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Wish - Volume I

Capitulo 1 - O Retorno

Treze Anos Antes..

Scott

Alguém bateu na porta e então ouvi o barulho de pés se arrastando.

Já estava com uma dor no peito. Minha mãe havia ligado a caminho de casa para me contar o que fizera e dizer que precisava sair para beber com as amigas.

Eu teria que cuidar da Gi. Minha mãe não conseguiria lidar com aquele estresse. Pelo menos foi o que disse quando me ligou.

- Scott?

A voz da Gi saiu com um soluço. Ela havia chorado.

- Estou aqui, Gi!

Falei, levantando-me do puff em que estava sentado num canto.

Esse era meu esconderijo. Naquela casa, era preciso ter um.

Quando não se tinha, coisas ruins aconteciam.

Gi tinha o rosto molhado. Estava com o lábio inferior trêmulo e me encarava com aqueles olhos tristes.

Eu quase nunca os via felizes. Minha mãe só lhe dava atenção quando precisava arrumá-la e exibi-la.

No resto do tempo, Gi era ignorada.

Exceto por mim. Eu fazia o possível para que ela se sentisse querida.

- Eu não vi ele. Ele não estava lá!

Sussurrou ela, dando outro soluço.

Não precisei perguntar quem era ''ele''. Eu sabia. Minha mãe havia se cansado de ouvir Gi perguntar sobre o pai.

Então decidiu levá-la para vê-lo. Eu gostaria que ela tivesse me contado.

Queria ter ido junto. A expressão de mágoa no rosto da Gi me fez carrar os punhos.

Se algum dia visse aquele homem, eu lhe daria um soco no nariz.

Queria vê-lo sangrando.

- Venha aqui!

Chamei, estendendo a mão e puxando minha irmãzinha para um abraço.

Ela enroscou os braços na minha cintura e me apertou com força.

Era difícil respirar em momentos assim.

Eu detestava a vida que ela tinha. Eu pelo menos sabia que meu pai me queria. Ele passava algum tempo comigo.

- Ele tem outras filhas. Duas. E elas são... lindas. Tem cabelos de anjo. E a mãe deixa as duas brincarem na terra. Elas estavam usando tênis. Tênis sujos.

Gi estava com inveja de tênis sujos. Nossa mãe não permitia que ela fosse menos do que perfeita o tempo todo.

Ela nunca tivera um par de tênis.

- Elas não podem ser mais bonitas do que você!

Garanti a ela. Eu realmente acreditava nisso.

Gi fungou e se afastou de mim. Empinou a cabeça, e aqueles grandes olhos me olharam.

- São, sim, eu vi. Vi fotos na parede com as duas meninas e um homem. Ele ama as duas... e não me ama.

Eu não poderia mentir para Gi. Ela tinha razão. Ele não a amava.

- Ele é um imbecil idiota. Você tem a mim, Gi. Você sempre vai ter a mim.

Tempo Presente...

Allison

Vinte e cinco quilômetros de distância da cidade era longe o bastante.

Ninguém jamais ia a uma farmácia tão longe de Suntall.

A menos, é claro, que tivesse 19 anos e precisasse de algo que não quisesse que todo mundo soubesse que havia comprado. Em uma hora, toda a cidadezinha de Suntall, no Wakers ficava sabendo de qualquer coisa que se comprasse na farmácia local.

Ainda mais se fosse uma pessoa solteira comprando camisinhas... ou um teste de gravidez.

Pus o teste de gravidez em cima do balcão e não olhei para a atendente.

Não consegui. O medo e a culpa nos meus olhos eram algo que eu não queria dividir com uma estranha qualquer.

Eu ainda não havia contado nem ao Louis.

Desde que obrigara Scoot a sair da minha vida três semanas antes, eu tinha voltado lentamente á rotina de passar o tempo todo com Louis.

Era fácil. Ele não me pressionava para falar, mas quando eu queria falar, ele me ouvia.

- São 16 dólares e 15 centavos.

Disse a moça do outro lado do balcão.

Pude ouvir a preocupação na voz dela. Nada surpreendente.

Aquela era a compra vergonhosa que todas as adolescentes temiam.

Entreguei uma nota de 20 dólares sem levantar os olhos da sacolinha que ela havia posto na minha frente.

Ela continha a única resposta de que eu precisava e que me apavorava.

Ignorar o fato de que a minha menstruação estava duas semanas atrasada e fingir que nada estava acontecendo era mais fácil. Mas eu precisava saber.

- Aqui está o troco: 3,85 dólares.

Disse ela.

Estendi o braço e peguei o dinheiro da mão dela.

- Obrigada!

Murmurei, pegando a sacola.

- Espero que tudo fique bem.

Disse a moça num tom gentil.

Levantei o olhar e encontrei um par de olhos castanhos solidários.

Ela era uma estranha que eu jamais veria novamente, mas, naquele momento, ajudou que outra pessoa soubesse. Eu não me senti tão sozinha.

- Eu também.

Respondi, antes de me virar e seguir em direção á porta, de volta ao sol quente de verão.

Tinha dado dois passos no estacionamento quando olhei para a porta do motorista da minha picape. Louis estava encostado nela com os braços cruzados no peito.

O boné cinza que ele usava tinha uma letra W da Universidade do Wakers e estava puxado para baixo, escondendo os olhos dele.

Parei e o encarei. Não havia como mentir sobre aquilo. Ele sabia que eu não tinha ido ali para comprar camisinhas.

Havia apenas uma alternativa. Mesmo sem conseguir ver a expressão nos olhos dele, eu soube... que ele sabia.

Engoli em seco o bolo na garganta que vinha me sufocando desde que eu entrara na picape naquela manhã e saíra da cidade.

Agora não éramos apenas eu e a estranha atrás do balcão que sabíamos. Meu melhor amigo sabia também.

Obriguei-me a botar um pé na frente do outro. Ele faria perguntas e eu teria que responde-las.

Depois das últimas semanas, ele merecia uma explicação. Ele merecia a verdade. Mas como explicar aquilo?

Parei a apenas alguns metros diante dele.

Agradeci o fato de o boné encobrir seu rosto.

Seria mais fácil explicar se eu não conseguisse ver os pensamentos atravessando seus olhos.

Ficamos parados em silêncio. Eu queria que ele falasse primeiro, mas depois do que pareceram ser vários minutos, percebi que ele queria que eu dissesse alguma coisa antes.

- Como você soube onde eu estava?

Perguntei.

- Você está na casa da minha avó. Assim que saiu agindo de jeito estranho, ela me ligou. Fiquei preocupado com você!

Respondeu ele.

Senti meus olhos se encherem de lágrimas. Eu não choraria por aquilo.

Já havia derramado todas as lágrimas que me permitiria. Segurando mais apertado a sacola com o teste de gravidez, endireitei os ombros.

- Você me seguiu!

Falei. Não foi uma pergunta.

- Claro que segui.

Ele balançou a cabeça e desviou o olhar de mim.

-Você ia me contar, Allison?

Eu ia contar a ele? Não sabia. Não havia pensando nisso.

- Ainda não sei se há alguma coisa para contar.

Respondi sinceramente.

Louis balançou a cabeça e soltou uma risada abafada sem qualquer senso de humor.

- Não sabe, é? Você veio até aqui porque não tem certeza?

Ele estava com raiva. Ou estava magoado? Não tinha motivo para nem uma coisa, nem outra.

- Enquanto eu não fizer este teste, não terei certeza. Estou atrasada. Só isso. Não há por que lhe falar sobre isso. Não é problema seu.

Lentamente, Igor virou a cabeça na minha direção.

Levantou a mão e empinou o boné para trás, removendo a sombra dos olhos. Havia descrença e dor em seus olhar. Eu não queria ver aquilo. Era quase pior do que reprovação. De certa forma, isso teria sido melhor.

- É mesmo? É assim que você se sente? Depois de tudo o que passamos, é assim que você se sente de verdade?

O que nós tivéramos era passado. Ele era o meu passado. Eu havia enfrentado muita coisa sem ele.

Enquanto ele aproveitava os anos do ensino médio, eu me esforçava para manter a minha vida. O que exatamente ele achava que havia sofrido? Meu sangue começou a ferver de raiva e levantei os olhos para encará-lo.

- Sim,Louis. É assim que eu me sinto. Não sei o que exatamente você acha que nós passamos juntos.

Nós éramos melhores amigos, depois viramos um casal, então minha mãe ficou doente e, como você precisava que alguém sinapse suas necessidades masculinas.

Eu cuidei da minha mãe sozinha. Sem ninguém para me apoiar. Então ela morreu e eu me mudei.

