Foi em um dia de chuva... Quando eu atropelei um homem, quem diria que entrar para a máfia séria tão fácil?
As vezes nos perguntamos qual o sentido da vida? Ainda acho incrível em como podemos mudar as nossas vidas de acordo com nossas escolhas. Escolhas boas e ruins, todas elas fazem parte do que nós somos no final da porra toda.
Entre as famílias mais ricas e poderosas, estava o meu pai, um homem de sabedoria e com uma grande fortuna nas suas mãos. Quando a sua amada esposa faleceu, o meu pai Luiz Lonreze teve que cuidar de mim e da minha irmã gêmea sem a nossa mãe, apenas com a ajuda das empregadas.
Elisa minha irmã, parecida com a nossa mãe, olhos verdes como esmeraldas e cabelos loiros brilhantes. Já eu puxei ao meu pai, olhos vermelhos como joias de safira que eram assustadores assim como os do meu pai e cabelos pretos.
Na minha infância lembro que toda a atenção da mansão era para Elisa, ela era perfeita, responsável e Gentil, uma dama perfeita para ser herdeira da Fortuna e da empresa do nosso pai enquanto a mim, mesmo eu, Elise que tenho a mesma idade que a minha irmã, era vista como uma criança sapeca Que adorava andar descalça por aí.
Enquanto eu andava lembro de ter visto um garoto no jardim da mansão. Eu apenas encarei por apenas 10 segundos..., mas foi tempo suficiente para fazê-lo chorar enquanto mijava nas suas roupas, eu já sabia porque ele chorava, os meus olhos sempre deixavam as pessoas assustadas, um olhar frio de um Assassino tenebroso.
Então vários anos passaram-se, eu e Elisa iria mos fazer 18 anos, uma bela festa ia ser dada no nosso nome.
E com ela... Uma grande catástrofe.
**Flor** — Bom dia! senhorita Elise, está na hora de levantar. Hoje é um dia especial para você e a sua irmã.
Elise — Bom dia flor, jura? O que tem de especial? Deixa eu adivinhar... O nosso maldito aniversário? Eu realmente tenho que ir? — Digo friamente enquanto olho para a empregada a minha frente.
— Sim, minha senhorita.
Ao sair do banho arrumo-me para o Jardim da mansão. Os meus pensamentos já imaginando o quão chato é irritante seria a festa de hoje.
O jardim, um lugar tranquilo e lindo, queria ter memórias com minha mãe aqui.
Continuo caminhando. Mas não esperava encontrar Elisa no meio das flores, tentei dar meia volta, mas fui vista.
Elisa — Elise? O que está a tentar fazer?
— Nada... Eu acho. Só fui dar um passeio no jardim haha, e você? O que faz aqui?
— Bem eu estou apenas me escondendo das minhas empregadas, elas estão-me a procurar já faz um tempão haha... Eu estou preocupada com a festa de hoje a noite... Você não fica preocupada ou nervosa Elise? — Pensativa — Claro que você não está... você é sempre despreocupada e livre... haha.
Naquele momento vi tristeza no olhar da minha irmã, um silêncio tomou conta do lugar onde nós estávamos então tive a iniciativa de quebrar esse silêncio.
— Haha eu não diria despreocupada Elisa, estou só acostumada com as festas já que não sou tão Popular quanto você haha. Bem, eu vou a ir agora vejo-lhe na hora da festa.
Eu entro na mansão e vou até à cozinha.
Dora — senhorita Elise? (cozinheira chefe)
— ! Oi! Dora, Eu estava apenas passando... Só vim buscar uma maçã haha (olho para mesa e pego a maçã) até mais. Diz Elise um pouco nervosa.
Me retirei da cozinha, andando pelo corredor observo o meu pai entrar no seu escritório. Eu aproximo-me da porta e dou duas batidas para poder entrar.
— Entre. — Observa — Elise? O que faz aqui querida?
— Não é nada, só queria ver como você está pai.
— Não se preocupe, estou ótimo. Eu sou saudável. Por favor, volte querida, o seu pai está cansado.
— Sim, pai... (fecha a porta)
Luiz nunca agiu carinhosamente comigo, ele nunca tem tempo para mim. Não tenho intimidade com o homem que diz ser meu pai, não é diferente com Elisa.
Essas barreiras... como elas cresceram tanto?
A noite chegou, e a Hora da festa estava prestes a começar. Preparo-me, mesmo sabendo que a atração da noite é Elisa Lorenze. Uma festa dada as filhas de Luiz Lorenze.
Um vestido vermelho com abertura nas suas costas, um batom mais forte ainda para combinar com os meus olhos avermelhados.
Ouço um barulho de Passos vindo de fora do quarto, alguém bate na Porta. A voz era do meu pai, logo abro a porta e o meu pai entra no meu quarto, se sentando na minha cama.
— Você está linda...
— Obrigada pai... — Um sorriso gentil aparece no rosto de Elise
— A minha filha é tão bela igual a sua irmã, mas mudando de assunto...tenho algo a pedir a você, poderia ouvir?
— Sim, claro... Pode dizer.
— Você não precisa ir à festa hoje, você nem queria ir mesmo não é? O que acha?
— Pai, você tem noção do que está a me pedir?
— Sim, tenho. Só acredito que não deveria ir, os olhares irão todos para a sua irmã... Então você não precisa ir.
