Bem vamos lá, primeiro vou apresentar algumas das pessoas que fazem parte da minha história...
Apresentação dos personagens
Nina Miller
Rodrigo Valverde
Léo Backer
Antônio Miller - pai da Nina
Karina Silver- apaixonada por Rodrigo
Adriano Lins - melhor amigo do Rodrigo
Aline Stone - Melhor amiga de Nina
Janine Miller -irmã mais velha da Nina
Rogério Valverde - Irmão do Rodrigo
Ana - apaixonada por Rogério
Regina mãe de Rodrigo e Rogério
Bom, meu nome é Nina Miller, tenho 24 anos, moro em Chicago, Cidade do estado de Illinois, Estados Unidos.
Sou numa mulher forte e determinada, bem sucedida e realizada; posso dizer que sou feliz com a vida que conquistei.
Sou empresaria, formada em administração e confeitaria. Já tenho uma rede de confeitarias aqui no centro e administro o Instituto Confeiteiros de Sucesso, que já é um sucesso!
Sou mãe de um garotinho lindo de 4 anos, chamado Bryan; ele é o amor da minha vida e tudo que faço, é por ele
.
Inclusive, estou de folga hoje, para dar atenção ao meu menininho lindo e fofo.
Estamos no parquinho aqui perto de casa; ele ama, porém tenho que correr com ele para casa, já vi que vai cair um pé d'água...
- Fiilhooo!!! Hora de ir!
Chamo-o , mas ele se recusa e continua no escorrega.
Vou até ele e o aparo no chão, no final da rampa..
- Te peguei !
Falo e dou um beijo em sua bochecha gordinha, suada e rosada e sou recompensada com aquela gargalhada deliciosa, que só ele tem.
- De novo mamãe! Eu escorrego e você me pega aí embaixo. Tá bom?
Falou enquanto dava a volta e subia na escada.
Não resisti, me agachei e fiquei esperando. Ele chegou no topo e me presenteou com um sorriso travesso, antes de gritar:
- Preparar, apontar e lá vai o foguete espacial!!!
rsrs.. Que pentelho, desceu de cabeça, como se fosse mergulhar. O peguei e enchi de beijinhos outra vez.
- Agora vamos juntos mãe.
Ele sugeriu..
- Tá bom, mas só desta vez e depois vamos pra casa.
Ele fez uma expressão de quem estava pensando e por fim concordou.
- Ta bom, mas você brinca comigo de carrinho em casa?
- Sim.
Concordei prontamente antes que ele desistisse.
Subi a escada da casinha com ele e escorreguei, com ele e entre minhas pernas. Eu ficaria brincando com ele o dia inteiro; pois é muito gratificante ver e promover a alegria do meu pequeno.
Ele é a minha força, minha alegria, a razão do meu sorriso e a minha maior motivação, para me levantar todas as manhãs e matar um, dois e até três leões por dia; tudo para oferecer para ele o melhor e, ser o melhor que eu puder. Ele é a minha razão de viver, um presente de Deus para mim; o meu amor maior.
Calcei o sapatinho nele, peguei a mochila e corri pra casa com ele, como moro perto do parque, vou andando; não estou de carro. Porém a chuva forte caiu muito rápido, fazendo poças na rua.
Peguei o Brian no colo e coloquei meu blazer na cabecinha dele na intenção de protegê-lo da chuva, mas um sujeito infeliz; só falando assim, passou na poça jogando água na gente. Ficamos ensopados...
- Infeliz!
Gritei mentalmente, eu nem podia me exaltar, estava com meu filho no colo. Só pude correr com ele. Porém para minha surpresa o idiota parou. O que ainda faltava?
- Oi moça, me...
Ele me encarou de um jeito estranho, então me virei pra seguir, mas ele continuou falando:
- Me desculpa, eu não vi a poça. Você está bem?
Eu estava com uma cara de poucos amigos e irritada embaixo da chuva, porém, o pedido sincero e constrangido de desculpas dele, me quebrou. Mesmo assim, eu apenas acenei com a cabeça, indicando que estava bem e não queria ajuda dele.
Apertei meu pequeno ainda mais em meus braços para seguir em frente, mas o estranho me parou outra vez...
- Por favor me deixa ajudá-la.
- Não preciso de ajuda.
Respondi irritada. Será que esse indivíduo não vê que o céu tá desabando e, eu estou com meu filho desprotegido?
- Me deixe levá-la para casa, está chovendo muito!
