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Leila Fugiu Do Casamento

Cap 1 Pedida em casamento.

Manhã clara, Leila se prepara para mais um dia de vendas de suas trufas artesanais. Com uma cesta cheia, ela caminha pela calçada em direção ao centro da cidade. As ruas estão começando a se movimentar, com pessoas indo ao trabalho e lojas abrindo. Leila entra em uma loja de roupas, onde é recebida pelo aroma de tecidos novos e o som suave de uma música ambiente.

Leila: — Bom dia! Eu trouxe as trufas com recheio de avelã que vocês adoram. — (Diz com um sorriso caloroso, seus olhos brilhando com entusiasmo enquanto abre a caixa para mostrar os doces.)

Marta, a dona da loja, uma mulher de meia-idade com um ar simpático, aproxima-se com um sorriso no rosto.

Marta: — Ah, eu amo demais essas suas trufas! Vou querer cinco hoje. — (Diz animada, saindo de trás do balcão e pegando o dinheiro na gaveta.)

Leila começa a preparar uma caixa, cuidadosamente arrumando as trufas em fileiras perfeitas.

Leila: — É para já. — (Diz enquanto coloca a fita na caixa.)

Marta: — Fica por 18,00, certo? — (Pergunta, entregando o dinheiro com um sorriso satisfeito.)

Leila: — Sim, isso mesmo. — (Responde, aceitando o pagamento e entregando a caixa para Marta.)

Fernanda, uma das funcionárias da loja, se aproxima.

Fernanda: — Eu quero duas, por favor. — (Diz com um sorriso tímido.)

Leila sorri e rapidamente prepara a encomenda para Fernanda. Depois de finalizar a venda, ela se despede e sai da loja, voltando à rua. O sol está mais alto agora, aquecendo o dia. Leila caminha em direção à sua casa, pensando nas próximas paradas que fará. Mas no meio do caminho, Henrique, um jovem rico e arrogante, aparece. Ele é conhecido na cidade por sua personalidade mimada e por estar sempre tentando impressionar Leila, algo que ela detesta.

Henrique: — Bom dia, minha flor! Como está o meu docinho hoje? — (Pergunta com uma voz melosa, um sorriso presunçoso no rosto.)

Leila para, irritada, seu rosto endurecendo.

Leila: — Nossa! Você me tira do sério. Odeio a sua presença e essa voz irritante ao falar comigo. — (Responde com raiva, tentando manter a calma.)

Henrique: — Que mau-humor, hein? Ficar assim vai acabar trazendo rugas nesse lindo rosto. — (Diz, aproximando-se um pouco mais.)

Leila revira os olhos e começa a andar mais depressa, tentando ignorá-lo.

Henrique: — Por que a pressa? Podemos ir juntos. Ah, quase me esqueço, fui convidado para jantar na sua casa pela sua família. — (Diz com um sorriso triunfante.)

Leila para abruptamente, o choque e a frustração tomando conta de suas expressões.

Leila: — Não, isso é o fim. — (Resmunga.) — O que minha família tem em mente ao convidá-lo para ir lá em casa? — (Pergunta, mais para si mesma do que para ele, com uma expressão de desespero.)

Henrique: — Eles sabem apreciar uma boa companhia, e um dia você também vai saber. — (Diz, piscando para ela com uma confiança irritante.)

Leila revira os olhos novamente e, sem dizer mais nada, se afasta apressadamente. Quando chega em casa, é recebida calorosamente por sua mãe, Camila, que sempre mantém um ar gentil, apesar das dificuldades que a família enfrenta. Seu pai, Vinícius, está sentado no sofá, um homem quieto, que tenta esconder o peso das preocupações. Sua irmã Larissa, sempre simpática e alegre, também está ali.

Leila não diz nada e sobe as escadas, indo direto para o seu quarto. Ela se joga na cama, enterrando o rosto no travesseiro, tentando sufocar a angústia que sente. Momentos depois, Larissa entra, sua expressão séria.

Larissa: — Leila, você precisa descer e comer. Não nos faça essa desfeita. — (Diz com um tom firme.)

