Quão profundo pode ser a amizade entre um homem e uma mulher, sem que emoções controversas invadam os dois?
Quando o amor chega, você o aceita ou insiste num relacionamento que já não existe mais?
Aproveite essa história, fique sabendo como incontroláveis sentimentos comandam nossas ações.
Interajam nos comentários expondo suas opiniões.
Evie Thompson
Estamos no seu apartamento, é sexta feira a noite, acabei de chegar do trabalho, estou muito cansada. Porém, quando olho para aqueles lindos olhos amendoados, não consigo dizer não, agora é sempre assim, ele consegue me manipular apenas com os olhos.
Meu nome é Evie Thompson, eu e o Aidan fomos criados praticamente juntos. Vizinhos desde criança em York, cidade no nordeste da Inglaterra, possui muralhas que formam uma passadeira em ambos os lados do Rio Ouse.
Há aproximadamente dois meses atrás, vim morar com ele aqui na capital.
Não foi planejado. Trabalhava no setor de recursos humanos numa filial na nossa cidade natal. Gostava de morar lá, além de linda, possui pitorescas ruas estreitas. Meu emprego me pagava bem, não imaginei que isso ia mudar.
No entanto, apareceu uma oportunidade na empresa matriz que fica aqui em Londres, meu chefe me indicou. Tudo aconteceu muito rápido, eles queriam preencher o lugar o quanto antes, não tive nem tempo de ajeitar uma moradia para ficar.
Cheguei a reservar um quarto de hotel com preço médio para quando desembarcasse aqui.
Então, apareceu o Aidan e me ofereceu hospedagem. Adorei a ideia, tanto de revê-lo, após seis anos, quanto de passarmos um tempo juntos. Me lembrava dele sempre com muito carinho, com um sentimento imenso de amizade e companheirismo. Passamos bons momentos na infância juntos e fiquei alegre de ter a oportunidade de reviver isso.
Tudo estava correndo perfeitamente bem, minha felicidade era genuína, viria para cá e dividiria o aluguel com uma pessoa que era praticamente um irmão para mim.
O que poderia dar errado?
Nada. Foi o que pensei.
Até, que o vi me aguardando na estação de trem, King Cross.
Perdi minhas certezas e algo mudou dentro de mim.
Nossos olhos se encontraram, perdi o fôlego.
Não foi fácil comprovar as mudanças que observei nele. Sua aparência, antes de um moleque magrelo, se transformou na minha frente num homem feito, musculoso e atraente, sua postura esbanjando charme, seu sorriso fácil, leve. O olhar, intenso e sedutor.
Naquele momento, tomei um banho de água fria, busquei dentro de mim as memórias do meu amigo do passado, às imagens não batiam com quem estava à minha frente.
Vi diante de mim, um desconhecido, constatei. O agravante, é que me senti fortemente atraída por ele.
Nos encaramos por um tempo, estremeçi, sorri amarelo sem saber como agir porque, não consegui ver nele o adolescente do passado.
Minha atração foi instantânea, meu corpo respondeu ao dele, meu rosto ficou vermelho, tive certeza de que todos ao redor perceberam.
Ele, alheio ao que me acontecia, veio na minha direção a passos largos e me envolveu num abraço apertado.
Fiquei excitada apenas pelo seu cheiro.
De lá para cá, foi ladeira abaixo. Não estava preparada para que meus sentimentos por ele mudassem tanto desde o último dia em que nos vimos.
Quando ele tinha 18 anos, se despediu de mim para fazer faculdade em Oxford, no Reino Unido.
Continuamos conversando pela internet, chamadas de vídeos e mensagens, mas, nunca mais foi a mesma coisa.
No início, mantinhamos contato todos os dias, depois, o tempo foi passando, ele ficou envolvido com os estudos e o trabalho. Eu, com a escola, outros amigos e alguns cursos, nos afastamos, no fim, nem o número atual dele eu tinha mais.