Ele disse. Aceitei, só por me sentir culpada por ter esquecido o guarda-chuva em casa. Não podia permitir que meu filho pegasse um resfriado, por causa do meu orgulho e descuido.
Aproveitei que estava no carro e troquei correndo a roupa dele, já estava tremendo coitadinho.
- Sinto muito meu amor, a mamãe esqueceu o guarda-chuva.
- Ta bom mamãe. Obrigado por me cuidar e trocar minha roupa molhada.
Ai meu deus, eu não aguento quando ele solta essas pérolas!
No entanto, o homem estava com o carro parado assistindo com um olhar que eu não soube decifrar, a minha interação com meu filho, desviei meu olhar do dele e mantive meus olhos em meu filhote; dando beijos e acariciando seus cabelos molhados. Porém o olhar incisivo dele sobre mim, fez meu rosto queimar e tenho certeza que corar também.
Perguntei me sentindo incomodada e arrependida de ter entrado no carro.
- O que você está esperando?
- Você me dizer o seu endereço!
Revirei os olhos e só então, me dei conta de que entrei no carro, sem dizer que moro perto; ele deve estar me achando uma mãe desnaturada.
Bom falei onde moro...
- Eu moro no edifício logo a frente. Só aceitei a carona por causa do meu filho.
- Tudo bem, você não precisa se explicar. Eu te deixo lá.
Falou com uma voz gentil. Essa voz...
Assenti, me sentindo estranha, algo nele me causava uma sensação que eu não sabia explicar....
Então Ao invés de dar partida, ele pousou o olhar em Bryan que estava de costas para ele e perguntou:
- Ele está bem?
- Sim. Ficou bastante molhado, mas não há de ser nada. Assim que chegarmos em casa, dou um banho quentinho e uma vitamina c! Né meu amor?
Respondi secando os cabelos encaracolados dele, com uma toalhinha e ele esboçou um sorriso, que outra vez me causou uma sensação estranha. E quanto ao Bryan? Ah, ele protestou imediatamente.
- Ah não mamãe banho não, eu já tomei banho de chuva.
- rsrsrs... Ei, esse não valeu. Vamos tomar um banho de banheira bem quentinho, na companhia do sr pato e da dona baleia.
- E o sr pirata!
Completou e eu apoiei. Então levantei meu olhar, e de novo me senti invadida de um jeito incomum, por um par de olhos verdes me encarando. Fiquei irritada, por não entender e me permitir ser afetada de alguma forma..
Respirei fundo para reorganizar meus pensamentos e minhas defesas,e então o olhei com a sombrancelha arqueada e um olhar frio, que o fez entender que já devia ter seguido a muito tempo.
Ele limpou a garganta e não disse nada; e assim no minuto seguinte, eu estava em frente ao meu edifício.
- Obrigada.
Falei enquanto levava a mão a porta para abrir, e mais uma vez ele me parou, aff será o Benedito!!
- Espera...
Pegou um guarda-chuvas no porta-luvas e saiu do carro dando a volta correndo. Então abriu a porta pra mim e me ajudou a sair com Bryan, ele ainda me acompanhou até a entrada coberta do edifício.
Não posso negar, foi gentil.
E pra me desarmar ainda mais, ele sorriu quando disse:
- Foi um prazer. Tchau campeão!
Meu filho sorriu e acenou com a mãozinha para aquele estranho, e no que depender de mim, vai continuar assim, um estranho...
Mas para a minha surpresa, Bryan respondeu:
- Tchau amigão!
Ai Deus, de onde ele tirou isso?!
Seja lá de onde foi, parece que o estranho gostou, ele se atreveu a sorrir mais e acenar com a mão e dizer:
- Até outro dia!
Acenei com a cabeça e segui pro elevador o mais depressa possível com meu filho.
Estava sem ar, e sem entender o que havia acabado de acontecer.
Pra começar, não costumo esquecer o guarda chuvas ou qualquer coisa do meu filho, não aceito favores de de ninguém, tão pouco de estranhos.
Já faz muito tempo que deixei de acreditar nas boas intenções das pessoas. Já faz muito tempo que tranquei meu coração para os homens, com exceção de um: o Bryan, meu filho.
Ele é tudo pra mim, é o amor da minha vida; o amor que me trouxe de volta a vida.
Eu era uma pessoa arrasada e destruída pelas ilusões da vida.
Abandonada, desprezada e rejeitada pelos que deveria chamar de família.
Eu que era tão frágil e carente, só queria ser melhor tratada e amada. Nunca consegui alcançar esse sonho. Quando recebi o carinho e atenção da minha mãe, não tivemos tempo, enfim...
