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A Funcionária Preferida

Capítulo 1 - A Deusa Da Juventude

Dean acordou sozinho.

O que era estranho, porque ele tinha certeza de que não estava só quando adormeceu em um sono profundo algumas horas antes.

Algo a ver com uma deusa...?

Maya, a deusa da juventude. Alta, magra, com cabelos loiros cacheados que iam até o meio das costas, e um par de olhos castanhos tão claros que pareciam dourados.

Estranhos olhos magnéticos que brilhavam numa profusão de segredos.

Não que Dean estivesse interessado em desvendar tais segredos.

Maya era apenas uma distração, um modo de colocar o passado e todo o sofrimento do dia anterior.

Dean queria esquecer e se divertir, e a presença de Maya Jones lhe proporcionava isso. Durante algumas horas, pelo menos.

Mas onde estava ela? Lá fora ainda estava escuro e os lençóis amassados ao lado de Dean ainda estavam quentes. Portanto Maya não podia ter saído há muito tempo.

Ele fez uma careta diante da idéia de ela ter, simplesmente, desaparecido noite adentro. Isso era privilégio dele, Dean!

Vinho, jantar e a mulher na cama, sem jamais se envolver, e muito menos permitir que elas lhe invadissem a privacidade.

Claro que era um pouco mais difícil de fazê-lo quando a cama que compartilhavam era a dele!

Porque Maya não morava sozinha, lembrou-se Dean.

Algo a ver com uma companheira de quarto. Por isso, depois do jantar ele voltou com ela para seu apartamento sobre a galeria para uma bebida e outras coisas, quebrando, assim, uma regra inflexível.

Na verdade eram duas regras. Dean deu um risinho nervoso ao se lembrar de que Maya na verdade trabalhava para ele, dois andares abaixo, na Galeria Maxwell situada no andar térreo.

Mas em tempo de desespero é preciso tomar medidas desesperadas, e por isso Dean levou Maya para o próprio apartamento, precisando se perder na beleza macia daquele corpo magnífico.

E foi o que ele fez.

E se flagrou fascinado e encantado, e o fato de Maya não ser uma das mulheres sofisticadas que geralmente ocupavam um espaço em sua vida, acrescentava mais e*c*taç*o à noite. Ao ponto de a dor que Dean sentia ter sido anestesiada, se não completamente apagada.

Ele deu um gemido e junto veio a lembrança do que os acontecimentos da noite anterior significaram para Dean.

Levantando-se para se sentar na cama, precisando se afastar do local daquele sexo fogoso e colocando-se de pé para dar as costas àqueles lençóis desarrumados, ele foi para o banheiro.

Só para dar um pulo repentino ao perceber que não estava só.

Maya, a deusa, estava desligando a luz ao voltar da cozinha com um copo de água na mão. Ela cobria a nudez apenas com o cabelo loiro que lhe chegava até o meio das costas.

Ele sentiu a e*cit*ç*o retornando ao observar aquele corpo dourado com pernas longas e sedosas, cintura e quadris cheios de curvas, seios firmes e apontados para o alto e os mamilos rosados.

Como se implorassem para serem beijados. Novamente.

Dean a percebera na galeria há vários meses, com uma beleza que era impossível ignorar. Mas ele não falara muito com Maya até ontem.

E agora a desejava. Novamente.

— O que você está fazendo?

Perguntou ele ao atravessar o quarto em silêncio para se juntar a Maya, iluminado apenas um abajur de mesa.

Ela ficou sem fôlego só de avistá-lo. Não sabia ao certo como acabara na cama de Dean Maxwell.

Nos braços dele.

Maya se sentira cativada por Dean desde que o vira pela primeira vez.

Apaixonou-se, ou melhor, se perdeu em luxúria, reconheceu ela ao se lembrar facilmente de cada beijo e carícia da noite anterior, totalmente entregue desde o primeiro momento em que Dean a envolveu nos braços e a tocou.

