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Quarto 164.

Ligados pela perda.

Isla Rave Oscuro está sentada em frente a escola com seu namorado e seus colegas, eles conversam descontraídos, ela é linda, com seus cabelos pretos, seus olhos castanhos e um belo sorriso. Ela está distraída com as amigas quando percebe o namorado e os amigos encarando alguém. Kol Yafim, que passa por eles e os encara sério, incluindo ela, ela não sabe quem ele é. Ele vira a cara e segue sem da mais atenção a eles, e com outros caras junto a ele mas, ele parece mais distante, e diferente dos outros que mexe com todo mundo, ele ignora todos. É um garoto alto, um pouco forte, branco, cabelo preto, olhos castanhos escuros. Ele usa uma jaqueta preta com um insígnia e Rave segue olhando para ele disfarçadamente até ele sumir de vista, especialmente, tentando se lembrar de onde ela conhece aquele símbolo.

Em uma noite Isla e seus amigos estão em uma festa na praia, ela e as amigas dançam perto de uma fogueira, seu namorado se aproxima e a beija, ela sorri e continua brincando com as amigas até perceber que alguém a observa. Ela olha para frente através da fogueira e vê Yafim sentado em uma pedra sozinho do outro lado, bebendo uma cerveja distraído. Ela o observa e da um pequeno sorriso simpático, ele olha para ela por um tempo e logo volta beber virando a cara distraido, agindo com se não tivesse ninguém ali, ignorando ela. Ela fica sem jeito mas, continua curiosa e confusa. Quem é esse garoto e o que tem de tão familiar.

Isla está tentando se divertir, tem sido tempos difíceis desde que seu melhor amigo morreu e ela se mudou de cidade após ser internada. Ela se afasta um pouco de tudo, andando pela praia querendo ficar um pouco sozinha e tentando não chorar, o que é impossível controlar naquele momento. Ela anda pela areia, observando seus passos e se lembrando de como ela e seu amigo, Max, costumavam fazer pequenas festas da fogueira, na praia, na floresta, na montanha. Agora, tudo que ela vê, ouve ou faz o faz lembrar.

Depois de um tempo afastada, esperando suas lágrimas secarem, Isla volta para mais perto, se aproximando de seus amigos percebendo que uma briga acontece por ali. A briga é entre seu namorado, Garrett e seus amigos contra Yafim e outros. Isla se aproxima e se mete na confusão. - O que tá acontecendo? Pra que isso?! Garrett, ela fala com o namorado pedindo pra eles se afastarem, esquecerem aquilo e irem curtir a festa. Não se mete não, delícia, não é assunto seu, um dos outros diz, e Garrett o namorado vai pra cima deles. No meio da confusão um deles segura Isla e a joga em um poço de uma pequena profundidade mas, o suficiente para machucar seu braço, deslocando seu ombro. Isla! O namorado e os amigos correm pra ajudar enquanto os outros fogem, menos Yafim que se aproxima pra ajudar.

Garrett - Da o fora!

Yafim - Eu só quero ajudar!

Garrett - Já ajudou o suficiente!

Yafim se afasta do poço onde um grupo tenta tirar Isla de lá e depois vai embora quando ouve o barulho da polícia se aproximar. - Que merda!

Yafim - Você tá maluco?!

- Só tava me divertindo, o outro cara diz zombando.

Yafim - Só tava se divertindo?! Ela pode ter se machucado!

- E daí! Ela é um deles.

Yafim - Ela não tem nada a ver com essa briga idiota.

- Qual é o seu problema em? Ah, não me diz que tá apaixonadinho pela garota dos.

Yafim - Presta bem atenção, Yafim o interrompe dizendo, Eu vou deixar bem claro algumas coisas para você sobre respeito.

- Respeito a quem, exatamente, a garota que não vai ser sua.