Meu coração e meu mundo foram destruídos, então eu voltei. Você ficou do meu lado. Eu não pedi isso, mas você ficou.

Sou grata a você, mas isso não faz com que todo o resto desapareça. Não compensa o fato de você ter me abandonado procuro quando meu mundo está mais prestes a ser puxado de baixo dos meus pés. Você ainda não fez por merecer isso.

Eu estava respirando com dificuldade, e as lágrimas que eu não queria derramar rolavam pelo meu rosto.

Droga, eu não queria chorar. Diminuí a distancia entre nós e usei toda a minha força para empurrá-lo para fora do caminho a fim de conseguir agarrar a maçaneta e abrir a porta do carro.

Eu precisava sair dali. Ir para longe dele.

- Saia!

Gritei, enquanto tentava abrir a porta com o peso dele ainda sobre ela.

Esperava que ele discuti-se comigo. Esperava qualquer coisa, menos que ele fizesse o que eu tinha pedido.

Sentei atrás do volante e atirei a sacolinha de plástico em cima do banco ao meu lado antes de engatar a picape e dar ré da vaga do estacionamento.

Pude ver Louis ainda parado ali. Ele não havia se mexido muito.

Apenas o suficiente para que eu entrasse no veículo. Ele não estava olhando para mim, mas para o chão, como se nele estivessem todas as respostas. Eu não podia me preocupar com ele naquele momento.

Precisava ir embora.

Talvez eu não devesse ter dito aquelas coisas a Louis.

Talvez eu devesse ter mantido tudo aquilo onde eu havia deixado enterrado todas aqueles anos.

Mas agora era tarde demais. Eles havia me provocado no momento errado. Eu não ia me sentir mal por isso.

Eu também não poderia voltar para a casa da avó dele. Ela estava de olho em mim.

Louis provavelmente ligaria para ela e contaria tudo.

Se não a verdade, algo bem próximo. Eu não tinha alternativa.

Teria que fazer o teste de gravidez no banheiro de um posto de gasolina. Era possível que a minha situação ficasse pior?

Scott

As ondas batendo contra a costa eram usadas para me acalmar.

Estive sentado aqui nesta plataforma observando a água desde que eu era criança.

Ela sempre me ajudou a encontrar uma melhor perspectiva sobre as coisas. Isso não estava mais funcionando para mim.

A casa estava vazia. Minha mãe e o homem que eu queria que queimasse no inferno por toda a po*ra da eternidade, tinham deixado a casa assim.

Eu estava com raiva, quebrado, e selvagem.

Depois de ameaçar a vida do homem que minha mãe era casada, exigi que eles saíssem.

Eu não queria ver nenhum deles. Eu precisava ligar para minha mãe e conversar com ela, mas não poderia fazer isso ainda.

Perdoar minha mãe, era mais fácil dizer do que fazer.

Gi, minha irmã, tinha parado várias vezes e me pediu para falar com ela. Isso não era culpa da Gi. mas eu não conseguia falar com ela sobre isso também.

Ela me lembrava do que eu havia perdido. O que eu mal tinha. O que eu nunca esperava encontrar.

Um barulho muito alto veio de dentro da casa e invadiu meus pensamentos.

Virando-me, olhei para trás e percebi que alguém estava na porta tocando a campainha e seguiu tocando novamente.

Que diabos foi isso? Ninguém tinha vindo, Exceto minha irmã e Gustavo desde que Allison havia ido embora.

Coloquei minha cerveja na mesma ao meu lado e me levantei.

Quem quer fosse precisava de um verdadeiro bom motivo para vir aqui sem ser convidado.

Andei pela casa que tinha ficado limpa, pois, Henrietta, na sua última visita tinha limpado a casa. Com nenhuma das festas ou vida social era fácil manter as coisas sem serem destruídas.

Eu estava achando que eu gostava muito disso.

A batida começou a subir novamente quando cheguei á porta e puxei-a aberta pronto para dizer a quem quer que fosse, para se foder quando as palavras me falharam.

Este não era alguém que eu esperava ver novamente. Eu só conheci o cara uma vez e imediatamente o odiava.

Agora que ele estava aqui, eu queria agarrá-lo pelos ombros e sacudi-lo até que ele me contasse como ela estava. Se ela estava bem.

Onde ela estava vivendo?

Deus, eu esperava que ela não morasse com ele. E se ele... não, não, não, isso não tinha acontecido.

Ela não faria isso. Não a minha Allison.

Minhas mãos apertaram com força em punhos ao meu lado.

- Preciso saber uma coisa.

Louis, o menino do passado de Allison, disse enquanto eu olhava para ele com confusa descrença.

-Será que você..

Ele parou e engoliu em seco.

-Você...

Ele tirou o boné de beisebol e passou a mão pelo cabelo. Notei os círculos escuros de cansaço sob os olhos, uma expressão cansada em seu rosto.

Meu coração parou. Agarrei o seu braço e o sacudi.

-Onde está a Allison? Ela está bem?

-Ela esta na minha... Quero dizer, ela está bem. Solte-me antes que você quebre meu braço, maldito.

Louis estalou, sacudindo o braço para longe de mim.

-Allison está viva e bem em Suntall. Não é por isso que estou aqui.

Então, por que ele estava aqui? Nós tínhamos uma conexão, Allison.

-Quando ela saiu de Suntall ela era inocente. Muito inocente. Eu tinha sido seu único namorado. Sei como ela era inocente. Nós temos sido melhores amigos desde que éramos crianças. A Allison que voltou não é a mesma que saiu. Ela não fala sobre isso. Ela não vai falar sobre isso. Eu só preciso saber se você e ela... se vocês... Eu só vou dizer isto, você dormiu com ela?

Minha visão ficou turva e me movi sem qualquer pensamento diferente a não ser assassiná-lo. Ele tinha cruzado uma linha. Ele não foi autorizado a falar sobre Allison desse jeito.

Ele não estava autorizado a fazer esse tipo de pergunta ou duvidar de sua inocência. Allison era inocente, maldito. Ele não tinha direito.

-Scott mano, o coloque no chão!'

A voz de Gustavo me chamou. E o ouvi, mas ele estava muito longe e em um túnel.

Eu estava focado na cara na minha frente e no meu primeiro contato com o seu rosto e sangue lançado do seu nariz.

Ele estava sangrando. Eu precisava que ele sangrasse. Eu precisava que alguém sangrasse pra caramba.

Dois braços em volta de mim por trás me puxaram e me afastaram enquanto Louis tropeçou para trás segurando suas mãos no nariz com um olhar de panico em seus olhos. Bem, um de seus olhos. O outro já estava inchando e fechado.

-O que diabos você disse a ele?

Gustavo perguntou atrás de mim. Era Gustavo quem me segurava.

-Não ouse dizer isso, droga!

Eu rugi quando Louis abriu a boca para responder. Eu não podia ouvi-lo falar sobre ela assim.

O que tínhamos feito era mais do que algo sujo ou errado. Ele agiu como se eu tivesse arruinado ela. Allison era inocente. Tão incrivelmente inocente.

O que fizemos não mudava isso.

Os braços de Gustavo me apertaram quando ele me puxou de volta contra seu peito.

- Você precisa ir agora. Eu só posso segurá-lo por um tempo. Ele tem cerca de vinte quilos a mais de músculo sobre ele do que eu e isso não é tão fácil quanto parece. Você precisa correr, cara. Não volte. Você é um bosta e sorte por que eu apareci.

Louis assentiu e, em seguida, tropeçou de volta na sua caminhonete.

A raiva fervia em minhas veias, mas eu ainda sentia.

Eu queria machucá-lo mais. Para lavar todo o pensamento que ele pode ter na cabeça que Allison não era tão perfeita quanto tinha sido quando ela deixou o Wakers.

Ele não sabia de tudo o que ela passou. O inferno que minha família tinha completamente colocando ela. Como ele poderia cuidar dela?

Ela precisava de mim.

-Se eu soltar você, você vai perseguir sua caminhonete, ou estamos bem?

Gustavo pediu afrouxando o seu poder sobre mim.

-Estou bem.

Eu assegurei a ele enquanto livrei meus ombros de seus braços e caminhei até o parapeito para segurá-lo e tomar várias respirações profundas. A dor estava de volta com força total.

Consegui enterrá-la até que ela só pulsava um pouco, mas ver o Louis llembrou-me de tudo. Aquela noite.

O que eu nunca iria recuperar. O que iria me marcar para sempre.

-Posso te perguntar que inferno estava acontecendo ou, você vai bater a merda fora de mim também?

Gustavo perguntou colocando alguma distancia entre nós.

Ele era meu irmão para todos os intentos e propósitos. Nossos pais foram casados quando éramos crianças, por tempo suficiente para que nós formássemos esse vínculo.

