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Renascida - Este Será O Meu Final Feliz

Um quase casamento

A minha vida sempre foi uma farsa, preciso estar sempre com o sorriso no rosto mesmo que a minha vontade seja chorar e me esconder do mundo, ninguém sabe o que passo, poisa reputação da minha família está toda nas minhas costas.

Nem mesmo o meu noivo, que me odeia por sinal, sabe de todos os abusos que já sofri na minha vida, sempre precisei sofrer calada e ainda ter um lindo sorriso no rosto. Quando penso que finalmente serei livre, descubro que o meu noivo tem uma amante, pior que ele não esconde isso de ninguém e os boatos já estão enormes.

— Anda logo Liebe, você não pode se atrasar — Luci, minha odiada, digo a minha amada madrasta que apenas quer o meu bem, está me apressando, hoje é o dia do meu casamento.

— Quer apostar quanto que Held vai providenciar alguma coisa para este casamento não acontecer novamente? — ela não me respondeu com palavras e sim com um tapa tão forte no meu rosto que ficou vermelho na hora.

— Para de falar merda, se você fosse a mulher que sempre mandei você ser, ele estaria agora no meio das suas pernas, mas não, você tem que ser a revoltada que odeia o mundo.

— Não é minha culpa — novamente levo outro tapa.

— Insolente, foi isso que aprendeu naquele internato que me custou muitas regalias? — ela segura o meu rosto com força — Escuta bem Liebe, você vai entrar naquela igreja, vai dizer sim, vai ser a melhor esposa e vai garantir que eu tenha uma vida regada a muito dinheiro, você me entendeu?

Não consegui responder, tenho noção que ela poderia me bater muito mesmo sendo o dia do casamento, não seria a primeira vez que apanhava ao ponto de ficar com marcas pelo corpo onde não ficam à mostra.

Aumento a maquiagem no meu rosto para esconder a vermelhidão pelos tapas, mas minha surpresa foi quando cheguei na igreja e o noivo não estava lá, ele realmente tinha me abandonado, sinto uma fúria enorme percorrer o meu corpo, desta vez eles não me escapam.

Todos me olhavam atentamente completamente espantados pela ação do queridinho Held, todos esperavam o pior de mim, mas dele? Não, ele é o perfeitinho de todos, mas agora o perfeitinho fez merda publicamente e desta vez vou jogar essa merda toda no ventilador.

— Onde pensa que vai? — o meu pai me segura pelo braço assim que estou saindo da igreja.

— Buscar o meu noivo, que deve estar f0dendo aquela erva daninha.

Me assusto quando o pai de Held me estende a chave do seu carro, ele nunca gostou de mim, mas quando o seu queridinho filho assumiu que amava a camponesa indefesa, ele fez vista grossa para mim.

Saio cantando pneu pelas ruas da cidade, elas estavam vazias, afinal o casamento era o evento da cidade e todos, ou pelo menos a maioria, estavam na igreja para o grande acontecimento social.

Chegando próximo da cabana que mostrei a Held, percebo algumas luzes já acessas, claro que ele levaria essa vaca para o lugar onde sempre foi meu refúgio. Cretino, eu vou cortar o seu p@u fora, me espere para ver.

— Será? — fico parada pensando se realmente teria ou não uma @rma no porta luva, Held uma vez deixou escapar que o seu pai sempre andava arm@do e para a minha surpresa realmente tinha uma @rma ali e para minha maior alegria estava carregada.

Nunca usei @rma na minha vida, mas aquela erva daninha seria uma ótima cobaia, afinal sempre tem uma primeira vez. Sorrindo feito uma psicopata, desço do carro tropeçando pelo caminho, pois ainda estou com aquele vestido ridículo do meu casamento.

— QUERIDOOOOO — grito assim que paro na frente da porta, mas não dou tempo deles me responderem @tiro na fechadura me assustando pela sensação que percorre o meu corpo, gostei dessa sensação.