No entanto, no momento de dor e desespero, a vida se encarregou de me dar um verdadeiro presente; um amor puro e sincero que curou minhas feridas, preencheu o vazio do meu coração e me encheu de forças . Um amor para chamar de meu.
5 anos antes...
Nina Miller, 19 anos, esta prestes a completar 20.
Terminou o colegial a três anos e atualmente trabalha durante o dia em uma loja feminina e a noite, faz curso de informática, confeitaria e também, está cursando o quarto período da faculdade de administração, a distância.
Ela é muito romântica e tem um monte de sonhos; os dois maiores: encontrar o seu príncipe encantado e se casar com ele, sonha com ele desde mocinha e se guarda pra ele. O outro sonho, ter independência financeira; é pra isso que ela estuda tanto.
A sorte dela é que a loja onde trabalha, não abre muito cedo, se não, perderia a hora todos os dias.
Porém ela sabe que só com foco, dedicação, determinação e um bom investimento, chega lá. Por esta razão, mesmo cansada, a vida dela é focada nos estudos e também, guarda a metade do seu salário todo mês. Ainda faz bolos e doces finos aos finais de semana, para ter uma renda extra, o que não é difícil, pois apesar de ser uma atrapalhada com outras coisas, ela é muito talentosa na cozinha. Porém, Nina usa a cozinha de Aline sua melhor amiga, se seus pais souberem desta renda extra, sugam tudo. E o foco dela é ter sua confeitaria.
A outra metade, divide uma parte para ajudar em casa e a outra, para comprar seus materiais.
Dificilmente gasta com ela mesma.
Nina mora com os pais e a irmã mais velha, Janine, na cidade de Peoria no Estado de Illinois Estados Unidos.
A mãe dela é uma boa pessoa, mas é depressiva e não esconde de ninguém sua preferência pela filha mais velha. Ela considera Janine mais extrovertida, mais bonita e mais esperta... enfim, não se pode negar. Janine sempre foi a queridinha da família e até do bairro onde moram. Ela ainda se da bem em tudo e os caras mais bonitos, sempre procuram por ela, mas ninguém olha para Nina; a consideram feia, mal vestida e sem graça.
As irmãs não tem uma relação boa, automaticamente por causa da distinção entre as duas, a clara preferência dos pais por Janine, faz com que ela despreze e trate Nina com frieza. Muita das vezes, ela fazia coisas erradas e colocava a culpa em Nina. Desta forma, os pais acabavam punindo a moça, em certas ocasiões, até batiam nela. E mesmo quando Nina falava o que de fato aconteceu ou depois provava sua verdade, nada mudava, nunca se retrataram com ela.
Nina sempre chorava e até pensava que não fazia parte daquela família, ela nunca entendeu porque seus pais a tratavam com tanto descaso e indiferença..
Ainda tem o fato do casamento dos pais dela estar a anos em crise, Nina pensa que por isso, sua mãe é depressiva, pois seu pai vive traindo-a com outras mulheres e nem se importa se ela sabe, ou pior, se ela vê. Este por sua vez odeia a moça, ele não suporta nem olhar para ela. Quando o olhar dele para sobre ela, é de ódio e repulsa. Ela não compreende isso, sempre foi uma boa filha, carinhosa, obediente e dedicada, mas nunca foi o bastante para ganhar a atenção dos pais. Ao contrário de Janine, sempre ajudou em casa, tanto nas tarefas e principalmente nas despesas, dando muitas vezes a metade do salário, mas eles nunca ficam satisfeitos e ainda dizem que ela não faz mais do que a obrigação.
Já no caso da Janine, está com 22 anos, é a princesa da casa. Não faz nada pra ninguém, nem mesmo para agradar a Deus. Não faz nenhum curso, terminou o ensino medio, mas não tentou nenhuma faculdade; diz que já é bela o bastante para se casar com um homem rico. Com isso, a vida dela é cuidar da beleza e fazer vídeos expondo seu corpo perfeito.
Enfim, eles não tem muita consideração por Nina e nem controle sobre Janine, mas se tratando da Nina, com certeza se ela se comportasse como a irmã, seria mal vista dentro de casa e até punida..
Mas tudo bem também. Ela se segura porque breve vai completar 20 anos e quem sabe, o instituto não dê a ela uma força para se mudar, e deixar esta vida infeliz para traz.
