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Quando Eu Conheci Você!

Capítulo 01

...Anthony...

Senti raios de sol invadindo os meus olhos, e quase fico surdo por ouvir minha mãe gritando...

- Anthony, acorda filho. Senão vai se atrasar na escola de novo. - Diz minha mãe, abrindo as janelas do meu quarto.

- Por favor dona Isadora, me deixe dormir, hoje eu não quero ir a escola.

- Mas filho, hoje é só o segundo dia de aula e você já desiste? Não não meu menino, tu vai levantar agora.

- Tá legal, já tô indo. Me dê só mais 29 minutos.

- Anthony...- Disse a minha mãe num tom alterada, eu ainda nem estava com os olhos abertos.

- Sim senhora, vou levantar agora. - Falo com a voz meio abafada.

- Tô fazendo o café da manhã, não se atrase. - Ela diz, fechando a porta de seguida.

Eu não gostava de brigar com a minha mãe, eu sei o quanto ela já sofreu com a morte do meu pai, e que também ela dá no duro para poder me sustentar... Apesar de vivermos confortavelmente bem, ela sempre procura o melhor para mim.

Ainda estava com cara de sonâmbulo, eram somente 6h da manhã. Tirei a coberta que ainda estava sobre mim, e estava com dificuldades para me levantar.

" Odeio a escola"- pensei. Levantei-me da cama, e fui pro banho. Depois de uns minutos, fui para tomar o café da manhã.

A minha mãe aparece, e ela já estava preparada para ir pro seu trabalho.

- Já tá pronto filho? Termina logo de comer, vai se atrasar. - Ela perecia mais apressada do que o normal.

- Já terminei mãe, a gente pode ir. - Falo para a mesma que parecia ter esquecido alguma coisa no seu quarto.

A minha escola não era tão longe, era apenas 15 minutos da minha casa a pé. Mas como a minha mãe passa por lá de carro quando vai ao trabalho, nem me masso andando a pé. Ela trabalha como gestora em uma empresa cujo o nome eu nem conhecia, havia me desligado de tudo mesmo.

Depois que meu pai morreu, muita coisa mudou, eu mudei! Mudamos de cidade e tudo. Eu e a minha mãe tivemos que começar tudo de novo sem o meu pai.

Eu tinha que frequentar uma nova escola, E hoje é tecnicamente o segundo dia de aula. Eu estava no 9 ano e escola era uma enorme estrutura, Tinha gente de todo tipo. E por alguma razão, eu já não gostava de me misturar muito com as pessoas, ia preferir ficar em casa, vendo uma maratona de alguma série qualquer.

O caminho todo seguiu em silêncio entre eu e minha mãe, gente não conversava muito porque eu gostava de complicar as coisas. Eu sei que podia tentar mudar de atitude com ela, mas não consigo.

Havíamos finalmente chegado a escola, assim que me despedi dela, virei minha atenção para a escola.

Okay! Não suportava os olhares sobre mim. Eu mantinha uma posição serena, com as mãos no bolso. Os meus olhos olhavam somente para a frente. Eu não era tão sereno somente porque não queria ninguém por perto, mas porque eu já não sentia necessidade de rir ou de falar com alguém que não fosse a minha mãe.

Comecei andar pelo corredor em direção a minha sala. Vi alguns colegas que eram da mesma sala que eu. Eles sussurravam algo ao meu respeito.

- Qual problema desse cara aí?! Ele é tão na dele que nem dá chegar perto dele. - comentou um, e o amigo dele riu, dizendo a seguir - Ah vai ver ele é um falhado, e se puseram rir ainda mais.

Eu simplesmente ignorei eles. Fui direto pra sala e coloquei os fones num volume bem alto. Não demorou as aulas começaram.  A primeira aula era de matemática, eu adoro matemática. O professor explicou algumas coisas e botou uns exercícios.  Quando dei por mim, a aula já havia terminado. Foi boa e fácil demais.

Já estávamos no recreio, aproveitei para esfriar a cabeça. Saí da sala e fui pro corredor.

- Oi - Ouvi alguém dirigindo uma palavra pra mim.

