O carro do noivo estava parado na frente da escola onde Sol dá aula.
_Ué, o que será que Alberto faz ali ?
Ela se pergunta ao sair. Caminhando rapidamente se aproxima.
Bata no vidro, que ele abaixa rapidamente.
_O que faz aqui meu amor?
Eles estavam juntos há quatro anos, e faltavam menos de dois meses para se casarem.
_Precisamos conversar, entre o carro Marissol.
Ele a chamou pelo nome, então o assunto devia ser sério. Sol tenta lembrar se havia feito algo que o deixou nervoso, mas não se lembrou de ter feito nada. Ela entra no carro, e ele dá partida no carro e sai.
Alberto sabia que a conversa não seria nada agradável, mas era melhor ele contar, do que ela saber por outra pessoa.
Ele para na frente da casa que eles compraram.
_Vamos conversar lá dentro.
Ele nem espera a resposta, descendo ele caminha rapidamente, abrindo a porta e entrando.
Sol não entendia o que estava acontecendo, então o segue em silêncio.
_Mirassol, sente-se, essa conversa não será nada agradável.
Ele aponta a poltrona.
_Eu fiz alguma coisa errada Alberto, que o deixou com raiva.
Ela se senta e ajeita o óculos de graus.
_Você não, mas eu sim.
Ele começa.
_O que está acontecendo, o que é tão grave, que teve que me trazer aqui para falar.
Sol havia notado que o noivo estava diferente e distante nos últimos dias, mas achou que era por causa do casamento que estava próximo.
_Mirassol eu quero terminar.
Ela o encarou, será que ouviu errado.
_Perai Alberto, você disse que quer terminar, é isso que eu ouvi da sua boca?
_Sim, eu não quero mais te enganar, vou contar a verdade, antes que outro venha e de conta.
Ele andava de um lado para o outro.
_Eu te trai com uma colega do escritório, e agora ela.....
_Ta grávida.
Sol termina, ela sente seu rosto esquentar. Como ele pode fazer isso com ela.
_Sim. Eu sinto muito, eu jamais deveria ter saído com ela, eu fui um canalha.
Sol se levanta.
_Bom, você já disse o que queria, eu vou embora.
Ela já ia saindo, Alberto segura o seu braço.
_Não vai brigar, xingar ou me bater?
_Não, você escolheu, agora fique com a sua grávida, vou mandar o advogado entrar em contato com você, para resolver sobre tudo que compramos juntos. Mas de hoje em diante não quero que dirija uma palavra sequer a mim.
Ela diz calmamente, te tirando a mão.
_Sol eu....
Alberto tenta se explicar.
_Não me chame de Sol, perdeu esse direito quando saiu com aquela vadia.
Sol não chorou na frente dele, não lhe deu esse gosto.
_Adeus Alberto espero que seja feliz.
_Espere Marissol!
Ela a chama.
_Espere o quê? Não tem mais o que se falar sobre isso, acabou e ponto final.
Ela sai da casa com a cabeça erguida. Não se rebaixaria ao nível dele.
Chama um táxi e quando entra, daí sim deixa as lágrimas descerem.
Nunca imaginou que ele pudesse fazer aquilo.
Sol.
Alberto
Sete anos depois.
_Como assim mãe, o casamento da Laisa?
Sol pensou ter escutado a mãe dizer que sua irmã caçula iria casar.
_Isso mesmo que escutou Mirassol, ela irá se casar daqui a exato três meses. E é para você, não adianta arrumar desculpa.
Dona Carmelita sabia que se ela não pressionasse a filha, não iria a esse casamento de jeito nenhum.
Ok,vou tentar ir, estou com muito trabalho na escola, mas vou tentar ir eu prometo.
Sol sabia que se não dissesse o que ela queria ouvir, ela iria até lá, e puxaria sua orelha.
_Por favor filha, faça um esforço, você está longe e eu tenho muita saudade e a queria aqui, então tente vim se não pela sua irmã, venha por mim.
Ela faz uma pausa.
_ Não se esqueça que eu te amo muito, e se eu pudesse, voltar ao passado, jamais deixaria aquilo acontecer com você.
Sua filha sofreu por meses, por causa da traição do noivo na véspera do casamento, e aquilo a deixou traumatizada.
_Eu sei mãe, mas como não podemos mudar o passado. E eu também te amo, vou me esforçar para ir ao casamento da Laisa, eu prometo. Tchau
_Tchau, minha querida. E liga para mim de vez em quando, preciso saber se está bem.
_Ligarei sim. Tchau.
_Tchau minha filha.
Ela desliga o celular.
E se deita na cama cobrindo o rosto com o travesseiro, aquilo devia ser um sonho. Ela sorri sem graça, então a ficha caiu.
_Não pode ser, minha irmã mais nova vai se casar. Como assim, ela acabou de completar dezoito anos. Misericórdia já começar a comparação.
"Ta vendo Mirassol, ela já tá se casando, enquanto você tá aí solteirona."
Ela imita a voz da tia Sônia.
Ela pega o travesseiro e coloca sobre o rosto novamente e grita com raiva dos últimos sete anos e as festas de família que eles apontavam os outros que estavam felizes e ela vivendo sua vida solitária, na pequena cidade de Riacho Rosa.
O celular toca novamente. Pegando vê que era sua amiga Greasy Hana.
_Oi Grazy, está com algum problema?
_Minha nossa,até parece que só ligo pra você quando tô com problemas.
A amiga bufa, e Sol ri. A amiga era boa pessoa, mas não tinha nem um pouco de juízo.