Mesmo que minha mãe teve um par de maridos, desde então, Gustavo ainda era a minha família. Ele sabia o suficiente para saber que isto era sobre Allison.

-O ex-namorado da Allison.

Respondi sem olhar para ele. Gustavo pigarreou.

-Então, uh, ele veio aqui para tripudiar? Ou apenas bateu nele como uma pasta de sangue, porque ele a tocou uma vez?

Ambos. Nenhum dos dois, Balancei minha cabeça.

-Não. Ele veio aqui fazer perguntas sobre mim e Allison. Coisas que não era da conta dele. Ele perguntou a coisa errada.

-Ah, entendo. Isso faz sentido. Bem, ele pagou por isso. O vara provavelmente tem um nariz quebrado e ficará com um olho fechado.

Finalmente levantei a cabeça e olhei para Gustavo.

-Obrigado por me puxar de cima dele. Eu apenas bati.

Gustavo balançou a cabeça, em seguida, abriu a porta.

-Vamos lá. Vamos ligar o jogo e beber uma cerveja.

Allison

O túmulo da minha mãe era o único lugar que eu poderia pensar em ir.

Eu não tinha casa. Não podia voltar para vovó Sonia. Ela era avó de Louis.

Ele provavelmente estava lá esperando por mim. Ou talvez ele não estivesse. Talvez eu tenha afastado também. Sentei-me ao pé da sepultura da minha mãe.

Puxei meus joelhos até embaixo do meu queixo e passei meus braços em torno de minhas penas.

Eu tinha voltado a Suntall porque era o único lugar que eu sabia que viria. Agora, eu precisava sair. Não podia ficar aqui.

Mais uma vez a minha vida estava prestes a tomar um rumo inesperado. Um que eu não estava preparada.

Quando eu era uma menina minha mãe tinha nos levado para a escola dominical na igreja batista local.

Lembrei-me de uma escritura que era lida na bíblia a respeito de Deus não colocar mais-- em nós do que podíamos suportar.

Eu estava começando a me perguntar se isso era apenas para aquelas pessoas que iam á igreja todos os domingos e oravam antes de irem para a cama á noite.

Por que ele não estava segurando qualquer golpe de mim?

Senti pena de mim mesma não me ajudava. Eu não poderia fazer isso. Eu tinha que descobrir como sair também.

Minha estadia com vovó Sonia e deixar Louis me ajudar a lidar com o dia-a- dia era apenas temporária.

Eu sabia quando me mudei para o quarto de hóspedes que não poderia ficar muito tempo. Havia muita história entre Louis e eu.

Histórias que eu não tinha a intenção de repetir.

A hora de sair tinha chegado, mas eu ainda estava mito sem noção sobre onde eu estava indo e o que faria com o que tinha acontecido á três semanas.

-Queria que você estivesse aqui, mamãe. Não sei o que fazer e não tenho ninguém para perguntar.

Sussurrei enquanto me sentei lá no cemitério silencioso.

Eu queria acreditar que ela pudesse me ouvir. Não gostava da ideia de ela esta sob a terra, mas depois que minha irmã gêmea, Estella, tinha morrido sentei aqui neste lugar com minha mãe e tinha falado com Estella.

Mamãe disse que seu espírito estava estava cuidando de nós e ela podia nos ouvir. Eu queria muito acreditar nisso agora.

-Sou somente eu. Eu sinto falta de vocês. Não quero ficar sozinha... mas eu estou. E estou com medo.

O único som era o vento farfalhando as folhas nas árvores.

-Uma vez você me disse que se eu escutasse bem forte saberia a resposta no meu coração. Estou ouvindo mamãe, mas estou tão confusa. Talvez você pudesse me ajudar, me apontando na direção certa de alguma forma?

Descansei meu queixo em meus joelhos e fechei os olhos, recusando-me a chorar.

-Lembra quando você disse que eu precisava dizer a Louis exatamente como eu me sentia. Que não iria me sentir melhor até que eu tivesse tudo para fora. Bem, fiz exatamente isso hoje. Mesmo se ele me perdoar nunca mais será o mesmo. Não posso continuar contando com ele para as coisas de qualquer maneira. É hora de descobrir isso por conta própria. Eu só não sei como.

Apenas perguntando pra ela me fez sentir melhor. Sabendo que eu não iria receber uma resposta não parecia importar.

A porta do carro bateu quebrando a tranquilidade e tirei meus braços das minhas pernas me virei para olhar para trás, no estacionamento para ver um carro muito caro para esta pequena cidade.

Voltado os olhos para ver quem tinha saído dele, engoli em seco, em seguida, pulei. Era Yngrid. Ela estava aqui.

Em Suntall. No cemitério... dirigindo um carro com aparência muito, muito caro. Seu longos cabelos foram puxados por cima do ombro em um rabo de cavalo.

Havia um sorriso puxando seus lábios quando meus olhos encontraram os dela. Eu não podia me mover. Estava com medo de estar imaginando coisas. O que Yngrid estava fazendo aqui?

-Você não tem um telefone celular, isso é para os pássaros. Como diabos vou chamá-la e dizer que estou chegando para buscar a sua bunda se não tenho um número para ligar? Hum?

Suas palavras não faziam sentido, mas só de ouvir a voz dela me fez correr a curta distância entre nós.

Yngrid riu e abriu os braços quando me atirei neles.

-Não posso acreditar que você está aqui.'

Eu disse depois de abraçá-la.

-Sim, bem, nem eu. Essa foi uma longa viagem. Mas você vale a pena e vendo que você deixou o telefone celular em Roseville eu não tinha como falar com você.

Queria dizer-lhe tudo, mas eu não podia. Ainda não. Eu precisava de tempo. Ela já sabia sobre o meu pai. Ela sabia sobre Giovanna. Mas o resto... eu sabia que ela não sabia.

-Estou tão feliz que você esteja aqui, mas como você me encontrou?'

Yngrid sorriu e inclinou a cabeça para o lado.

-Eu dirigi pela cidade á procura da sua caminhonete. Não foi tão difícil. Este lugar é como uma luz vermelha. Se eu tivesse piscado duas vezes, teria me perdido.'

-Esse carro provavelmente chamou um pouco de atenção pela cidade.

Eu disse olhando mais para ele.

-É do Cooper. Essa coisa anda como um sonho.

Ela ainda estava com Cooper. Bom. Mas o meu peito doeu.

Cooper me fez lembrar Roseville. E Roseville me fez lembrar Scott.

-Eu ia te perguntar como você está, mas menina, você parece em forma de vara. Você já comeu desde que deixou Roseville?

Minhas roupas estavam todas caindo de mim.

Comer era difícil com o grande nó que ficava apertando o meu peito em todos os momentos.

-Tem sido duro algumas semanas, mas eu acho que estou ficando cada vez melhor. Mudando as coisas. Lidando com isso.

Yngrid desviou o olhar para o túmulo atrás de mim. Ambos. Eu podia ver a tristeza em seus olhos enquanto ela lia as lápides.

— Ninguém pode tirar as suas memórias. Você tem isso.''

Disse ela apertando a minha mão na dela.

-Eu sei. Não acredito neles. Meu pai é um mentiroso. Não acredito em qualquer um deles. Ela, minha mãe, não teria feito o que eles disseram. Se alguém tem culpa é o meu pai. Ele causou está dor. Não a minha mãe. Nunca minha mãe.

Yngrid assentiu e segurou minha mão firmemente na dela.

Basta ter alguém me ouvindo e saber que acredita em mim, que acredita na inocência de minha mãe ajudou.

-Será que sua irmã se parecia muito com você?

A última lembrança que eu tinha de Estella era dela sorrindo.

Aquele sorriso brilhante que era muito mais bonito do que o meu. Seus dentes eram perfeitos, sem a ajuda de aparelhos. Seus olhos estavam mais brilhantes do que os meus.

Mas todo mundo dizia que éramos idênticas. Eles não viam a diferença. Eu sempre me perguntei o porque. Eu podia vê-lo tão claramente.

-Nós éramos idênticas.

Respondi. Yngrid não compreenderia a verdade.

-Não posso imaginar duas Allison Green. Você devem ter deixado corações quebrados por toda esta pequena cidade.

Ela estava tentando aliviar o clima depois de perguntar sobre a minha falecida irmã. Eu apreciei isso.

-Só Estella. Eu estava com Igor desde do momento que eu era criança. Não quebrei nenhum coração.

Os olhos de Yngrid ficaram um pouco grandes, então ela olhou para longe antes de limpar a garganta. Esperei até que ela se virou para mim.

