No castelo da Imperatriz
Salya, a imperatriz dos demônios, também conhecida como Imperatriz solitária, estava em seu dia de spa quando Kiara, sua serva, entra em seu quarto para fazer um comunicado.
Salya
Kiara
– Milady, há um subordinado do Lorde Dominic pedindo para falar com a senhora – disse Kiara, enquanto observava Salya receber suas massagens.
– Ora ora, quem diria não é mesmo, Kiara? – debochou, Salya. O seu tom de voz era sempre sedutor e provocante, era uma marca dela.
– Eu também não entendi, Milady. Mas ele insistiu. – Kiara afirmou, com um ar de sorriso no rosto.
– Mande-o entrar – Salya lançou um olhar que só a Kiara entendia, queria dizer: "Irei me divertir!"
– Por favor senhora, não ultrapasse os limites da coexistência! – Kiara alertou rigidamente e saiu em busca do rapaz.
Vlad Londor
Momentos depois Kiara retornou.
– Aqui está ele, se chama Vlad Londor, o servo do Lorde – Kiara fez o sinal para que ele entrasse no quarto de Salya.
– Então essa é a criatura que o Owen mandou – Salya o olhou e começou a rir – Aiai, aquele Owen, porque mandaria alguém assim tão frágil até mim?
As servas que estavam lhe fazendo as massagens riram junto.
– Milady, o meu senhor, me pediu que lhe trouxesse este convite – ele retirou do paletó preto o convite. Este que era do mais fino papel, com o brasão dos Dominic e detalhes em puro ouro.
– Leia-o para mim – ordenou a Imperatriz.
– Sim senhora – Vlad limpou a garganta e começou: " Eu, Owen Dominic, líder dos vampiros, a convido para o baile centenário, Imperatriz. Sua presença é de extrema importância para mim, e eu gostaria muito que comparecesse."
– Tão educado... não acha, Kiara? – ela olhou para a sua serva.
– Certamente. Acho que ele deseja se redimir com a senhora – Kiara a olhou firmemente, Salya sabia que Kiara queria muito que ela aceitasse.
– Você, venha até mim, cria do vampiro – ordenou ao rapaz.
Vlad congelou por um instante e lançou um olhar a Kiara, que quase o matou com outro olhar.
– Sim senhora – ele se aproximou de Salya.
– Massageie os meus pés, uma imperatriz tem muito trabalho e acaba cansada demais – Salya o olhou de cima, deixando clara a insignificância que ele tinha para ela.
– Senhora, isso não é um pouco... demais? – Vlad perguntou, fracamente.
– Você ousa me questionar, cria do vampiro? – os olhos dela ficaram negros como a mais infinita escuridão.
- Certamente não, minha senhora. Foi um devaneio da minha mente apenas, perdoe-me – o rapaz contornou a situação e logo começou a massagear os pés da Imperatriz.
– Foi o que eu pensei – a imperatriz pegou sua taça de vinho e voltou a se recostar na banheira – Kiara, cuide para que eu não seja novamente incomodada enquanto eu estiver no spa.
– Como desejar minha senhora – Kiara caminhou até a imperatriz e beijou o rosto dela, em seguida saiu dos seus aposentos.
No palácio do Lorde
Owen Dominic
“O que será que aquela maldita sem piedade fez com o Vlad...” – o Lorde estava perdido em seus pensamentos enquanto admirava a lua da varanda do seu quarto. Tomando uma taça de sangue fresco.
“Eu não devia tê-lo mandado, mas ela não aceitaria o convite se não fosse desta forma, ela deve ter ordenado que ele limpasse o assoalho do quarto dela com a língua.” – continuou a pensar, até que ele viu Vlad chegando, 5 horas depois de ter ido até o castelo da Imperatriz.
Owen deu um pulo da varanda, e aterrissou bem na frente de Vlad que tomou um belo susto.
– Mestre! Você quase me mata! – coloca a mão no peito e respira profundamente.
– Você demorou tanto, o que ela fez você fazer? – Owen perguntou, bem curioso por sinal claramente achado a situação um tanto divertida.