O curso de Nina é uma bolsa que ela ganhou em um concurso. Com a proposta de investimento.. É um daqueles cursos profissionalizantes, onde o aluno que se destaca, tem chance de ganhar um acompanhamento e ser encaminhado para o mercado de trabalho..
O que Nina não sabia era que enquanto ela dormia por cima dose livros, seus instrutores estavam de olho em seu trabalho e determinação.
🌺🌺
Um belo dia, ou melhor, uma bela noite, Nina estava voltando do curso, quando esbarrou em um belo rapaz...
Nina - Oi, desculpa.
Rapaz - Tudo bem...
Nina seguiu seu caminho, parando alguns metros a frente. Ela estava na parada do ônibus.
Assim que o ônibus veio, ela entrou e pra sua surpresa, o rapaz também. Ele se sentou ao lado dela. Estava com um pacote de biscoitos recheados, sabor chocolate, por sinal, um dos favoritos de Nina. Ele ofereceu a ela, mas tímida como era, ela ficou com vergonha de aceitar.
Então ele olhou pra ela de um jeito que chamou sua atenção, era um olhar encantador..
Rapaz - Oi. Eu sou Léo.
Nina - Oi. Meu nome é Nina.
Ele sorriu pra ela, o que a fez sorrir também, ele parecia ainda mais encantador quando sorria.
Léo - Prazer Nina. Você mora nesse bairro ou está de visita?
Nina - Eu moro aqui. Por quê?
Léo - Porque eu teria me lembrado se já tivesse visto, uma garota tão linda como você antes.
Nina sorriu meio que encabulada, ela ainda não tinha ouvido de um rapaz tão bonito e da mesma idade que ela, que era bonita. Geralmente era um elogio carinhoso dos mais velhos...Ela até ficou surpresa e lisonjeada.
Nina - Obrigada Léo, mas você deve dizer isso para todas, ou então está precisando de óculos.
Léo - Não fala uma coisa dessas. Você é bonita sim, precisa de óculos, quem diz o contrário.
Nina ficou ainda mais encantada. Não estava acreditando que aquele rapaz tão bonito; com um olhar encantador e uma voz acolhedora, estivesse mesmo falando com ela e elogiando sua beleza. Ele roubou o coração dela ali.
Eles trocaram mais algumas palavras, mas já estava chegando a parada dela.
Nina - Foi um prazer te conhecer Léo, mas já está chegando a minha parada.
Léo - Ah não. Eu queria te conhecer melhor. por favor, fica e desce comigo, eu te trago de volta depois.
Nina sorriu e respondeu:
- rsrs...Não posso. E não devo. Além do mais, já é tarde. E eu ainda tenho que estudar para a prova da faculdade de amanhã.
Léo - Legal, garota responsável. Gosto disso!
Nina - Obrigada Léo.
Ele a encarou e antes que ela se levantasse, pegou o celular e pediu pra ela pôr o contato dela. Nina digitou o números se sentindo empolgada. Ela nunca tinha se permitido um contato tão próximo com alguém que não conhecia. Aquilo parecia louco e romântico ao mesmo tempo.
Teria sido amor a primeira vista? Seria ele o seu príncipe encantado?
Ela não sabia. Só o que podia dizer a si mesma, era que estava com o coração alegre e esperançoso... Aquele rapaz conseguiu cativar seu coração e despertar suas emoções.
Assim que chegou em casa, ela entrou e viu os pais na sala. Os cumprimentou, mas não ouviu eles responderem. Ela já estava acostumada, apenas correu para o quarto ansiosa e pra sua alegria, tinha uma mensagem dele.
📩 - Oi gatinha. Boa noite. Sou eu, o Léo.
Nina sorriu emocionada e respondeu.
📩 - Oi Léo. Que bom falar com você aqui.
📩 - Não vejo a hora de te ver outra vez. Gostei muito de você.
📩 - Eu também gostei muito de te conhecer Léo.
Ele mandou um emoji pra ela sorrindo e outra mensagem, convidando-a para um encontro no dia seguinte.
Nina aceitou sem pensar duas vezes.
Na manhã seguinte, ela acordou mais cedo e pôs na bolsa sua melhor roupa, maquiagem e alguns acessórios.
A ideia de encontrar alguém que conheceu por acaso no ônibus, era emocionante. Ela já estava ansiosa....
Depois de passar o dia inteiro ansiosa, finalmente chegou a hora do encontro. Léo foi buscar Nina na faculdade, ela saiu mais cedo, logo depois da prova.
Léo - Boa noite gatinha. Tudo bem?