-Apesar de que vê-la é incrível e que nós poderíamos balançar totalmente esta cidade, estou realmente aqui com um propósito.

Eu achei que estava, eu simplesmente não conseguia descobrir o que esse propósito era exatamente.

-Tudo bem.

Falei á espera de uma explicação.

-Podemos felar sobre isso durante um café?

Ela franziu atesta, em seguida, olhou pra a rua.

-Ou talvez o Donuts Han já que é o único lugar que eu vi enquanto dirigia pela cidade.

Ela não estava confortável andando entre os túmulos como eu estava. Isso era normal.

-Sim, está bem.

Eu disse e me aproximei para pegar minha bolsa.

-Aí está sua resposta.

Uma voz suave sussurrou tão baixinho que eu quase pensei que tinha imaginado.Virando-me para olhar para trás.

Yngrid estava sorrindo, com as mãos enfiadas nos bolsos da frente.

-Você disse alguma coisa?

Perguntei confusa.

-Ah, você quer dizer depois que sugeri irmos para o Donuts Han?

Ela perguntou.

Balancei a cabeça.

-Sim. Será que você sussurrou alguma coisa?

Ela torceu o nariz e, em seguida, olhou em volta nervosamente e balançou a cabeça.

-Não... hum por que não saímos daqui? Disse ela estendendo a mão para o meu braço e me puxando para traz de volta para o carro de Cooper.

Olhei novamente para o túmulo da minha mãe e uma paz pairou sobre mim. Será que...? Não. certamente não.

Balançando a cabeça, voltei-me e entrei no lado do passageiro antes de Yngrid se jogar dentro.

Scott

Era o aniversário da minha mãe.

Gi já tinha me ligado duas vezes me  pedindo para ligar para nossa mãe.

Eu não poderia ligar. Ela estava em uma praia nos Bechys com ele. Isso não tinha afetado ela.

Mais uma vez ela tinha fugido para desfrutar de sua vida, deixando seus filhos para trás para descobrir as coisas.

-Giovanna está chamando novamente. Você quer que eu responda isso e diga-lhe para deixá-lo em paz?

Gustavo entrou na sala de estar segurando o meu celular na mão, enquanto o telefone tocava.

Esses dois brigavam como verdadeiros irmãos.

-Não, dá para mim.

Respondi e ele me jogou o telefone.

-Gi.

Eu disse em saudação.

-Você vai ligar para a mãe ou não? Ela me chamou duas vezes agora me perguntando se eu falei com você e se você lembrou que era seu aniversário. Ela se preocupa com você. Pare de deixar a garota estragar tudo, Scott Ela puxou uma arma para mim, pelo amor de Deus. Uma arma, Scott. Ela é louca. Ela..

-Pare. Não diga mais nada. Você não a conhece. Você não quer conhecê-la. Então, basta, para. Não vou ligar pra mãe. A próxima vez que ela chamar diga isso a ela. Eu não quero ouvir a voz dela. Não dou a mínima para a sua viagem ou que ela tem para o seu aniversário.

-Ai.

Gustavo murmurou enquanto se sentou no sofá em frente a mim e apoiou as pernas em cima da poltrona á sua frente.

-Não posso acreditar que você disser isso. Não entendo você. Ela não pode ser tão boa em...

-Não Giovanna. Essa conversa acabou. Liga-me se precisar de mim.

Desliguei e depois pendurei meu telefone no assento ao meu lado e coloquei a cabeça para trás sobre a almofada.

-Vamos sair. Beba um pouco. Dance com algumas meninas. Esqueça essa droga. Tudo isso.

Disse Gustavo.

Ele sugeriu isso várias vezes ao longo das últimas três semanas.

Ou, pelo menos desde que eu tinha parado de quebrar as coisas e ele sentiu que era seguro o suficiente falar.

Não.

Respondi sem olhar para ele. Não havia nenhuma razão para agir como se eu estivesse bem.

Até eu saber se Allison está bem, nunca vou ficar bem. Ela pode não me perdoar.

Inferno ela pode nunca olhar para mim de novo, mas eu preciso saber que ela está se curando. Eu preciso saber de algo. Qualquer coisa.

-Fui muito bom em não intrometer. Deixei você ficar louco, urrar em tudo que se movia e amuado. Eu acho que é hora de me dizer alguma coisa. O que aconteceu quando você foi para o Wakers? Alguma coisa tem que ter acontecido. Você não voltou o mesmo.

Eu amava Gustavo como um irmão, mas não havia nenhuma maneira que eu estava dizendo a ele sobre a noite no quarto de hotel com Yngrid.

Ela estava sofrendo e eu estava desesperado.

-Eu não quero falar sobre isso. Mas preciso sair. Parar de olhar para estas paredes e lembrar dela... sim, eu preciso sair.

Levantei-me e Gustavo se levantou de seu lugar no sofá. O alívio em seus olhos era evidente.

-O que você está procurando? Cerveja ou meninas ou ambos?

-Música alta.

Eu respondi.

Realmente não precisava de cerveja e as meninas... Eu apenas não estava pronto para isso.

-Nós vamos ter que sair da cidade. Talvez ir para Destiny?

Joguei as chaves do carro para ele.

-Claro, mostre o caminho.

A campainha tocou interrompendo nós dois. A última vez que eu tive um convidado inesperado não tinha terminado bem.

É muito provável que poderiam ser os policiais que vieram me prender por bater no rosto de Louis. Curiosamente, não me importo. Eu estava entorpecido.

-Vou atender.

Gustavo disse, olhando para mim com uma expressão preocupada. Ele estava pensando a mesma coisa.

Sentei no sofá e apoiei os pés em cima da mesa de café na minha frente.

Minha mãe odiava quando eu colocava meus pés nesta mesa. Ela tinha comprado durante uma de suas viagens internacionais comerciais e tinha enviado para cá.

Senti uma pontada repentina de culpa por não chamá-la, mas empurrei pra longe. Toda a minha vida eu tinha feito aquela mulher feliz e cuidado da Gi. Eu não estava fazendo mais isso. Eu tinha acabado. Com toda a sua bagunça.

-Cooper, o que há? Nós estávamos saindo. Você quer vir junto?

Gustavo disse recuando e deixando Cooper entrar na casa. Eu não me levantei. Queria que ele fosse embora. Vendo Gustavo lembrou-me Yngrid, que então me lembrou da Allison.

Cooper precisava sair.

-Uh, não, eu uh... Eu precisava falar cm você sobre algo.

Cooper se, arrastando seus pés e colocando as mãos nos bolsos. Ele parecia pronto para fugir para fora da porta.

-Ok

Rspondi.

-O dia de hoje pode não ser o melhor momento para falar com ele, homem.

Disse Gustavo ppisando na frente de Cooper e focando em mim.

-Nós estávamos saindo. Vamos. Cooper pode despir sua alma mais tarde.

Agora fiquei curioso.

-Eu não sou um canhão solto, Gustavo. Sente-se. Deixe-o falar.

Gustavo soltou um suspiro e balançou a cabeça.

-Tudo bem. Quer dizer esta merda pra agora, então diga a ele.'

Cooper olhou Gustavo nervosamente, e em seguida, olhou para mim.

Ele se aproximou e sentou-se na cadeira mais distante de mim.

Eu vi quando ele colocou seu cabelo atrás da orelha e me perguntei o que ele tinha a dizer por que era um grande negócio.

-Yngrid e eu estamos ficando um pouco sério.

Ele começou. Eu já sabia disso. Não me importava senti a dor quebrar e abrir meu peito e eu apertei meus punhos.

Eu tinha que me concentrar em forçar o ar em meus pulmões. Yngrid tinha sido amiga de Allison. Ela sabia como Allison era.

-E uh... bem o aluguel da Yngrid subiu e aquele lugar era uma droga de qualquer maneira. Eu não me sentia seguro com ela ficando lá. Então, falei com Fernando e ele disse que o pai dele tem um apartamento de dois quartos disponíveis, e se eu queria alugar isso. Eu uh, consegui pra ela e  paguei com depósito e tudo mais. Mas quando a levei para ver ela ficou chateada. Muito tempo chateada. Ela não queria que eu pagasse o aluguel. Ela disse que a fazia se sentir barata.

Ele suspirou e o olhar de desculpas em seus olhar ainda não fazia sentido. Não me importo sobre sua briga com Yngrid.

-É o dobro... ou, pelo menos, Yngrid pensa que é o dobro de seu último lugar. Na verdade, é quatro vezes mais do que o último lugar. Fiz Fernando jurar segredo. Estou pagando a outra parte sem ela saiba. Enfim. Ela... ela... foi para o Wakers hoje. Ela ama o condomínio. Ela quer viver na propriedade do clube e na praia. Mas a única pessoa que ela pensa em ter como companheira de quarto é... Allison.