Leila: — Eu não vou. Recuso-me a ter que almoçar junto com aquele idiota. — (Responde, ainda deitada, sua voz abafada pelo travesseiro.)

Larissa suspira e se senta ao lado dela.

Larissa: — Não fale assim. Ele tem dinheiro e está interessado em você há tempos. — (Diz, tentando fazer a irmã ver o lado positivo.)

Leila se levanta lentamente, sentando-se na cama, olhando para a irmã com olhos cansados.

Leila: — Nenhum outro rapaz tem coragem de se aproximar de mim por causa dele. Todos pensam que estamos juntos. — (Desabafa, sentindo-se presa em uma situação que parece impossível de resolver.)

Larissa: — Eu conversei com os nossos pais. Com as dívidas que temos por causa da operação da nossa mãe, o carro que tivemos que trocar, e ainda a minha faculdade de odontologia... Estamos muito endividados, e o Henrique disse que pagaria tudo se você se casasse com ele. — (Confessa, sua voz tremendo um pouco.)

Leila olha para a irmã, incrédula, como se não acreditasse no que está ouvindo.

Leila: — Como vocês puderam? Quando foi que planejaram essa trama horrível contra mim? — (Pergunta, sentindo-se traída.)

Larissa segura a mão dela, tentando confortá-la.

Larissa: — Não faz drama, Leila. Ele soube da nossa situação e se ofereceu para ajudar. E tem mais... Nosso pai deve dinheiro a um agiota, e nossa mãe está desesperada, com medo do que eles possam fazer com a gente. — (Diz, sua voz cheia de medo e preocupação.)

Leila sente o peso das palavras da irmã. Ela não sabia que a situação era tão grave. Seus pensamentos se tornam caóticos, tentando entender o que deve fazer.

Leila: — Eu não sabia... — (Diz, sua voz cheia de arrependimento e confusão.) — Esse ano tem sido um inferno. Meu pai tentou tanto, mas as coisas só pioraram. — (Continua, lamentando a situação.)

Larissa: — Não adianta pensar no que poderia ter sido. Precisamos agir logo, antes que o pior aconteça. — (Diz, o medo evidente em seus olhos.)

Leila suspira profundamente, tentando colocar os pensamentos em ordem, mas tudo parece um turbilhão em sua mente.

Leila: — Eu não consigo pensar direito agora, tudo está uma confusão na minha cabeça. — (Admite, sentindo-se perdida.)

Larissa se levanta e, com um gesto gentil, puxa Leila para que faça o mesmo.

Larissa: — Não pense em nada agora. Só venha comigo e sente-se à mesa. — (Diz, guiando a irmã para fora do quarto.)

Na mesa de jantar, Leila permanece calada, mal tocando na comida. Henrique, ao contrário, fala sem parar sobre si mesmo, sobre o dinheiro de sua família e a rede de fábricas de sapatos de couro que possuem. Ele parece completamente alheio ao desconforto de Leila. Após o almoço, todos se reúnem na sala de estar. Henrique, aproveitando o momento, se levanta e se dirige a Leila.

Henrique: — Leila, minha amada, posso lhe fazer uma pergunta? — (Diz, olhando para ela com um sorriso que ela conhece bem.)

Leila, já imaginando o que está por vir, respira fundo e assente.

Leila: — Pode falar. — (Pensa consigo mesma, "Ele não perde tempo, já quer dar o bote.")

Henrique se ajoelha dramaticamente à sua frente, tirando uma pequena caixinha do bolso.

Henrique: — Nós nos damos tão bem há anos, nosso amor é maduro e forte. Eu não aguento mais esperar, quero passar para o próximo passo. — (Diz enquanto abre a caixinha, revelando um anel de diamante que brilha à luz da sala.)

Larissa, Camila e Vinícius olham surpresos para a cena.

Larissa: — Um anel de diamante! — (Diz, cobrindo a boca com as mãos, chocada.)

Leila sente o coração disparar, a mente correndo com pensamentos desesperados.

Leila: — Meu Deus! Ele já orquestrou tudo, esse maluco. — (Pensa, sentindo-se encurralada.)

