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Coração De Gelo

Barbara Callais

Barbara

10 anos antes...

Alison acaba de preencher minha ficha de internação no hospital maternidade, estou sentido fortes dores, eram as primeiras contrações para Emily nascer, a gravidez havia sido muito complicada, pois eu não tive muitas condições, trabalhei duro a gestação toda, para poder comprar as coisinhas dela, eu era garçonete em uma lanchonete que funciona até altas horas da noite, com muito dificuldade, eu convenci o Alison a assumir a paternidade, ele acabou me tirando de lá, não deixando que eu trabalhasse mais, pois não queria que ele como filho de um grande médico renomado da cidade fosse visto com uma garçonete. Depois de 2 horas na sala de parto, com o esforço que fiz eu acabei desmaiando, a única coisa que ouvi foi o choro dela, pouco antes de adormecer. Acordo, vejo que estou no quarto de recuperação, não me lembro quantas horas havia se passado, com mais clareza, vejo Alisson, que está do meu lado, em uma cadeira, e de cabeça baixa, com um olhar vago, olhando por nada, como se alguma coisa ruim tivesse acontecido, mas eu não tive tempo pra pensar, já fui ligo perguntando da nossa filha.

Barbara: Oi, Alisson meu amor! Como ela é? Se parece com você?

Alisson: Barbara. - Ele me olha com um olhar triste. - Eu sinto muito, a Emily.

Barbara: Cadê ela, quero vê-la!

Alisson: Eu... Eu sinto muito...

Barbara: Por que?... O que aconteceu, onde está nossa filha?

Alisson: Ela... Infelizmente, os médicos, eles tiveram complicações no parto.

Barbara:Oque aconteceu Alisson?

Alisson: O meu pai ele fez de tudo!

Barbara: Não... - Lágrimas escorrem pelos meu rosto. - Me fala o que ela tem?

Alisson: Eles fizeram de tudo, mas infelizmente, nossa pequena, ela não sobreviveu, eu sinto muito...

Barbara: Não é verdade! Eu quero ver minha filha! Não faz isso comigo! - Tento me levantar já desesperada, é com lágrimas descendo feito cachoeira sobre meu rosto.

Alisson: Fica calma, você não ficar nervosa! - Ele me segura, e seu pai. surgir na sala, com uma seringa em mãos.

Pai: Filho segura ela.

Alisson: Meu amor, vai ficar tudo bem! Toma isso aqui, você vai ficar mais calma é voltar a dormir.

Barbara: Não! Eu não quero ... - Essas foram as últimas palavras que saíram da minha boca.

Acordei dois dias depois, eu ainda custava acreditar em tudo que havia acontecido, me sentia presa em um pesadelo que não tinha fim. Alisson me contou que havia cuidado de tudo, enterro o funeral, eu estava em choque, eu nem pude segurar minha filha nos braços, foi tudo tão rápido, foi como uma estrela cadente, de tão rápido que foi, ele me disse que não podia esperar mais pra fazer o sepultamento, ele e o pai que era médico, cuidaram de tudo, sai do hospital de braços vazios, que dizer a única coisa que segurei foi sua certidão de óbito, e uma bolsa com suas roupinhas, que nem foram usadas, após ganhar alta no hospital, fui direto ao cemitério levar flores, é deixar no seu pequeno túmulo.

Dias atuais...

Me chamo Barbara Callais, agora com 28 anos, delegada, uma das mais renomadas da cidade do Rio de janeiro, minha missão: colocar atrás das grades o maior número possível de criminosos, principalmente aqueles que acham que podem abusar de mulheres, só por que acham que nós mulheres somos o tal sexo frágil! É tem outros tipos de homens que só por que tem um pouco a mais de poder, se acham no direito de possuir uma mulher por conta própria, mas comigo é diferente, eu não dou mole, caiu aqui na minha delegacia, é pena máxima.