- Oi? - Respondo de volta.

- Desculpe, mas por acaso você está com fome? - Não consegui respondê-la de imediato, achei algo um pouco engraçado. Não sei se foi a forma dela de me abordar ou a pergunta dela estúpida.

- O que foi? - Ela perguntou.

- Ah nada não. - coloquei um sorriso no canto da boca. - Aquilo foi engraçado.

- Então, não vai responder minha pergunta? - Comecei a sorrir um pouquinho.

- Espera aí, sério? É claro que não estou com fome, por que você achou isso?

- Ah, sempre que vejo você, está sempre com uma cara péssima, então achei que se passava qualquer coisa.

- Sempre que você me vê? Mas de onde? Eu nunca vi você. - Mentira. Eu sei que ela é da minha sala, e que somos vizinhos. Só não queria é mesmo ter proximidade.

- Ah...acontece que nós somos vizinhos, a sua mãe se chama Isadora, Ela é amiga da minha mãe. Ela já havia comentado sobre você, mas também avisou que você não é nada fácil. - É, faz sentido, normalmente eu não saiu de casa e nem falo com ninguém, então é bem óbvio que eu mesmo nem saiba quem são as amigas da minha mãe. E pra piorar Ferrou. Eu sou vizinho dela.

- Certo entendi. - Acho que agora sei o porquê que a minha mãe me colocou nessa escola. - Também foi ela que pediu para você vir falar comigo?

- Não! Claro que não. Só achei uma boa oportunidade para conhecer você. - Ela sorri e os seus olhos não paravam de olhar nos meus. É como se com o olhar, ela quisesse me dizer alguma coisa... Mas comigo não vai rolar.

- Eu sou a Luna. Muito prazer.

- Anthony. - Falo.

^^^,Continua...^^^

Capítulo 02

Assim que falo meu nome, tenciono em sair daquela conversa, já estava me sentindo impaciente quanto a àquilo. Eu não gostava de falar muito com as pessoas, ainda mais quando se trata de alguém que tinha a boca feito um rádio.

- É Luna, certo? Preciso ir agora.

- Interrompi ela, enquanto a mesma tentava me falar de algo, como, nos conhecermos melhor.

- Ué mas já? É que eu gostaria de conversar mais um pouco...

Mas como eu poderia dizer as pessoas que eu prefiro ficar sozinho no meu canto?

- Lamento, mas preciso ir. - Falo e nem precisei mais da opinião dela para ficar aí parado.

Quando dou as costas para ela, vejo que a mesma não disse nenhuma única palavra, o que me fez agradecer mentalmente, mas ainda assim, ela olhava pra mim, com uma expressão triste. Mas não me importei e segui meu caminho.

A mesma, tinha o cabelo loiro com algumas faixas pretas, a cor dos olhos parecia um céu azul e os seus olhos eram muito lindos. Os detalhes do seu rosto também eram delicados, diria que foi uma obra de arte, porque o seu rosto era angelical. Mas... Tudo aquilo se havia se tornado sufocante porque a boca dela não parava de falar.

Quando me despachei dela, passeava pelo corredor e olhava cada detalhe da escola, de cima a baixo. Era muito linda a escola, mas durante o percurso, me deparei com o Marco.

Marco é um amigo de infância, passamos a maior parte da nossa infância juntos, até que ele teve que se mudar para uma outra cidade, que na qual por coincidência é a mesma cidade que eu e a minha mãe nos mudamos recentemente. E ainda por coincidência estamos estudando na mesma escola, pelo menos descobri isso ontem. O nosso reencontro não foi lá um dos melhores porque ele também falava demasiado, o que me incomodava bastante. Ele era alto, moreno e tinha os olhos igual a cor do cabelo, preto. Os seus cabelos eram meio bagunçado.

- Anthony amigo! - Ele diz se aproximando e tentando me dar um aperto de mão, com um sorriso largo no rosto, que na verdade agora me parecia ser meio irritante. Ele sempre teve a tendência de ser alguém muito descontraído, não importa quantas vezes você o ignore ou grite com ele, nunca se importava.

