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Marido E Esposa Por Troca E Contrato

Capítulo 1 – O primeiro encontro: Olha para mim.

...Olá **“Lovers”**! ❤️. Essa é a minha segunda obra nesta plataforma. Então não esqueça de Curtir, fazer Comentários do que está achando ou tirar dúvidas, isso enriquece a nossa escrita. Incentive dando seus Presentes e Votos, isso é muito importante para nós autores. E por último não esqueça de colocar a obra nos Favoritos para receber notificação de atualização....

...Desejo uma ótima leitura e entretenimento....

...Vamos começar então a nossa aventura!!! ⬇️...

JOLIE

Na minha vida, sempre tive comodidades, por isso esse momento tem sido muito difícil para mim, o de aceitar que tudo o que um dia foi idealizado, como certo de vir a existir, se encontrar agora em suspenso e possivelmente jamais se cumprirá.Se a minha realidade mudou, assim devo mudar os meus planos e rever as minhas prioridades e objetivos de vida, é isso o que tenho a fazer.

Por isso concordei com umas pequenas férias, e agora estou sentado na poltrona, dentro do avião que vai do aeroporto de Congonhas-São Paulo direto para o aeroporto Hercílio Luz-Florianópolis/SC.Olhando pela pequena janela, me distâncio do burburinho das pessoas que estão arrumando as suas bagagens e procurando os seus assentos.

Henrique, meu irmão, ainda está de pé colocando sua mochila no porta bagagem, ao mesmo tempo que ajuda Yani -cuidadora responsável- a fechar o maleiro do lado do seu.

Então, escuto uma voz grave e um pouco rouca, muito atraente aos meus ouvidos, falando um espanhol leve.Olho buscando quem seja e vejo que está falando com Henrique, sobre o maleiro ou algo assim.Presto atenção em um cara alto, meio ruivo , com barba por fazer, que mostra uma mochila nas mãos, que é igual a de Henrique. Os dois parecem estar rindo da coincidência de estar guardando juntos as mochilas.

- Não vamos nos enganar e pegar trocado na saída.(Escuto aquela voz grave e um pouco roca, em tom alegre e brincalhão em español.)

Então, ele olha para mim e com o esboço de um sorriso assente um cumpimentando com a cabeça, timidamente eu faço o mesmo.Henrique toca no ombro no dele e fala mais algumas coisas, logo se posiciona para sentar ao meu lado comentando sobre o ocorrido .Eu presto um pouco de atenção no que ele está me falando e desvio o olhar acompanhando o cara que fala espanhol sentar-se um assento à frente do meu.Depois verifique onde Yani está sentada, que é na poltrona do corredor na oposição oposta a nossa.

Volto os meus olhos para Henrique, pois sei que detesta assim como eu, o burburinho das pessoas no avião.Ele se acomoda, coloca seus fones de ouvido, verifica meu cinto e aperta o dele.

-Está tudo bem maninha?(Eu afirmo que sim com a cabeça. Henrique pousa sua mão sobre a minha, que está no braço da poltrona, se endireita novamente na poltrona e fecha os olhos.)

Observar os comissários de bordo auxiliando os últimos passageiros a acomodarem-se.Escuto o comunicador do comandante de cabine, que se apresenta e dá instruções para que se inicie o voo.Respiro fundo, coloco o

fone de ouvido, escolho na minha playlist a músicaCall Me When You're Sober da Evanescence, aumente o som, feche os meus olhos esperando que o avião decole e se estabilize no ar.

Já, há quase uma hora nas alturas, olho para fora da janela e vejo que ainda estamos sobre as nuvens. Este tempo de voo serviu para eu pensar nas muitas das coisas que estamos passando, eu e meu irmão Henrique, com a morte recente de nosso pai.

Aos 16 anos fiquei órfã com meus irmãos, me resta agora somente este meu irmão de 17 anos para contar e confiar, pois Ricardo o nosso meio-irmão mais velho tomou tudo de nós, nossa herança e nossa liberdade.

Estamos viajando em nossas últimas férias de verão, como sempre fizemos todos os anos, mas agora é como se fossem as últimas férias de nossa irmandade, antes de sermos enviados para dois internatos, o meu em São Paulo e de Henrique em Nova Iorque.