A cumprimentou com um beijo perto da boca. Nina deu um sorriso tímido e respondeu
- Oi Léo. boa noite. Estou bem.
Léo - Como foi na prova?
Nina - Fui bem, caiu tudo o que eu estudei...
Léo a parabenizou e pegou na mão dela. Então Nina perguntou:
- E você, como está? E como foi o seu dia?
Léo - Eu estou bem, melhor agora, pois passei o dia inteiro pensando e ansioso pra te ver.
Nina sorriu, as palavras dele foram um afago em seu coração. Ele sorriu de volta pra ela e disse:
- Vamos minha linda, quero te levar a um lugar.
Nina se sentiu um pouco tensa e nervosa; Léo notou então disse:
- A propósito, você está muito bonita.
Nina - Obrigada Léo. Onde você quer me levar?
Léo sorriu antes de responder:
- Um lugar especial pra gente se curtir.( Nina arregalou os olhos) Relaxa, eu não sou nenhum maníaco e não vou fazer nada que você não queira. Pode confiar. Eu sou um cara descente.
Nina se sentiu menos nervosa e foi com Léo, ele a levou a um parque florestal, era um lugar bonito com plantas ornamentais e um lago em frente. Nina gostou e acabou relaxando mais. Na verdade, ela achava aquele lugar lindo, mas nunca tinha ido a noite.
Léo tirou da mochila um cobertor e forrou no chão, onde eles se sentaram.
Léo - E então, gostou?
Nina - Sim, aqui é muito bonito.
Léo - É um dos meus lugares favoritos, eu sempre venho aqui pra pensar, quando estou triste ou feliz... sempre venho.
Nina - Que bonito. Obrigada por dividir algo tão pessoal e especial comigo. Me fala mais sobre você.
Léo pegou uma pequena bolsa térmica da mochila, com suco de frutas e sanduíches natural...
Léo - Frango ou atum?
Nina escolheu de atum e ele sorriu satisfeito. Ela ficou curiosa e perguntou porque ele sorriu daquele jeito.
- Estou sorrindo porque acertei, o seu sanduíche.
Nina - Ah qual é? Como assim você acertou?
Léo - Bom eu sou alérgico a frutos do mar. Bacalhau e camarão principalmente, minha garganta fecha, vou parar no hospital... então evito peixes e derivados dele. Você quer saber mais sobre mim..? Então, Faço faculdade de história, também faço curso de espanhol. Trabalho como operador de máquina numa fábrica de pneus. E também sou atleta.rsrs
Nina - Uau, que bacana. você faz bastante coisas então; é um cara versátil. Mora com seus pais?
Léo - Não, minha mãe faleceu a 2 anos, meu pai mora num sítio, onde ele realizou o sonho de ter vários animais...Eles já estavam separados quando minha mãe se foi e eu já morava com ela.. Agora moro com minha tia. Ela é minha professora de judô.
Nina - Judô, legal. Você está em que faixa?
Léo - Roxa, amo competir. Foi o que me salvou da tristeza..
Nina - Sinto muito por sua mãe...e obrigada por dividir isso também comigo. Ah, e muito obrigada pelo lanche,eu gostei muito; foi muito gentil da sua parte.
Léo - Por nada, você merece. trabalhou o dia todo.. E caso você não gostasse de atum, trouxe mais de frango.
Falou com aquele sorriso sedutor que ganhou Nina. Ela sorriu encantada com o jeito dele, a história, o cheiro, o cabelo.. Ainda estava comendo o sanduíche quando ele a encarou e tirou uma mecha de cabelos do rosto dela, Nina abaixou a cabeça, ficou sem ação com aquele toque, mas ele segurou o rosto dela, mantendo o olhar dela no dele.
Léo - Pera aí, tem maionese bem aqui no canto da sua boca, deixa eu limpar...
Ele se aproximou sem tirar o olhar do dela, ela continuou olhando para ele sem se mover; então Léo tocou o canto da boca dela com a dele lentamente, como uma carícia, em seguida deu um beijo nos lábios dela. um beijo calmo e suave, um selinho que não parou por aí. Ele tocou o lábio inferior dela com o dedo polegar e mais um beijo, mais íntimo desta vez. Nina estava nervosa, mas gostou e não se esquivou da boca dele. Léo também não se afastou pelo contrário, a trouxe para mais perto do corpo dele. Ele segurou o rosto dela com uma mão e continuou dando beijinhos nela pedindo passagem para a língua dele ter contado com a dela. Ela abriu a boca e estremeceu com aquele primeiro contato, era bom e estranho ao mesmo tempo. Ele explorou os lábios dela intensificando o beijo, fazendo Nina suspirar. Ela o afastou para respirar e ele sorriu e fez um carinho no queixo dela.
