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O Preço De Ser Diferente.

O noivado de seu primo

Todos se organizavam para o grande dia, era o noivado do seu primo, Nicolau, que fora prometido a Trindade no seu aniversário de cinco anos, ali já se passará dez anos, era dia de festa no clã da família de Clhoe, preparavam as comidas, os barris de chopp, o porco no espeto para recepcionar, os outros clãs ciganos que viriam prestigiar o casamento de seu primo Nicolau e sua noiva Trindade.

Começam chegar às primeiras caravanas. Jeremias e Jenis são irmãos e respectivos pais de Clhoe e Nicolau com suas esposas e filhos aguardam ansiosos na porta para receberem o clã.

Jeremias: Boa noite, senhor Francês,( pai da noiva) é uma honra recebe Los em nossa casa, e em nossa família, cumprimentando com dois beijos como a tradição, a noiva desce linda da bela limosine, com um vestido pérola, brilhante, cordão grosso, cheio de moedas de ouro, brincos compridos de safiras, combinando com suas pulseiras, Nicolau fica deslumbrado já que só a viu uma única vez aos cinco anos de idade.

Casamento entre famílias ciganas são arranjados. Francês segura a filha pelo braço carinhosamente, e a leva ao clã de Jeremias Aristis.

Francês: Jeremias, Jenis essa Trindade minha filha, que será nova filha de vocês, e esposa do menino Nicolau, olhando para o lado e também apresentando a sua digníssima esposa. Esmeralda, uma senhora cheia de pompa como mostra o nome,que vem de braços dados a uma outra moça, de cabelos soltos negros, coturno, saia xadrez, olhos verdes. Francês apresenta sua sobrinha Ceci, seus pais faleceram e ela fora morar com eles.

Todos se cumprimentam, Clhoe fica olhando para Ceci, e Ceci para Clhoe.

Entram para incrível mansão, junto aos outros convidados que estão na festa para firmar o noivado. Durante toda a festa Ceci e Clhoe ficaram se olhando sem trocar uma única palavra. Pai de Clhoe a apresentava para todos os clã exibindo sua filha, e espiando um bom casamento para sua filha, já que era filha única, do chefe do clã da família Aristis, a família mais rica e tradicional no meio do clã cigano Brasileiro.

A música seguia, Clhoe dançava com sensualidade uma dança equivalente a dança do ventre, junto a noiva, o noivo e Ceci, quando suas mãos se encostaram pela primeira vez, e Clhoe puxa rapidamente, pois sente um choque, como se tivesse colocado a mão na tomada, toda molhada. e Ceci, fica sem entender.

Ceci: Desculpe se encostei na princesa, não sabia que mortais não podia lhe encontrar, da um sorriso irônico.

Clhoe sem entender o que sentiu vira a cara, e sai dando rabissaca, toda vermelha e nervosa. Não entendia o porquê aquela moça um pouco mais velha, sotaque estranho, te deixava tão nervosa, e que choque foi aquele que ela sentiu...

Clhoe: Nicolau, a prima da sua noiva é insuportável, e se sua noiva for igual? você conversou com ela?

Nicolau: Não sei se minha noiva é insuportável, sei que é gata, olha o sorriso dela, esse corpo, aceito ela insuportável. e começou a rir.

Isso deixou ela ainda mais irritada. O bom que amanhã quando ela acordasse todos já teriam ido embora de sua casa, e ela poderia se concentrar novamente só em seus livros e seus cavalos.

a madrugada foi entrando, os clãs foram se despedindo e seguindo para suas casas, restantando somente três clãs , Aristis (Anfitrião) Lislin( Pai da noiva tio de Ceci) e Bertin ( Terceiro clã poderoso no Brasil)que falavam sobre negócio. Já que agora, o clã Lislin estava comandando o clã Stenis de Portugal já que sua sobrinha Ceci não tinha dezoito anos e seus pais haviam falecido em um misterioso acidente. E nem seus corpos foram encontrados.

Clhoe pediu licença e subiu para seu quarto, Ceci, Trindade e Nicolau, ficaram conversando e se divertindo na fogueira.