Ricardo ardilosamente passou todos os bens para o seu nome com a assinatura de papai dois meses antes da morte dele. Um advogado está nos representando, e faz isso em regime de boa vontade ou “pro bono”, pois sua esposa foi amiga íntima de nossa mãe - que também já é falecida, e seus dois filhos são amigos chegados de Henrique e meus conhecidos. nos processos. Por isso, como estamos viajando acompanhados de uma pessoa da confiança de Ricardo, que tem a nossa guarda e de maneira muito perspicaz está vigiando-nos e separando-nos, de forma visivelmente manipuladora.

Eu suspiro fundo e vejo o “cara que fala español” se remexer no banco à nossa frente e colocar uma de suas mãos sobre o topo do assento. Aliás, uma mão grande, assim como o porte dele, que é alto e deve ter 1 ,90 de altura ou mais.

Começo a pensar que eu não tinha interesse em muitas coisas que meu pai me dizia para aprender, dentre elas a língua espanhola.Hoje sinto arrependimento ao ver Henrique se comunicando tão bem com o "cara que fala espanhol".Me vem a memória a insistência de papai para que eu fosse fluente em espanhol e conhecesse um pouco de catalão.Vez ou outra ele tirava o dia para falar comigo só em espanhol, era uma comédia, mas só aprendi o básico para poder ajudá-lo e me livrar da situação. Papai não era brasileiro de nascimento, sua cidade natal é Palamos que fica na província de Girona, no litoral da Costa Brava na Espanha.Sendo filho único, acompanhou seus pais para o Brasil aos 12 anos de idade - meus avós que já são falecidos.

Capítulo 2 – O olhar do “cara que fala español” e da “nena hermosa”

JOLIE

 Fixo o olhar novamente e percebo que estamos próximos do pouso, pois o avião já baixou das nuvens.Da cabine de comando, pelo sistema de som, o Comandante faz seus cumprimentos finais aos passageiros e dá instruções a tripulação para a preparação de pouso.O voo de São Paulo à Florianópolis/SC tem uma duração média de uma hora e quinze minutos, entre meus pensamentos o tempo rápido passou.

Já com o avião em solo, as pessoas começam a se movimentar para a saída, Henrique de pé no corredor se topa com o "cara que fala espanhol", eles abrem o maleiro e então escuto a voz grave e rouca novamente.

- A cada uno lo suyo !!!-Cada um com a sua.

Ele e Henrique riem e de repente ele direciona seu rostro para mim, me cumprimenta com leve sorriso e flexão da cabeça e afastando-se, faz o mesmo para Henrique.Logo, volta-se para o corredor em movimento para a saída do avião.Eu me levanto para fazer o mesmo, seguindo Henrique com Yani vindo mais atrás.

Após lidarmos com as bagagens saímos do aeroporto e tomamos um táxi para o nosso destino final, a casa de praia de nosos amigos, os filhos de nosso advogado.Coordenando toda a nossa movimentação está Henrique e Yani parece mais com uma turista deslumbranda do que a "responsável por nós".

JEREMY

Essa será a última semana de minhas férias, pois daqui para frente a minha realidade será assumir o meu lugar ao lado de meu pai no Grupo Breeden.Sou originário da Espanha e falo um pouco de português pelo convívio com um amigo brasileiro.Vir para o Brasil não estava, a princípio, nos meus planos.Mas, ao conhecê-lo quando fez MBA na mesma Universidade nos EUA, ele me contou sobre um lugar no litoral de Santa Catarina - no Brasil, em que se pode fazer uma trilha escutando e vendo o mar a uma altitude de quase 500mt/alt .Então ele me convidou para vir fazer essa trilha, que é reconhecida internacionalmente.

Eu gosto de esportes de exploração de trilhas e paisagens, tenho preferência às atividades com natureza - mar.Mas, também domino algumas outras atividades náuticas e aéreas, por que gosto de pilotar.

Sempre escuto da beleza das mulheres do Brasil e também da maturidade precoce delas.Em verdade, conheço de vista e já conversei com algumas brasileira,s que são modelos e que trabalham para as marcas que o Grupo Empresarial Breeden possui, mas nunca me aproximei ou fiz contato de amizade com elas.Agora, aqui no aeroporto de Guarulhos-SP, percebo a multiculturalidade e beleza daqueles que passam por mim e falam português, dos brasileiros,  principalmente as comissárias que parecem com as modelos que conheço.

Meu voo para Florianópolis está previsto para daqui a pouco e estou em alerta, pois viajo sozinho e isso me causa um pouco de apreensão, mas como minha identidade aqui no Brasil é despercebida, posso tentar relaxar, afinal esta é a finalidade desta viagem.

Dentro do avião...