Pouco depois de perde a Emily, eu resolvi entrar pra faculdade resolvi da um rumo diferente na minha vida, Alisson e eu, nós separamos, ele não aceitava o caminho que escolhi, ele simplesmente desapareceu, nunca mais tive notícias dele, bom de vez o outra vejo ele aparecer em uma capa jornal ou revistas como um do Ceo mais ricos de nova York com uma empresa de carros importados, mas claro tudo bancado pelo pai, que veio a falecer três anos atrás, logo após sua morte Alisson herdou toda a herança, já que era filho único.

Minha vida se resume em trabalhar, e ir pra casa, e nos finais de semana saio com Laura, e a Luiza, que são irmãs, conheci a Laura na faculdade ela agora trabalha comigo na delegacia, e a Luiza está terminando de cursa medicina. No amor, eu acabei me fechando, nunca mais eu soube o que era esse sentimento, depois de perde a Emily, é o Alisson se afastar, eu resolvi me fechar, ficar fria. De vez o outra conheço alguém que não passa de uma noite, eles sempre acham que pode me ligar no dia seguinte, mas bloqueio todos eles pra que não haja nenhum tipo de apego. A minha diversão com certos homens não passa de uma noite, se eles podem fazer isso, por que a mulherada também não! Esse negócio de um pode o outro não é coisa do passado. Como se diz: A gente se usa sem se apegar, a gente usa a cama só pra se amar, uma noite e mais nada.

Barbara Callais delegada, 28 anos

Laura 25 anos .

Luiza 23 anos

Hugo Ayres

Hugo Ayres

É incrível a forma, o jeito, com que o amor chega em nossas vidas, de um jeito doce, alegre, com mansidão, ele nos molda, nos transforma em um melhor que podemos ser, Ahh mas se ele vai embora... Acaba deixando seus rastros de destruição, como um coração amargo, um coração gelado, vazio, e cheio de solidão.

Quando o amor é bom mesmo ele nos muda totalmente, o amor é bom quando se é vivido intensamente, ele meche com a gente balança nosso coração, pela outra pessoa somos capazes de tudo.

Em minha vida amei incondicionalmente uma pessoa a ponto de largar tudo por ela, de me dedicar a ela, mas uma pena esse amor não se reconhecido, não foi valorizado, mas eu como não sou doente, e nem louco a ponto de não perceber o meu lugar, ó deixei ir. Mas agora se eu puder escolher, desejarei ter uma rocha, no lugar do coração, só para não ter sentimentos.

Ser maltratando machuca, é triste, mas enfim eu sobrevivi a tudo isso, estou calejado, cansado, mas por ela eu nunca desistir, ela chegou pra mudar minha vida, me fez enxergar que existe outros tipos de amor.

Sou Hugo Ayres tenho 30 anos, sou motorista de aplicativo, velocidade tá na meu sangue, essa minha paixão, amo dirigir mas sempre conciente, assim eu ganho a vida, sou um homem bem reservado, desde que a Sandra resolveu me deixar, partiu meu coração, deixando suas ambições falar mais alto, ela foi capaz de acabar com nosso casamento em menos de dois anos, e o pior a troco de nada, tudo começo com pequenas crises, ainda nos primeiros meses de casados, acho que ela nunca quis esse casamento, Sandra gostava mesmo era da liberdade dela, as noitadas, os luxos que ela nunca deixou de lado sempre deu duro pra que nunca faltasse nada pra ela mas mesmo assim, acho que nunca fui o suficiente pra ela. Mas um belo dia resolvemos ter um filho, foi aí que tudo piorou descobrimos que um dia nós era infértil, Sandra e eu nunca procuramos saber qual de nós era infértil, seguimos nossas vidas quase que normalmente, até, que Alícia apareceu em nossas vidas, sua chegada, me lembro até hoje, como se fosse ontem. Ela chegar em nossas vidas foi um presente pelo menos pra mim. Mas pra Sandra que era egoísta, e só pensava nela mesmo, quando achei que ia dá certo, que poderíamos ser felizes, Sandra começou a estragar tudo, começou desprezar Alícia, deixá-la de lado, falando que não era nossa filha, que não era obrigada a cuidar dela, que não gostava dela, que aquela vida não era pra ela, então um belo dia, eu cheguei em casa, ela estava de malas prontas, ela juntou suas roupas, as jóias que sempre dei duro pra dar pra ela, e ela se foi, sem olhar pra trás, sem ao mesmo se despedir, Alícia na época tinha alguns meses, acabei ficando sozinho com ela, era só nos dois contra o mundo, com o pouco que ganhava contratei uma babá que ficou aos cuidados dela, enquanto e fazia minha corridas por aplicativo. É o tempo foi passando, e nunca mais fui o mesmo, não me importava mais com a vida amorosa, acabei deixando de lado, me dedicando somente a ela, minha razão de continuar respirando, hoje com 10 anos, é a dona do sorriso mais belo, a dona do meu coração, por ela dedico todos os meus dias. Depois que a Sandra nós deixou, eu nunca mais abri meu coração a ninguém. Como já disse a minha paixão, é dirigir, sou extremamente viciado no desejo por velocidade, poder e liberdade, minha paixão por carros é desde muito pequeno, quando comecei a frequentar a fábrica de carros, onde meu pai trabalha, daí vem toda essa amor.