Ceci: Nicolau, qual o problema de sua prima? Ela é muito patricinha, enjoada, não conversa e mimada.

Nicolau: Sorriso, aí percebi que se deram muitíssimo bem , e a recíproca foi verdeira. e aumentou a gargalhada.

Trintade sua noiva acompanhou a gargalhada zombando de sua prima. O sol começou a raiar e os três subiram para dormir enquanto seus pais ainda discutiam sobre dotes, sobre terras e os presentes e os negócios que seus filhos herdariam com o casamento, pois o casamento entre os clãs não passam de um contrato de negócios. junção de empresas. Enquanto os homens decidiam o contrato, as mulheres os serviam, dançavam, bebiam e riam em mesas separadas, já que homens e mulheres nunca sentam juntos nessas ocasiões. Mulheres de um lado, homens de outro.

Já eram meio dia quando todos se recolheram para os quartos da bela mansão do Clã Aristis.

A mansão contava com estábulos para os cavalos de sua filha única Chloe, um lago, piscina, 8 suítes, academia, jardim, era uma bela mansão para nenhum clã botar defeito. Os móveis todos banhados a ouro, decoração divina.

Clhoe foi a primeira acordar e desceu para o jardim.

Madalena: Bom dia menina posso servir seu pequeno almoço? Todos foram dormir quase agora, só uma menina já acordou está no estábulos.

Chloe: Pode sim Mada, e quem está no meu estábulos?

Madalena: É uma moça que veio com a família da noiva, com um falar diferente, e muito gentil.

Clhoe: Ok Obrigada, enquanto você coloca a mesa vou lá olhar o que ela está fazendo com meus cavalos.

Clhoe segue em direção ao estábulos, ao chegar fica de longe observando Ceci, fotografando seus cavalos, o feno, Ceci antes de vim morar com seus tios no Brasil morava em Portugal, e fazia curso de fotografia, só veio devido o trágico acidente com seus pais, meses atrás, Ceci abraçava um lindo cavalo negro l, com crina cumprida e conversava com ele, isso deixou o coração de Clhoe acelerado. Clhoe ficou bamba e esbarrou em um latão fazendo barulho assustando o cavalo e Ceci.

Ceci: Está louca, você nos assustou.

Clhoe: Este cavalo é meu e não está acostumado com outra pessoa por isso está assustado. saindo em passos rápido de volta para o jardim onde ia fazer seu pequeno almoço.

Ceci sem entender nada ficou resmungando, da grosseria destas pessoas e de como sua vida mudou desde o acidente de seus pais, como sentia falta de sua casa, seus amigos de sua vida. Na casa de seus tios não tinha liberdade, não deixavam estudar, comandar sua própria empresa, ou tomar a frente na busca pelos pais dela que ainda não encontram os corpos mais mesmo assim foram dados como mortos. e faltará ainda sete meses para ela completar dezoito anos para poder assumir os negócios da sua família e ter sua vida de volta, até lá teria que aceitar morar com seus tios, onde ela sabia que ele estava desviando dinheiro da sua empresa, por essa razão a mantinha em casa sem acesso a nada.

Madalena: Aqui está seu pequeno almoço menina Clhoe.

Clhoe: Obrigada Mada

Ceci foi chegando, e Madalena colocou outro prato para ela se servir. Clhoe e Ceci tomaram o pequeno almoço juntas em absoluto silêncio. Vez ou outra Clhoe a observava e o coração disparava, olhava a boca rosa, pequena formato de coração de Ceci, olhos grande e verdes, cabelos longos lisos e pretos escorrendo sobre os olhos mesmo presos sobre um rabo de cavalo. Rosto pálidos. E um olhar triste, como se tivesse dentro dela uma dor imensa, e isso despertou em Clhoe uma vontade muito grande de desvendar aquela garota o que doía tanto nela.

Ceci: Por favor pode me passar o pão?

Clhoe passa, e suas mãos se encostam e elas sentem a mão uma da outra, e ficam ali as duas, por alguns instantes, sem reação, portanto internamente sentindo todas as reações do mundo, como se o tempo e espaço tivessem parado, se olham e ambas ficam perdidas uma no olhar da outra, se reencontrando, se reconhecendo, se reconectando, e sem entenderem nada pois nunca haviam se visto.

