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O Meu Vizinho É O CEO

Capítulo 01

( A obra é um spin-off de (UMA SURPRESA PARA O CEO)

Giane

Há exatos sete dias minha vida tem virado de cabeça para baixo.

Eu não consigo ir para o trabalho com “Ânimo” pois o meu “antigo” chefe voltou e pior do que antes

Até agora na minha casa que eu considerava um lugar de paz tem virado um completo pesadelo, há exatamente uma semana um novo vizinho se instalou e não me dá sossego com suas acompanhantes que berram mais do que bezerro novo.

– ohhhhh isso – alguém gemeu na parede ao lado, a varanda da sacada era praticamente a mesma, eu tenho certeza que se eu fosse pra fora agora e que se não fosse a minha cortina blackout eu veria pornografia ao vivo.

– Que inferno – gritei e me levantei pisando duro indo até a cozinha para fazer um café, eram seis horas da manhã, quem passava a noite trans4ndo e ainda fazia isso pela manhã? – eu não aguento mais, vou reclamar com o síndico

– Falando sozinha filha? – minha mãe disse aparecendo na cozinha com uma mala, fiz careta – não se esqueça de que esse apartamento foi um presente

– que virou um pesadelo – conclui e ela sorriu, para mim ou de mim, não sei ao certo – eu sou muito grata ao senhor Parker por nos ajudar tanto, mas eu acho que está na hora de eu criar vergonha na cara e alugar um apartamento que me dê sossego.

– Ah, quanto tempo não trans4 Giane? – minha mãe perguntou e eu cuspi o café longe.

– MAMÃE – gritei envergonhada e fui atrás de um pano para limpar a minha sujeira, morávamos em uma cobertura? Sim, tínhamos empregada? Não, porque o apartamento nem era nosso

– ah, qual é minha filha, deixa os jovens serem felizes, você deveria fazer o mesmo – disse ela e eu cruzei os braços assim que parei diante da minha sujeira

– deixa os jovens não é, mas não sou eu quem está fugindo – disse apontando para as suas malas.

– vou passar uns dias na casa da sua tia – disse ela, esses dias dela as vezes demorava meses – eu te amo filha, não procure encrenca, procure alguém para tirar o atraso.

– por Deus, chega – eu disse focando na minha limpeza – a senhora é minha mãe devia da o exemplo

– você está estressada assim desde que Peter voltou a ser o seu chefe – minha mãe disse e eu mordi os lábios para não falar nada, era incrível como o idiota mexia com o meu coração, mas se ele me evitou primeiro pois eu fazia o mesmo, nunca corri atrás de homem e não vou ficar me humilhando para ele que não enxerga a verdade diante dos seus olhos, eu ainda guardava rancor de tudo o que disse naquele dia, porém lembro dos socos que Paul deu e minha raiva passa – olha filha, ele não sabe a verdade.

– ele não quer acreditar na verdade mamãe, é diferente – eu disse e Suspirei – eu também não me importo.

– venha cá, largue esse pano – disse jogando o pano longe, fiz um bico sabendo que eu teria que pegar, fui para os seus braços e a abracei apertado – eu te amo meu bebê, agora vá se arrumar para o trabalho, mamãe vai ligar todo dia, ok?

– eu te amo – declarei e ela me apertou em seguida se afastou balançando suas pulseiras nos braços.

Fui levar a minha mãe até o elevador e no mesmo instante A gralha do apartamento ao lado saiu de pernas bambas com um sorriso satisfeito no rosto.

– bom dia – disse ela quando se aproximou com um sorriso escroto nos lábios.

– bom dia pra quem? – eu disse e no mesmo instante a mulher arregalou os olhos, eu estava de mal humor, mal tomei o meu café e ainda por cima nem dormir o sono dos justos – sabia que agora eu preciso trabalhar e eu nem dormir porque tinha uma gralha no apartamento ao lado, da próxima vez tem um motel na esquina.

– Giane – minha mãe me repreendeu e apontou para o apartamento, eu fui afinal precisava me arrumar, eu estava sendo infantil? Estava mais de verdade eu não dormir nada e isso mexia muito com o meu humor.

Para completar o meu dia o meu carro não queria ligar, meu Mini cooper era tudo para mim, fruto do meu trabalho.

– senhor, eu sei que eu não tenho sido uma boa filha, mas o senhor se importa de fazer o meu carro funcionar? – pedi e girei a chave novamente, para a minha sorte, não ligou – tá de brincadeira.