– Mestre!!!! – Vlad abraçou Owen, que revirou os olhos – Ela me fez massagear os delicados e cheirosos pés dela.
– Ah, que ótimo! Achei que ela tinha torturado você – Owen respondeu com desdém.
– Mestre... como pode ser tão frio? – Vlad agia de forma dramática e cômica – Cada vez que eu apertava no lugar errado ela simplesmente me dava uma chicotada!
– Ela tem um senso de humor impecável. – respondeu Owen, admirado.
– Não é pra ficar impressionado Mestre! – suplicou Vlad ainda de forma dramática.
– Tá bom, eu parei. Mas e aí... ela aceitou ou não? – Owen mudou para um olhar de seriedade.
– Sim senhor, ela virá ao baile – suspirou profundamente.
– Você está liberado Vlad, obrigada – deu um tapinha no ombro de Vlad e usando sua super velocidade foi até a floresta da escuridão.
Na floresta da escuridão
Dois amantes de longa data sempre se encontram naquele lugar tão especial para eles, lugar que eles mesmos nomearam de Cachoeira Luminae, por serem ali os momentos mais iluminados de suas vidas, e pela cachoeira ser uma grande fonte de luz mágica, com habilidades de cura mais fortes de toda Zerkir.
Cateline, a líder das sereias, estava recostada no peitoral de seu amado Gildor, o rei dos elfos. Enquanto ele trançava o longo cabelo da sereia, ela o perguntou:
– Gildor, você pretende comparecer ao baile centenário do Lorde Dominic? – sua voz era calma, doce e sutil.
Cateline
– Eu irei minha amada, nós sempre nos entendemos muito bem, não vejo motivos para recusar o convite – sua voz era grossa e bem presente, mas sempre que falava com Cateline era gentil.
Gildor
– Ele a convidou... – a sereia o olhou fixamente – sabe que não somos melhores amigas.
– Isso não deveria te impedir de estar nos convívios sociais entre as espécies rejeitadas – Gildor a advertiu.
– Eu concordo, Gildor — a voz tentadora e provocante de Owen ecoa pelas árvores — E sim, Salya estará lá, ela confirmou a sua presença – disse o Lorde que apareceu repentinamente, ele estava de pé no galho de uma das grandes árvores que enfeitavam ao redor e fazia daquele, um lugar bem mais íntimo.
– E o que você quer aqui? – Cateline perguntou, entre os dentes.
– Eu vim avisá-los, apenas. Achei que seria justo se soubessem de antemão, por mim, o anfitrião. – Respondeu, no seu melhor tom indiferente.
– Tenho certeza de que não veio apenas por isso, fale de uma vez, Owen. – exigiu Gildor, impacientemente.
– O meu jardim amanheceu cheio de corvos mortos – disparou seriamente, o Lorde.
– Isso... é um mau presságio! – exclamou Cateline, a preocupação instaurada em seus olhos.
– Havia resquícios de magia, isso foi um recado. Algo está para acontecer – Corrigiu, o Lorde.
– Então, mais do que nunca você precisa que estejamos na festa, pois não sabe o que estão planejando, de onde virá e nem onde será. – Gildor concluiu a análise perfeitamente.
– Exato e... – O Lorde concordou e acrescentou: – Eu não fui muito gentil com a Salya no último baile, eu preciso me redimir.
– Você não deve nada àquele demônio, ela faz muito pior. – Cateline expressou o seu desgosto.
– Ela nunca faz com as raças rejeitadas, a não ser que a ataquem ou entrem em seu território. – rebateu o Lorde.
– Parem vocês dois. – O rei dos elfos interviu.
– Perdão pelo incômodo, já vou indo — disse Owen e em seguida desapareceu pela mesma escuridão em que chegou.
No baile centenário
As portas do castelo do Lorde Dominic estavam abertas, pessoas de todas as raças estavam presentes no local, comendo, bebendo e dançando. Não era esta uma festa típica, era animada e liberada para os seus tipos de diversões, o Lorde estava sentado na parte mais alta do salão, dali ele enxergava a tudo e a todos, avistava cada um que entrava. E o seu braço direito, Vlad Londor estava lá com ele, de pé ao seu lado, também atento a cada situação que ocorria.
