosse implodir. olhei para trás preocupado com que meus irmãos despedaçasse Rafael, mas Rafael estava dando conta dos dois ganhando tempo para mim. Eles pareciam fantasmas lutando, aparecendo e reaparecendo em outros lugares

Azazel🫴🏽

_ você pode ter ajuda de Deus, mas ainda vencerei.

_ irmão..._ Lúcifer desacelerou _ irmão..._ A voz fraca ressoou novamente._ você sabe o que precisa fazer, só você pode ter meu sangue._ a voz de Azazel parecia imaginação de tão baixa, como se uma mão abafasse ate mesmo seus pensamentos telepata.

_ não, não!- Lúcifer gritou e então voou ainda mais rápido, mas estava perdendo Abbadon de vista, então a voz de seu irmão disse: _” chega lucifer, ja basta”_ e o Lúcifer o fez com relutância.

_ o que está fazendo Azazel? Me deixe ir._ meu corpo parecia pedra, me sentia como uma bomba controlado apenas por um dedo no pino.

_ precisa me deixar.._ a voz ressoava fraco, mas o peito de Lúcifer se inflou de pânico _eu digo quando basta._ ele saiu do transe cortando nuvens e ventos criando um furacão sobre a superfície.

_ Eu Azazel, dou a você..._ Lúcifer gritou ainda mais alto sobre as nuvens e as gotículas de água fervilhavam em seu rosto. _ a minha divindade._ Azazel finalizou e então ouve um clarão do outro lado como o sol nascendo da parte contraria do continente.

Lúcifer enfurecido continuou seguindo e cortando tudo em sua frente, o que ele não esperava era Abbadon vindo como uma estrela em sua direção. Então houve uma colisão que fizeram os humanos estremecerem. _ me devolva, bastardo! Abbadon vociferou, ele levantou seu punho, mas Lúcifer desviou e contra-atacou por outro lado.

A luta seria lendária de ser vista da superfície, mas os humanos estava apenas vendo vultos e nuvens de espalhando descontroladamente.

Gadrel e Gabriel surgiram do nada empurrando Lúcifer como se estivessem brincando de Ping Pong, Lúcifer tirou a espada rapidamente e apunhalou Gadrel arranhando uma de suas asas, Gabriel conseguiu atacar Lúcifer fazendo ele perde brevemente os sentidos, então Gabriel o chutou para fora do ar fazendo um terrível terremoto quando o corpo de Lúcifer colidiu com o chão fazendo carros voares, casas caírem como se fossem lego. Como uma estrela Abbadon desceu parando encima de Lúcifer esmagando seu pescoço com os pés nus.

_ já chega Abbadon, ele já foi contido. _ disse Rafael com sua voz vacilante, ele estava de joelhos perto de Gabriel. Seu rosto estava cortado. E seu braço estava colado em seu corpo e a única coisa que não deixa o braço cair era uma de suas asas que abraçava seu próprio corpo.

_ Não gosto de concordar com Rafael, mas já ganhamos, não a necessidade..._ Gabriel não terminou. Abbadon o encarou friamente.

_ Querem dá para trás agora? – respondeu Abbadon com o mesmo brilho enlouquecido nos olhos. _ se deixarmos vivos eles vão se levantar contra nos mais tarde. Querem reservar suas mortes para mais tarde? O mais certo a se fazer é cortar o mal pela raiz.

_ esse não foi o combinado. _ respondeu Gadrel com a voz mais firme.

_ podem ir embora, eu termino! Lúcifer está preso e fraco sobre os escombros, seus dedos formigam de dor. Abbadon desembainha sua a foice, ela brilhava, parecia ter vida própria. Então Abbadon apertou os dedos no cabo oval da foice, e recuou para trás, e antes que voltasse com tudo em meu peito, Abbadon sorriu.

Eu não podia deixar, não podia me desintegrar aqui nesse lugar, nesse solo humano. Não poderia deixar que Rafael, meu único irmão leal perecer tão ridiculamente. Azazel tinha razão quando havia dito que só tenho dois caminhos: morrer ou matar. reuni tudo que me restava levantei rapidamente o o pé de Abbadon se que desviou para direta fazendo-o se desequilibrar , então a foice se apagou e as mãos de Abbadon parou no ar, assim como tempo parou, quer dizer literalmente o tempo está parado.

Eu sinto o peso de seu joelho na minha barriga o peso de seu pé que ainda que fosse apenas uma sensação, parecia ainda está no meu pescoço. abro os olhos, a chuva estava parada no ar, na verdade tudo está. Vejo Rafael com os olhos baixos e desesperançosos, Gadrel encarando com medo a cena na frente, e Gabriel apenas indo embora e a única coisa que se destaca é seu sobretudo parado no ar de uma forma desordenada.

O poder de meu irmão está sobre mim agora…