Ou talvez ela tenha se entregado bem antes disso...

Carismático, o americano Dean Maxwell era dono da galeria de arte londrina onde Maya trabalhava, e também dono de outras galerias em Paris e Nova York.

O tempo era igualmente dividido entre as três cidades, com apartamentos de cobertura em cada um dos prédios à disposição dele.

Ela estava trabalhando na galeria há várias semanas quando percebeu um brilho nos olhos do proprietário.

Quando Dean há alguns meses, entrara no escritório, todo poderoso e mostrando uma audácia sem fim ao dar ordens para os outros gerentes, Maya se sentiu como se o ar lhe tivesse sido roubado dos pulmões.

Com mais de l, 80m, um corpo macio e musculoso, com cabelos castanhos escuros, bem penteados e olhos de um azul-profundo, havia um quê de rudeza em Dean que emanava uma energia de tigre enjaulado. E a ameaça de perigo era equivalente!

Nem nos sonhos mais loucos Maya imaginou que Dean a notaria, afinal era uma funcionária iniciante. Na noite anterior, ela estava saindo da livraria quando esbarrou por acidente nele. Mas, em vez de ser recebida com a cara de reprovação que esperava, os dois trocaram um sorriso e se desculparam.

Ela ficou completamente surpresa quando ele a convidou para jantar, sob o pretexto de que ela estava trabalhando ali há vários meses e era hora de se conhecerem melhor. Ficarem mais próximos!

Eles se tornaram muito mais do que conhecidos na noite passada.

Maya tinha certeza de que não havia um só centímetro do corpo que não fora explorado e tocado pelas mãos e lábios de Dean de maneira íntima.

Ela ficou toda envergonhada ao se lembrar daquela intimidade.

E agora a nudez de Dean. Perfeita. Um corpo, como Maya descobriu, que tinha aquela cor-de-oliva, pêlos escuros sobre o peito largo e, mais embaixo, coxas e quadris poderosos.

Ao perceber a exc*taç*o nova em Dean, ela sentiu a umidade entre as próprias pernas enquanto um calor lhe invadia todo o corpo lânguido.

— Espero que você não se importe. Eu estava com sede.

Disse para Dean, ainda segurando o copo de água.

Ele também estava sedento, mas não de água. Pegou o copo das mãos de Maya e colocou-o sobre uma mesa, os olhos ficando escuros enquanto ele se abaixava para beijar-lhe um m*mi*o encantador.

Dean olhou para o rosto dela ao acariciar o sensível biqu*nhiom a língua, sentindo o corpo ainda mais duro quando ela gem*u baixinho de encontro ao pescoço dele, os olhos brilhando como ouro derretido ao inclinar o corpo contra os cílios negros que acariciavam-lhe o rosto em brasa.

Ela era linda, esta deusa da juventude, e Dean queria se perder dentro dela mais uma vez.

Mas agora não para apagar as dolorosas lembranças do dia anterior, e sim porque a desejava com uma força que lhe dizia que não seria possível ser gentil com ela agora.

E Dean nem poderia ser. Ele precisava invadir aquele corpo, mas sabia que ela aceitaria aquele desejo com um fogo próprio. Como já fizera.

Dean endireitou-se para pegá-la nos braços e a beijou, a língua a explorando. Maya passou os braços por trás do pescoço de Dean e lhe acariciou os cabelos castanhos.

Ela estava trêmula quando ele a deitou entre os lençóis amarrotados, as bocas se misturando enquanto uma das mãos de Dean acariciava os b*cos em brasa de seus se*os, com um m*m*lo já duro e e*cit*do, enviando sensações por todo o corpo de fogo e umidade.

Maya acariciou incansavelmente toda a extensão das costas dele antes de trilhar um caminho até a firmeza das coxas, tocando-o naquele ponto, adorando sentir o desejo de encontro à mão. O g*mi*o baixinho que Dean soltou deixou claro que também aprovava a carícia.