Os anos foram passando, cresci, fiquei independente e fui morar sozinha. Minha mãe, que continuava vizinha da mãe dele, é quem me dava algumas notícias suas. Fiquei surpresa quando soube que ele tinha voltado para o país, que estava morando tão perto. Ainda estou magoada porque ele voltou e não me procurou.
Sua mãe o contou que eu viria trabalhar aqui em Londres e que não tinha onde morar. Então, como se esses seis anos não tivessem sido nem um dia, da gente longe um do outro, ele entrou em contato comigo e me ofereceu um lugar para ficar no seu apartamento.
Pelo telefone, não houve mudança entre nós, reconheci sua voz, o tratei como meu velho amigo de infância. Conversamos muito, isso aplacou um pouco a tristeza que senti pelo seu pouco caso comigo, de ter voltado e não me procurado.
Aceitei morar com ele na condição de dividirmos o aluguel e as despesas. Ele reclamou inúmeras vezes sobre isso, mas, não mudei de ideia, então, acabou cedendo.
Desde que nos reencontramos na estação, percebi que meus sentimentos não são mais tão inocentes como eram antes. A atração física que sinto é poderosa, tento a todo momento esconder dele e de mim mesma as reações do meu corpo quando estamos próximos.
Ele pareceu não notar o quanto fiquei constrangida no nosso reencontro, do contrário, não teria me abraçado forte ao ponto de me levantar do chão, alegre. Nunca vou esquecer o seu perfume envolvente, fechei meus olhos, aproveitei o momento e até hoje suspiro com essa lembrança.
Nossa convivência se mostrou fácil, ele é organizado, trabalha de segunda a sexta, sai cedo, só o vejo a noite e nos fins de semana. Minha agenda também é parecida, mas, as vezes, como o prédio em que trabalho fica perto, venho para cá no meu horário de almoço.
Gosto de cozinhar, sempre guardo alguma coisa para ele comer quando chegar do trabalho. Digo para mim mesma, que faço isso em agradecimento por ele ter me cedido um quarto no seu apartamento. No fundo, sei que fico esperando algo acontecer entre nós.
Mas, quando penso com clareza, sei que estou aguardando um milagre. Ele me trata da mesma forma de quando éramos vizinhos, minha mente criativa que fica querendo que seus sentimentos por mim mudem, assim como os meus.
E vou levando os dias tentando de todas as formas esconder o que sinto, tarefa difícil porque ele fica me abraçando e beijando meu rosto em cada oportunidade. Sempre me apertando em seus braços ou me alhando ansioso, como agora que está esperando uma resposta minha.
_ Por favor Evie, diga que vai à festa comigo hoje? _ Insiste, seus olhos amendoados me convencem.
Aidan Clarke
Ela está demorando muito para responder. Será que vai dizer não? Estou ansioso como uma criança boba que espera um presente especial.
Quero que me acompanhe hoje para divertirmos juntos, se depender dela, não sai de casa. É jovem demais para não aproveitar sua vida.
Evie me olha nos olhos, noto que seus pensamentos estão longe. Sorrio. Ela passou a fazer muito isso quando estamos próximos.
Não me lembro dela agindo assim no passado, agora faz isso sempre que estamos juntos. Divaga. Eu daria tudo para saber em que mundo ela está, o que passa pela sua cabeça. Encaro seu rosto, lindo e atraente, desde que nos reencontramos, sinto coisas estranhas quando estamos próximos.
_ Tudo bem, vou com você _ abro um sorriso de vitória, envolvo seu corpo num abraço apertado, sou invadido por uma vontade quase irresistível de tomar seus lábios com os meus, balanço a cabeça para voltar a realidade, me contenho.
Está cada dia mais difícil me controlar perto dela. Quero um contato mais íntimo com ela.
Respiro fundo. Sei que ela está alheia ao que se passa comigo, isso faz com que me sinta um cafajeste.