Nicolau: Boa tarde.

Aquele momento é quebrado com a voz aguda de Nicolau, elas se assustam o pão cai, e ambas sentem seus rostos esquentarem, suas peles pegarem fogo, suas mãos suarem. Mais não entendem nada. Só se recompõe.

Clhoe: Precisa desse escândalo Nicolau

Nicolau: Só dei bom dia. vocês que pareciam estar no mundo de Nárnia.

Clhoe: Está louco, só estava dando um pão para a prima da sua noiva.

Ceci: Eu tenho nome.

Clhoe: Desculpe, eu não sei seu nome.

Ceci: Ceci, meu nome é Ceci.

Clhoe: Ok

Começam a chegar o outros integrantes das duas famílias, Clhoe pedi licença e vai para estábulos cuidar do seu cavalo, Ceci vai para o lago tirar fotos, Ceci deita na grama e não consegue tirar Clhoe da cabeça , fica pensando naquele toque e sente seu corpo queimar, e Clhoe fica intrigada porém tenta esquecer pois acredita que está louca. E logo Ceci já estará indo embora.

O Tio de Ceci, pai da Noiva pede para o pai de Clhoe para deixar Ceci e Trindade na casa dele para que Trindade e Nicolau se conheçam melhor já que o casamento será em um mês e Nicolau mora na mansão ao lado com seus pais, e Ceci para destrair já que está muito recente a morte de seus pais. Jeremias concorda então Francês e sua esposa esmeralda se organiza para partir. Deixando as duas meninas com o clã Aristis.

Encontro de almas

No decorrer dos dias, Nicolau e Trindade se aproximavam cada vez mais, sobre os olhos atentos dos olheiros para que não houvesse intimidades entre eles antes do casamento, Clhoe e Ceci trocavam algumas palavras, se tratavam educadamente porém nada demais.

Nicolau: Clhoe o que você acha de irmos passar o fim de semana na casa de praia?

Clhoe: Se o papai deixar...

Nicolau: Esse fim de semana ele e meu pai estarão viajando para Europa a negócios, então não seremos o centro da atenção e podemos pedir pra sua mãe ir conosco.

A mãe de Clhoe, Laila, casou com Jeremias aos 16 anos, forçada pelo seu pai, chefe do clã Sebis, era apaixonada por Jenis pai de Nicolau, irmão mais novo de Jeremias, nunca foi feliz no casamento, tratada pelo marido como uma fútil, vive bebendo.

Jeremias e Jenis viajaram e deram permissão para irem com Laila para casa de praia com Madalena a governanta da casa e dois seguranças.

Foram duas horas de viagem até a casa de praia, Nicolau fazendo suas piadas, provocando Clhoe, e Trintade, enquanto Ceci no seu mundinho, pensativa, fotografando tudo que via pela Br.

Clhoe: Você Adora fotografar né?

Ceci: Sim, é minha paixão, me faz ver o mundo de outras formas e cores, o que é feio fica bonito, o que não tem cor, fica colorido.

Clhoe: Você não gosta muito de conversar?

Ceci: Olha fica vermelha e da de ombro encosta a cabeça na janela do carro e fica observando a paisagem.

Chegaram a casa, uma linda casa de dois andares, de madeira, com piscina na frente e toda de vidro, subiram cada um para seu quarto e se instalaram. Madalena preparou um lanche para eles e foram todos para piscina. e lá ficaram até anoitecer. Laila já estava bêbada, então Nicolau e Clhoe a colocaram no quarto. Nicolau chamou as meninas para fugirem dos seguranças e irem fazer um luau só os quatro na praia. Sorrateiramente Nicolau rouba um vinho e vão para a praia, acendem uma fogueira e ficam conversando.

Trindade: Eu quero me dar um gole desse vinho Nick.

Nicolau: Toma,

Eles bebem e saem juntos caminhando pela beira da praia deixando só Clhoe e Ceci na fogueira. Ceci bebe todo o restante do vinho que restou na garrafa e Clhoe só observando.