Enquanto eu olhava para meu pai, ouvindo tudo aquilo... O meu coração se desfazia lentamente...
— Não se preocupe... Eu entendo.
— Isso é ótimo Elise! Que bom que concordou... Não posso perder você. Estou a descer agora.
Elise, peço que um dia possa me perdoar. Perdoe esse velho ganancioso...— Pensamentos de Luiz enquanto caminha.
O meu pai se retira do meu quarto, e eu vou na frente do espelho e olho para a minha cara de palhaça…
O papai sempre aje carinhosamente quando que pedir algo...
Que idiota eu sou, isso é ridículo! Eu vou nessa maldita festa, mesmo que isso signifique causar um inferno hoje a noite.
* Nos aposentos de Elisa:
— Por favor, todos nos seus lugares. A minha Senhorita está esplêndida com esse vestido! Está maravilhosa!
— Obrigada Catarine, onde está a minha irmã?
Catarine — você não soube? O seu pai não permitiu que a senhorita Elise participasse da festa, por conta do tio de vocês.
Elisa — Com certeza ele contaria sobre a maldição da família Lorenze. Eu entendo o nosso pai não permitir.
— Maldição minha senhorita? Qual é a maldição da família Lorenze?
— Não sei se poderia contar, mas vou contar só para você. Quando eu era criança o meu pai contou-me sobre a maldição... A muito tempo atrás meu avô Lorenze foi amaldiçoado. Todos os descendentes da família Lorenze com olhos de safira estavam destinados a ser o herdeiro da mansão e da fortuna... Mas antes de herdar tudo isso, ele teria que matar alguém que ama com todo o coração. Quando chegou a vez de Luiz, nosso pai... O nosso tio, irmão do papai amanheceu morto na mansão. Essa maldição ainda não foi quebrada até hoje... Assim que a pessoa sabe da maldição ela começa a despertar. Até está completa.
— Mas não tem um jeito de quebrar essa maldição?
Estava a descer as escadas quando ouvir a minha irmã falando algo, abro a porta do quarto e entro com um olhar sério.
— Irmã Elise? O que faz aqui? E com esse vestido... Ficou lindo em você.
Catarine — senhorita Elise... Aonde vai?
Elise - Obrigada Elisa... Você também está linda. Vamos agora?
— Eu... não sei, Elise soube que nosso pai não permitiu você ir, não é melhor obedecê-lo...?
— Não. A que isso Elisa... Não seja medrosa. Vamos?
Elisa — Está bem... (dando sinais para Catarine avisar Luis)
Catarine - Ele já deve estar na festa, como devo avisá-lo? Vou ligar agora mesmo para ele.
Enquanto os portões da festa se abrem, eu entro com Elisa. Todos estavam a nossa espera. Todos, menos o meu pai.
Ao entrar no salão vejo o meu pai vindo na minha direção, ele parecia furioso, e isso era tudo que eu queria.
Luis — Elise o que está a fazer aqui?(sussurrando) eu disse para não vim, disse que entendia!
Elise — Eu disse que entendia, não que não viria.
Olho para frente e vejo o meu tio se aproximando.
Carlos — Olha quem está aqui, minha sobrinha. Como cresceu Elise...
Elise — tio Carlos, como o senhor está? Você não vem-me ver desde que eu era uma garotinha. Por que parou de vir a mansão?
Luis — Se afaste dela, não quero você perto das minhas filhas!
— Luis, ainda com esse instinto protetor? Pelo que observo a nossa garotinha ainda não sabe. Elise minha sobrinha, sobre a sua pergunta agora a pouco... Acredito que seu pai pode responder, não é meu cunhado?
Luiz — como você pode?! Saia da minha casa agora! Não é bem-vindo aqui!
Todos os olhares da festa voltaram-se para nós. o meu pai puxa-me pelo braço me tirando da festa, ele leva-me para seu escritório, o fechando na chave.
— O que pensa que está a fazer Elise?! Desobedecendo as minhas ordens! Você acha isso engraçado? Você fez exatamente o que pedi para você não fazer!
O meu pai gritava tão alto que quem passava lá fora conseguia ouvir. Eu estava em silêncio esperando ele acabar de latir.
— Você não vai falar nada? Isso não é brincadeira, é mesmo que fosse, você não é mais criança!! Você não entende nada! Você não sabe de nada! Então só me obedeça está a ouvir?!
Elise — Já basta! Eu não aguento mais ouvir isso! O que é que eu não entendo? O que é? fala-me pai! Como quer que eu entenda uma coisa que você nunca se ofereceu para explicar? Sempre que eu o procurava como pai, você me afastava... Então não venha pedir que eu entenda.
— O quer que dizer com isso? Está a dizer que fui um mau pai? Você não entende o quanto eu quero protegê-la! Saia da minha sala... saia agora!
— Talvez eu realmente não entenda... já que o homem que diz ser meu pai nunca esteve disposto a ouvir a própria filha. Se que sou sua filha...
Eu levanto-me da cadeira e vou até à porta, antes de puxar para abri-la Elisa a puxa primeiro prestes a entrar.
Elisa — Irmã? A onde vai? Espera!
— Me solta! Eu não tenho motivos para continuar nessa maldita casa!
Eu queria chorar, queria fugir daquele inferno, desço as escadas e abro a porta para ir embora, mas a chuva estava forte demais.
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