Ele se deitou de costas contra os travesseiros enquanto Maya começava a beijar-lhe o peito, depois mais abaixo, no umbigo e mais abaixo ainda, no ponto mais vulnerável.

Ele perdeu o fôlego ao sentir toda a sensualidade da língua dela contra a pele e, ao mesmo tempo, percebeu que seria incapaz de suportar por aquilo muito tempo, que queria se esconder na quentura entre as pernas, dentro dela, levando os dois ao clí*ax trêmulo do qual Dean se lembrava claramente, duas vezes, na noite anterior.

Ele moveu-se para cima do corpo dela, olhando o rosto ex*itad*o ao lhe adentrar o se*o devagar.

Maya mexeu os quadris a fim de se ajustar ao corpo de Dean, recebendo-o dentro de si e começando a se mover com lentidão.

Minutos, horas?, mais tarde, ela engasgou ao sentir a pulsação quente percorrendo-lhe todo o corpo, que tremia e se arrepiava enquanto o prazer fugia do controle, tomando conta dela.

Capítulo 2 - Dean

O êxt*se também tomou conta de Dean, que pulsava deliciosamente dentro de Maya, até se render às sensações do físico.

Depois do amor, ela se deitou com a mão pousada sobre o peito dele, que a mantinha ao lado com o braço ao redor da cintura.

Maya jamais sentira coisa parecida. Os corpos deles pareciam combinar perfeitamente. O se*o foi uma espécie de balde cheio de emoções intensas.

Ela sorriu sozinha ao se perceber feliz, totalmente relaxada e realizada. Realmente podia desabar, apaixonada e sem pensar em nada, nos braços daquele homem. Se é que já não estava apaixonada!

Levando em conta o comportamento desinibido em relação em Dean, ela achava que podia ser o caso.

Que seja. Maya se sentiu mais íntima dele do que jamais se sentira, e se perguntou o que o futuro lhes reservava. Eles passariam o dia juntos? Era domingo, por isso nenhum dos dois precisava trabalhar.

Talvez tomassem o café da manhã juntos? Antes de fazer amor. Então talvez fossem passear num parque da vizinhança. Antes de fazer amor. E depois eles podiam...

Maya, exausta e feliz, adormeceu.

Ao lado dela, Dean estava deitado, insone, com o corpo plenamente satisfeito, mas a mente totalmente desperta.

Maya Jones era linda e desejável, e se entregou a ele de um modo totalmente desinibido que ele considerou irresistível.

Mas era a falta de controle dela que o alertou de que precisava resistir. As algemas de seda de qualquer mulher e aquela união confortável que mantinha uma pessoa presa até que ela não se reconhecer mais. Isto não era para Dean.

Nunca mais. Foi assim que toda a lembrança de dor e sofrimento dos quais ele tentara se livrar naquela noite voltaram.

E ainda por cima Maya era funcionária dele. Intocável, na verdade. Se bem que Dean fizera muito mais do que simplesmente tocá-la!

Ele criara uma situação que sempre evitara no passado.

Desde o divórcio, há dois anos, conhecera várias mulheres, bebera vinho e jantara com elas, levara-as para a cama e saíra sem maiores arrependimentos.

Nenhum dos relacionamentos durou o suficiente para criar qualquer tipo de laço, muito menos um elo emocional. Mas com uma funcionária, algo que Dean sempre soubera e por isso evitara, seria um pouco mais difícil de escapar.

Mas ele escaparia de qualquer jeito. Fugiria e não se arrependeria.

Dean não sabia muito bem o que faria em relação ao fato de Maya trabalhar para ele. A saída mais fácil seria dispensá-la.

Mas não lhe parecia justo que ela perdesse o emprego porque fora para a cama com ele. Na verdade, a maioria das mulheres pensaria que seus empregos estariam mais garantidos depois de ir para a cama com o chefe!