Olhei no relógio e faltava vinte minutos, como uma pessoa acorda cedo e ainda se atrasa? Eu não sei.

Desci do carro que não liga e fui para a rua pedi um táxi que como a rua onde eu moro é movimentada não demorou a chegar.

– a Fera ainda não chegou Giane – minha amiga disse e eu agradeci e me estendeu um copo de café – aqui o café

– você é um anjo – agradeci lhe dando um beijo nas bochechas e no mesmo instante quando eu ia correr para o elevador eu já caindo.

– qualquer dia desses você se mata sozinha garota – senhor Toby disse e eu sorrir envergonhada.

Subi para o andar da presidência e quase eu choro ao lembrar que o meu querido chefe Paul não está aqui, e agora eu tenho que aturar aquele idiota insensível.

Vinte minutos depois o dono do meu coração e do meu ódio chegou, com aquele cabelo perfeitamente penteado, a barba feita e o sorriso canalha de sempre, o perfume era dos deuses.

– Quando Stella subir a encaminhe direto para a minha sala – disse, e eu o encarei? Cadê o bom dia? Além de eu ter que aturar esses dois e o meu novo vizinho não mereço nem um mísero bom dia?

– Idiota – resmunguei e ele me encarou assim que passou pela sua porta.

– grossa – disse e bateu a porta da sua sala com força. Vontade de cuspir na porcaria do café dele. Será que pedir para o meu chefinho voltar é pedir demais? Porque o senhor Parker não ficou no lugar dele ao invés de ir para o Brasil? será que ele não tem pena de mim?

...*************

...

Feliz em ter vocês aqui novamente 🎉❤️

Não esqueçam de favoritar a obra 💜🌻

Capítulo 02

Giane

Já perto do almoço me sinto cansada, não é nem por ter trabalhado de mais, até porque eu odeio ficar parada, é toda a carga emocional. Tenho certeza de que Peter só ficou no lugar de Paul para me castigar depois do dia trágico que tivemos, quando ele declarou abertamente que nunca ficaria comigo uma parte dentro de mim que o amava se quebrou.

Eu podia dizer que o oque aconteceu entre nós dois desde o início foi amor, nunca tivemos nada além de troca de olhares e uma conexão imediata incrível, mas assim que ele descobriu de quem eu era filha minha vida virou de cabeça para baixo, e eu ser protegida do seu pai, e amiga do seu irmão piorou ainda mais a situação.

- Jane, leve esses documentos para a Stella – ele disse jogando uma pasta de documentos em cima da minha mesa, as vezes ele só gostava de achar que me humilhava passando a manhã com a sua “ficante” ou me fazendo de pombo correio, mas tudo o que eu sentia era pena.

- Agora mesmo chefe – eu disse com um sorriso enorme no rosto ele estacou no lugar e se virou me encarando confusa – algo mais senhor Mason?

Ele apenas negou e foi para a sua sala, ele sabia que eu odiava esse apelido ridículo que me deu, mas eu não daria esse gostinho a ele, eu o suportaria esses três meses de licença de Paul e não surtaria, logo mais o meu ex grande amor vai embora.

E o bom de fazer o que me pediu agora é que eu já vou ficar para tirar a hora do meu almoço, combinei com a minha amiga Nelly da recepção de almoçarmos juntas, o ruim é que ela vive me jogando para o seu irmão que é um arquiteto e trabalha para uma das maiores rede de arquitetura do pais, a empresa Beckers.

- O senhor Mason mandou um documento para a sua chefe – eu disse para a secretária do andar e ouvi um pigarro atras de mim.

- Porque não foi até a minha sala Giane? – Stella disse pegando os papeis da minha mão – você tem que entender que nós não somos inimigas

-- eu não te considero uma inimiga Stella – avisei e quando ia saindo ela colocou sua mão em meu braço

- Eu não sei o que aconteceu entre você e Peter, mas acredite em mim, eu não vou deixar ele me usar para fazer ciúmes em você – ela disse e eu franzi o cenho

- Não se preocupe Stella, entre o senhor Mason e eu a única coisa que existe é a relação de trabalho – eu disse e eu o vi vindo em nossa direção, por que ele pediu para eu entregar se ele viria aqui? Idiota – entre Peter e eu nunca vai acontecer nada, eu não quero, nem ele quer e eu nunca faria isso comigo, tenho respeito por mim mesma.