E o meu brinquedo favorito, ó único, na verdade, e com ele ganho minha vida, um fiat palio atractive, sporting amarelo, todo modificado, e adaptado do meu jeito.

Alicia 10 anos .

Hugo Ayres 30 anos .

Sinal vermelho.

Hugo Ayres

O dia mal amanhece e já começa a correria, levanto cedo, tomo um banho rápido, e desço pra preparar o café da manhã, minutos depois acordo Alícia para se aprontar para o colégio. Moramos em um apartamento simples no bairro de classe média baixa aqui no rio de janeiro. Alguns minutos depois.

Hugo: Vamos Alícia, vai se atrasar pro colégio! - Grito da cozinha, enquanto coloco o café da manhã.

Alícia: Já estou indo pai. - Grita ela de volta do quarto.

Hugo: Desse jeito vamos nos atrasar, mais uma vez, pra variar!

Alicia: Calma, já estou pronta! Uhh ovos mexidos, de novo. - Fala se sentando a mesa.

Hugo: Oque isso, na sua cara? - Falo passando a mal sobre meu rosto.

Alicia: Maquiagem!

Hugo: Vá tira isso imediatamente! Desde de quando, usa isso?

Alicia: Desde quando meu pai, nunca arrumou uma namorada, e eu tive que me virar sozinha!

Hugo: Você não tem idade pra usar essas coisas! Tá querendo impressionar quem no colégio?

Alicia: Relaxa pai! As mulheres usam maquiagem pra ficar bonitas pra elas mesmo! Não pra impressionar alguém!

Hugo: Ahh, meu Deus! Onde foi que eu errei.

Alicia: Agora voltando ao assunto, por que o senhor não arruma uma namorada?

Hugo: Alicia toma seu café! Já estamos atrasados!

DING DONG (Campainha)

Alicia: Deixa que eu atendo! - Sai correndo em direção a porta. - Ah Lucas! Aposto que veio pro café da manhã!

Lucas: Bom dia, pra você também! Senhorita mini Ayres! Cadê seu pai?

Alicia: Terminando de colocar o café, vamos entrem!

Lucas: Mas você está muito bonita!

Alicia: Obrigada!

Hugo: E aí Lucas!

Lucas: Fala brother! Tenho novidades!

Hugo: Fala aí!

Lucas: Arrumei um emprego descente pra você!

Hugo: Ah é! E quem disse que eu quero largar meu emprego atual!

Lucas: Para cara! Com essa merreca que você ganha como motorista, mal da pra pagar as contas!

Hugo: Eu estou bem, obrigado!

Lucas: Olha você poderia arrumar um apartamento melhor, morar em um bairro melhor!

Hugo: Fala logo!

Lucas: E uma empresa, e você vai poder continuar fazendo o que gosta! Carros, só que bem mais turbinados, tô falando cara de carros de luxo! Imagina você pilotando uma Ferrari! Eles estão contratando um motorista particular, para um playboy mimado, que está voltando para o Brasil, pagam uma fortuna!

Hugo: E andar por aí de terno e gravata, recebendo ordens de um mauricinho! Não obrigado! Vamos Alícia! - Falo pegando a mochila dela.