Yafim - Respeito a mim! A pessoa que te manteve vivo, cuidou de você, te deu uma casa, te fez ser aceito. Se eu soubesse que você se tornaria esse bosta que você tem se tornado teria te deixado lá, Yafim joga uma garrafa e abaixa a cabeça, respirando nervoso e diz, pelo menos meu irmão não tá aqui pra te ver! Nesse momento um silêncio predomina o lugar.

Ligados pela perda.

Isla está no mercado fazendo umas compras, acompanha por Garrett. Garrett a da um beijo e sai por um momento para falar com alguns amigos. Isla passa pelo primeiro corredor perto da porta, ela olha para fora um minuto e vê Yafim do lado de fora. Ela vê Garrett e seus amigos se aproximando dele. Ela fica observando o que está acontecendo e Garrett e seus amigos vão embora, o que é um alívio. Yafim continua parado encostado se apoiando em frente ao seu carro, com os braços cruzados, e ela para olhando para ele por um minuto. Ele olha para ela que ainda sério e com os braços cruzados e ela tenta disfarçar. Ela tenta tirar o garoto misterioso da cabeça e continuar suas compras.

Isla ainda está com o braço machucado e o ombro enfaixado, ela sobe um degrau das prateleiras e tenta pegar uma coisa que está no alto mas, desequilibra com a dor no braço e acaba deixando cair. - Droga! Antes que a lata caia ela é aparada por alguém, Isla desce da prateleira sorrindo desajeitada e agradecendo, ainda com a cabeça baixa. Ela desce e levanta a cabeça olhando para frente e para de sorrir fuçando um pouco tensa vendi Yafim em sua frente. Ele está segurando a lata e entregando para ela, ela pega a lata, obrigada. Yafim se vira para a prateleira e pega mais algumas latas que Isla queria pegar, e ela olha o que ele tá fazendo e admira. Ele entrega as latas a ela e ela agradece e sorri meio sem jeito, obrigada. Ele acena sem dizer uma palavra ou mudar sua expressão e vai embora.

Mais tarde, Isla foi levada a uma festa por seus amigos como uma despedida, já que ela decidiu se mudar. Garrett, principalmente, insiste que ela fique na cidade mas, ela já se decidiu. Isla já se mudou uns vez depois que tudo aconteceu, em busca de seu lugar mas, um lugar para chamar de seu lugar, encontrar seu lugar de refúgio mas, ainda não é ali. Então ao entrar em contato com seu velho amigo, alguém que ela confia, ele fala de que está morando em uma cidade pequena quase ao lado, mais perto das montanhas e ela se interessa. É um lugar novo, reservado, menos praias e mais florestas, é o que Isla precisa e pelo menos um amigo que ela sabe que pode contar de verdade.

- Já que você vai nos deixar.

Isla - Ah, pessoal! É bem aqui do lado. Eu estou fazendo uma nova faxina e na minha vida, eu tenho muito que organizar.

- E porque tão longe?!

Isla - É duas horas daqui.

- Na verdade são quatro horas.

Isla - Você nunca foi em matemática.

Garrett - Essa faxina e reorganização, incluindo a mim, a nós dois? Diz Garrett deixando todos quietos e o clima meio tenso.

Isla - Eu não sei, Isla diz confusa.

- Acho que não precisamos conversar sobre nada sério hoje, certo, diz um amigo deles a Garrett, vamos pegar mais uma bebida.

O amigo de Garrett, Timm, o leva até o bar da boate, ele o puxa e diz, vamos só curtir hoje, se ela estiver indo embora não vai querer que ela vá se sentindo pior do que já está. - Como assim?! - Você sabe o que ela passou e ainda tá passando, você a conhece, ela não merece isso. Tenho certeza que já é difícil o suficiente. - É, mas, ela não parece muito confusa, parece bem decidida e.. só que parece que me deixar não parece a parte mais difícil do processo. Eu sinto muito, cara, mas, pensa em tudo que aconteceu e como vocês foram bons um para o outro, vocês não precisam se afastar assim. Garrett acena com a cabeça concordando com Timm mesmo cabisbaixo e até um pouco nervoso. - É sério, agora só pensa no que vocês foram um para o outro e curti essa noite com ela. - Como se fosse a última? - Nunca se sabe as reviravoltas da vida, Garrett, só vai lá e curti com a sua garota, porque ela é nossa amiga e ainda é sua namorada e precisa muito de nós agora.