Estava acomodando a minha mochila no maleiro e um rapaz muito simpático também acomodava a sua, que por incrível que pareça é igual a minha, sinal de que é uma pessoa que viaja pelo mundo.Eu brinco com ele sobre não trocarmos as mochilas na hora de desembarcar e ele fala em espanhol, mas percebo pelo leve sotaque que é um brasileiro.Então vejo uma garota sentada na poltrona do canto, na janela.Bem jovem, cabelos castanhos médios e pele clara com um tom levemente bronzeado, olhos castanhos protuberantes e rosto redondo, lábios volumosos em forma de arco.Ela me chama atenção de imediato, mas entendo que o rapaz está junto com ela quando ele a olha e depois toca em meu ombro falando algo sobre não se preocupar.

Porém, ainda sssim eu a olho e percebo que o olhar dela está em meus olhos e rosto, a cumprimento com a cabeça e esboço de nervoso um sorriso, que para minha surpresa ela devolve sorrindo tenuamente.Eu logo me desfaço do olhar por causa do rapaz que se movimenta para se sentar, vou para minha poltrona que fica na frente da que a garota está sentada.

Fico irrequieto durante o voo, pois as poltronas são pequenas e tem pouco espaço para o meu tamanho, pois para quem tem 1,92 de altura, as pernas e os  joelhos sofrem em espaços reduzidos.

Também, estou um pouco agitado por causa da locomoção entre o aeroporto e a cidade-praia que vou ir, mas já telefonei para meu amigo, que me orientou sobre o que fazer e ele vai me esperar amanhã em sua casa de praia, pois hoje está recebendo visitas.Então, hoje é descansar e explorar a localidade e o lugar onde vou ficar, um hotel-pousada que ele disse ser o melhor da região.

Eu já agendei algumas atividades de surf em uma praia famosa do litoral e uma trilha a cavalo pela costa do mar e montanha ou morro.Poderei fazer o que gosto e descansar, talvez seja mais descontraída essa viagem e eu posso viver algo diferente do que estou acostumado, pois um país tropical como este tem muito a oferecer com seu encanto e beleza, vislumbres com a natureza.

Por fim, pousamos em solo, eu me levanto e logo vejo a “nena hermosa” -garota bonita, ela levanta o olhar para o rapaz e eu logo o alcanço no corredor, juntos abrimos o maleiro e eu brinco dizendo: 

- A cada uno lo suyo !!!-Cada um com a sua!!!

Então, depois de rirmos ao pegar as nossas mochilas, olho para ela que está me “mirando” eu me impressiono com a sua beleza, mesmo parecendo ser muito jovem.Com um sorriso mais confiante e sem palavras apenas assinto com a cabeça para ela e depois para o rapaz, devido ao movimento no corredor sigo o fluxo para desembarque do avião.

Capítulo 3 – O segundo encontro – O advogado

JOLIE

O verde da natureza de Santa Catarina é realmente lindo, mais lindo ainda é o azul do céu beijando o verde azulado do mar. O que está do lado de fora dessa janela me enche os olhos, é uma imagem que quero guardar na memória. Sinto que meus sentidos estão aguçados, são cores, cheiros e uma sensação na pele de aconchego. Lá fora o mar agita-se tombando ondas que finaliza seu movimento em bordas brancas de espuma. Já se passaram três meses da morte de papai e sair de nossa casa em São Paulo, a mansão dos Serat, será bom para o meu desapego e a nova realidade que me espera ao fim desta viagem, quando irei para um internato.

Realmente foi uma boa ideia essa viagem, a única parte ruim foi Yani que está hospedada no quarto ao lado, como que grudada em mim. Na saída do aeroporto,  me avisou para eu não sair sem ela, para lado nenhum. Só em relembrar a sua pose ou voz me dá repulsa. Mas, como bem me preparou Henrique, preciso manter a paciência e deixar o perfil baixo, para que tudo corra bem.

O local onde estamos, a casa da família do Guilherme -Gui, fica na praia Matadeiro. Seu acesso é um pouco restrito e a princípio eu  não estava gostando muito da ideia,  porque aqui não possui estrada de acesso para carros. O único acesso é a pé pelo canto direito da praia da Armação. Para chegarmos até a casa, Guilherme nos guiou, fazendo atravessar uma pequena ponte e uma trilha. Eu tinha vontade de matar os meninos

que não pensaram que carregar malas, seria algo difícil para mim. Deu uma trabalheira e muita reclamação, ainda mais com o calor e o sol forte.