Henrique, com um sorriso confiante, segura a mão de Leila.

Henrique: — Aceita casar comigo, Leila? — (Pergunta, seus olhos fixos nos dela.)

Leila olha para sua mãe, que lhe lança um olhar suplicante. Camila está visivelmente preocupada.

Anel de diamante cap 2

A noite Leila está sentada no sofá da sala de estar da casa de Viviane, as luzes suaves refletem a decoração acolhedora do lugar. As paredes são adornadas com quadros de paisagens e fotos da família de Viviane. O cheiro de chá de camomila fresco perfuma o ambiente. Leila, visivelmente abalada, segura um anel em sua mão, girando-o lentamente enquanto fala.

Viviane (olhos arregalados, incrédula): — Eu estou sem palavras, Leila. Não sei o que lhe dizer. (Ela se inclina para a frente, tentando processar o que acabou de ouvir.) — O seu pai deve 30 mil reais e agora te empurram para aquele convencido do Henrique?

Leila (com uma mistura de raiva e resignação, tirando o anel do dedo): — Eu estou sem opções. Vou ter que me casar com aquele... (Ela olha para o anel com desprezo, segurando-o com força antes de entregá-lo para Viviane.)

Viviane (tomando o anel e observando-o à luz da lâmpada de chão ao lado): — Que anel lindo! (Ela levanta o anel, girando-o entre os dedos.) Já pensou que ele deve valer um bom dinheiro?

Leila (uma centelha de esperança surge em seus olhos): — Talvez essa seja a solução. Se eu vendê-lo numa loja de penhor, consigo o dinheiro que precisamos. (Ela começa a sorrir, uma expressão de alívio brota em seu rosto.)

Viviane (convicta): — É isso que faremos. Vamos amanhã juntas a uma loja.

Na manhã seguinte Leila acorda com o som insistente do celular tocando na mesinha de cabeceira. O quarto está ainda meio escuro, as cortinas pesadas bloqueando a maior parte da luz do dia. Ela se espreguiça e pega o telefone, vendo um número desconhecido na tela.

Leila (bocejando, atendendo o telefone): — Alô?

Henrique (voz carregada de autoconfiança): — Bom dia! Sonhou comigo, linda?

Leil (revirando os olhos, já irritada, levantando-se da cama e calçando os chinelos): — Só nos meus pesadelos. Quem lhe deu o meu número, Henrique?

Henrique (com um tom brincalhão): — Sua irmã, Larissa. Não acha que deveria me tratar melhor? Afinal, estamos noivos.

Leila (cruzando os braços, agora completamente desperta e irritada): — Você e minha irmã estão muito amigos, não é? (Ela diz com amargura, olhando pela janela com um olhar distante.)

Henrique (tentando ser charmoso): — Meu amor, está com ciúme? Não se preocupe, só tenho olhos para você.

Leila (exasperada): — Poupe-me. A última coisa que eu sentiria seria ciúme de você. Estou apenas com raiva dela estar combinando essas coisas com você.

Henrique (rindo): — Certo, certo. Nos vemos mais tarde, flor. Salve meu número no seu celular, tchau. (Ele faz um estalo de beijo antes de desligar.)

Pouuco depois na cozinha ela é simples, mas bem cuidada, com azulejos claros e uma mesa de madeira no centro. O cheiro de pão torrado e café fresco enche o ar. Leila entra na cozinha e encontra sua mãe, Camila, já sentada à mesa.

Leila (sorrindo para a mãe, sentando-se à mesa): — Bom dia, mãe.

Camila (olhando para Leila com um semblante preocupado, mexendo lentamente sua xícara de café): — Leila, você não acha que pode acabar gostando do Henrique? Com o tempo, isso acontece com as pessoas.

Leila (firmemente, mordendo um pedaço de pão com manteiga): — Impossível. A personalidade dele me irrita profundamente.

Camila (suspirando, tentando ver o lado positivo): — Ele tem um jeito diferente de se expressar, mas talvez seja pela diferença de idade.