Chuto a porta os encontrando completamente nüs ali no sofá, os dois estrumes estavam tr@nsando enquanto eu passava a maior vergonha da minha vida, Held se levanta e foi inevitável não olhar o seu corpo, ele era um gostoso e cheio de tatuagens nos braços e peito, elas sempre ficavam tampadas pelas suas roupas.

— O que está fazendo aqui Liebe? — a sua voz era firme, mas ele estava constrangido pelos meus olhares.

— Esqueceu que hoje deveria estar se casando comigo e não com estar f0dendo essa vaca? — aponto a arma para Andere que se encolhe no sofá.

— Sei que você é muitas coisas Liebe, mas louca ainda não, então abaixe essa @rma — Held entra na frente dela, o infeliz entrou na frente dela… Cretino, acabo disparando a @rma sem querer pela raiva de nunca ser protegida, todos sempre estão me acusando.

Não consigo pensar em correr, afinal Held correu na minha direção tirando a @rma da minha mão e me jogando com força no chão. Vejo Andere se aproximar enquanto Held apontava a @rma na minha direção.

— Amor, infelizmente esse é o único jeito, sabe que ela sempre vai infernizar as nossas vidas — como a voz da Andere pode ser tão irritante? Sonsa, cobra, vaca, cretina…

— Você que procurou isso Liebe, eu mandei ficar longe de Andere — no segundo seguinte ele atirou, o tiro foi certeiro na minha cabeça, depois disso apenas a escuridão estava diante dos meus olhos.

Finalmente livre

Escuto barulho de carro enquanto estou tr@nsando com Andere. Sei que hoje era o dia do meu casamento, mas deixei bem claro ao meu pai que não vou casar com aquela criatura, ela é cruel, ambiciosa e insana.

— Amor… — o g€mido de Andere me faz esquecer sobre o carro.

— QUERIDOOOOOO — a voz de Liebe ecoa do lado de fora, não tive tempo de resposta e logo escutamos um tiro.

— Não se preocupe, meu amor, vou dar um jeito nela.

— Held, por favor, tenha cuidado, você sabe de tudo que ela já fez comigo.

— Ela não irá tocar em você.

Me levanto completamente nü e ainda er€to pela ocasião, os olhares de Liebe pelo meu corpo eram tão intensos que acabo ficando nervoso e desconsertado, mas o pior é que gosto como ela me olha assim, esse olhar desejo nunca vi em Andere.

Andere esteve ao meu lado no meu pior momento, foi ela que acolheu e não me julgou, apesar de ela ser simples e não ter condição financeira eu a amo, é um amor sem interesses.

Sei que ela me amaria mesmo que eu fosse pobre, afinal ela me garantiu isso, e era assim que eu estava neste momento, quando optei em ser feliz com quem eu amo e que me ama, tenho a noção que serei deserdado.

Isso não é importante, posso trabalhar no sítio dos pais de Andere que fica na cidade vizinha, eles já me acolheram uma vez, agora iram me acolher novamente. Andere, sim, é a mulher certa para mim, sempre amável, carinhosa e atenciosa, ao contrário de Liebe, que odeia sempre o mundo e a todos que estão a sua volta.

Quando Liebe @tirou em Andere ou tentou, percebi pelas suas feições que não era isso que ela queria, mas agora essa era a minha única oportunidade de me livrar de uma vez por todas dessa maluca.

Não penso duas vezes em @tirar nela, não apenas uma e sim até descarregar todas as balas que ainda continha ali na @rma, cada t!ro eu afirmava que agora estou livre, estava tão imerso nos meus sentimentos que não percebi que ela estava com o vestido de noiva.

O vestido de noiva que foi da minha mãe, ele era lindo e perolado, mas agora estava com grandes marcas vermelhas, completamente arruinado com o sangue dessa louca que me deixaria louco também.

— Amor — Andere toca o meu braço.

— Acabou, finalmente vamos ficar juntos e não vamos precisar fugir.