Léo - A maionese estava uma delícia.
Nina - É né.. a maionese.. Foi a primeira vez que beijei alguém sabia?
Falou envergonhada.
Léo - Sério? ( Nina afirmou com a cabeça) Eu sou um cara de sorte então! Você gostou?
Nina - Gostei muito Léo.
Léo - Eu tenho muito mais pra você minha gatinha..
Falou e voltou a beija la, um beijo mais intenso e exigente. Nina envolveu os braços no pescoço dele o correspondendo, e sentindo o corpo aquecer, com as mãos dele em sua cintura.. Ela sempre teve receio de na hora do beijo não saber o que fazer, mas pelo contrário, era bom e fluía naturalmente.
As mãos de Léo já estavam subindo para alcançar os seios dela, o que fez Nina se retrair. Embora ela fosse ingênua, não era tanto assim. Ela interrompeu o beijo se afastando..
Léo - O que foi? Não gostou?
Nina - Não é isso, só não quero ir tão rápido. Tudo bem?
Ele deu um beijo na bochecha dela, subindo para a orelha e sussurrou:
- Ei gatinha, relaxa, isso é bom, e eu não resisto ao seu perfume,e essa boca doce que você tem... é uma delícia!
A pele dela se arrepiou, num misto de calor e frio e todo o seu corpo estremeceu, ao som da voz dele...
🍂🍂
Em casa os pais de Nina, não estavam sabendo do paradeiro dela, ela não tinha muita liberdade para diálogo com ninguém, então na cabeça deles, ela ainda estava na faculdade.
Já com a Janine, eles se importavam, Maia, já estava pensando em ligar pra ela, quando Janine entrou em casa.
Janine - Olá família. Boa noite rsrsrs... Tudo bem com vocês?
Ela estava bastante animada. Maia e Antônio se olharam e perguntaram o motivo da alegria dela.
Janine sorriu mais e disse:
- Eu vou queridos pais, tirar o pé da lama e sair deste lugarzinho. Mas não se preocupem, vou mandar uma mesadinha para vocês.
Maia - E como você vai fazer isso filha? Você arrumou algum emprego que pague bem?
Janine - Kkkk, Mamãe, não seja estúpida! Uma mulher linda como eu trabalhando para me sustentar? De jeito nenhum. Eu encontrei um homem rico e ele está louco por mim.
Maia ficou sem ação diante da audácia da filha, mas quis saber mais sobre o tal homem, então Janine não se importou em falar.
Janine - Ele é um pouco mais velho, mas é bonito e tem muita grana. E entre tantas garotas bonitas na boate, ele escolheu a mim pra dançar com ele. Depois ele me levou pra jantar e ( ocultou que foram a um motel)
Maia - E?
Janine - E me pediu para me ver mais vezes, porque gostou muito de mim. Ai eu estou tão feliz!!
Antônio - Parabéns minha filha, eu sempre soube que você não era linda assim à toa. Traz esse seu namorado aqui.
Janine sorriu convencida e foi para o quarto.
Minutos depois, Nina chegou em casa.
Nina - Oi mãe, boa noite pai.
Foi até a mão e deu um beijo.
Maia - Oi filha. Por que você demorou pra chegar em casa?
Nina - Bom, demorei porque..
Antônio - Estava vadiando com certeza, olha o jeito que ela esta vestida!
Nina - Pai eu não estava fazendo nada de errado. E não há nada de indecente em meu jeito de me vestir.
Maia - Não fala assim com ela.... Você não precisa ofender a menina desse jeito. Ela é jovem e não vejo problema nenhum em ela se arrumar. A roupa dela é normal.
Nina estava com os olhos cheios de lágrimas. Ela correu para o quarto dela.
Antes de entrar, ela viu a roupa de Janine, totalmente provocante; enquanto a dela era um jeans básico e uma camiseta bege com uma jaqueta também jeans por cima...
Nina chegou no quarto chorando, desejando chegar logo o dia em que terá liberdade e condições de ir embora. Embora sua mãe a tenha defendido, ela em parte contribuiu muito para o tratamento do marido, nunca quis se impor quando o assunto era Nina.
Ela tomou um banho e ficou pensando no encontro que teve a pouco tempo atrás. Ela estava ansiosa para contar tudo a única pessoa que se importava com ela, a amiga Aline.
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