Nesse momento, Vinícius, o pai de Leila, e sua irmã Larissa entram na cozinha. Vinícius coloca a mão no ombro de Leila com uma expressão de preocupação paternal.

Vinícius (carinhosamente): — Como está, filha?

Leila (forçando um sorriso, tentando tranquilizar o pai): — Estou bem, pai. Não se preocupe. (Ela se levanta, pronta para sair e se arrumar.)

A tarde na loja de penhor é pequena e um pouco desgastada, com vitrines exibindo joias antigas e objetos variados. O ambiente é silencioso, exceto pelo som ocasional de um relógio de parede que marca os segundos. Leila e Viviane estão nervosas enquanto aguardam o avaliador, que levou o anel para análise.*

Viviane (tentando ser otimista, apertando a mão de Leila): — Com certeza conseguiremos o dinheiro que você precisa.

Elas trocam um olhar esperançoso, até que o funcionário retorna com uma expressão neutra.

Leila (ansiosa, dando um passo à frente): — Então, como foi? Quanto podem me pagar por ele?

Funcionário (hesitante, mas direto): — Sinto muito, mas o anel não é verdadeiro. É uma bijuteria.

Leila (boquiaberta, incrédula): — Falso!?

Viviane (agora furiosa): — Não acredito! Ele deu-lhe um anel falso!

O telefone de Leila toca de repente, interrompendo o momento. O nome de Henrique pisca na tela. Ela atende imediatamente, sentindo o sangue ferver.

Henrique (com um tom meloso): — Atendeu rápido. Estava esperando minha ligação?

Leila (tentando conter a raiva): — Nada disso. Quero perguntar uma coisa.

Henrique (interrompendo, apressado): — Pergunte depois. Quero te encontrar. Onde você está?

Leila (olhando para Viviane e suspirando): — Estou na avenida Gomes.

Henrique (rapidamente): — É um pouco longe, mas não importa. Tem um restaurante aí chamado Lumière. Me espere lá, que eu te encontro. (Ele desliga sem esperar resposta.)

Viviane (curiosa, após Leila desligar): — O que ele disse?

Leila (indecisa): — Falou para mim ir ao restaurante Lumière.

Viviane (encorajadora): — Vá e peça explicações. Eu vou voltar para casa, depois me conte o que ele disse.

Ao chegar Leila espera do lado de fora do restaurante, observando o interior através das grandes janelas de vidro. O lugar é elegantemente decorado, com lustres de cristal e mesas cobertas por toalhas de linho branco. Leila, vestida de forma simples, se sente um pouco deslocada. O ar está fresco da rua cria um contraste suave com o brilho luxuoso do restaurante.

Pouco depois, Henrique chega, saindo de um carro elegante, vestindo uma roupa social impecável. Ele sorri ao ver Leila e se aproxima, colocando a mão delicadamente nas costas dela, guiando-a para dentro.

Henrique (com entusiasmo, enquanto entra no restaurante com Leila): — Linda, vamos entrar. O que acha? O lugar é muito luxuoso.

Leila (olhando ao redor, tentando esconder o desconforto): — É mesmo. Sinto-me um pouco desconcertada por não estar vestida de acordo com o nível do lugar.

Henrique (despreocupado, guiando-a até uma mesa reservada): — Não pensei nisso, as coisas só aconteceram, você é linda com quer coisa que esteja vestida. (Ele puxa uma cadeira para ela.) — Sente-se aqui.

Leila obedece, ainda tímida, notando os olhares curiosos de algumas mulheres no restaurante. O garçom se aproxima com um sorriso educado.

Henrique (com um sotaque francês, tentando impressionar): — Leila, o que acha de canard à l’Orange?

Leila (curiosa, mas sem jeito): — O que é o prato?

Henrique (sorrindo): — Pato com laranja.

Leila (aceitando a sugestão): — Pode ser, gosto de pato.

Henrique (voltando-se para o garçom): — Ótimo, traga dois, por favor.

Garçom (anotando, com um sorriso): — E para beber?

Leila(simplesmente): — Suco de laranja.