— Ela teve o que mereceu meu amor, você se lembra de tudo que ela já me fez passar, ela tentou me matar diversas vezes e hoje não foi diferente — não, hoje foi diferente, ela @tirou na direção de Andere sem querer, mas se for comparar em tudo que ela já fez isso não era nada.

— Vamos nos vestir e sair daqui — falo já me virando para sair da sala.

— Mas o que vamos fazer com o corpo dela?

— Deixe aí, se ninguém vier buscar algum animal vai encontrar.

— Mas…

— Não vamos mais nos esconder, com Liebe morta não sou mais noivo, então vou pedir a sua mão oficialmente.

Andere pula em cima de mim me beijando intensamente e sinceramente esqueci de tudo que aconteceu anteriormente, os nossos corpos colados eram a melhor sensação que eu tinha nesses últimos anos.

Após tr@nsarmos no quarto saímos da cabana indo em direção a minha casa, ao entrar levo um murro do meu pai e claro um longo sermão de como fui imprudente, se queria ter uma püta para f0der, poderia fazer isso casado mesmo.

— Ela está morta — o interrompo fazendo paralisar no ar — Liebe está morta, Andere não é uma püta, ela é minha noiva e amanhã mesmo estou indo fazer o pedido oficialmente.

— Você a matou?

— Não, pai, você a matou quando deixou ela com a sua arma, sabe muito bem que Liebe não tinha os juízos no lugar e mesmo assim estava me forçando a me casar com aquela louca.

O meu pai não falou mais nada, agora estava livre para finalmente ser feliz. No dia seguinte fiz exatamente o que disse no dia anterior, a notícia do meu novo noivado dividia audiência com as fotos de Liede morta vestida de noiva.

Não imaginei que isso fosse me impactar tanto, mas ela invade os meus sonhos todas as noites e só consigo dormir quando estou agarrado ao corpo de Andere, ninguém sabe desses sonhos e se depender de mim nunca saberão.

O meu casamento com Andere foi exatamente como ela queria, simples e com poucas pessoas, ele foi rápido também, mas isso não me importava mais, eu só queria sair de mãos dados com ela e a apresentar como a minha esposa.

Algumas pessoas nos olham estranho, afinal a morte de Liebe foi dada como desconhecida, ninguém ousaria me prender, a influência do meu pai nesta cidade é muito grande.

Os meus dias com Andere estão cada vez melhores, hoje mesmo ela me contou que está grávida, eu vou ser pai, estou explodindo de emoção. Liebe me parabenizou também ela me acompanha diariamente nos meus sonhos, agora nem o toque de Andere consegue a afastar dos meus sonhos.

Alice... ou devo dizer Liebe?

O meu momento favorito finalmente chegou, acabei de entrar na biblioteca da universidade. Devido ao meu costume de estar sempre lendo, fui convidada pela faculdade para catalogar os livros de uma sessão reservada que foi descoberta esses dias.

Não foi problema algum, afinal os livros são ótimos, mas tem um em especial que me desperta inúmeros sentimentos, não... Sinto raiva mesmo, como uma vilã pode ser tão cruel com o casal fofo, poxa eles se amam, sai logo do caminho.

Já li e reli este livro diversas vezes e hoje não seria diferente, sempre que releio espero que tenha outras palavras aparecendo naquele livro, quero muito saber como Andere e Held foram felizes, será que tiveram muitos filhos?

— Você realmente ama ler — a voz da reitora me fez pular de susto, arrancando gargalhadas de nós duas.

— Sim, mas este é especial.

— Já tive o prazer de ler ele também — a reitora era uma mulher muito reservada, mas sempre me ajudou principalmente contra as piadinhas sem graças em que foram feitas comigo no começo.

— Por favor, me conte o que achou? — os meus olhos brilhantes na sua direção a fez começar a gargalhar novamente.

— Bom, eu gosto do casal principal, mas eles não puderam ficar juntos, ela sempre foi muito incompreendida.