Dean se virou um pouco para poder observá-la enquanto Maya dormia em seus braços. Teria sido por isso que ela se entregara com tamanha boa vontade para ele na noite anterior? Foi por isso que Maya voltou ao apartamento e fez amor com ele?

Se fosse isso, seria uma surpresa e tanto!

Ninguém, nem nada, era capaz de segurar Dean Maxwell, muito menos uma sereia de cabelos loiros e olhos dourados.

Maya quase sentiu vergonha ao entrar na cozinha ultramoderna, algumas horas mais tarde.

Ao acordar sozinha, na enorme cama de casal de Dean Maxwell, tendo as roupas de cama desarrumadas como uma prova do se*o fogoso que acontecera ali tanto na noite anterior quanto naquela manhã, mais cedo, como se Maya precisasse de alguma prova, ela pegou as roupas espalhadas, foi para o banheiro luxuoso, tomou um banho e se vestiu antes de procurar por Dean.

Ele estava ali, na cozinha, de costas para ela e fazendo café, usando calças largas e uma camiseta preta para esconder a nudez.

Maya olhou para Dean e ficou observando o movimento dos músculos das costas enquanto ele se movia, o cabelo castanho, um pouco grande, sempre penteado.

Com 38 anos, 12 a mais do que os 26 de Maya, Dean era sem dúvida alguma o homem mais lindo que ela vira. Perfeito, lembrou-se, ficando ruborizada.

Sem nem um grama de carne a mais no corpo, e com mãos, que a acariciaram com tanto cuidado, grandes e com dedos finos.

E Dean fazia amor com uma arte que demonstrava uma experiência à qual ela estava longe de igualar.

Claro que ele fora casado. Por cinco anos, de acordo com Kate, outra secretária da galeria.

Maya descobrira isso depois da segunda visita-relâmpago de Dean, há três meses, quando ele gritara com todos antes de desaparecer novamente a caminho de aterrorizar a equipe da galeria de Paris.

Kate explicara que Dean podia ser assim às vezes, e que houvera um filho do casamento dele, um menininho que morrera com quatro anos apenas.

A morte da criança precipitara o rompimento e o divórcio dos pais, há dois anos, e às vezes ainda empurrava Dean Maxwell para um inverno de emoções sombrias do qual não conseguia escapar.

Sem se surpreender, Maya realmente não podia imaginar nada mais traumático do que a morte de uma criança.

Mas estas informações intrigantes a respeito do patrão apenas fizeram aumentar o interesse por aquele homem enigmático.

Ela o observava, escondida, quando ele visitava a galeria.

Maya o vira triste e carrancudo durante aquela segunda visita, depois sorrindo raramente e uma vez gargalhando, o que aliviara as linhas de expressão do rosto forte, tornando-o quase um garoto.

Exceto, claro, pela dor profunda que nunca desaparecia daqueles olhos azuis.

Dean aparecia de vez em quando no trabalho, trazendo energia e vitalidade, inspirando as pessoas ao redor com aquela intensidade, fascinando e intrigando Maya, antes de desaparecer mais uma vez, levando toda aquela vitalidade com ele.

Mas nunca, nem nos sonhos mais ousados dela, Dean a convidaria para jantar e passar a noite com ele em seu apartamento.

Ele percebeu a presença de Maya antes mesmo de ouvi-la entrar na cozinha.

Sabendo que ela estava ali, parada à porta, em silêncio, atrás dele, enquanto continuava a preparar o café, Dean atrasava ao máximo o momento em que teriam de conversar.

Conversar era algo de pouca utilidade depois que se passava a noite com uma mulher.

Para ele, a manhã seguinte sempre era a pior parte dos relacionamentos breves e sem sentido que tivera antes e depois do divórcio.