– Senhor, Jacob Liones e sua namorada Sarah Mali chegaram. – disse Vlad enquanto olhava atentamente a entrada.
– O engomadinho filho do marquês e a namorada v4dia dele. – Owen permaneceu sério, com o cotovelo apoiado em seu joelho direito e a mão no queixo.
– Agora chegaram, o rei Gildor e a senhorita Cateline. – disse Vlad.
– Traga-os até mim. – Owen se levantou, e Vlad acatou o seu pedido, segundos depois Cateline e Gildor estavam a frente de Owen.
– Agradeço a presença, espero que se divirtam. – falou Owen, animado.
– Você bem sabe, o que mais odeio na face da terra é ficar perto de humanos, e aqui tem um monte deles. – Gildor respondeu entre os dentes lhe dando um sorriso desgostoso.
– Se eu não os convidasse, sua amada sereia e eu ficaríamos sem comida essa noite. – Owen falou com malícia e em seguida sorriu exibindo seus caninos afiados.
– Ela já chegou? – perguntou Cateline, secamente.
– Senhor, a Imperatriz e sua serva Kiara chegaram. – disse Vlad, um pouco animado demais.
– Falando no diabo... – disse Gildor.
– Fique tranquilo, eu mesmo irei recebê-la. – Owen piscou para Vlad e cumprimentou Cateline e Gildor, em seguida foi ao encontro de Salya.
A imperatriz solitária olhou ao redor e sorriu animada, o cheiro de álcool e comida estava por todo o lugar, mas logo ela sentiu a aura de Owen se aproximando.
– Quem diria que você me receberia pessoalmente – disse Salya, em seu tom sedutor e provocante, com um sorriso tão malicioso quanto suas palavras.
– Lorde Dominic, é uma honra estarmos aqui esta noite, o seu castelo é realmente muito belo e agradável – disse Kiara. Lançou um olhar de repreensão à sua senhora e sorriu gentilmente para o lorde.
– Kiara, você é de uma elegância e educação surreais – Owen respondeu e pegou delicadamente na mão de Kiara, onde deu um beijo nas costas da mão direita dela. Em seguida olhou nos olhos de Salya, uma forma clara de resposta a sua provocação. – Vamos nos juntar aos outros, há uma mesa reservada para nós, no melhor lugar do salão.
– Eu não esperava menos de alguém que precisa de um favor meu – a imperatriz o alfinetou e tomou a frente do caminho.
Logo eles seguiram para a mesa onde já estavam Cateline, Gildor e Vlad sentados. Assim que as viu, Vlad se levantou para cumprimentar as senhoritas.
– Milady Salya, é um prazer revê-la, está muito bela como sempre. – Vlad se curvou a Salya.
– Olá cria do vampiro, eu quero algo para beber e comer. Pode ser esses chocolates dos humanos – Salya pediu e logo se sentou, olhando de forma sedutora a Gildor.
– Senhorita Kiara, a sua beleza é capaz de ofuscar até mesmo a luz da lua, sinta-se em casa por favor. – disse Vlad, cordialmente. Então beijou a mão de Kiara e puxou a cadeira para que ela se sentasse.
– Eu agradeço a hospitalidade senhor Londor – Kiara sorriu graciosamente e se sentou, seu rosto ficou visivelmente corado. Algo que foi notável para todos que estavam sentados à mesa.
Owen e Salya, reviraram os olhos com aquela cena dos dois, Vlad então deu ordens para que os servissem e logo a mesa estava cheia de bebida e comida.
– Eu confesso Owen, essa comida é de alta qualidade, e os convidados... – Salya olhou de cima para Gildor e Cateline, e sorriu. – ... também são.
– Posso dizer o mesmo, Lorde Dominic – Cateline levantou a taça de champanhe que estava bebendo e sorriu mostrando seus dentes afiados a Salya, a tensão entre aquelas duas era quase palpável.
