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De Repente Um Amor Nasceu

Encontro inesperado

Capítulo 1

Antes do primeiro capítulo gostaria de deixar o nome dos outros dois livros dessa trilogia:

De repente casada - livro 1.

De repente amor - livro 2

Lucas - Estou nervoso com meu trabalho hoje!

Faz uma semana que entrei nessa empresa, sou uma espécie de faz tudo, é uma empresa de organização de eventos, meu trabalho basicamente consistente em carregar e descarregar caminhões com as caixas, luzes, decorações e tudo necessário para a festa em questão.

Mas hoje um dos garçons adoeceu e terei que cobrir ele em uma festa chique, eis aí o motivo do meu nervosismo, tenho medo de cometer algum erro e perder meu emprego, o trabalho é puxado, mas pagam bem e com esse dinheiro quero pagar minha faculdade que já está com dois meses atrasada.

Tem vezes que acho que é loucura minha, sonhar com uma faculdade, estou recém no primeiro semestre e já tenho duas mensalidades atrasadas, mas preciso acreditar nos meus sonhos e não posso e não vou desistir agora.

O meu consolo é que o cara que faltou disse que normalmente as gorjetas são boas nesse tipo de evento e é com isso que estou contando para colocar as mensalidades da minha faculdade em dia.

Mas mesmo eu sabendo das gorjetas não diminuiu meu nervosismo, não sou muito bom em lidar com pessoas, tenho medo de me atrapalhar e colocar tudo a perder.

Chegamos no local e a casa é algo que nunca imaginei em ver na vida, isso só por fora, o que indica que por dentro deve ser um luxo ainda maior.

Sou tirado dos meus pensamentos com minha chefe falando comigo:

— Ei, Lucas vai descer para ajudar ou vai ficar aí olhando igual a bobo?

— Desculpa, dona Sandra!

Ela dá um sorriso o que indica que não está brava e eu desço rápido da van, porque hoje não foi necessário caminhão, o evento apesar de chique não é muito grande.

Colocamos tudo em ordem e vou para a van trocar de roupa e colocar o tal uniforme de garçom, em seguida começaremos a servir, saio da van correndo, estou nervoso e quero pegar mais algumas dicas com os outros rapazes, percebo que um dos meus sapatos está desamarrado, então baixo para amarrá-lo corretamente, estou terminando de amarrar quando sinto alguém bater em mim, levanto a tempo suficiente para não a deixar cair.

Brenda - saio correndo de casa como uma fugitiva, para me esconder no jardim, com a pouca iluminação eu consigo ficar desapercebida por um bom tempo e assim atrasar o máximo possível minha entrada em casa, ou melhor, na minha festa de aniversário que meu pai está dando em nossa casa.

Mas sei que, na verdade, é para me exibir para esses executivos babões e irritantes, a procura de um bom partido para mim, do tipo quem da mais, quem oferece mais vantagens aos seus negócios, me sinto uma mercadoria em um leilão, esse é o segundo ano que meu pai faz do meu aniversário uma exposição e a mercadoria a ser leiloada sou eu, não sei dizer o que sinto se é raiva, ódio, tristeza ou dor, talvez seja tudo junto.

Estou completando 20 anos hoje e era para eu estar feliz, mas ao invés disso estou correndo para o jardim para me esconder da minha própria festa.

Saio correndo e olhando para trás para ter certeza que nenhum dos empregados me viram sair e de repente bato em alguma coisa e estou prestes a cair no chão quando sinto um par de braços me segurar antes de eu bater no chão.

Quando olho para ver de quem se trata achando que era um dos seguranças ou algum empregado, me surpreendo com um par de olhos negros nunca visto antes, me olhando com aflição.

Lucas- Desculpe senhorita, não foi minha intenção, eu só baixei para amarrar os sapatos e...

Brenda - Calma, garoto, está tudo bem, não foi culpa sua, eu que vinha distraída.

Ele dá um suspiro de alívio e posso ver o quanto ficou nervoso.

Pelo que estou vendo, você é um dos garçons?

— Sim, sou, sim, vim me trocar e estou voltando para servir, é minha primeira vez, então estou um pouco nervoso.