Ligados pela perda.

Isla se muda para um novo prédio um pouco afastado, reservado, e até um pouco assustador, longe da cidade e das praias e mais perto da floresta, montanhas e pequenos lagos mas, ela prefere assim. É isso que ela precisa, isso é conforto para Isla.

Isla está empolgada arrumando seu novo apartamento, seu amigo John e o Timm a ajuda a colocar caixas para dentro durante o dia. A noite chega e Isla está arrumando suas coisas, com cuidado, já que não pode forçar o braço. - Desse jeito isso vai demorar um pouco, ela Exclama cansada! E ainda com a porta aberta e algo chama sua atenção, alguém passa em frente a porta, provavelmente um vizinho. Isla se levanta e sai de casa para falar com o novo vizinho e leva um susto parando no corredor vendo Yafim indo em direção ao final do corredor e enquanto ela continua o observando pelo canto de sua porta, o vendo vira o corredor. Aquele garoto mora aqui, ele é meu vizinho.

Isla está na parte de baixo do prédio com Joan, que mora e trabalha no prédio, na recepção e outras coisas.

Isla está conversando com Joan no balcão, descontraidamente, e Yafim entra pela porta e passa direto por ela subindo para a parte de cima, ela olha para ele passando esperando que ele olhe de volta mas, ele não olha, ele apenas ignorar todos que estão ali e segue para seu apartamento calado.

Isla - Esse garoto, mora aqui a muito tempo?

Joan - Que garoto, diz Joan levantando a cabeça, ela estava distraída anotando alguma coisa.

Isla - Branco, cabelo preto, jaqueta preta..

Joan - Ah, 184!

Isla - O que?

Joan - 184. Ele vive aqui faz um tempinho. Uns dois anos, nessa faixa. Mas, ninguém quase nunca o vê.

Isla - O que quer dizer 184?

Joan - É o nome dela, Joan rir de Isla.

Isla não entende nada e fica confusa e curiosa.

Joan - Parece perdida, diz Joan prestando atenção nela.

Isla - Eu ainda não sai de casa, então..

Joan - Não quis dizer nesse sentido.

Isla sorri desajeitada. Talvez, um pouco. É, eu acho que sim. Mais perdida que GPS desordenado.

Yafim anda a noite sozinho e vai até o cemitério. Yafim senta no cemitério em frente a uma lápide com uma garrafa de cerveja e fica lá por um tempo, ele abaixa a cabeça, ele olha para cima, está inquieto e parece não saber muito o que dizer além de estar ali. Ele levanta a garrafa em gesto de brindar a alguém e bebe ali sozinho por um bom tempo.

Yafim chega em casa e vai para o seu apartamento, ele seja em casa e vai direto até um armário onde pega um frasco de remédio e toma dois comprimidos com cerveja. Ele vai ao banheiro e se olha no espelho perdido tentando se reconhecer mas, não sabe, ele não entende o que vê.

Isla estava dormindo em sua cama, aparentemente não muito bem, ela acorda no meio da noite e se levanta parecendo extremamente tensa e até um pouco desesperada. Ela vai até uma gaveta e pega um frasco de remédio, ela toma dois comprimidos com uma garrafa de água que bebe como se não bebesse água a duas, como isso aquilo fosse preencher o vazio no seu estômago. Ela vai até o banheiro e tenta se olhar no espelho, procurando se reconhecer, ela está perdida, procurando desesperadamente se encontrar.

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