Lucas: Nossa você é muito teimoso!

Hugo: Quando eu quiser um emprego, eu te procuro viu! - Falo abrindo a porta.

Lucas: Ah, tudo bem, mas pensa que daqui há alguns anos Alicia vai fazer facu! E tu vai precisar dessa grana!

Hugo: Está bem, se eu decidir te aviso, mas ate lá deixa eu com meu carro!

Lucas: Qual é cara! Esse emprego paga super bem!

Hugo: Está bem, até o final de semana, te dou uma resposta!

Lucas: Ótimo! E falando em final de semana, temos que sair da umas voltas!

Hugo: Olha tô super ocupado!

Lucas: Qual é? Vamos pegar umas gatinhas? - Cochicha.

Hugo: Cara a Alicia! - Chamo sua atenção. - É além do mais, sabe que não tenho tempo pra isso! E tem a Alicia...

Alicia: Por favor pai, para de ficar arrumando desculpas pra não sair, sabe que posso ficar com o vovô! E também tá na hora de você arrumar uma namorada!

Lucas: Isso aí garota! Tá vendo Hugo até sua filha sabe das coisas!

Hugo: Cala boca Lucas! - Falo entrando no meu carro, e Lucas vai para o dele.

Conheci o Lucas, há três anos atrás, em uma noitada, quando ele voltava bêbado pra casa, ele estava totalmente embriagado, quando se jogou na frente do meu carro, com isso sofreu alguns ferimentos, e tive que levar ele para o hospital, então des deste dia nós tornamos grandes amigos. Ele ainda é meio irresponsável, mas de vez o outro eu coloco um pouco de juízo na cabeça dele, ele tem sido como um irmão pra mim, que nunca tive.

Lucas 24 anos

Depois de me despedir do Lucas, sigo meu trajeto no trânsito, que está horrível, acaba que mais uma vez Alicia chegara no colégio atrasada.

Hugo: Viu porque tem que sair de casa cedo!? Fala sério. - Suspiro fundo.

Alicia: Nossa pai, o senhor precisa relaxar, sabia?

Hugo: Que modos são esse Alicia ?

Alicia: Nada pai, nada! - Resmunga ela olhando pela janela, enquanto a encaro pelo retrovisor. Ainda parado no sinal vermelho, um carro, um carro não, uma máquina estaciona ao meu lado, era uma hilux preta, com os vidros escuros.

Alicia: Uauu! Olha isso pai!

Hugo: Bonita, né filha?

Alicia: Linda! Você podia namorar com uma delas!?

Hugo: Que isso Alicia, eu tô falando do veículo!

Alicia: E eu das garotas, olha como elas estão te secando!

Hugo: Alicia! Que modos são esses garota!?

Enquanto isso na Hilux, Laura que está de vidro abaixado.

Laura: Gente olha isso que perfeição!

Luiza: Lindo mesmo!

Barbara: Não vi nada demais!

Laura: Não estou falando do carro, e sim do motorista! Que gato!

Barbara: Então nada demais!

Laura: Será que ele é casado? Vou perguntar!

Barbara: Laura!!! Por favor se comporte!

Laura: Olha que gracinha, será que é filha dele? Vou acenar! Oi lindinha! - Diz balançando a mão, e sorrindo.

Hugo

No meu carro vejo uma louca balançando a mão e cumprimentado Alicia, que retribuo de volta.

Laura: Se bem que você podia usar seu poder, e parar aquele gostoso, e revistar ele todinho!

Barbara: Laura não fala bobagens! E qual motivo que vou abordar ele? Ah?

Laura: Todos? kkkk o principal: atrapalhando o trânsito com tanta beleza!

Barbara: AFFF! Graças a Deus, o sinal abriu!

Laura: Vou pegar a placa do carro! kkk quem sabe, não puxo a ficha dele!

Barbara: Vai fazer isso fora do seu expediente, né?

Luiza: Laura, você não toma jeito ne garota! Barbara pode me deixar aqui, vai ser uma loucura, você tentar estacionar na frente da faculdade!

Barbara: Tchau Lu, no vemos mais tarde!

Luiza: Até meninas!

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