– Vamos direto ao ponto Owen, o que você quer de mim? – perguntou Salya lançando um olhar fatal para o Lorde.
– Querida imperatriz, sempre tão direta... – Owen respirou profundamente – Os três rosários estão me ameaçando.
Todos os que estavam sentados a mesa olharam surpresos para Owen, como se tivessem ensaiado.
– Explique isso melhor, Owen. – disse Gildor, com uma aparente preocupação em seu tom de voz.
– Descobriram de alguma forma que o pó das dimitrias é letal aos vampiros – Owen mantinha um olhar pesado e fixo em Salya.
– E o que exatamente ela tem a ver com isso? – Perguntou Cateline, desconfiada.
– Só o meu poder é capaz de curá-los – Salya sustentou o olhar firme do Owen, com os seus lábios se curvando em um belo sorriso. Nunca perdendo a maldade necessária em sua voz.
– O que é tão engraçado nisso, imperatriz? – Perguntou Gildor, confuso e interessado pela situação.
– O sentimento de poder que isso dá a ela – respondeu Owen, com os dentes cerrados. Mas ainda mantendo a postura galanteadora e convidativa.
– Mas ainda assim, como ela sabe disso? O ponto fraco dos vampiros... – perguntou Cateline.
– Não é algo que alguém como você iria saber, querida. – Salya provocou a sereia, que se levantou abruptamente e começou a evocar seu poder, fazendo com que seus olhos azul-oceano brilhassem. Salya por sua vez permaneceu sentada e sorrindo com aquele ar de superioridade, observando cada escama brilhante no corpo da sereia enquanto Gildor a segurava.
– Não consegue nem cinco minutos sendo um pouco mais agradável – Gildor repreendeu Salya, e então conseguiu acalmar Cateline, com um toque gentil em sua coxa.
– Guarde suas lamentações para você mesmo, Gildor – Salya o olhou com a mais profunda indiferença, mas os olhos dela brilhavam bem negros – Você não deseja ter-me como sua inimiga.
Gildor pesou sua expressão, estava profundamente irritado com Salya mas permaneceu calado.
– Por favor, hoje é dia de comemorarmos, vamos comer e festejar! – Vlad falou animado na tentativa de melhorar o clima.
– O senhor Londor tem razão, tragam mais vinho e pelos demônios, alguns humanos para alimentar a minha senhora devidamente – Pediu Kiara, graciosamente. Lançou um olhar de súplica ao lorde, que rapidamente entendeu a senhorita.
– Tem razão, doce Kiara, porque não pensei nisso antes? – Owen se levantou e fechou os olhos, em seguida sussurrou: 'Badalada da meia noite'
Logo o som de sinos puderam ser ouvidos por todos aqueles presentes na festa, e tantos os humanos quanto os mais fracos das raças rejeitadas entraram em um transe, onde não se lembrariam perfeitamente de tudo que ocorreu, e não poderiam alegar o que era verdadeiro ou não, apenas se lembrariam da felicidade e prazer que sentiram naquela noite.
– Agora a nossa festa começa – disse Owen, com um sorriso de satisfação e os olhos atentos para a sua primeira presa.
Não diferente fizeram os outros, menos Gildor, que se alimentava de tudo que era dado pela natureza, mas observava com deleite aos seus amigos se alimentando.
Cerca de uma hora se passou quando uma luz forte juntamente de um estrondo pôde ser ouvida na capital de Zerkir, e então os quatro se unem na parte externa do castelo para poder ver melhor o que está acontecendo.
– Isso é um ataque na capital, pela distância do som, é próximo do... – disse Gildor, mas logo foi interrompido por Salya que completou:
– Do lar do Solstício.
– Eu não me importo – Gildor olhou de lado.
– Mas para as relações com os outros reinos, precisamos deles – disse Owen, preocupado.
– Vamos ou não? – Perguntou Cateline.
– Agora mesmo – Salya afirmou e então evocou sua magia de pura energia maligna envolta deles, fazendo uma espécie de redoma que os transportou direto para o lar do Solstício.