Henrique (com um sorriso): — Dois sucos de laranja.

Garçom (educado, ao se retirar): — Obrigado. Fiquem à vontade.

(Diz ao se retirar.)

Henrique (curioso, mas despreocupado): — O que você queria perguntar, linda?

Leila respira fundo, tentando manter a calma. Seus olhos fixam-se nos talheres prateados à sua frente, antes de finalmente levantar o olhar para Henrique.

Leila (com uma mistura de desapontamento e raiva contida): — O anel que você me deu... Ontem você disse que era de diamante. Descobri hoje que é falso. (Ela fala com uma firmeza que contrasta com o ambiente refinado ao redor.)

Henrique mantém seu sorriso, mas há um brilho malicioso em seus olhos. Ele se recosta na cadeira, cruzando os braços enquanto observa a reação de Leila.

Henriqu (com um tom calculado): — A primeira vista, ninguém diria que não é verdadeiro. (Ele dá de ombros, como se fosse um detalhe trivial.) Pensei na possibilidade de você tentar vendê-lo, e estava certo. Foi exatamente o que tentou fazer. Eu sou esperto, sabia? Mas não se preocupe, quando estivermos casados, eu te darei joias verdadeiras.

Leila sente o sangue ferver. Sua respiração se acelera, e ela fecha as mãos em punhos sobre a mesa, tentando conter a raiva que ameaça explodir.

Leila (olhando diretamente nos olhos de Henrique, com indignação): — Foi uma enorme cara de pau mentir, Henrique. Você ficou contando vantagem para a minha família, e agora todos acreditam que me deu algo valioso. Não tem vergonha? (Ela pergunta com uma voz cortante.)

Henrique, no entanto, mantém sua postura calma. Ele suspira como se fosse a vítima da situação.

Henrique (dramático, colocando a mão no peito): — E o que me diz de tentar vender o anel de noivado dado pelo seu "amor"? Isso me magoa, sabia? (Ele fala como se estivesse profundamente ofendido.)

Leila sente um nó no estômago, mas não é de culpa, e sim de desprezo. Ela desvia o olhar fixando na taça em sua frente.

Leila (pensando para si mesma, com desprezo): — "Eu não me importo de ter ido vender o anel, ele está jogando sujo nessa história..."

Ela mantém a expressão neutra, mas por dentro, a determinação de não ceder a esse jogo de manipulação cresce cada vez mais.

O garçom retorna com os pratos, mas Leila mal percebe. Sua mente já está a mil, planejando seu próximo passo.

Cena quente Cap 3

Após o almoço, Henrique convidou Leila para dar uma caminhada. O dia estava esplêndido, com um céu azul sem nuvens e o sol brilhando intensamente, aquecendo o ar com sua luz dourada. O clima perfeito parecia refletir a leveza do momento, embora uma certa tensão pairasse no ar.

Henrique: — É uma surpresa para mim você aceitar um convite meu. — comentou ele, um sorriso brincando em seus lábios enquanto olhava para ela.

Leila: — Só me deu vontade de caminhar um pouco. É a primeira vez que ando por essa parte da cidade. — respondeu Leila, mantendo o tom casual enquanto seus olhos percorriam as ruas tranquilas e arborizadas.

Henrique percebeu a bolsa que Leila carregava e, lembrando-se do conteúdo que ela havia mencionado antes, perguntou com um brilho nos olhos:

Henrique: — Você trouxe as suas trufas? Quero uma.

Leila: — Vou lhe dar uma. — disse ela, tirando uma pequena trufa da bolsa e entregando-a a ele.

Henrique: — Estou no céu por ganhar algo de você! — exclamou Henrique, mordendo a trufa e fechando os olhos por um instante, saboreando o doce.

Leila: — Acho justo depois de ter comido aquele prato francês delicioso. — comentou ela, lembrando-se da refeição que compartilharam.

Henrique: — Gostou mesmo? — perguntou ele, a empolgação evidente em sua voz.