Mas agora, olhando a vista posso dizer que valeu a pena, realmente um lugar paradisíaco, não tem muitas casas, e percebo como são privilegiados por estarem bem perto do mar. Nós temos uma casa aqui em Santa Catarina, ou tínhamos... agora não temos mais acesso, pertence a Ricardo e deve estar alugada ou fechada. Fica no outro extremo de onde estamos, na praia de Daniela. É bonito lá, mas é uma praia tipo mais de família, com aquele movimento mais caótico, com a orla cheia de crianças. E, detalhe, como as casas ficam num bairro residencial, não se tem vista para o mar, como esta aqui. De repente em meio a meus pensamentos, escuto batidas na  porta, me viro e vou atender.

-E aí... muito cansada? Já me perdoou pelo perrengue que teve que passar? (Bem a minha frente, inclinado se apoiando com um braço na porta e outro na cintura, está Gui.)

 -Nossa Gui... vocês garotos não tem noção né? (Rimos juntos por que  sei que ele me trata como um menino, por causa de nossa proximidade nos jogos on-line.)

 -Não senhorita... vocês meninas é que não sabem carregar menos tralhas e curtir mais as coisas simples para aproveitar a natureza! (Torci a cara para ele e apenas fiquei bufando fininho.)

 -Vem Jolie.  Meu irmão chegou e quero que você o conheça. Ele será o seu advogado também.

-Eu soube pelo Henrique.

-Ah... ele trouxe algo para gente fazer, para comer. Vocês devem estar cansados e com fome. (Apontando para o quarto ao lado ele continua falando alto.)   -Chama a tua babá também! (Gui sai de fininho como que se esquivando para não apanhar, descendo as escadas rapidamente.)

Eu não a chamo, porque acho que ela já deve saber do movimento na casa. Lavo o meu rosto, coloco um short e um camisetão, prendo os cabelos em um rabo de cavalo e coloco um chinelo confortável. Descendo as escadas já escuto as vozes e gargalhadas em alto e bom som. Na sala estão Henrique e Gui de pé, contando algo engraçado, gesticulando e fazendo poses. Sentados não sofá, prestando atenção e rindo,  estão Brunão e Aninha, que não estavam aqui quando chegamos, e são filhos do senhor Dr. Vito Mecenas, nosso advogado principal.

Do outro lado da sala, sentado em uma banqueta junto à bancada no serviço de bar, está um cara muito lindo, tipo So Ji Sub (ator Coreano). Ele observava os meninos com um esboço de sorriso, porém me parece mais um sorriso de descrédito do que falam. Do outro lado está Yani, numa poltrona dando risadinhas disfarçadas, como previ ela sabe de toda movimentação,  pois a sua tarefa é vigiar-nos, mas também está se divertindo.

Me aproximando deles e logo Aninha se levanta para me alcançar e me abraça forte, beijando meu rosto desce suas mãos segurando as minhas:

-Que bom que você decidiu vir passar as férias comigo. Vamos nos divertir muito juntas. Tenho certeza! (Fala Aninha, alinhando uma mecha solta do meu cabelo, que não prendi direito.)

 -Ooh! Oh! Para de paquerar minha irmã Aninha... ela não é desse time não!!! (Aninha fica brava, vai até o sofá, pega uma almofada e joga em Henrique que se esquiva, todos caem em uma risada só.)

 -Nem eu Henrique, seu chato! Meu time é o memso da Jolie. Só queremos homens e não moleques ou  pivetes como vocês! (Disse Aninha apontando para seu irmão Brunão, Gui e Henrique, tirando onda dos meninos. Foi uma zoada total.)

-Bom... Então o único que pode estar na mira de vocês é meu irmão Gabriel! (Gui fala isso apontando para o bonitão sentado no barzinho, que agora o indentifico - o meu advogado. Ele ri, se levanta e vai saindo de fininho, entrando em uma porta, que acredito ser a cozinha.)

-Nossa Gui ele é tímido, encabulado ou Gay? (Fala Brunão sussurrando. A risada foi geral, sendo cortada quando notamos que Gabriel estava bem parado na porta.)

 -Só para ficar claro.... eu não sou nenhuma dessas três coisas, o que não seria um problema. E, eu gosto muito de "gatas", mas por enquanto as "gatinhas" aí eu tenho que respeitar. (Virou as costas sorrindo e sumiu de vista.)

-Eh! Eh! Ré! Ré! O ouvido dele é de morcego? (Fala Brunão envergonhado. Riram todos de satisfação, pois a resposta do irmão do Gui além de divertida, também foi respeitosa.)

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