Eu me levantei. Não podia sentar-me.

-Calma homem, sente-se.

Gustavo pulou e acenei ausente.

-Não estou louco. Eu só preciso respirar.

Falei, olhando para as portas de vidro para as ondas batendo contra a costa. Yngrid tinha ido buscar Allison. Meu coração estava disparado. Será que ela vem?

-Eu sei que vocês dois tiveram um meu término. Pedi-lhe para não ir, mas ela ficou muito brava e eu não gosto de magoá-la. Ela disse que sente falta da Allison e que Allison precisa de alguém. Ela, uh, também falou sobre Fernando dar a Allison de volta seu emprego se ela trouxer Allison de volta.

Allison. Voltando...

Ela não iria voltar. Ela me odiava. Ela odiava Gi. Ela odiava a minha mãe.

Ela odiava o pai. Ela não iria voltar aqui, mas Deus, eu queria que ela voltasse.

Virei a cabeça e olhei para Cooper.

-Ela não vai voltar.

Eu disse. A dor na minha voz era inegável. Não me importava em esconder isso. Não mais.

Cooper deu de ombros.

-Ela pode ter tudo tempo suficiente para lidar com as coisas. E se ela voltar? O que você vai fazer?

Gustavo me perguntou.

O que eu faria? Eu imploraria.

 

Allison

Yngrid paro o carro de Cooper no estacionamento do Donuts Han. Notei que o pequeno Volkswagen azul da Thais estava lá e decidi ficar no carro. Eu só tinha visto Thais duas vezes desde que voltei e ela estava disposta a arrancar meus olhos. Ela era afim de Louis desde o colegial.

 Até eu chegar e estragar qualquer tipo de relação que eles finalmente tinham decidido ter. Não era o que eu queria. Ela poderia ficar com Louis.

Yngrid começou a sair do carro e eu a agarrei pelo braço.

-Vamos apenas conversar no carro.

Falei interrompendo-a.

-Mas eu quero um pouco de sorvete com Oreo.

Ela reclamou.

-'Não posso conversar lá dentro. Tem muita gente aí que conheço.

Expliquei.

Yngrid suspirou e recostou-se no assento.

-Tudo bem. Minha bunda não precisa de mais sorvete e biscoitos.

Sorri relaxada, grata pelos vidros escuros.

Sabendo que eu não estava em exposição caso as pessoas parassem e me vissem no carro de Cooper.

Ninguém por aqui olharia para os carros, nem mesmo um como esse.

-Não vou bater na mesma tecla sobre isso, Ali. Sinto sua falta. Eu nunca tive uma amiga por perto antes. Nunca. Então você veio e depois se foi Odeio você por ter ido embora. O trabalho é um saco sem você por perto. Não tenho ninguém para contar sobre a minha vida sexual com Cooper e quão doce ele está sendo, o que é algo que eu não tivesse te escutado. Sinto muito a sua falta.

Senti lágrimas arderem nos meus olhos. O fato dela ter sentido minha falta me deixou aliviada. Senti falta dela também. Sei que perdi um monte de coisas.

-Também fiquei com saudades.

Respondi, torcendo para não ficar muito chorosa.

Yngrid assentiu e um sorriso apareceu em seus lábios.

-Tudo bem. Porque preciso de que você volte e viva comigo. Cooper deu-me um apartamento na beira-mar que fica na propriedade do clube. Mas me recuso a deixá-lo pagar por isso. Então, preciso de uma colega de quarto. Por favor, volte. Eu preciso de você. E Fernando disse que você teria o seu emprego de volta imediatamente.

Voltar para Roseville? Onde Scott estava... e Giovanna... e meu pai.

Eu não podia voltar. Não podia vê-los. Eles estariam no clube. Será que meu pai chamaria Giovanna para jogar golfe? Eu podia conviver com isso?

Não. Eu não podia. Seria demais para mim.

— Eu não posso.

Botei para fora. Eu queria poder. Não sabia para onde eu estava indo depois que descobri que estava grávida, mas eu não poderia voltar para Roseville e não poderia ficar aqui.

-Por favor, Ali. Ele sente sua falta também. Ele nunca sai de casa. Cooper diz que é lamentável.

A ferida no meu peito ardeu novamente. Saber que Scott também estava sofrendo foi difícil. Imaginei que ele faria suas festas em casa e seguiria em frente.

Não queria que ele ainda estivesse triste. Eu só precisava que nós se guisemos em frente. Mas talvez eu nunca conseguisse. Sempre me pego lembrando dele.

-Não posso vê-los. Qualquer um deles. Seria muito difícil.

Fiz uma pausa. Eu não poderia dizer a Yngrid sobre a minha gravidez. Mal tive tempo para compreende-la. E não estava pronta para contar a ninguém. Nunca poderia contar a ninguém que não fosse Louis.

Vou embora daqui em breve. Indo para um lugar que ninguém me conhecesse. Seria um novo começo.

-Seu... hum, pai e Julia não estão lá. Eles foram embora. Giovanna está, mas ela está mais quieta agora. Acho que ficou preocupada com Scott. Vai ser difícil no começo, mas assim que você encarar tudo de frente, fica mais fácil deixá-los para trás. E tudo será superado. Além disso, a forma como os olhos do Fernando se iluminaram quando mencionei que você iria voltar, você pode se distrair com ele. Ele está mais do que interessado.

Eu não queria Fernando. E nada poderia me distrair. Além disso, Yngrid não sabia de tudo. Eu não podia dizer a ela o que realmente aconteceu. Pelo menos, não hoje.

-Por mais que eu queira. Eu simplesmente não posso. Sinto muito.

Eu estava arrependida. Mudar-se com a Yngrid e ganhar meu emprego de volta no clube seria a resposta para quase todos os meus problemas.

Yngrid deixou escapar um suspiro de frustração e colocou a cabeça para trás no assento ao fechar os olhos.

-Certo. Eu entendo. Não gosto disso, mas eu te entendo.

Estendi e apertei sua mão com força. Queria que as coisas fossem diferentes. Se Scoot fosse apenas um cara que eu tinha terminado seria mais fácil. Mas não era. E nunca seria. Ele era mais. Muito mais do que ela poderia entender.

Mel apertou minha mão de volta.

-Vamos deixar isso de lado por hoje. Mas não vou procurar por outra colega de quarto imediatamente. Estou te dando uma semana para pensar, ok?! Aí terei que encontrar alguém para me ajudar a pagas as contas. Então, você pode pensar sobre isso?

Concordei porque sabia que era o que ela precisava, mesmo sabendo que sua espera fosse inútil.

-Certo. Vou voltar para casa e orar, para ver se Deus ainda se lembra de quem diabos eu sou.

Ela piscou para mim e, em seguida, estendeu a mão sobre o assento para me abraçar.

-Coma um pouco de comida por mim, tá? Você está ficando muito magra.

Ela disse.

Ok.

Respondi, me perguntado se isso seria possível. Yngrid se sentou.

-Bem, se você não vai arrumar as malas e voltar para Rosevillecomigo, então pelo menos nós vamos sair. Preciso me hospedar antes de pegar a estrada novamente. Podemos encontrar um pouco de diversão em algum lugar e, em seguida, ficar em um hotel.

Concordei.

-Sim. Isso soa bem. Mas nada de barzinho caipira.Jamais poria os pés num lugar desse. Pelos menos não tão cedo!

Yngrid franziu a testa.

-Tudo bem. Mas há outro lugar além desse nesse estado?

Ela estava certa.

-Podemos dirigir para Birmyet é a cidade grande mais próxima.

-Perfeito. Vamos nos divertir.

Quando paramos na calçada da Vovó Sonia, ela estava sentada do lado de fora da varanda descascando ervilhas. Eu não queria enfrentá-la, mas ela me seu um teto durante três semanas sem contestar.

Ela merecia uma explicação. Eu não tinha certeza se Louis disse alguma coisa. A caminhonete dele não estar aqui e fiquei imensamente grata.

-Quer que eu fique no carro?

Perguntou Yngrid.

Seria mais fácil se ela ficasse, mas Vovó Sonia iria vê-la e, me chamar de rude se eu não deixasse minha amiga entrar.

-Você pode vir comigo.

Eu disse a ela e abri a porta do carro.

Yngrid caminhou ao redor da frente do carro e apressou os passos até chegar ao meu lado.

Vovó Sonia ainda não tinha olhado além de suas ervilhas, mas eu sabia que ela tinha nos ouvido. Provavelmente ela estava pensando sobre o que ia dizer. Louis deve ter dito a ela. Caramba.