Leila: — Gostei! Às vezes eu me arrisco a fazer algumas receitas que vejo na televisão, aquelas que só de assistir já dão água na boca. — disse ela, sua voz se tornando mais envolvente enquanto pensava nas suas aventuras culinárias.

Henrique: — E você consegue sempre reproduzir os pratos? — perguntou, curioso.

Leila: — Na maioria das vezes, sim. Mas às vezes algo dá errado, mas com jeito dá para corrigir. — respondeu Leila, lembrando-se dos desafios na cozinha.

Henrique: — Eu me imagino cozinhando... Seria uma coisa linda nós dois na cozinha, você oferecendo uma colher para eu provar o tempero. — disse ele, com um sorriso que revelava um pouco mais do que apenas um interesse culinário.

Leila: — Estamos tendo uma boa conversa, mas você já está imaginando coisas. Sabe cozinhar alguma coisa? — perguntou ela, desafiadora.

Henrique: — Nada! Mas você poderia ser minha professora. Nos filmes, o casal que cozinha junto acaba sempre se envolvendo romanticamente. Poderíamos reproduzir a cena da Dama e o Vagabundo. — disse ele, com um brilho travesso nos olhos.

Leila: — Não me vejo fazendo algo assim. Parece ridículo. Aquela cena só é romântica porque eles não perceberam o que estavam fazendo. — disse ela, ficando séria.

Henrique: — Então você acha sem graça reproduzir a cena do macarrão? — perguntou ele, um pouco desapontado.

Leila: — Claro. — respondeu firmemente.

Henrique, com a imaginação à solta, começou a fantasiar:

Henrique: — "E aquelas cenas quentes com o cozinheiro colocando a ajudante no balcão e dando aqueles beijos ardentes..." — imaginou ele, distraído. De repente, sentiu um tapa no braço.

Leila: — Tarado! O que está imaginando com essa cara de bobo alegre? — perguntou ela, irritada.

Henrique: — Se eu contar, você vai me bater mais. O que posso dizer é que foi ótimo! — disse ele, provocando.

Leila sentiu a raiva crescer dentro de si, tentando controlar-se enquanto pensava no que ele poderia estar imaginando. Ela o encarou, tentando decidir se deveria continuar a conversa ou se afastar de vez.

Henrique: — Para com isso, não foi nada demais. Não fique irritada. — disse ele, tentando acalmá-la.

Leila: — Quero que me respeite, mesmo nos seus pensamentos. Não faça nada obsceno comigo. — disse ela, apontando-lhe o dedo indicador.

Henrique não pôde deixar de rir da situação, o que só aumentou a irritação de Leila.

Leila: — Estou falando sério! — disse ela, elevando um pouco a voz.

Nesse momento, um homem que passava por eles comentou:

Homem: — Casal de namorados brigando?

Henrique: — Minha noiva! — respondeu Henrique, sem perder a oportunidade de provocá-la.

Homem: — As estressadas que são boas. — disse o homem, rindo enquanto seguia seu caminho.

Leila, irritada, acelerou o passo e se afastou, chegando a uma parada de ônibus. Quando o ônibus chegou, ela entrou rapidamente, esperando se livrar de Henrique. Mas ele correu e entrou junto.

Leila: — Por que me seguiu? — perguntou ela, enquanto procurava um lugar para sentar.

Henrique: — Estamos juntos. — respondeu ele, pegando na mão dela e a guiando até dois assentos vazios.

Leila: — "Que ódio! É a segunda vez que ele age rápido, me fazendo ir onde ele quer." — pensou ela, frustrada.

O cobrador chegou e eles compraram passagens para o centro da cidade.

Henrique: — Minha primeira vez andando de ônibus, e com você ao meu lado, é maravilhoso. — disse ele, olhando para ela com um sorriso.

Leila: — E o seu carro? — perguntou ela, ainda tentando entender o que ele estava planejando.

Henrique: — Mando alguém buscar depois. — respondeu ele, despreocupado.

Enquanto o ônibus os levava de volta ao centro da cidade, Leila se perguntava o que realmente estava acontecendo entre eles, e se Henrique era apenas um bobo provocador ou algo mais estava se desenvolvendo.

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