Droga! O meu corpo não deveria reagir assim, ela é praticamente uma irmã para mim. Me esforço para lembrar da nossa infância, convivência, companheirismo e troca de confidências.
Me afasto, a encaro, sorrio feliz, preciso cair na real de que essa é a mesma Evie da minha infância, a mesma amiga e sempre será. Isso não pode ser mudado.
Não vou correr o risco de perder a companhia dela ao meu lado, por um tesão que me toma toda vez que estamos próximos. Mulher para transar é o que mais tem, ela não é esse tipo de garota.
Ela é simplesmente.......linda, penso, me afasto ainda mais. Estou perdendo o controle, não entendo porque isso está acontecendo. Talvez, seja porque é a primeira mulher com quem já dividi uma moradia na vida. Só pode ser isso.
Há dois meses atrás, entrei em contato com ela, a convidei para morar comigo, não imaginei que tinha se tornado essa mulher sexy do caralho. Com um corpo tão cheio de curvas.
Na nossa adolescência, ela não passava de uma simples e inestimável amiga, era reta como uma tábua. Meu sorriso se abre ainda mais quando lembro, daquela menina magricela, sem atributos algum para chamar a atenção dos garotos daquela época. Hoje é uma mulher exuberante. Meu pau que o diga, perto dela estou sempre duro. Essa diaba me enfeitiçou, não paro de pensar no quanto seria bom agarrar seu corpo, beijar cada pedaço dele, a foder como um louco.
Sinto uma fisgada na minha pica, quase gemo de desejo.
_ Você está muito alegre hoje, tem algum motivo especial? _ Quer saber me olhando desconfiada, se inclina para me encarar mais de perto. _ Está me escondendo algo?
_ Claro que não Evie. Estou feliz que aceitou sair comigo. A festa hoje promete _ me ajeito melhor no sofá escondendo a animação do meu amigo lá embaixo. Não quero que saiba os efeitos que causa em mim.
_ Sei, sei. Muita bebida e pegação, como todas as outras em que fomos nesses dois meses _ fala e faz um biquinho com os lábios.
Meus olhos, ávidos por apreciar o jeitinho de ser que só ela tem, fixam na sua boca. Essa mulher é atraente demais para a sanidade de qualquer homem. Meu pau começa a dar sinais mais claros de vida, meus olhos percorrem seu corpo. Ela usa uma saia preta, que ficou curta por que se sentou no sofá, sua blusa branca, é um pouco transparente, consigo ver perfeitamente o soutien claro segurando seus seios volumosos. Quero abrir todos os botões dela e cair de boca na sua pele alva, com certeza macia. Salivo,essa situação cada dia que passa fica pior. Preciso de alguém para transar urgentemente, do contrário, vou atacar Evie como um bárbaro.
Respiro fundo. Eu preciso parar de pensar essas coisas. Deus, tenho que ver nela uma irmã. Isso mesmo Aidan, sua irmã mais nova.
Me esforço para olhar nos seus olhos, tento me acalmar, uso toda força de vontade que tenho.
_ Prometo que você vai se divertir, é jovem, precisa aproveitar mais a vida _ afirmo, tento soar descontraído, mas, na minha mente só consigo pensar em como seria gostoso a levar para a cama comigo.
Hoje, nessa festa vou pegar qualquer uma, preciso disso. Sinto uma frustração sexual que é novidade para mim. Em se tratando de sexo sempre fiz tudo o que queria, não me nego os prazeres da carne. Sou aberto a experimentar situações diferentes desde que me dê prazer.
Nunca fiquei com homens, mas em se tratando de mulheres topo participar de experiências diferentes.
Eu e meu amigo Jack já dividimos mulheres, foi bom demais.
Agora, me vejo na situação de que preciso me retrair para conservar Evie ao meu lado.
Transar com ela não é uma opção, penso, mas meu cérebro me avisa que é só uma questão de tempo para isso acontecer.
Estou fodido!
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