Conversa-se sobre o quê, meu Deus? O tempo? Sobre quem vai ganhar o campeonato de tênis este ano? Ou o torneio de golfe dos Estados Unidos?

Nada disso era assunto para depois da noite de amor!

Mas a alternativa era discutir se eles se veriam de novo, o que era praticamente inaceitável para Dean.

Especialmente nesse caso. Agora ele sabia que cometera um grande erro ao se envolver com Maya Jones e, certamente, não pretendia consertar a situação fingindo que este relacionamento, um caso à toa?, tinha qualquer futuro.

Ah, bem, hora de encarar a platéia, concluiu Dean com impaciência, virando-se para Maya.

Quanto mais cedo se livrasse daquilo, mais rápido poderia voltar à velha vida.

Maya estava vestida outra vez com a blusa de seda preta e calças justas, também pretas, que usara no dia anterior.

O cabelo lhe caía sobre os ombros e a maquiagem tentava, sem muito sucesso, esconder o tom ligeiramente avermelhado do rosto, nos pontos onde a barba de Dean a intensidade daqueles beijos arranharam a pele delicada.

Dean não iria por este caminho! Chega de pensar em como aquela mulher fora intensa e desejosa nos braços dele! Do contrário, acabaria levando-a para cama outra vez.

— Pronta para partir?

Perguntou.

— Ou gostaria de uma xícara de café antes?

Ele estendeu-lhe a cafeteira.

Maya fez uma careta para a falta de sensibilidade de Dean. Ele mal podia esperar para se livrar dela, não é?

Que tolice imaginá-los passando o dia. juntos, conversando, rindo e fazendo amor de novo...!

— Eu... Acho que não, obrigada.

Recusou Maya, imaginando se Dean realmente esperava que ela saísse agora que a noite havia acabado.

Fez-se um silêncio constrangedor.

Capítulo 3 - Incertezas

O que ela está esperando?, perguntou-se Arthur, impaciente. Ele oferecera café, Maya recusara, agora seria melhor para ambos se ela apenas...

— Eu... Talvez seja melhor eu ir embora.

Disse, constrangida, parecendo sentir a

ansiedade dele.

Era quase urna pergunta. Como se ela esperasse que Dean lhe pedisse que ficasse.

Por que ele faria isso? Eles jantaram. Fizeram amor. Gostaram. E agora estava acabado. O que mais queria dele? Porque Dean não tinha nada para oferecer!

— Minha amiga provavelmente está se perguntando onde eu me meti.

Acrescentou ela, franzindo a testa.

Na noite anterior ele sequer se incomodou em saber se a pessoa que dividia o apartamento com Maya era homem ou mulher.

Ele estava ocupado demais abafando, atenuando a dor interior para se preocupar.

Mas de repente ficou curioso e se perguntou se Maya Jones era noiva ou se ao menos tinha um namorado fixo. Ela não parecia o tipo de mulher que se permitia casos fora de um relacionamento.

Se bem que também não parecia ser o tipo de mulher que iria para a cama com ele, e veja só como Dean se enganara!

Isso era extremamente desconfortável, pensou Maya, que continuava parada em pé à porta, sem ter a menor idéia de como deveria se comportar na manhã-do-dia-seguinte.

Provavelmente porque fazia muito tempo desde que houvera uma manhã-do-dia-seguinte para ela!

Não que Maya fosse completamente ingênua, ela vivera um relacionamento há alguns anos, quando estava na universidade.

Mas jamais passara a noite no apartamento de um homem, e já que este homem era Dean Maxwell, seu patrão nos últimos seis meses, o desconforto era dobrado.

Ele parecia meramente aliviado diante da hipótese de Maya sair.

— Tem certeza de que não quer café?

Perguntou distraído ao se servir de uma xícara de café, sem açúcar.

A oferta foi repetida mais por educação do que por qualquer outro motivo, percebeu Maya com o coração apertado, quando Dean se sentou no balcão para beber o líquido fumegante sem nem ao menos olhar para ela.