Eu disse me soltando do seu agarre e passei pelo meu chefe sem lhe dirigir o olhar, viramos dois estranhos já a um bom tempo, mas quem se importava? Eu sabia que ele tinha ouvido, eu sabia que as minhas palavras não o feriram tanto quanto as que disse para mim, eu ainda tenho pesadelos com aquele dia.

- Que cara é essa? – Nelly indagou após terminamos de comer e eu não aceitei a sobremesa ao qual pedíamos sempre somente uma e dividíamos enganando a nós mesma dizendo que estávamos de dieta – um dia vai me contar o que aconteceu entre você e o nosso chefe novo e gostoso?

Ela era nova na empresa, quer dizer já ia fazer quase três meses, e desde o seu primeiro dia nos demos muito bem, deve ser a nossa idade que é praticamente a mesma, eu sou apenas um ano mais velha que ela.

- Primeiro que ele é ridículo – ridiculamente lindo, completei em pensamentos – segundo que, não tenho nada para contar se nunca aconteceu nada.

- Ok, tudo bem então, próximo final de semana vamos em uma festa, o meu irmão ganhou entradas liberadas do chefe, parece que o senhor Becker é antigo dono da boate, e sempre que pode libera entrada para alguns funcionários – ela disse toda contente pelo sucesso que o seu irmão vinha fazendo – ah não, essa cara é de quem vai negar

- Minha mãe viajou – contei e ela comemorou – na verdade eu tô pensando é em ir para a sua casa para ter uma noite tranquila de sono.

- ainda com problemas com o novo vizinho? – indagou e eu concordei

- Hoje, uma gralha ainda teve a cara de pau de me cumprimentar com um bom dia, acredita? – eu disse cruzando os braços

- Aposto que ela estava sorrindo de orelha a orelha – disse sonhadora – afinal, a noite toda satisfeita não é qualquer uma que tem essa sorte toda.

- ai até você? – bufei – vamos que o boi do meu chefe tá bravo hoje.

- Não entendo como você fala assim com ele e continua no emprego – ela disse, não entendia minha relação com a família Mason e minha amizade com Lilith, a esposa do meu chefe.

- Não precisa me entender, só precisa me apoiar e não me deixar socar a cara daquele idiota – eu disse e ela sorriu quando eu fiz que estava dando soco no ar

- Olha Giane, quanto mais se nega o amor, mais ele cresce – disse e eu a ignorei fingindo que eu não a ouvi. Ah quem dera se as coisas fossem fáceis assim. Comecei a falar sobre o meu vizinho e que eu estava louca para delata-lo para o sindico do prédio ou apenas fazer um barraco em sua porta.

Capítulo 03

Giane

- é só isso senhor Mason? – indaguei a Peter quando mais uma vez ele me fez procurar um arquivo antigo apenas para me fazer trabalhar, ele quer que eu desista, quer que eu surte, vai ficar querendo.

Após voltar do meu almoço com Nelly ele estava impassível, provavelmente por conta do que ouviu quando falei com Stella. Porém eu pouco ligava, faltava apenas oitenta e três dias para eu me livrar dele, sim eu estava contando

- Sim, eu quero um relatório das contas do Leblon – ele disse e eu arregalei os olhos, mas quando vi o seu sorriso nos lábios eu apenas concordei

- claro senhor – eu disse e ele apontou para a saída, e assim eu fiz, olhei as horas, era o meu horário de saída, voltei para a sua sala e estendi a mão – eu só vou fazer hora extra se for pagamento adiantado.

- Como ousa? – indagou e eu permaneci com a mão estendida – vá fazer o seu trabalho Jane

- O meu nome é Giane e para de se comportar como um menino – rosnei de volta, onde estava a minha paciência? Provavelmente eu tinha engolido e sem agua – a empresa tem uma regra e nós não fazemos hora extra, quer me empurrar um trabalho além do meu horário, ok? Pague.

- Ok, Jane – disse ele com raiva mas então sorriu – espero que tenha uma ótima noite de sono, já está com olheiras, então é melhor ir para casa descansar mesmo.

- Obrigada por me liberar da extra chefe, eu tenho um encontro e não queria perder – o provoquei e vi o seu sorriso se desfazer, ele enfiou a mão no bolso pegou sua carteira e tirou cinco notas de cem

- Os relatórios Jane – disse e eu olhei para o dinheiro e franzi o cenho

- só isso? – disse na maior cara de pau – Que saudade o senhor Paul faz, suas extras eram realmente melhores de fazer.