_Não Sol, quero te chamar para sair hoje.
_Sério Gra, hoje é quarta feira, e amanhã tenho que levantar cedo para trabalhar.
Ela se sente casada só de imaginar, em sair no meio de semana.
_Vamos Sol, Breno está aqui em casa e trouxe um amigo junto. E ele quer conhecer um pouco da vida noturna da cidade.
Sol lembra de Breno, é super gato, e muito trabalhador, só que era muito metido e mauricinho,
E se Grazy estava interessado no amigo, com certeza ele também de ser lindo,se não ela não a tinha chamado para sair, ela a conhecia muito bem.
_Eu irei, mas conversa com seu irmão, não me abandone e me deixa sozinha segurando vela como da última vez.
Sol lembra da última vez, elas tinham ido auma festa com ele e um amigo. Brasil, ficou com o amigo, e Breno sumiu, aparecendo só na manhã seguinte. E ela se sentou e bebeu, esperando sua amiga cansar do crush.
_Ah Sol, eu prometo que ele não vai sair e te deixar segurando vela de novo.
Grazy sabia que seria difícil segurar o irmão perto da amiga, mas tentaria.
_Assim eu espero, vou me arrumar, e te encontro lá no barzinho.
_Tchau amiga, te adoro, beijos.
E desliga o telefone sem esperar que Sol se despedir.
_O que eu não faço com você minha amiga louca.
Sol sorri.
A amiga e o irmão eram filhos de um brasileiro com uma sul coreana, por causa dessa mistura os dois saíram com os olhos verdes do pai. Mas Sol os achava lindos.
Sol se olha no espelho, bem não tinha muito o que fazer, ela não era uma mulher feia, mas sem o óculos não conseguia ver nada. Usou uma maquiagem bem leve, e fez uma trança nos longos cabelos e colocou um jeans básico. Olhando o resultado final ficou satisfeita. Ela sai de dentro da casa e monta em sua moto, saindo.
Antes mesmo de chegar já os avista, e minha nossa, Breno estava ainda mais lindo que dá último vez que o tinha visto. E o seu amigo que estava ao seu lado também era muito bonito. Ela estaciona e desce da moto e se aproximar.
_Boa noite.
_Oie Sol, deixa te apresentar, esse é o Alison Barreto, amigo do meu irmão.
Grazy estava toda animada.
Sol o cumprimenta.
_Tudo bem Alison, é um prazer conhecer você.
Ela o cumprimenta.
_ Alison, essa é minha super amiga Sol.
Sua amiga gostava de apresentar ela aos seus amigos.
_O prazer é meu, ouvi falar muito de você.
Alisson era um homem de pele negra de olhos cor de mel.
_ Espero que seja coisas boas.
Ela sorri.
_ Sim, a Grazy falou muito bem da amiga.
Tempo todo, Breno fica ao lado digitando no celular, sem lhe dar atenção.
_Oi Breno, você está bem?
Ele só responde com um aceno de mão sem lhe encarar.
_Não liga, ele tá enrolado com uma moça da cidade, e vem tentando dá um fora nela há dias.
Grazy sussurra.
_Eu não ligo, já estou acostumada, ele sempre me trata assim.
Ela dá de ombro sem se importar. Grazy chega bem perto dela e sussurra.
_Amiga quero sentar bem perto dele, tá, claro você não se importar de sentar perto do meu irmão.
_ Não me importo. Mas essa ficará na conta.
Grazy sorri. Sabia que amiga uma hora cobrava o favor, que ela pagaria com prazer.
Eles se sentam, Sol puxa a cadeira e se senta do lado do Breno, ela observa, sua amiga conversava bem de perto com o rapaz.
_Faz tempo que não vem a cidade. Tem trabalhado muito?
Ela pergunta, tentando quebrar o gelo entre os dois.
_Faz tempo, ando trabalhando muito, e a empresa tem crescido e aumentou muito o trabalho.
Ele responde sem olhar para ela. Não parava de digitar.
Mas de repente ele para e olha para frente e arregala os olhos verdes, colocando o celular na mesa, ela se vira para ela e a segura, lhe beija na boca.
Sol leva o maior susto, como assim ele, a estava beijando. Mas dá mesma forma que começou o beijo, ele terminou.
_O que foi isso, Breno?
Grazy fica admirada com a cena, Sol ainda não consegui falar, estava atordoada.
_Aquela louca da Fabiana, estava aqui. Eu tentei terminar com ela, mas ela não aceitava, então disse que eu estava aqui com a minha namorada.
Ele a encara.
_Sol me desculpe, mas eu disse que eu estava com minha namorada, e ela não acreditou, então veio me ver. Quando a vi, não consegui pensar em nada. Simplesmente te beijei para me livrar dela.
_ Mas você podia ter me avisado, não é verdade, levei o maior susto.
Ela tinha o rosto vermelho, o casal os encarava com espectativa.
_Desculpe mais uma vez, mas eu não tive tempo nem para pensar direito, mas prometo que não acontecerá novamente.
Ele sorri envergonhado.
_Tudo bem, mas você fica me devendo essa, e eu vou cobrar, está me ouvindo, Breno Hana Santos.
Ela sorri divertida, não seria aquele beijo que não passou de um selinho que estragaria a noite.
_Tudo bem, agora que vai querer uma rodada de chopp, eu pago.
Breno sorri, sabia que a amiga da irmã lhe cobraria, mas não se importava, ela sempre se mostrou fiel a sua irmã, e isso contava muito para ele.
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