Olho pela janela do carro as pequenas gotas d' água caindo na janela,apoio minha cabeça nela enquanto as observo estava indo visitar meu futuro marido é tão difícil pensar que me casaria aos 16 eu tenho tanta vida pela frente mas precisaria ficar em uma casa servindo um homem que nem ao menos amo, depois de algumas horas finalmente estamos na casa de meu futuro marido.
-Cassandra,saia - minha querida mãe fala,sabia que ela também havia passado por isso então não a julgo por fazer o mesmo comigo.
-Vamos já estamos atrasados, vocês duas parecem uma lesma - meu pai fala batendo a porta e me puxa sem nenhuma preocupação se estava me machucando.
Ele toca a campainha e esperamos alguém aparecer,mas pelo jeito ninguém havia ouvido então meu pai decide ficar tocando a campainha várias vezes.
-Quem é? - uma voz fala na campainha.
-Sou eu o Roger - meu pai fala envergonhado,pois pelo tom de voz a pessoa do outro lado parecia não ter gostado da atitude dele.
-Vou pedir para os seguranças abrirem o portão - a voz fala e um homem alto aparece e abre o grande portão.
-Venham comigo - o homem alto diz e começa a andar e o seguimos.
A casa por dentro parecia um castelo, meu maior medo era ser a princesa que ficaria presa lá,olho para a escada e lá estava meu futuro sogro e sogra.
-Boa noite - meu pai fala tentando ser educado,mas conheço ele e sua educação é pior que a de uma criança daquelas mal educadas.
-Essa é a sua filha? - ele pergunta me olhando dos pés à cabeça.
-Sim.
-Bernadete chame meu filho - ele fala indo em direção ao sofá.
Vou até o sofá e me acomodo sobre ele, era bem macio melhor que a minha cama,todos olham para cima e o vejo descendo as escadas seu rosto era pálido e sua expressão era de ódio.
-Boa noite futuro marido - falo tentando ser educada,mas ele apenas ignora e vai até a mesa.
-O que vocês estão esperando? - ele grita e todos vão até a mesa - você é surda? - ele fala olhando para mim e o ignoro assim como ele fez.
-Boa noite - dou a chance para que ele entenda o que fez de errado.
-Pode servir a comida Bernadete - ele fala novamente me ignorando e percebo que educação não era o seu forte.
Me levanto e vou até ele e me sento à mesa.
-Espero que goste de lasanha - ele fala olhando para mim com um olhar soberbo.
-Claro, minha comida preferida.
-Bernadete pode servir - ela coloca praticamente a lasanha toda no meu prato e todos olham para mim.
-Coma - ele fala olhando para o prato.
-Não estou com tanta fome - dou uma pequena empurrada no prato,o cheiro estava horrível.
-Odiei ela pai - ele fala se levantando.
Percebo que ele estava tentando tirar uma com a minha cara e me levantei também.
-Você tem algum problema mental? - pergunto olhando em seu rosto.
-Saia da minha casa, acabou o jantar - ele fala subindo as escadas.
Vou em direção a porta e abro com um puxão olho para trás e vejo que os rostos de meus pais estavam sobre mim.
-Eu não irei me casar com um idiota - grito saindo e batendo a porta.
Como meus pais querem que eu me case com um adolescente problemático? Ele simplesmente tentou me fazer comer comida estragada.
-Abre esse negócio - falo para o homem alto que estava na frente do portão.
-Só posso abrir com a permissão de meus patrões - ele fala sem ao menos olhar na minha cara.
Vou em direção ao portão quando ia colocar minha mão sobre ele o homem fala.
-Cuidado vai tomar um choque - ele diz olhando em minha direção.
-Ótimo estou presa - falo me sentando no chão colocando minhas mãos sobre o rosto.
-Dia ruim? - ele pergunta voltando a olhar para frente.
-Vida ruim - falo sem tirar as mãos do rosto.
Meus pais saem da casa vindo em minha direção,pelo rosto de meu pai parece que irei levar outra surra que nem irei conseguir sentar.
-Abra o portão - uma voz fala num tipo de telefone no bolso do homem e ele abre o portão.
-Obrigada - falo e sou puxada pelo braço por meu pai.
-Não converse com empregados.
Ele me empurra para dentro do carro junto com minha mãe e entra batendo a porta.
-Obrigada por estragar tudo,se eu for à falência por culpa sua você irá pagar bem caro - ele fala dando um tapa no volante.
Ele liga o carro e o caminho todo o silêncio predominava naquele carro,até chegarmos em casa onde fui puxada novamente pelo braço até dentro de casa.