Eu o provoquei, eu não devia, porque eu sei que a relação dos dois ainda está em cordas bambas, mas Peter me tirava do sério, o amor que eu sentia por ele me sufocava, me deixava burr4 com raiva, estressada.

- Até amanhã Jane – ele disse e pegou o seu casaco e saiu, eu suspirei, comecei a desligar o seu computador e desligar o restante, depois fiz o mesmo com o meu e fui para a casa, minha amiga morava longe e ia para um lugar diferente do meu então nunca íamos juntas.

Quando cheguei no apartamento de imediato eu senti a falta de minha mãe que sempre me recebia com um abraço, me sentia tão sozinha nesses momentos, quando entrei em meu quarto olhei para uma foto do papai na cabeceira da minha cama e suspirei no mesmo instante o celular começou a tocar

- Como Peter está se comportando? – Paul perguntou

- Relatórios infinitos, virei pombo correio – debochei e ele gargalhou – você rir porque não é contigo

- O meu irmão vai cair em si um dia – ele disse e suspirou – eu sinto muito por toda essa situação Jane

- não me chame assim pelo amor de Deus – avise e ouvi quando ele ganhou um tapa

- Aí minha menina, isso dói – reclamou e eu sorrir

- Eu te avisei para não a chamar assim – Lilith disse – oi querida como está?

- Parece que uma carroça passou por cima de mim – disse e ela sorriu

- Então está bem – brincou e ouvi ao fundo um chorinho – fique bem, qualquer coisa faça um sinal de fumaça.

- Pode deixar – disse e me despedi de Paul também, eles eram ótimos, uma família linda e um casal de amigo maravilhoso.

Eu só queria que Peter entendesse a verdade, sei que como ele não presenciou tudo não é fácil acreditar, mas porque ficar tão relutante quanto a isso? Sei que dentre ele e Sophia ele era o mais apegado a mãe por conta de toda a safadeza do senhor Parker.

Mas e se ele visse a verdade eu o perdoaria depois de tudo o que disse para mim? até de put4 me chamou, não, não vou pensar nisso, preciso esquecê-lo e seguir a minha vida como eu venho fazendo desde então.

Pela madrugada eu acordo assustada com os gemidos do quarto ao lado, não é possível, logo hoje que eu achei que ia ter uma noite tranquila. Volto a fechar os olhos e penso em dormir, mas ouço um gemido diferente, são duas?

- Oh Peter isso – uma diz e eu arregalo os olhos, só pode ser coincidência, tem que ser, ele sabe onde eu moro e não seria capaz de fazer isso.

Seria?

Peter se tornaria o meu vizinho só para me aprontar uma dessas? Seria muita canalhice da parte dele, eu cortaria o seu membro e o faria comer.

- Isso Peter – gritou outra e não é possível

Me levantei e peguei o meu celular, não faça isso Giane, você está proibida briguei comigo mesmo, mas quando percebi eu já estava buscando o seu contato, os gemidos continuaram e eu liguei, chamou, chamou e quando eu pensei que não fosse atender eu ouvi sua voz.

- Alô? – disse ele – Giane? – voltou a perguntar quando eu não respondi, os gemidos pararam ou era impressão minha? Desliguei a chamada sem dizer nada e no mesmo instante os gemidos voltaram.

Eu passaria a acreditar em coincidência? Tinha que ser, voltei a ligar e ele parecia não querer me atender desta vez.

- Se você não falar nada eu vou te bloquear – ele disse e eu foquei no som, onde ele estava parecia está tudo silencio, afastei o celular do ouvido e não ouvi nada, estranho.

- Eu tenho uns documentos para entregar para o senhor agora – menti

- Jane, são duas horas da manhã – ele disse e eu podia notar que falou isso com um sorriso

- tudo bem então, vou te ligar em chamada de vídeo, atenda – eu disse, mas que absurdo é esse Giane? O que te deu? Briguei comigo mesmo enquanto desligava a ligação, quando fui ligar, ele havia me bloqueado.

Eu não acredito nisso, ah mas isso não vai ficar assim, não vai mesmo, ele quer guerra, vai ter guerra.

Para completar, os gemidos voltaram.

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