— Entendo! Vai dar tudo certo, você vai conseguir, mas que tal você me soltar agora?

— Nossa, desculpe, não foi minha intenção, eu fiquei nervoso e...

— Hahahahah, já entendi, não se preocupe

Não segurei a risada com o nervosismo do carinha que me solta como se tivesse levado um choque e por fim consigo tirar um sorriso dele e que sorriso.

— Mais uma vez me desculpe senhorita, preciso entrar para servir e se me permite, não corra mais assim, você pode se machucar.

Saio andando e olhando para a garota mais linda que já vi na vida, ela acena com a mão e abre um sorriso que iluminou tudo a sua volta, sorrio de volta dou um tchauzinho e entro na casa e tudo que até agora eu achei deslumbrante dentro dessa casa perdeu a cor diante da beleza da garota que encontrei no jardim.

Brenda - Foi um susto e tanto quando pensei que cairia no chão, mas valeu muito apena o susto ao contemplar os negros que me olhavam com um misto de nervoso e admiração, as mãos quentes em minha cintura, a proximidade do corpo, nossa que cara lindo.

Penso que é só um Garçom e minha família nunca permitiria qualquer proximidade minha de um garçom.

Sento em um banco do jardim e fico ali e toda vez que fecho os olhos sinto o toque tão real das mãos grandes e quentes em minha cintura, sorrio do nervosismo dele, quando percebe que continua me segurando enquanto trocamos algumas palavras.

Só agora me dei conta de que não fiquei sabendo seu nome.

Acho que hoje será interessante ficar nessa festa.

Penso um pouco mais sobre o assunto e resolvo ir para o salão, valerá a pena aguentar aqueles abutres só para poder olhar um pouco mais aqueles olhos negros.

Entro no salão e olho ao redor para o encontrar, mas não o vejo em nenhum lugar, mas sou infelizmente vista pelo meu pai que me chama onde ele está junto a um grupo de amigos.

Nota de esclarecimento.

Os nomes dos personagens são fictícios assim como a história, portanto qualquer semelhança é um mero acaso.

Garson

Capítulo 2

Demétrio Bernard - Brenda filha, venha cá, quero apresentar alguns amigos.

Esses são senhores Morgam, senhor Petrim, senhor Vila Real e Maxwell, Maxwell você já conhece.

Brenda- Sim, papai, já o conheço, boa noite senhores, boa noite Maxwell!

Boa noite, senhorita, eles respondem.

Maxwell - Boa noite Brenda, você está linda!

— Obrigada Maxwell

Maxwell- Senhor Bernard, me permite passear com a senhorita Brenda pelo salão?

Demétrio - Claro, meu rapaz, vão se divertir.

Maxwell - Obrigada pela confiança senhor Bernard!

Brenda - O engomadinho do Maxwell pega meu braço e enfia no dele já que não fiz nenhum movimento de acompanhá-lo e já começo a me arrepender de ter entrado no salão tão cedo.

Ele fala algumas coisas que não escuto, pois meu foco está em outros lugares, procurando o par de olhos negros e intensos de agora a pouco, então Maxwell me leva até uma mesa e faço questão de sentar de costas para a parede e de frente para o salão vejo aquele par de olhos olhar em minha direção, ele me olha dentro dos olhos por uma fração de segundos e depois desvia o olhar para Maxwell que está ao meu lado.

Logo alguém o chama e ele leva a bandeja até a mesa, coloca algumas bebidas na mesa e se direciona para o bar novamente.

Continuo ouvindo Maxwell falando sem parar de seus feitos maravilhosos, de como ele é super em tudo que faz e se eu não arrumar uma desculpa para sair daqui quanto antes vou acabar vomitando em cima da mesa, porque o ego desse cara é tão grande que já está comprimindo até o meu estômago.

Enxergo Andreina e é a desculpa que eu precisava para deixar o senhor cheio de si e escapar.

Aceno pra ela que entende e vem em minha direção.

Andreina- Brenda, até que em fim encontrei você, preciso falar com você a sós, se você não se importar Maxwell?

Maxwell- Claro garotas, até mais tarde Brenda, depois continuamos.

Brenda- Aceno pra ele com a cabeça sem vontade de responder.