Ceci: Você quer?

Clhoe: Não , Não bebo.

Ceci: Bom que sobra mais abrindo outra garrafa.

Clhoe: Porque você é tão grosseira comigo?

Ceci: Porque sei que você não me queria na sua casa, e nem eu queria está, nem na sua nem na do meu tio, mas só posso voltar para minha casa quando completar maior idade.

Clhoe: E quem te disse que não te quero na minha casa?

Ceci: A forma que você me trata e me olha.

Ao dizer isso, Ceci começa a vomitar, pois não estava acostumada a beber tanto, Clhoe se aproxima perguntando se ela está bem, segurando seu cabelo, e ela mandando se afastar e sai correndo cambaleando para perto da água do mar, e Clhoe a segue.

Clhoe: Você não está bem, calma eu te ajudo.

Ceci: Não preciso da sua pena, nem da sua nem da de ninguém, sei me cuidar. ( vomitando ainda mais)

Clhoe olha para os lados procurando Trindade e Nicolau e não os encontra. Resolve mesmo sendo maltratado por Ceci se aproximar e ajuda lá. Segura pela cintura para que a onda n a puxe e ela possa vomitar. Ceci passa uns cinco minutos vomitando sem parar, quando não tinha mais nada, senta na areia da praia quase desfalecida, pálida e Clhoe ainda a segurando e limpando seu rosto. Quando seus olhos se encontram, se olhavam fixamente, uma conseguia ver dentro da outra, conseguiam enxergar suas almas, sentiram um tremor, terremoto e um vulcão tomarem seu corpo. Sentiram cenas de um filme, passando em suas cabeças, um filme que elas nunca haviam assistido, e de repente Clhoe estava alisando o rosto de Ceci com tanta ternura, acariciando e Ceci, passando seus dedos sobre os lábios de Clhoe. Uma mistura louca de sentimentos, algo que nunca sentiram. Clhoe criada numa redoma da cultura cigana, não podia estudar numa escola convencional, estudava em casa, e seus pais iam arranjar o casamento perfeito com um filho de um líder de um clã poderoso entre os ciganos. Então seu futuro já estava escrito. E Ceci, foi criada livre, seus pais apesar de ser líder de uns dos clã mais poderoso e afortunados do mundo era mente aberta, criou a filha livre, não queria que ela fosse pai mandado do marido como toda mulher cigana, queria que ela estudasse, casasse com que quisesse, e administrasse ela mesma suas empresas. Portanto Ceci já tinha namorado outras garotas, nunca sentiu aquilo.

Ceci puxou Clhoe e a beijou, tocando seus lábios lentamente, descendo sua mão pelas costas de Clhoe, descendo e subindo suavemente,sentiu seu corpo arder parecia que estava com febre, pedindo passagem para língua nos lábios de Clhoe, e Clhoe permitiu e começaram um beijo calmo e ardente, Clhoe sentiu seu corpo ficar mole, e sua vagina molhar, sensação que nunca havia sentido antes, era como se cada segundo do beijo ela quisesse colar mais e mais em Ceci, e puxava mais e mais uma para a outra.

Ceci colocou suas mãos na nuca de Clhoe apertando, enquanto a beijava puxando um pouco seus lábios, e ela soltava uns gemidos baixinhos. Ceci puxou ela para seu colo encaixando suas pernas em suas cinturas para poder sentir lá bem perto, acariciando suas costas, bem devagar, descendo por suas coxas e pernas e subindo, Beijando lentamente seus lábios.

Clhoe empurra Ceci e sai correndo.

Ceci: Clhoe espera, espera por favor

Clhoe desesperada e foge para casa. Ceci corre atrás da de cara com Nicolau e Trintade.

Trintade: O que ouve prima?

Ceci: Não sei. ela saiu correndo, vim ver o que foi.

Nicolau: Ela é assim mesmo, de repente enjoa e vai embora. Vamos subir e dormir para que o segurança não sinta nossa falta.