- Olá Marco. - O cumprimento e depois o ignoro totalmente. Dando as costas para ele, e me virando em outra direção, com os passos largos.

- Anthony, você vai continuar assim até quando? - Ele grita atrás de mim, tentando me alcançar.

- Com isso o que ? - Respondo de forma grossa e arrogante.

- Sei lá, assim. - Ele finalmente me alcança, me fazendo parar e olhar para ele.

- Eu sou assim Marco. E sempre fui assim, se você não gosta de mim assim, melhor SUMIR DE UMA VEZ. - Falo com muita raiva.

Notei que ele ficou triste, se calhar eu esteja cometendo um grande erro, porque na época o Marco era um dos meus grandes amigos. Ele e mais dois, quando ele se mudou, provavelmente não sabia da morte do meu pai, por isso ele admira ao me ver no que me tornei. Acho que devo ser um pouquinho brando com ele ou talvez não, porque a minha intenção era que as pessoas me deixassem em paz.

- Desculpa Marco, é que não estou lá muito bem.  - Respiro fundo antes de dizer tais palavras e o mesmo pareceu ter entendido.

- Ahhh de boa, já estou acostumado com esse tipo de coisa. - Ele abaixa a cabeça por uns instantes com o semblante triste, e depois volta a olhar para mim, com um pequeno sorriso. 

- Como assim você está acostumado com isso?

- Em casa com meu pai, é quase a mesma coisa, ele grita por tudo e por nada. Mas Enfim, não se preocupe com isso.

No momento fiquei sem o que lhe dizer, mas o convidei a passear na escola comigo. E durante a caminhada, comentávamos de quando éramos mais pequenos, e foi muito bom lembrar daquilo, ele me recordou de coisas que até havia me esquecido.

No momento em que falávamos, senti muita falta daquela época, porque naquela época eu me sentia livre e sem peso na consciência. E pensar naquilo fez-me recordar novamente o quanto era bom ser criança, aquilo foi tão NOSTÁLGICO!

...Luna...

Ele é exatamente como a sua mãe disse que era: frio, impaciente e impossível! E de certa forma, aquilo fez-me perguntar a mim mesma o que  levou-me a estar apaixonada por ele. Como eu poderia gostar de alguém tão frio e que parece não ter sentimentos?

Não faz mais de um mês que ele e a sua mãe se mudaram pra cá, e admito que aquilo foi amor a primeira vista, mas não sei exatamente como isso foi acontecer. Eu sempre quis ir falar com ele, mas nunca tive a tamanha coragem. As vezes quando imaginava chegar perto dele, eu perdia todas as forças. Mas é claro, acho que eu já esgotei todas as oportunidades que tinha com ele, sendo que ele achou que sou uma chata de certeza. "Tens fome?" Mas que pergunta mais idiota.

E hoje quando eu estava com ele, não pude deixar de notar sua postura masculina. sua presença exalava um ser perfeito, não pude parar de reparar tão de perto a cor dos seus olhos que reflectiam o mel, o seu cabelo preto e encaracolado, e no seu aroma tão doce, e como se não bastasse ele tinha covinhas!

Não sei como alguém podia ser absurdamente lindo. As minhas pernas não paravam de tremer e o meu coração não parava de bater...  Então, se calhar era somente aquilo que me fazia gostar dele: a sua beleza... ou talvez não, não sei!

Enquanto eu estava parada em algum lugar na escola me babando pensando no Anthony, ouço minha amiga vindo em minha direção.

- Meu Deus Luna, não me fale que está pensando naquele garoto de novo. - Diz a minha amiga Brenda, me abraçando de lado. Eu e ela somos melhores amigas desde sempre! Ela é carinhosa, gentil, e tudo que uma melhor amiga poderia ter!

Ela tinha um cabelo longo e liso, sua pele era branca e os olhos eram verdes. E era dona de um corpo e tanto, e por isso alguns nos consideravam super lindas, somos bem populares aqui na escola, e eu odeio isso, porque certos babacas não param de vir atrás.