Allison

Olhei para ela enquanto continuava a descascar as ervilhas em silêncio. Seu cabelo era tudo que eu podia ver dela. Sem nenhum contato visual. Seria muito mais fácil Simplesmente entrar e tirar proveito dela sem falar nada.

Mas esta era sua casa. Se ela não me quisesse aqui, eu faria as malas e iria embora.

-Ei, Vovó Sonia.

Falei e fiquei esperando ela levantar a cabeça para olhar para mim. Silencio. Ela estava chateada comigo. Decepcionada ou com muita raiva, não estava certa sobre qual. Eu odiava Louis agora por lhe dizer. Ele não poderia ficar de boca fechada?

-Esta é minha amiga Mel. Ela veio me visitar hoje.

Eu falei.

Vovó Sonia, finalmente levantou a cabeça e deu um sorriso a Yngrid e então voltou seus olhos para mim.

-Leve-a para dentro e lhe de um grande copo de chá gelado com uma daquelas tortas fritas que deixei esfriando sobre a mesa. Então volte aqui e converse comigo um minuto. hum.

Isso não foi um pedido. Era uma exigência sutil. Concordei e levei Yngrid para dentro.

-Como você conseguiu irritar tanto aquela senhora?

Yngrid sussurrou quando estávamos em segurança no interior da casa. Dei de ombros. Eu não tinha certeza.

-Não posso imaginar.

Respondi.

Fui até o armário e peguei um copo alto e fui pegar o chá gelado para Yngrid. Nem sequer perguntei se ela queria. Eu estava apenas tentando fazer o que a Vovó Sonia tinha mandado.

-Aqui. Beba isso e experimente uma torta. Volto em poucos minutos.

Falei enquanto corri para o lado de fora. Eu precisava acabar com essa angústia.

As tábuas de madeira racharam sob os meus pés assim que voltei para a varanda da casa da Vovó Sonia. Deixei a porta de tela fechar atrás de mim com um grande estrondo de lembrar que era antiga e suas dobradiças estavam há muito tempo enferrujadas. Passei muitos dias da minha infância nesta varanda, descascando ervilhas com Louis e Vovó Sonia. Não queria que ela ficasse chateada comigo. Mas mesmo assim meu estômago se contorceu.

-Sente-se menina e pare de olhar como se estivesse prestes a chorar. Deus sabe que te amo como se fosse minha. Pensei até que seria um dia.

Ela balançou a cabeça.

-Aquele garoto estúpido não se conserta. Eu esperava que ele acordasse antes que fosse tarde demais. Mas não, né? Você se foi e encontrou outra pessoa.

Isso não era o que eu estava esperando.

Sentei-me no banco a sua frente e comecei a descascar ervilhas, assim não teria que olhar para ela.

-Aqueles três anos provaram que não daria certo entre Louis e eu. Nada do que está acontecendo agora Influencia esta decisão. Ele é meu amigo. e apenas isso.

Vovó Sonia fez o som de 'tsk' e se moveu no balanço que ficava na varanda onde estava sentada.

-Eu não acredito nisso. Vocês dois eram inseparáveis quando crianças. Mesmo sendo um garoto, ele não conseguia disfarçar que gostava de você. Era engraçado ver o quanto ele te adorava, e nem sequer percebia isso. Mas quando os meninos atingem a adolescência, eles perdem a doçura. Eu odeio que ele tenha mudado isso. E detesto que ele tenha perdido você, menina. Porque não haverá outra Allison para Louis. Você era perfeita para ele.

Ela não tinha mencionado meu teste de gravidez.

Será que ela já sabe que eu o comprei? Eu não queria recapitular meu passado com Louis.

Claro que tínhamos uma estória, mas havia tanta tristeza e pesar que eu não queria reviver. Eu estava vivendo em uma mentira que meu pai tinha construído desde então.

Essa lembrança me doía.

-Louis apareceu por aqui hoje?

Perguntei.

-Sim. Ele veio esta manhã procurando por você. Eu disse a ele que você não voltaria para casa de onde fugi-o. Ele parecia preocupado quando se virou e saiu sem me dizer mais nada. Tem sido muito duro para ele. Não acho que já o vi chorar tanto quando agora. Pelo menos não desde que ele era um menino.

Ele tem chorado? Fechei os olhos e deixei cair as ervilhas dentro do grande balde de plástico que Vovó estava usando. Louis não deveria ficar chateado. Ele não deveria chorar. Ele me deixou há muito tempo. Por que tem sido tão difícil para ele?

-Há quanto tempo foi isso?

Perguntei, pensando nas horas que se passaram desde que eu tinha aberto  minha alma a ele no estacionamento da farmácia.

-Ah, mais ou menos uma nove horas atrás, eu acho. Era cedo. Ele estava uma bagunça, menina. Pelo menos, vá encontrá-lo e converse com ele. Não importa como vocês se sente sobre ele agora, mas ele precisa ouvir de você que as coisas estão bem.

Assenti.

-Posso usar seu telefone?

Perguntei, levantando-me.

-Claro que pode. Mas coma uma das tortas, enquanto você está lá dentro. Eu fiz o suficiente para um exército depois que ele saiu correndo esta manhã. Elas são as favoritas dele.

Disse ela.

-De cereja?

Eu adivinhei e ela me deu um sorriso. Eu podia ver tantas coisas nos olhos dela. Eu conhecia Louis.

Nada nele me surpreendia. Eu o entendia. Tivemos um passado. Eu amava sua família e eles obviamente me amavam também. Isso era certo.

Yngrid estava de pé do outro lado da porta, tomando seu copo de chá gelado e segurando o telefone para mim. Ela tinha ouvido, o que não me surpreendeu.

-Ligue para o garoto. Acabe logo com isso.

Disse ela.

Peguei o telefone e fui para a sala de estar antes de discar o número de Louis, para ter um pouco de privacidade. Eu conhecia de cor. Ele tinha o mesmo número desde que conseguiu seu primeiro telefone celular quando tinha dezesseis anos.

📱

-Alô?

Disse quando atendeu. Eu podia ouvir hesitação em sua voz. Alguma coisa estava errada. Parecia que ele estava falando com uma voz embargada.

-Louis? Você está bem?

Perguntei de repente preocupada com ele.

Houve uma pausa, depois um longo suspiro.

-Allison. Sim ... Estou bem.

-Onde você está?

Ele pigarreou.

-Eu, huh... Eu estou em Roseville, Allison.

Ele estava em Roseville? Como assim? Eu me afundei no sofá e agarrei o telefone apertado.

Será que ele estava contando a Scott? Meu coração bateu forte contra meu peito e fechei os olhos com força, antes de perguntar:

-Por que está em Roseville? Por favor, me diga que você não fez...

Eu não podia dizer isso. Não com Yngrid na sala ao lado e que provavelmente me escutava.

-Eu precisava ver a cara dele. Eu precisava ver se ele te amava. Eu precisava saber... porque, eu só precisava saber.

Isso não faz sentido.

-O que você disse a ele? Como você o encontrou? Você o encontrou?

Talvez ele não o tivesse encontrado. Talvez eu pudesse parar isso.

Houve uma risada dura na outra extremidade da linha.

-Sim, eu encontrei, está bem. Não é realmente difícil. Este lugar é pequeno e todo mundo sabe onde o filho do astro do rock vive.

Oh Deus, oh Deus, oh Deus...

-O que você disse a ele?

Perguntei lentamente á medida que o horror tomava conta de mim.

-Não contei nada. Eu não faria isso com você. De-me algum maldito crédito. Sei que te trai antes, mas era porque eu era um adolescente burro cheio de hormônios, mas caramba Allison, quando é que você vai me perdoar? Será que vou pagar por esse erro o resto da minha vida? Eu sinto muito! DEUS, estou tão arrependido. Eu gostaria de voltar e mudar tudo se eu pudesse.

Ele parou e fez um grunhido que parecia que ele estava sofrendo.

-Louis? O que há de errado com você? Você está bem?

Perguntei. Eu não queria reconhecer o que ele tinha dito. Mas sabia que ele estava arrependido. Eu também estava. Mas não, eu nunca ia superar isso. Perdoar é uma coisa. Esquecer é outra.

-Eu estou bem. Só um pouco agredido. Vamos apenas dizer que o cara não é louco por mim, tá bem.

O cara. Scott? Será que Scott o tinha machucado? Isso não soa como Scott agiria.

-Que cara?

Louis suspirou.

-O Louis.

Meu queixo caiu quando olhei para frente. Louis tinha machucado Louis.

-Não entendo.

-Deixa pra lá. Eu tenho um quarto para passar a noite e vou ficar por aqui. Estarei em casa amanhã. Temos algumas coisas para conversar.