Eles subiram, cada um foi para seu quarto, Ceci esperou a casa silenciar e foi ao quarto de Clhoe, bateu na porta diversas vezes, chamou e nada voltou para seu quarto e ficou deitada pensando naquele beijo, naquele sentimento. Nunca havia sentido aquilo, o que estava acontecendo com ela, não era o momento dela se apaixonar e sim de lutar para encontrar seus pais e reaver suas coisas de volta. Mas na sua cabeça só vinha aqueles olhos mel, aquele cheiro de amêndoas que vinha de Clhoe que era tão familiar, mas porque era tão familiar? Ela mexia de um lado para o outro e não conseguia dormir.

Clhoe em sua cama chorava como menina pequena, ela foi criada para casar com um cigano que o pai escolheria, de um clã amigo, teria filhos lindo, e viveria feliz sem preocupação e seu único trabalho seria cuidar de seus filhos e sua mansão, o que seu pai faria com ela se soubesse o que ela fez, ela tinha beijado uma garota, como falar isso para alguém, como ela irá olhar para cara de Ceci no dia seguinte, e para as outras pessoas, e porque que ela sentiu aquele arrepios, aquela vontade de beija lá , de sentir o toque das mãos dela, de tocar o corpo, do calor, do cheiro do toque, o seu corpo estava em erupção, será que é normal sentir essas coisas? porque isso tinha que acontecer comigo? Sou uma pecadora, vou direto para o inferno. A cabeça dela não parava de girar e pensar, ela não entendia nada do que está acontecendo com ela, ela rezava para que Deus tirasse dela aquela vontade de beijar novamente Ceci, de estar perto de Ceci, para não decepcionar seus pais, Deus, e a família, ela revirou a noite toda e não conseguia dormir também. Amanheceu, e Clhoe não saiu do quarto, Madalena foi até lá.Toc tic

Clhoe: Quem é?

Madalena: Sou eu menina, vim te chamar para tomar o café, estão todos na mesa.

Clhoe: Mada, não vou descer, estou com muita cólica, não dormi a noite, tomei um remédio, vou descansar um pouco.

Madalena: Está bem minha menina

Na mesa Ceci ansiosa esperando ela descer, Madalena desce.

Ceci: Mada e Clhoe não vem?

Madalena: Não, ela está com dor, tomou remédio, vai descansar, e vocês vão passear aproveitando o dia de sol.

Nicolau:Vamos sim Mada, vamos usar a lancha para ir à ilha querer ir conosco?

Madalena: Não crianças vão vocês .

Ceci inventa uma desculpa e sobe para ir ao quarto de Clhoe, bate novamente, chama.

Clhoe: Ceci por favor estou com dor, volte outra hora.

Ceci: Ok, volto depois mas iremos conversar. precisamos você não poderá ficar trancada para sempre neste quarto. Uma hora ou outra vamos ter que conversar .

Clhoe,: Prometo que vamos realmente estou com dor.

Clhoe precisava ganhar tempo para entender o que estava acontecendo com ela, o que está sentindo, se estava louca, se não foi apenas uma brincadeira de amigas. Talvez amigas na terra dela fazem isso...

O preconceito que há dentro de mim

Ceci saiu com Nicolau e Trindade passou a tarde toda fora, voltando horas depois. Encontrou ainda Clhoe trancada em seu quarto, tomou seu banho, jantou e esperou que a casa silenciasse e foi ao quarto de Clhoe

Ceci: Clhoe por favor abra a porta precisamos conversar.

Clhoe abre a porta mesmo relutante, e senta na cama, com os olhos inchados de tanto chorar, seu rosto pálido todo vermelho. Ceci se aproxima dela, e a abraça, Clhoe se derrete aos braços dela, chora por alguns minutos, até empurra lá e pedir para ela se retirar novamente.

Ceci: Não vou sair, precisamos conversar, preciso saber o que está acontecendo com você.

Clhoe: Não quero olhar para você, estou envergonhada.

Ceci: Do que tem vergonha?

Clhoe: Do que aconteceu ontem, nós beijamos, sou abominável.

Ceci: E porque seria? E porque só você já que eu também te beijei?