Ela ficara tão fascinada pela atenção daquele homem lindo e sedutor na noite passada que não conseguiu acreditar na própria sorte quando Dean pareceu corresponder ao interesse.

Mas parecia que ela teria muito tempo para se arrepender.

A saída de Maya para não tornar a situação ainda mais constrangedora do que já estava...

— Estou indo, então.

Anunciou.

— Eu... Obrigada pelo jantar.

Acrescentou de um jeito estranho.

E por tudo o mais, ela poderia ter dito, mas não disse. Depois das intimidades que eles compartilharam na noite anterior, isso seria realmente vergonhoso.

Algo que pretendia jamais repetir, se a condição fosse se sentir assim na manhã seguinte.

Maya parecia um pouco intrigada com a grosseria, percebeu Dean com certa irritação culpada depois de olhar para ela.

Aqueles incríveis olhos dourados estavam alertas e arregalados, e ela ficara ligeiramente pálida diante da falta de entusiasmo dele.

O que ela esperava, caramba?! Que ele faria declarações de amor eterno? Que ele diria que não poderia viver sem ela e a convidaria para acompanhá-lo a Nova York?

Droga, isso é a vida real, não um conto de fadas. E eles são adultos, não crianças românticas!

E se divertiram, mas isso era tudo.

— Vou voltar para Nova York ainda hoje.

Disse-lhe Dean, distraidamente.

— Mas eu ligarei para você.

Acrescentou, sabendo que não pretendia fazê-lo.

Dean jamais deveria ter se envolvido com uma funcionária, por isso certamente não pretendia se encontrar com Maya Jones fora do expediente nunca mais.

Até porque ele sabia que, caso se encontrasse com Maya fora da galeria, eles acabariam na cama, mais uma vez.

Mesmo agora, olhando para o biqu*nho macio daquela boca, para aqueles cabelos loiros e para as sinuosas curvas do corpo sob a blusa, Dean sentiu uma rajada de desejo, uma ânsia sobre a qual estava totalmente determinado a não fazer nada.

Maya, por sua vez, percebeu com pesar que estava mesmo sendo dispensada.

Ela não era tão ingênua a ponto de não saber que, quando um homem diz que vai ligar depois de uma noite daquelas, sem nem ao menos perguntar o número de telefone, significava que ele não tinha a menor intenção de entrar em contato com ela!

Claro que Dean era um pouco diferente e podia, se quisesse, obter o telefone de Maya com o Departamento Pessoal da galeria.

Mas ela não achava que ele fosse fazer tal coisa.

A emoção de jantar com ele na noite passada e das horas que passaram juntos fazendo amor para depois ser dispensada logo de manhã foi a experiência mais humilhante de toda a vida de Maya.

Ela estava demorando demais para sair dali!

Dean percebeu que parecia que ela iria sair correndo do apartamento sem nem ao menos se despedir.

Bem, mas não era isso o que ele queria?

Ele franziu a testa, reconhecendo que não gostaria de ser a pessoa que estava sendo dispensada depois de um caso à toa.

Era sempre ele quem dizia adeus, não o contrário.

Dean levantou-se, sorrindo, e atravessou a cozinha para colocar o braço ao redor da cintura dela e puxá-la para junto de si.

— Adeus, Maya.

Murmurou, evidentemente excitado.

Ela olhou para Dean, com os olhos dourados cheios de incertezas.

Droga, ela tinha belos olhos, pensou Dean, com um ge*ido contido.

Era toda linda, se a memória não o estava traindo. E ele sabia que não estava.

Quem sabe eles podiam se encontrar de novo...

Não! Não seja um idiota, Dean, ele reagiu, de súbito. É melhor deixar as coisas como estão.

Deixe assim e reze para que, com o tempo, ambos esqueçam o que aconteceu.

Dean com certeza tinha a intenção de fazer exatamente isso!

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