- Ai meu Deus, Brenda! Eu já disse pra você que o Anthony não é um simples garoto, ele é um ser divino, isso sim. - Ela começa a rir-se de mim. - E saiba que hoje eu tive a coragem de falar com ele, e aquilo foi simplesmente uau!

- É sério? Me conte logo vai.- Ela pergunta curiosa.

No primeiro dia de aula, que foi exatamente ontem, eu mostrei o Anthony para a Brenda, ela Simplesmente disse que eu não teria chances com ele, isso porque de cara, dava para ver que ele não queria ninguém por perto. Mas eu disse para ela, não importa como, eu tenho que ter esse garoto nos meus braços...

Então, contei tudinho pra ela e claro, no final ela achou que o Anthony devia levar um tapa por ter me descartado totalmente, mas eu ignorei esse fato e fiz com que ela se acalmasse, o que eu devia fazer mesmo é procurar forma de ser pelo menos amiga dele. Enquanto eu falava com a Brenda, sinto alguém me abraçar por trás, me envolvendo totalmente nos seus braços, e eu sabia que apenas uma pessoa fazia isso.

- Como está a dona do meu coração?

- Ele fala com um sorriso ladino e com um pouco de sarcasmos na voz.

- Bruno eu já disse, comigo não vai rolar, e além disso, como ficaria seu relacionamento sério?! - faço aspas com os dedos. O Bruno também é um amigo de longa data, ele sempre tentou algo comigo mas nunca dei uma chance pra ele.

- Para a sua surpresa, eu terminei o relacionamento para ficar com você.

- O mesmo fala, e sorri ainda mais, pensando que vou considerá-lo um herói por ele ter feito isso.

- Meu Deus Bruno, você não devia ter feito isso, a outra deve estar se lamentando nesse momento. - Falo, ainda com os risos entre os dentes.

- Mas eu não entendo o porquê de você não querer ficar comigo.

- Olha aqui meu Bruninho, acontece que você não faz o tipo dela. - Diz a Brenda, fazendo careta para ele.

- Brenda, você não está ajudando, e eu não entendo como assim não faço o seu tipo, digo, não sou feio, sou um cara popular, e sou muito boa pessoa.

Na verdade ele tinha razão. Não era feio, e também era muito popular. (embora isso não me importa), mas é que sei lá... O meu coração não escolheu ele sabe, e quanto a isso, não posso fazer nada.

- A questão não é essa Bruno, eu não gosto de você só isso. - Falo. E vi nitidamente sua expressão de alegria a se transformar em tristeza. De seguida ele vai embora e não diz nada, tento segui-lo, mas a Brenda disse que estava tudo bem, depois ele volta.

Geralmente é sempre assim, tenho que ficar dando um NÃO a todos os garotos que me aparecem pela frente. Odeio isso!

A única pessoa que eu quero, ainda não me conhece direito. Que saco.

^^^Continua....^^^

Capítulo 03

Quando o recreio terminou, eu e a Brenda voltamos para a sala, haviam cinco fileiras, e eu me sentava na primeira carteira da segunda fileira e a Brenda sentava ao meu lado, o Anthony se sentava a minha direita, a fileira que estava encostado a parede, mas ele estava atrás de 4 carteiras.

E aula que teríamos naquele momento era de História, era uma das disciplinas que eu mais odiava, a disciplina em si não é ruim, mas por causa do professor, eu passei a odiar.

Enquanto o professor explicava a aula, que na verdade não estava entendendo nada, estava pensando no Anthony.

Imaginei eu e ele, andando de mãos dadas a beira mar, rindo e falando um para o outro quanto a gente se ama. Eu sei que ainda é muito cedo para ir por esse caminho, mas fazer o que né? Isso é amor.

E naquele momento, estava quase imaginando a gente se beijar, mas... de repente ouço alguém gritando o meu nome...

- LUNA! - Fiquei toda assustada com o grito do professor. - Se quer dormir, aqui não é lugar pra isso. - Ele diz.