Clhoe: Porque eu permiti, meu pai vai ficar decepcionado, ele me preparou a vida toda para ser uma esposa dedicada obediente para meu marido e apoia lo, vou para o inferno,Deus criou homem para a mulher, e nada fora disso, e o que será da minha vida agora Ceci? Não podia sentir isso que estou!

Ceci: E o que você está sentindo Clhoe?

Clhoe: Te falei um monte de coisas e a única coisa que você me pergunta é o que estou sentindo????

Ceci: É a única coisa que realmente importa, Clhoe. Só quero saber se sente a mesma coisa que eu, eu já me relacionei com outras mulheres

Clhoe olha para ela espantada, e com certa irritação

Ceci continua: Mas nunca, nunca senti isso que senti ao te beijar, senti como se te pertencesse, como se já tivesse te sentido antes, como se não fosse a primeira vez, me senti em casa, feliz, calma, e não me sinto assim desde que meus pais sumiram naquele acidente. Você esquenta minha alma.

Clhoe a olha com ternura

Clhoe: Mais isso é errado, somos de uma família de ciganos temos uma tradição a seguir, casamos com homens da nossa mesma linhagem, não nos misturamos nem com quem não é ciganos, nossas famílias jamais vão aceitar isso, será uma vergonha e vão nos matar, fora que perante a Deus é um pecado. Como podemos sentir tudo isso uma pela outra ? Como Deus permitiu isso? O que vamos fazer? Buah Buah

Clhoe começa a chorar novamente, compulsivamente agarrada a Ceci.

Ceci: Deus ama seus filhos, então a única coisa que ele quer e que sejam felizes, e assim nossos pais também, não escolhemos ou decidimos a quem amar, é o nosso coração, nossa alma que escolhe, o que determina quem vai para o céu ou para o inferno são nossas ações, se somos bons como pessoas ou ruins, e não a quem amamos, e sim o nosso maior problema é onde nascemos, nessa etnia, que está ultrapassada, onde usam a cultura, tradição como lei cartilha para benefício materiais, onde usam as mulheres como moeda de troca, em que século vivemos onde nós mulheres temos que nos casar virgens, estudar em casa, para não se misturar com pessoas que não são ciganas, não podemos escolher com quem vamos nos casar, tiram nosso direito de liberdade de escolha só para obter cada vez mais dinheiro e poder. Isso não é tradição, cultura, e sim um monopólio do poder. Meu pai era o grande chefe, tínhamos mais poder e dinheiro que todos os outros clãs de ciganos, sabe porque? porque ele tinha a mente aberta, quando se casou com minha mãe, eles dois se mudaram para outro país e fizeram faculdade juntos, ele a deixou crescer, viveram uma vida feliz, construíram o império juntos e me criaram livre para eu fazer minhas escolhas.

Clhoe: O que ouve com seus pais? Soluçando

Ceci: Um acidente, os corpos estão desaparecidos, estão dados como mortos, desde então meu tio assumiu as empresas e fui obrigada a vim para o Brasil e minha vida virou um inferno, antes eu travava com meus pais. E hoje vivo trancada, sei que meu tio é corrupto e queria e tinha inveja do meu pai. Até ontem a minha vida estava vazia e sem sentido. hoje me sinto feliz por você existir.

Clhoe abraça Ceci, e a beija, um beijo suave, seus lábios se tocam calmamente, é uma mistura de alívio, medo, dor e felicidade. Naquele instante elas estavam completas, se abraçavam, beijavam, se acalmavam. Como se nada e nem ninguém existissem no mundo real. E ali mesmo adormeceram.

Ceci acorda assustada quando ouve a voz estridente de Nicolau passando pelo corredor, se levanta e sai de fininho para o outro quarto, faz sua higiene, e desce para o café da manhã, Clhoe já está sentada a mesa com um sorriso lhe esperando, Laila senta a mesa.

Laila: Clhoe que sorriso é esse? Parece que viu um passarinho verde?

Clhoe: Nada mamãe, amei meu livro novo.

Laila: Só livro e cavalo para tirar um sorriso seu mesmo. O menina sem graça. E você Ceci, o que mais gosta de fazer em sua terra natal? se mulher como nós pode fazer alguma coisa.