Obrigada Andreina, já estava quase vomitando em cima da mesa, fico te devendo essa!

Andreina- Nossa, você não gosta mesmo do cara!

— Fica meia hora escutando ele falar e depois conversamos a respeito. Risadas

— Que milagre você por aqui tão cedo, depois do ano passado achei que seu pai precisaria obrigá-la a vir.

— E hoje não seria diferente se não acontecesse algo inusitado.

— Ah é e o que aconteceu de tão inusitado que te fez querer estar aqui tão cedo?

— Você não vai acreditar, vai rir de mim e o pior vai achar que sou louca!

— Meu Deus, você está me assustando, risadas

Desci pelos fundos da casa para fugir para o jardim e então ficar o máximo de tempo possível lá, no sossego da noite e enquanto eu fugia olhando para trás para ter certeza de que ninguém havia me visto, eu tropeço e quando penso que vou me estatelar no chão cinto alguém me segurar.

— Um dos jagunços do teu pai já estavam te esperando?

— Não, nada disso!

A princípio também pensei que fosse, mas quando levanto os olhos para ver quem era, dou de encontro com um par de olhos negros me segurando, os olhos mais lindos e expressivos que eu já vi na vida.

— Tinha um homem no seu jardim?

E você não chamou os seguranças?

— Não, garota, ele é um garçom da equipe contratada.

— E o que tem haver esse garçom com você está aqui?

— O que tem haver é que senti algo diferente nele, as mãos grandes e quentes segurando minha cintura, a proximidade do corpo dele ao meu, seus olhos grandes me olhando nervoso, gaguejando ao tentar me explicar, não sei senti algo que nunca havia sentido antes e quero vê-lo de novo, por isso estou aqui.

— Estou pasma, você está aqui porque quer ver um garçom, você perdeu o juízo garota?

— E o que tem isso de mais Andreina?

Falando nisso, olha lá, ele vem vindo.

Lucas - Uma bebidas senhoritas?

Brenda - Sim, um dry martine.

Andreina - Não, não, vamos querer um suco de abacaxi com hortelã e duas pedrinhas de gelo.

Ele sorri em compreensão e pede licença para buscar os sucos.

Brenda - Porque você fez isso, enlouqueceu?

— Quem parece que não está em seu juízo perfeito é você.

Você já imaginou o que acontece com esse rapaz se seu pai desconfia desse seu flerte?

— Que flerte, Andreina, onde você viu flerte?

— Brenda vou colocar um espelho em sua frente para você ver a cara de boba que fez quanto estava falando desse rapaz e quando ele apareceu em sua frente, então, quase escorreu a baba.

— Para com isso, Andreina, você está vendo de mais, já até me arrependi de ter contado.

Andreina - Brenda amarra a cara e fico até com pena dela, sei o quanto a vida dela é enfadonha, cheia de limitações, sou a única amiga que ela realmente pode confiar.

Desculpa Brenda! E então o que você pretende fazer?

Brenda - Nada o que eu poderia fazer, só queria ver ele de novo sentir ele perto mais uma vez, foi tão diferente, tão mágico.

— Tudo bem, aí vem seu garçom mágico.

Ela abre um sorriso novamente e seus olhos brilham ao olhar para o rapaz.

Lucas - Senhoritas seus sucos de abacaxi e hortelã com duas pedrinhas de gelo, posso servil-as em algo mais?

Brenda - Pode, sim, me dizendo qual é o seu nome?

— Acho que não seria apropriado, senhorita.

— Porque não seria apropriado eu saber o nome do benfeitor que me salvou de cair e me machucar.

Ele abre um sorriso e eu paro de respirar, isso não é um sorriso, é a porta do paraíso.

— Meu nome é Lucas, senhorita e só fiz o que qualquer um faria, se me derem licença vou continuar meu trabalho.

Brenda - Andreina e eu assentimos para ele e ele vai em direção a outras mesas.

Andreina - Acorda garota!