Aquilo me deixou obviamente estressada... Qual é desse professor? Odeio ele... É proibido por acaso sonhar acordada? Que saco. Me posicionei na cadeira, e olhei para trás, olhando pro Anthony, os seus olhos se encontraram com os meus, e durante alguns segundos, ficamos nos olhando. Naquele momento, não pensava em mais nada, não tive medo de olhar para ele, apenas queria continuar observando aquela paisagem linda que era o seu rosto. Aquela hora, não sei se eu estava delirando ou algo do tipo, mas acho que vi ele abrir um meio sorriso, e quando ele faz isso, ele desvia seu olhar.

Quando me virei novamente para prestar a atenção na aula, vi que o professor estava bem a minha frente, tão perto do meu rosto mesmo. Me assustei com a cena, que quase gritei.

- Por acaso a menina está bem? - Ele pergunta, posicionando sua postura.

- Cl-claro professor, estou perfeitamente bem. - falo quase gaguejando.

- Mas a menina não me parece bem. Primeiro esteve a dormir, depois esteve a olhar não sei onde.

- Ah não professor, garanto que isso já não volta acontecer.

- Acho bom mesmo, senão terei que expulsá-la da sala. - Ele fala sério e pela voz noto que estava irritado.

Quando ele diz aquilo, me mantenho em silêncio e presto a devida atenção dessa vez.

Depois de mais algum tempo, todas as aulas já haviam terminado e estávamos liberados para ir pra casa, finalmente...

No momento que eu arrumava os meus materiais, fiquei observando o Anthony saindo, ele estava como sempre: mãos no bolso e com uma cara nada amigável, o que na verdade achei sempre fofo. Pensei em ir falar com ele, mas achei melhor deixar pra outro dia, porque não quero que ele ache que sou um pé no saco. Enquanto isso, fiquei conversando com algumas amigas, incluindo a Brenda.

Quando terminamos de falar, sai da escola e fui pegar o meu irmãozinho na creche. Ele se chama Luca, e tinha dois anos. Como a minha mãe ficava ocupada no trabalho, e o meu pai... Bom, se ao menos eu o conhecesse, talvez falaria dele...

Eu moro com a minha mãe, meu padrasto e o meu irmão. Nunca cheguei a conhecer o meu pai biológico, e sempre que eu perguntava a minha mãe sobre ele, ela sempre fazia de tudo para fugir do assunto e então deixei assim. De todo modo, não é tão ruim viver com um padrasto. Pelo menos o Ben... É assim que se chama o marido da minha mãe, sempre foi muito bom comigo.

Carinhoso, atencioso e também exerce muito bem o seu papel de pai.

- Olá Mônica. - cumprimento a empregada sorrindo para ela.

- Olá querida, como foi a escola? - Ela me devolve o sorriso.

- Foi boa.

- Que ótimo querida, mas e esse sorriso hein...? - Ela me olha desconfiada.

- Ah Mônica, não é nada demais, apenas conheci pessoas novas, só isso.

- Hum sei ... - Ela me olhou mais desconfiada ainda.

- Tá bom! Eu conto pra você o que realmente aconteceu. Mas primeiro, eu vou tomar um banho . - A Mônica sabia que eu gostava do Anthony. Na verdade ela sabia 99% das coisas que eu faço e me acontecem, ela é como uma segunda mãe para mim, já que a minha mãe passava muito tempo no seu trabalho.

Quando tomei o meu banho demorado,  fui comer meu almoço e contei tudinho que aconteceu hoje.

Depois fiquei vendo minhas redes sociais... Encontrei várias mensagens de garotos, colegas e da minha mãe, e entre elas o da Brenda também.

Ela disse na mensagem que virá mais tarde aqui em casa para vermos um filme e conversarmos.

Eu até podia ser super popular e tal, mas eu não tinha vários e vários amigos. A única pessoa na qual eu tinha mesmo como amiga do coração era a Brenda.

Por isso, as únicas mensagens que respondo são os da minha mãe, meu padrasto e da Brenda. Algumas eu realmente não dou a mínima, principalmente de rapazes. E Naquela tarde depois que a Brenda chegou, ficamos vendo TV e comendo pipocas e várias outras besteiras.