— Mas Andere e Held terminam o livro juntos e felizes.

— Andere era a amante dele, o casal principal é Liebe e Held.

— Não acredito que esteja a defendendo — sinceramente a reitora era uma pessoa muito inteligente, mas com esse comentário sinceramente preciso repensar os meus julgamentos.

— Alice, não se pode julgar sem conhecer o todo, me diga se fosse você a Liebe, o que faria de diferente?

Não consegui responder, pois, uma explosão aconteceu ao lado da biblioteca nos assustando, me lembro de pegar o livro e a minha bolsa e sair correndo. Sem rumo certo, eu corria entre aquelas prateleiras enormes de livros que estavam aos poucos todas caindo em cima das outras.

Tudo começou a escurecer e a ficar em câmera lenta, mesmo vendo aquela estante enorme vindo na minha direção não consigo desviar, os livros caindo em cima da minha cabeça doíam muito, não demorou muito para a escuridão me alcançar.

Então era o meu fim mesmo? Caramba eu nem vivi nada ainda, tenho tantos livros ainda para ler… Espera estou sentindo falta de ar, como isso é possível? Eu não morri na explosão?

— Finalmente acordou, anda logo ou vai se atrasar — escuto a voz de uma mulher que nunca ouvi na vida, ao abrir os meus olhos me espanto, não pode ser… — Anda logo Liebe, não me faça te tirar a força desta cama.

— Sim — após a minha resposta, ela sai do quarto me deixando livre para surtar a vontade.

Merda, merda, merda… Eu devo estar sonhando, eu morri, não eu devo estar em coma e como estava conversando sobre este livro meu subconsciente me trouxe como lembranças.

— Isso mesmo, logo vou acordar, preciso apenas esperar e... — não consigo nem respirar ao ver o meu reflexo no espelho — Não… eu não posso ser ela… não pode ser…

Escuto alguém gritar no quarto, mas ainda não consigo me mexer, logo a porta é aberta e aquela mulher aparece completamente irritada, ela me puxa pelos cabelos para fora do banheiro enquanto um homem fica parado na porta apenas olhando tudo.

— Eu falei para não arrumar mais confusão Liebe.

— Mas eu não fiz… — recebo um tapa tão forte que cheguei a cair em cima da cama.

— Ela está fraca, nem consegue se manter sobre as suas pernas — a voz daquele homem era tão fria e distante que os meus olhos começam a se encher de lágrimas, várias cenas dele se virando e indo embora enquanto Luci me batia fez a minha cabeça doer.

— Hoje não vai sair desse quarto, espero que se recomponha, pois, amanhã volta para o internato.

Eles saem do quarto o trancando em seguida, acabo não conseguindo segurar o choro, pela dor no meu rosto e pelo desconforto de saber que estou no meu livro predileto, mas no personagem errado.

Me levanto correndo procurando pelo livro e pela minha bolsa que estavam comigo no momento que aquela estante caiu em cima de mim, eles devem ter vindo juntos e após muito procurar me jogo no chão já cansada de não encontrar nada tão importante para mim.

Foi neste momento que olho para debaixo da minha cama e encontro diversos livros tanto de romances, fantasia, terror e claro a minha mochila que estava aberta com o livro saindo dela.

Mas não era o mesmo livro que estava comigo e sim o livro da minha vida, assim que abro o livro ele está em branco com exceção da primeira folha que continha um recado escrito por uma letra muito linda.

“Me odiou por muito tempo, então vamos ver como se vai se sair vivendo tudo o que já passei, você só conseguirá sair depois que o livro acabar, boa sorte Alice”

Merda, se não posso sair terei que encontrar outro jeito de viver, pois, não suporto o que Liebe fez, mas pensando bem no livro não consta nada que vi, Liebe tinha esse convívio familiar? Essas agressões nunca constaram no livro, apenas que ela era uma revoltada sem causa.

Neste caso, vou reescrever esse livro, nem que seja de forma forçada.

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