-Louis?Por que o Scott te bateu?

Uma outra pausa e, em seguida, um suspiro cansado.

-Porque fiz perguntas que ele achava que não era da minha conta. Estarei em casa amanhã.

Ele fez perguntas.

-Que tipo de perguntas?

-Allison você não tem que dizer nada a ele. Vou cuidar de você. Apenas... precisamos conversar.

Ele vai cuidar de mim? Do que estava falando? Eu não ia deixá-lo tomar conta de mim.

-Onde você está exatamente?

Perguntei.

-Em algum hotel nos arredores de Roseville. Eles acham que a merda deles não fede naquela cidade. Tudo lá custa cinco vezes mais caro.

-Certo. Permaneça na cama e te vejo amanhã.

Eu lhe respondi e depois desliguei.

📱

Yngrid entrou no quarto. Ela levantou uma de suas sobrancelhas escuras quando olhou para mim esperando eu falar. Ela tinha ouvido. Eu sabia que ela faria isso.

-Eu preciso de uma carona para Roseville.

Eu disse a ela enquanto ficava em pé. Eu não podia deixar Louis machucado em um quarto de hotel e também não podia arriscar que ele voltasse e tentasse falar com Scott novamente.

Se Yngrid me levasse até lá, eu poderia vê-lo e depois traze-lo para casa.Yngrid assentiu e um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. Eu poderia dizer que ela não queria que eu percebesse como estava feliz em ouvir isso. Eu não estava. Ela não precisa ter suas esperanças elevadas.

-Isso se trata apenas de Louis. Eu não... Eu não posso ficar lá.

Ela não pareceu acreditar em mim.

-Claro.Eu sei.

Eu não estava a fim de convence-la. Entreguei-lhe o telefone e voltei para o meu quarto temporário para arrumar algumas coisas.

Scott

Gustavo finalmente tinha desistido de mim e passou a dançar com uma das meninas que tinha flertado conosco desde que entramos no clube. Ele veio aqui para se divertir e eu precisava da distração, mas agora que estava aqui, eu só queria sair.

Tomando um gole de minha cerveja tentei não fazer contato visual com ninguém. Mantive minha cabeça baixa e uma carranca no rosto. Não foi difícil fazer. As palavras de Cooper ficavam se repetindo na minha cabeça. Eu estava com medo. Não, eu estava aterrorizado em acreditar que ela viria para cá.

Eu tinha visto o rosto dela naquela noite no quarto do hotel. Era tão vazio. A emoção em seus olhos tinha desaparecido. Ela tinha terminado comigo, com o pai, com tudo. O amor era cruel tão cruel.

O banco do bar ao meu lado rangeu contra o piso quando foi arrastado. Eu não olhei para o lado. Eu não queria que ninguém falasse comigo.

-Por favor, me diga que essa carranca em seu rosto bonito não é por causa de uma garota. Você vai quebrar meu coração.

A voz feminina suave era familiar.

Inclinei a cabeça para o lado apenas o suficiente para ver seu rosto. Embora fosse mais velha agora, a reconheci imediatamente.

Há algumas coisas que um cara não esquece na vida e uma delas é a garota que lhe tomou a virgindade. Brenda Seynoa.

Ela era três anos mais velha e visitava sua avó no verão que fiz quatorze anos. Não tinha sido uma ligação romântica. Tinha sido mais como uma lição de vida.

-Brenda.

Respondi, aliviado que não era outra mulher desconhecida para se atirar em mim.

-E ele se lembra do meu nome. Estou impressionada.

Ela me respondeu e então olhou para o barman sorrindo.

-Uma Coca-Cola, por favor.

-Um cara não se esquece de sua primeira.

Ela se mexeu no banquinho, cruzando as pernas e inclinando a cabeça para olhar para mim, fazendo o seu cabelo longo e escuro cair de lado sobre uma dos ombros. Ela ainda usava o cabelo longo, que eu era fascinado naquela época.

-A maioria dos caras esquece, mas você teve uma vida diferente em comparação com a maioria dos caras. A fama deve ter mudado você ao longo dos anos.

-Meu pai é que é famoso, não eu.

Respondi, odiava quando as mulheres queriam falar sobre algo que não sabiam da nada. Brenda e eu transamos algumas vezes, mas ela realmente não sabia muito sobre mim naquela época.

-Hum, sei lá. Então, por que você está tão triste?

Eu não estava triste. Eu estava uma bagunça. Mas ela não era alguém que eu pretendia descarregar tudo.

-Estou bem.

Respondi e olhei de volta para a pista de dança com a esperança de chamar a atenção de Gustavo. Eu estava pronto para ir embora.

-Parece que você tem um inferno de um coração partido e não sabe o que fazer com ele.

Disse ela estendendo a mão para sua bebida.

Eu não vou falar com você sobre minha vida pessoal, Brenda.

Dei um aviso em um tom alto e claro.

-Calma ai, gostosão. Não estava tentando te chatear. Só estava jogando conversa fora.

Minha vida pessoal não era um conversa fiada.

-Então porque não me pergunta sobre a droga do tempo.

Eu disse com um grunhido.

Ela não respondeu e fiquei contente. Talvez ela fosse embora. Deixando-me em paz.

-Estou na cidade cuidando da minha avó. Ela está doente e eu precisava de algo novo para fazer com a  minha vida. Acabei de passar por um divórcio conturbado. E a mudança de cenário com minha partida de Chuohso era o que precisava. Estarei aqui por pelo menos uns seis meses. Sabe me dizer se você será esse idiota durante todo o tempo em que estarei aqui ou, vai ficar agradável a qualquer momento no futuro próximo?

Ela queria me ver. Não. Eu não estava pronto para isso. Comecei a responder quando meu  telefone vibrou me alertando de uma mensagem de texto. Aliviado por ter uma interrupção para que eu pudesse pensar em como iria responder, tirei meu celular do bolso.

Era um número que não reconhecia. Mas o,

"Ei. É a Yngrid".

Chamou a minha atenção e eu parei de respirar quando abri o texto para ler a coisa toda. " Ei. É a Mel. Se você não é um estúpido idiota, então você vai acordar e começar a fazer a coisa certa."

O que diabos é isso? Alguém estava me procurando? Allison esteve em Roseville? É isso o que isso significava? Levantei-me e coloquei dinheiro suficiente no bar para cobrir a minha cerveja e a bebida da Brenda.

-Tenho que ir. Foi bom te ver. Cuide-se.

Eu disse sem ressentimento enquanto procurava através da multidão até encontrar Gustavo que estava de amasso na pista de dança com alguma ruiva.

Seus olhos encontraram os meus e eu acenei para porta.

-Agora.

Disse virando a cabeça para fora. Eu o deixaria aqui se ele não tivesse me alcançado quando chequei no carro. Ela poderia estar aqui. Eu ia descobrir.

Mas primeiro, vou perguntar a Mel o que ela quis dizer com esse texto inútil. que surgiu na minha caixa de mensagens.

Allison

Estendi a mão e cutuquei a perna da Yngrid para acordá-la. Ela estava dormindo durante as últimas duas horas.

Estávamos perto de Roseville Beach e eu precisava dela para dirigir para que eu pudesse procurar pelo caminhão de Louis em todos os motéis baratos.

-Nós chegamos?

Ela murmurou, sonolenta e sentou-se em seu assento.

-Quase. Eu preciso que você dirija. Tenho que procurar pelo caminhão de Louis.

Yngrid soltou um suspiro cansado. Eu sabia que ela só estava fazendo isso na esperança de me trazer a Roseville e me manter lá. Ela não se importava se eu encontraria o Louis.

Mas eu precisava de uma carona. Eu iria levar Louis de volta para casa. E nós iríamos conversar. Ele não tinha nada que vir aqui para ver Scott.

Eu só esperava que ele não tivesse contado a Scott sobre o que ele me pegou comprando. Não era que eu quisesse manter segredo de Scott.

Era só que eu não tinha deixado tudo se ajeitar ainda. Eu precisava processar isso. Descobrir o que eu queria fazer. Então eu iria contatar a Louis.

Louis ir atrás dele como uma pessoa louca não era o que eu queria. Eu ainda não podia acreditar que ele tinha feito isso.

-Encoste aqui. Preciso entrar e pegar um café antes.

Yngrid me disse. Fiz o que ela pediu e estacionei o carro na frente do Starbucks.

-Você quer alguma coisa?

Yngrid perguntou quando ela abriu a porta. Eu não tinha certeza de que cafeína era bom para o... para o bebê.