Esse é o meu nome

Capítulo 3

Lucas - A festa termina e estamos limpando o salão para irmos embora, começo a carregar tudo de volta para a van enquanto o pessoal dentro do salão está fazendo a limpeza, faltam só duas cargas e termino de acomodar tudo dentro da van, quando estou chegando perto da van com a penúltima carga vejo uma figura pequena e esguia ao lado da porta, não entendo porque, mas meu coração dispara quando percebo que a figura é a mesma garota de mais cedo.

Brenda - Oi Lucas! É esse o seu nome não é? A menos que você tenha mentido para mim.

— Não menti senhorita, esse é o meu nome.

— Que bom, por um momento achei você tão tenso que pensei que tivesse dito um nome qualquer.

Ele sorri e o sorriso dele tem o poder de acelerar meu coração.

— Por que eu mentiria senhorita?

Só não entendo porque da senhorita estar aqui a essa hora na rua?

— É que eu queria agradecer a você, graças a você minha noite não foi tão chata.

Graças a mim?

Não entendi senhorita.

— Me chama de Brenda, esse é meu nome, Brenda.

Mais uma vez ele sorri e sinto uma vontade imensa de me jogar nos braços dele e tocar aquela perfeição de lábios.

— Tudo bem, senhorita Brenda, agora eu preciso voltar ou virão atrás de mim.

— Tudo bem, mas olha, esse é meu número, se você quiser tomar um café, um refrigerante, um sorvete ou jogar conversa fora, me liga e a gente combina.

Ele pega meu número, olha, dobra e guarda no bolso, fico aliviada dele não jogar fora.

— Agora preciso ir.

Saio deixando a garota pra trás antes que eu cometa uma loucura, nunca vi alguém tão doce e tão linda, sempre ouvi dizer que os ricos são metidos a besta, snobes, mas essa garota é encantadora, doce que dá vontade de mimar e proteger.

Termino de carregar a van e nos preparamos para sair, todos entram na van e fico para trás, sou o último a entrar, dou mais uma olhada no lugar e ela sai de trás de um arbusto, dá um sorriso lindo e um tchauzinho.

Sorrio e acinto com a cabeça para que ninguém perceba sua presença ali, entro na van e dou uma última olhada antes de fechar a porta e seguirmos viagem.

Vou o caminho todo pensando no sorriso da garota, em nosso encontro inusitado e acabo sorrindo feito bobo.

Diulhos - Olha o cara sorrindo feito bobo, viu passarinho Verde foi?

— Que sorrindo o que cara, bobo está você, eu estou é aliviado que correu tudo bem, estava muito nervoso, com medo que desce alguma coisa errada.

Sandra- Eu falei que você faria com facilidade, que não é tão difícil assim, você se saiu muito bem, até recebi alguns elogios seus.

— Elogios?

— Sim! Duas garotas disseram que você é muito atencioso e simpático e que gostariam que você pudesse estar presente em outros eventos.

Diulhos - Olha só o cara, eu nunca fui solicitado em outros eventos.

Lucas - Me perco em pensamentos, será que foi ela que fez isso?

Tinha outra garota com ela, mas não me pareceu com cara de muitos amigos, não deve ter sido.

Entramos na empresa e a dona Sandra libera a todos, vou pra casa, entro tirando os sapatos e a roupa pelo caminho até entrar no banheiro, ligo o chuveiro e tomo um banho rápido, estou cansado, mas realizado.

Consegui concluir meu trabalho com sucesso e ganhei uma ótima gorjeta, com o salário da semana vou colocar as mensalidades em dia.

Saio do banheiro me secando, coloco só uma cueca bóxer e me atiro em minha cama e meus pensamentos se enchem da garota, acabo sorrindo, nunca havia visto uma garota tão linda.

Brenda - Amanheceu um lindo dia de sol, saio do meu quarto e vou para a mesa do café, onde estão todos sentados.

Bom dia, família!

Tamara- Bom dia, minha filha!

Meus pensamentos estão no carinha de ontem, o garçom lindo de olhos penetrantes, queria poder conversar mais com ele, mas não tive oportunidade, segui ele com os olhos, ele é focado em seu trabalho, fez com excelência.

Andreina acha que eu sou maluca, já me chamou a atenção várias vezes, mas ignoro, nunca senti nada parecido antes e quero vê-lo de novo, preciso vê-lo de novo.

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