-Vou te dar uma lição para você nunca mais desrespeitar os outros - ele fala tirando o cinto
-Não por favor,bate em mim Roger - minha mãe fala ficando em minha frente.
-A conversa não é com você - ele fala empurrando minha mãe no sofá e vindo em minha direção.
Corro mais rápido que eu consigo direto para o meu quarto,mas antes que conseguisse fechar a porta ele empurra me derrubando no chão.
-Não,por favor - falo colocando o braço na frente e sinto ele arder.
Meu pai me puxa para a cama e começa a me bat&r com a cinta eu sentia meu corpo queimar a cada batida.
-Para por favor - imploro meu corpo todo já estava doendo e ele não parava.
Minha mãe chega no quarto e começa a implorar para ele parar se não ele iria me m@t@r.
-Só vou parar por que eu quero - ele fala colocando o cinto na roupa novamente e sai do quarto.
-Filha você está bem - minha mãe corre até mim e tira meu cabelo do rosto e começa a olhar meu corpo.
-Perdão filha - ela chora implorando perdão,mas a culpa não era dela e eu sabia disso.
Coloco minha mão sobre o seu rosto e tudo fica escuro, minha mãe começa a gritar "não" achando que algo ruim tinha acontecido comigo.
-Mãe - falo sem forças para abrir os olhos.
Depois de algumas horas deitada na mesma posição eu crio forças e me levanto mas acabo caindo no chão.
-Ai - grito sentindo todo meu corpo doer.
Minha mãe aparece na porta assustada e me ajuda a voltar para cama.
-Fique na cama - ela fala fazendo carinho na minha cabeça que era o único lugar que não estava doendo.
-Eu preciso ir ao banheiro - falo com a voz fraca e ela se levanta.
-Eu vou te ajudar - ela coloca o meu corpo em cima do dela e com um pouco de dificuldade consegui me levar ao banheiro.
Com o pouco de força que ainda tinha me sento sobre o vaso e faço minha necessidade, quando estávamos voltando para a cama meu pai entra no quarto.
-Parabéns você terá outra chance, espero que não me decepcione - ele fala e sai do quarto.
-O que ele quis dizer? - penso.
-Vou descobrir o que ele está falando - minha mãe fala depois de me ajudar a deitar na cama.
Olho para janela e vejo que já era de manhã fecho meus olhos tentando dormir, mas o sol entrava pela janela me atrapalhando.
-Filha? - minha mãe entra apressada e senta ao meu lado.
-Estou aqui mãe.
-Seu futuro sogro ligou,ele disse que vai fazer um novo jantar sexta a noite - ela fala animada.
-Mãe fecha as cortinas - falo tentando mudar de assunto.
Ela se levanta e fecha as cortinas fazendo o quarto ficar escuro e finalmente consigo fechar meus olhos sem aquela luz horrível.
-Logo você irá se livrar do seu pai,devia estar feliz - ela fala com o semblante triste.
-Um dia vou salvar você mãe - penso.
Ela se levanta e sai do quarto fechando a porta e finalmente depois de um tempo consigo dormir.
-Acorda - meu pai começa a me balançar tentando me acordar.
-Me deixa dormir - empurro suas mãos para longe.
-Você precisa ir para a escola,eu não pago para você ficar faltando a toa - ele diz bravo.
-À toa? -Você quase me m@tou,eu estou toda roxa - falo me levantando e ficando de pé em sua frente.
-Vou pedir para Georgia passar maquiagem nos seus hematomas - ele fala e se retira.
Me sento na cama colocando minhas mãos sobre o rosto, não sei dizer o que estava mais destruído meu corpo ou meu coração,ele era um pai tão bom quando eu era criança como ele se tornou esse ser.
-Filha, você conseguiu se levantar - minha mãe fala ao entrar e me ver sentada na cama.
-Sim - falo chorando e indo em sua direção.
-Logo tudo isso vai acabar meu amor - ela fala me abraçando e fazendo carinho na minha cabeça.
-Eu quero que isso acabe logo - choro em seu ombro.
Ela pega em meu braço com delicadeza e me leva até a cama,em seguida ela pega algumas maquiagens na penteadeira e começa a tapar meus hematomas.
-Prontinho você vai usar calça hoje - ela fala se levantando e indo até o guarda roupa.
-Eu devia ir de saia para mostrar o que aquele monstro fez - falo com raiva.
-Não por favor - ela se ajoelha aos meus pés.
-Tá bom - falo virando meu rosto,como ela pode defender esse monstro.
Depois dela me ajudar a vestir a roupa pego minha bolsa e saio sem olhar para a cara dela,estava com tanta raiva se antes eu não queria casar para ficar com ela agora eu tenho certeza que quero me casar.
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