Ceci: Senhora, eu amava minha faculdade de fotografia.

Laila: E você fazia faculdade? Diz espantada

Ceci: Sim, e trabalhava com meus pais também na administração das empresas.

Laila: O seu pai não era o chefe do Clã Stenis? o todo poderoso?

Ceci: É sim, mais o meu pai era muito mente aberta e o poder dele vinha dele acreditar na liberdade de escolhas, das pessoas independente de sexo serem livres, ele seguia a cultura, a tradição, tinha muito orgulho de sua etnia de ser cigano, mais acreditava que a tradição estava ultrapassada que precisava mudar, que as mulheres precisavam ter voz ativa, tanto quanto os homens porque somos até mais inteligente que eles.

Laila: Nossa, seus pais devem ter sido pessoas muito especiais, agora entendi porque os queriam fora.

Ceci: Han? O que a senhora disse?

Laila: Nada não minha filha, falei nada.

Ceci ficou pensativa, já sabia que os outros clãs viam seus pais como ameaça pela forma que eles pensavam e geriam seus impérios, e por ajudar muitas meninas que fugiam de suas famílias por não quererem casar com noivos arranjados e forçadas. Se ela já tinha dúvidas sobre o misterioso acidente começou a ter ainda mais, então começou a pensar que faltavam poucos meses para completar seus dezoito anos e assumir definitivamente sua empresa e poder resolver esse mistério.

Os dias na casa de praia foram ótimos os quatro entram em uma sintonia maravilhosa, brincavam na piscina, caminhavam a beira mar. até Laila se aproximou dos meninos e de sua filha, já que a relação delas era distante pois via Clhoe como a filha de Jeremias, o homem que ela foi obrigada a casar, e aos poucos foi percebendo que Clhoe tem mais dela de que Jeremias, e suas conversas com Ceci abria a mente de Laila para que nem tudo estava acabado, mesmo ela está em um casamento forçado por anos, ainda existia esperança de ser livre.

Clhoe: Hoje é nossa última noite na casa de praia, posso dormir no seu quarto?

Ceci: Óbvio que sim, risadinha. Quando todos dormirem você vai, vou deixar a porta destrancada.

Clhoe: Está bem.

E assim foi feito por volta da meia noite Clhoe chega ao quarto de Ceci, tranca a porta e entram em seu mundinho particular.

Ceci acaricia o rosto de Clhoe beijando o delicadamente, até chegar em seus lábios, trocam beijos apaixonados, Ceci vai a sua orelha e mordisca arrancado suspiro, descendo suas mãos até a alça da blusa de Clhoe, puxando a, deixando a mostra teus seios, Ceci os acaricia, e eles ficam excitado, Clhoe estica pata trás, soltando um suspiro, Ceci beija os seios de Clhoe, passando a língua bem devagar no biquinho e sugando, Clhoe geme, Ceci volta a beija lá esfregando o seu corpo no dela. Ambas estão molhadas, ofegante se querendo. Ceci olha para Clhoe e pergunta.

Ceci: Você me quer?

Clhoe: Quero, quero muito, mas não sei como fazer , é minha primeira vez, em tudo, você foi meu primeiro beijo. Envergonhada

Ceci Olhou para ela, seu coração se encheu de felicidade, como aquelas palavras te dava a sensação de estar em casa? Como ela queria que Clhoe tivesse sido seu primeiro beijo também, parecia que ela a conhecia a vida toda que a esperava por ela. Era a primeira vez das duas. Ceci: Também será minha primeira vez, então merecemos um lugar sem pressa, um lugar onde possamos ficar à vontade e confortável, vamos nos programar para isso, semana que vem é o casamento de Trindade e Nick, então estaremos todos ocupados, e podemos ir para a casa mais cedo. E assim ficaremos só você e eu e teremos nossa primeira noite de amor .

Clhoe: Sim, nossa primeira noite, para uma vida toda, quero sempre estar com você meu amor. eu te amo Ceci Stenis

Ceci: Também Te amo, Clhoe te amei e amarei em todas as minhas vidas.

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