Chegando no Lar do Solstício, os conhecidos como bastardos ficaram surpresos com a destruição ao redor, e também com as habilidades do ditos Três Rosários.
Estes que eram três soldados de classe especial do reino de Suyare, os mesmos que estavam ameaçando o lorde Dominic. E que agora, estavam promovendo um ataque direto aos líderes do clã dos humanos em Zerkir.
– Eu encontrei um deles aqui no chão, está sem vida – disse Cateline enquanto verificava o pulso do agora falecido, Jonah Cainan.
– Os outros estão dentro do edifício – Disse Owen.
Os quatro então foram rapidamente até a sala principal onde dois dos Líderes do Solstício estavam lutando arduamente contra os três rosários, Zaaf com sua magia de fogo e Malik com sua magia de água, fizeram a combinação perfeita para criar uma névoa densa onde eles tinham um pouco mais de vantagem devido a sua minoria.
Mas aquela névoa não era só uma vantagem pois os soldados também eram treinados para serem furtivos e os ataques vinham completamente do nada. Quando Malik iria ser atingindo pela magia de cristal de um dos Rosários, Cateline imediatamente parou a magia dele. Levantando uma densa parede de água bem na frente de Malik, e devolvendo o ataque. Em seguida, começou a cantar para o rosário, que ficou hipnotizado e perdeu as forças gradativamente.
– Não os matem por favor, precisamos retirar informações! – gritou Zaaf, o ódio vazando pelos seus poros.
Owen por sua vez alcançou o rosário usuário de magia com espelhos, com sua velocidade e ouvidos apurados quebrou todos os espelhos na sala principal e agarrou o rosário pelo pescoço, sem lhe dar chances o mordeu, despejando um pouco de seu veneno na corrente sanguínea dele e saboreando o seu sangue, até ele desmaiar.
Após ver toda essa cena que aconteceu rapidamente, o último rosário correu, ou melhor, tentou. Até que bateu de frente com o cachorrinho da Salya.
– Você gosta do Cerberus? – ela falou no seu tom mais sedutor e malicioso.
– Que diabos é esse monstro?! – gritou o último rosário e então o cão começou a latir.
– Acho que ele não gostou de você, mas vai ser melhor se você não correr. – Salya disse cruelmente, então caminhou até o rapaz, seu par de saltos compondo uma doce melodia carregada de sua mais pura intenção assassina. Quando estava exatamente na frente dele, o olhou nos olhos e sorriu.
– Do que está rindo, seu demônio maldito! – gritou o homem, bem no rosto dela, e um pouco afastado deles observando tudo, Owen exclamou: – Grande erro!
– Ajoelhe-se – ordenou Salya, friamente.
– Eu jamais me ajoelharia para um demônio nojento como você – o rosário desafiou.
– Tesouro... – ela falou, tão baixo que parecia um sussurro. No rosto dela um sorriso sádico e em seus olhos só habitavam a escuridão e a sede por divertimento. E o cachorro correu, até as pernas do homem onde deu uma bela mordida, e o fez cair de rosto no chão.
– Ahh!!! Pare por favor! – suplicou o rapaz.
– É o bastante, tesouro. – Ela falou para o cachorro, que se sentou no chão ao lado dela. – Isso poderia ter sido mais fácil, você deveria saber que diante de uma imperatriz tem de se curvar e falar apenas quando lhe permitir.
– Impressionante, querida – Disse o lorde Dominic que em seguida tocou no ombro dela cuidadosamente, pois aquela aura maligna e perigosa ainda pairava ao redor dela.
– Não fique tão feliz, farei isso com você a próxima vez que me convidar para o seu maldito baile – Salya responde, no seu tom sedutor e despreocupado de sempre. E Owen sorriu, pois sabia que ela tinha voltado ao normal de novo.
Zaaf e Malik após se recuperarem com ajuda de Cateline se uniram aos quatro.
– Nós agradecemos muito a cooperação de vocês, infelizmente não conseguimos salvar o nosso irmão Jonah. – Disse Malik entristecido, mas ainda tentando manter a postura firme de irmão mais velho.