...Anthony...

Depois da escola, fiquei pensando no que aconteceu hoje, e o motivo de ficar pensando, foi a Luna!

É estranho. Ela é estranha, não sei como mas ela me tira do sério. E eu acho que por causa desse facto, eu sentia uma vontade imensa de puder observá-la... De qualquer forma, só espero que ela possa me deixar em paz, e que ela pare de olha pra mim durante a aula.

Eu pensei em sair essa tarde, mas bateu uma forte preguiça, então decidi ficar mesmo em casa. Quando minha mãe chegou do trabalho, ficou fazendo perguntas de como foi a escola hoje. E como sempre tive que lhe dar satisfações, também contei-lhe do Marco. Ela ficou tão feliz que pediu que um dia eu o levasse cá em casa. Quanto a nossa vizinha ao lado, preferi não contar nada, porque do jeito que conheço a minha mãe, ia logo dizer pra eu tentar ser amigo dela.

[...]

Eu já estava na escola no dia seguinte, e quando entrei na sala, vi a minha vizinha conversando com alguém, e aquilo me fez lembrar de ontem, quando ela veio com aquela pergunta estúpida "se eu tinha fome". enquanto pensei nisso, sem eu perceber, soltei um leve sorriso.

Mas tão logo eu me apercebi, parei logo com aquele sorriso. Foi uma situação tão inesperada que fiquei até com raiva do porquê eu estava sorrindo.

Enquanto isso, vi que no meu lugar de sempre estava ocupado. E quem estava no meu lugar era... o Marco?

- O que você está fazendo aqui?

- Pergunto pra ele confuso.

- Agora eu pertenço a essa sala, pedi pra ser transferido aqui . - ele diz, com um sorriso muito largo. Eu claramente não queria me zangar com ele, por isso dei de ombros e reclamei apenas o meu lugar.

- Se você foi transferido, pra mim tanto faz, eu quero apenas o meu lugar. - Digo pra ele.

O mesmo se levanta e olhava em volta procurando onde se sentar. Indiquei para ele um lugar a minha esquerda,  fileira que era o da Luna. Ficamos batendo uns papos, mas depois de alguns minutos, a aula começou.

E durante a aula, o Marco ficou me jogando papel pra eu ler, mas que desgraçado.

- Ei Anthony, você sabe quem está aqui?

- Não quero saber. - escrevo, jogando o papel de volta pra ele.

- São simplesmente as garotas super populares aqui da escola, a Luna e a Brenda. Ele me jogou o papel de volta.

- E o que queres que eu faça com isso?

- Claramente nós temos que falar com elas. - Ele escreve.

- Talvez, um dia desses.- Joguei o papel de volta pra ele. E o professor viu aquilo e mandou-nos levantar

- Meninos, querem compartilhar com a turma o assunto que pelos vistos é mais importante que a aula? Então sugiro leiam em voz alta. - diz o professor.

Okay! Aquilo estava claramente errado. Eu sequer devia estar conversando com ele durante a aula, o pior é que todo mundo estava olhando pra nós, incluindo a Luna, o que me deixou completamente desconfortável. Obviamente eu não podia ler as besteiras que lá estavam escritas, já bastava eu estar envolvido.

Como o papel também não estava em minhas mãos, quem leu foi o Marco. E quando acabou de ler o professor pegou no papel e nos mandou sentar. Dizendo a seguir:

- Se quiserem falar sobre "Conhecer garotas", sugiro que o façam depois da minha aula.

Eu procurei um lugar pra enterrar minha cabeça, mas não tinha onde. O que será que ela vai pensar sobre mim? E por que razão não rasguei simplesmente a maldita carta, e tive que responder "talvez um dia desses"?? Eu apenas queria sair dali, estava me sentindo um idiota.

Quando o recreio chegou, pressionei os fones e aumentei o volume até ao máximo, para não ouvir nenhuma bobagem do Marco, já que foi culpa dele que metemos naquela situação,  só que naquela hora quem apareceu não foi o Marco...

Quem será?

^^^Continua...^^^

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