– Agora o reino de Suyare sabe que a proteção do reino não é das melhores na capital, está na hora de se submeter, Malik. – disse Owen diretamente, os olhos intensamente cravados nos de Malik.
– Não sei como os cidadãos irão lidar com isso – Respondeu Malik, um tanto obstante.
– Vocês são os líderes deles, ensine-os a se submeterem como nós tivemos que nos submeter, quando vocês humanos, escravizaram o meu povo! – exclamou Gildor, sua voz calma e serena transmitindo o mais puro rancor.
– Querido, por favor... – Cateline entrelaçou seu braço a Gildor.
– Eu sei que precisamos de proteção mais do que nunca, se eles se atreveram a fazer este tipo de ataque, é certo de que mais ataques virão. – Malik, respondeu um tanto preocupado.
– Então iremos assumir daqui – respondeu Salya, olhando para os dois irmãos com superioridade – Vocês sabem muito bem, que só estavam a frente do reino todo este tempo, porque nós permitimos.
– Eu não concordo com isso, é loucura irmão! – disse Zaaf, incrédulo porém congelado, devido a pressão que àqueles quatro líderes de suas raças emanavam.
A aura densa e perturbadora de Salya começou a se manifestar ao redor dela, suas unhas se transformaram em garras afiadas, e todos ao redor dela começaram a se sentir enfraquecidos.
– Esse pequeno sabor do seu poder já é o bastante, imperatriz. Nós já entendemos. – disse Malik, com a mão sob o estômago, pois estava sentindo um leve desconforto. E depois olhou de forma repreensiva para Zaaf, que era o mais novo dos irmãos.
– Você é um humano, mas é um humano inteligente. Agora, precisamos mandar um recado para Suyare – interferiu, Gildor.
– Vamos mandar um deles de volta, sob o poder de hipnose da Cateline – disse Owen.
– Não vai funcionar para assim tão longe – Cateline deu de ombros.
– Eu mesma faço isso, sozinha – disse Salya, entre os dentes, mas se sentindo eufórica.
Em seguida ela foi até o rosário que seu cãozinho havia atacado, e usando uma de suas especialidades, correntes demoníacas, o prendeu no pescoço e começou a puxá-lo.
– O que você pretende fazer? – perguntou Owen, com os olhos brilhando e um sorriso animado.
– Ninguém ataca o meu maldito reino e sai só com arranhões, só nós podemos causar transtornos aqui! – Salya exclamou, um pouco de raiva vazando de seu tom afiado.
– Ela vai pessoalmente levá-lo até Suyare – disse Cateline, com os olhos arregalados.
– Até mais, queridinhos – Salya colocou suas asas para fora, prendeu o rapaz numa cúpula mágica e seguiu para Suyare, numa super velocidade, aproveitando a noite estrelada em Zerkir e o vento agradável em seus cabelos.
Cerca de cinco minutos depois ela aterrissou no centro de Suyare, o rapaz ainda estava preso na cúpula. Salya evocou seu poder mais uma vez e disse: 'Levantem-se meus doces servos', em seguida ela lançou algumas correntes no chão da capital de Suyare, abrindo cinco fendas, de onde começaram a sair demônios menores, os de baixo poder e inteligência.
– Vão e brinquem queridos! – ordenou Salya, sua magia escura e densa pairava no ar de Suyare, enquanto ela ria e se deleitava ao ver o estrago que estava causando.
Logo alguns cidadãos começaram a sair de suas casas e lutar com os pequenos demônios, alguns gritavam em agonia, mas os demônios da imperatriz não tinham ordem para matar, apenas para brincar e assim foi feito.
– Você vai pagar por isso, você vai! – disse o rosário de dentro da cúpula.
– Eu posso arrancar a sua língua, se continuar a falar comigo sem permissão – Salya desdenhou do rapaz enquanto admirava o próprio estrago que estava causando.
Mas logo um homem alto e forte, de vestes limpas e portando uma lança pesada investiu um ataque contra Salya.
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