Balancei minha cabeça e esperei até que ela saísse do carro antes de eu deixar sair o soluço no meu peito, eu não estava esperando. Eu não tinha pensado sobre o que essas duas listras cor de rosa significavam. Um bebê. O bebê de Scott. Oh, Deus.

Saí do carro e caminhei em torno da frente para entrar no lado do passageiro. No momento em que eu estava de volta no carro e apertei o cinto Yngrid estava voltando para o carro. Ela parecia já um pouco mais acordada.

Empurrei os pensamentos do meu bebê de volta e foquei em encontrar Louis. Eu poderia me debruçar sobre o meu futuro, sobre o futuro do meu bebê, mais tarde.

-Certo. Tenho cafeína. Estou pronta para encontrar esse cara.

Eu não a corrigi. Sabia que ela sabia o nome dele agora. Eu tinha falado várias vezes. Ela estava se recusando a lembrar-se. Esta era sua forma de rebelião.

Louis representava Suntall e ela não me quer em Suntall. Em vez de me irritar, isso me sensibilizou. Ela me queria com ela o que fez sentir-me bem.

-Ele deixou Roseville por causa do preço dos quartos de hotel. Então, ele está em algum lugar acessível. Você pode me levar a algum destes lugares?

Perguntei.

Ela assentiu com a cabeça, mas ela não olhou para mim. Ela estava enviando mensagens de texto. Ótimo. Eu precisava que ela se concentrasse.

E era mais do que provável que ela estava dizendo a Cooper que estávamos quase lá. Realmente não queria que Cooper soubesse de nada.

Nós dirigimos por quase 30 minutos enquanto eu verificava estacionamentos em todos os motéis baratos na cidade. Isso estava ficando frustante. Ele tinha que estar aqui em algum lugar.

-Posso usar seu telefone? Vou ligar novamente e deixá-lo saber que estou aqui procurando por ele. Ele me dirá onde está, quando souber que vir até aqui.

Yngrid me deu seu telefone e rapidamente disquei o número de Louis. O telefone tocou duas vezes.

📱

-Olá?

-Louis. Sou eu. Onde você está? Estou perto de Roseville e não consigo encontrar o seu caminhão em lugar nenhum.

Houve um silêncio, em seguida.

-Maldição.

-Não fique com raiva. Eu precisava ver como você está. Eu vim aqui para te levar para casa.

Eu sabia que ele ia ficar frustado que eu cheguei tão perto de Roseville novamente.

-Eu disse que estaria em casa depois de descansar, Allison. Por que você não ficou lá?

O agravamento de sua voz me irritou. Você pensaria que ele não estava feliz que eu vim para vê-lo.

-Onde você está, Louis?

Perguntei novamente. Então ouvi. Uma voz de menina em segundo plano. O telefone tornou-se abafado. Não preciso ser um gênio para descobrir.

Louis estava com uma mulher e ele estava tentando esconder isso de mim. Isso me irritou.

Não porque pensei que Louis e eu tivéssemos uma chance, mas porque ele me deixou pensar que ele estava ferido e sozinho em uma cidade estranha. Babaca.

-Ouça. Eu não tenho tempo para mais um dos seus jogos estúpidos, Igor. Estive lá, já fiz isso. Da próxima vez, você não pode fazer parecer como se você precisasse de mim, quando é óbvio que não precisa.

-Allison, não. Ouça-me. Não é o que você pensa. Eu não consegui dormir depois que você ligou, então eu peguei o caminho e voltei para casa. Eu queria ver você.

Um grito de raiva de uma garota veio do outro lado do telefone. Ele estava irritando quem estava com ele. O cara era um idiota.

-Vá fazer a sua companhia se sentir melhor. Não preciso de um explicação. Não preciso de nada de você. Eu nunca precisei.

-ALLISON! NÃO! Eu te amo, baby. Eu te amo muito. Por favor, me escute.

Ele implorou e a  menina com ele ficou mais histérica.

-Cale a boca Thais.

Ele rugiu e eu sabia que ele estava de volta em Suntall. Ele estava com Thais.

-Você está com a Thais? Você chegou em casa para eu não me preocupar e foi ver a Thais? Você é ridículo, Louis. Na real? Isso não me machuca. Você não pode me machucar mais. Mas pare e pense sobre os sentimentos dos outros de vez em quando. Você vive mantendo a Thais a sua volta, isso é errado. Pare de pensar com a cabeça de baixo e cresça.

📱

Desliguei e entreguei o telefone de volta a Yngrid.

Os seus olhos estavam arregalados quando ela olhou para mim.

-Ele voltou para Suntall.

Eu disse com uma explicação.

-É, percebi essa parte.

Yngrid disse lentamente. Ela estava esperando por mais. Ela merecia muito mais. Ela me trouxe de volta aqui. Ela também, era a única amiga de verdade que eu tinha. Louis não era um amigo. Não de verdade. Um amigo de verdade não iria continuar fazendo coisas estúpidas como ele faz.

-Posso dormir na sua casa hoje? Não acho que vou voltar para lá. Eu estava indo embora logo de qualquer maneira. Eu vou descobrir para onde vou amanhã. E quando eu chegar lá, vou pedir a Vovó Sonia para enviar o resto das minhas coisas.

Não é como se eu tivesse muito de qualquer maneira. Meu caminhão está o cemitério. Ele nunca iria conseguir fazer a viagem novamente.

Yngrid assentiu e acionou o carro em seguida, guiando para a estrada.

-Você pode ficar comigo o tempo que você precisar. Ou mais.

Respondeu ela.

Obrigada.

Eu disse antes de colocar a minha cabeça de volta no lugar e tomar uma respiração profunda. O que vou fazer agora?

O cheiro de bacon ficou mais forte e mais forte, quando mais eu inalava.

Era como se o bacon estivesse tomando meus sentidos. Minha garganta apertou. Meu estômago revirou com o cheiro. O óleo chiou em algum lugar distante.

Antes que eu pudesse abrir completamente meus olhos, meus pés estavam no chão e eu fui correndo para o banheiro.

Felizmente o apartamento da Yngrid não era grande e não precisei muito para chegar lá.

-Allison?

A voz da Yngrid chamou da cozinha, mas eu não podia parar. Caindo de joelhos na frente do vaso sanitário segurei o assento de porcelana com as duas mãos e comecei a vomitar tudo do meu estômago, até não ter nada além de um seco esforço puxando meu corpo.

Toda vez que eu pensava que tinha terminado, sentia o cheiro da gordura do bacon misturado com meu vomito e começava de novo.

Eu estava tão fraca que meu corpo tremia enquanto tentava vomitar e nada mais vinha. A toalha fria estava no meu rosto e Yngrid estava de pé em cima de mim apertando a descarga do vaso sanitário e, em seguida, me recostando contra a parede.

Segurei o pano sobre o meu nariz para bloquear o cheiro. Yngrid percebeu e fechou a porta do banheiro atrás dela. Depois ela ligou o ventilador e colocou as mãos nos quadris e olhou para mim. A descrença em seu rosto me confundia. Fiquei doente. O que era tão estranho nisso?

-Bacon? O cheiro de bacon fez você vomitar?

Ela balançou a cabeça, ainda olhando para mim como se não pudesse acreditar.

-E você não ia me dizer, não é? Você apenas iria colocar sua bunda louca em algum maldito Ônibus e ir embora. Totalmente sozinha. Não posso acreditar em você, Ali. O que aconteceu com a menina inteligente que me ensinou a não deixar que um homem me usasse? Hummm? Onde diabos ela foi? Porque este seu plano é horrível. Bem ruim. Você não pode simplesmente fingir. Você tem amigos aqui. Você vai precisar de amigos... e espero que você pretenda dizer a Scott também. Eu te conheço bem o suficiente para saber que este bebê é dele.

Como é que ela sabe? Eu apenas vomitei. Muitas pessoas ficam doentes.

-É um vírus.

Murmurei.

-Não minta para mim. Foi o banco, Allison. Você estava dormindo tão pacificamente no sofá e na hora que comecei a cozinhar o bacon você começou a fazer barulhos estranhos e se virar. Então você disparou como uma bala para vomitar as tripas para fora. Bebês não são ciências de foguete. Tire esse olhar chocado de seus rosto.

Não podia mentir para ela. Ela era minha amiga. Possivelmente a minha única o momento. Puxei meus joelhos até meu queixo e passei meus braços em torno de minhas pernas. Esta foi a minha maneira de me manter unida. Quando senti que o mundo estava quebrando em torno de mim e eu não podia controlá-lo eu sempre ficava dessa maneira.

-É por isso que o Louis veio aqui. Ele me pagou comprando um teste de gravidez ontem. Eu sei que é por isso que ele veio aqui. Para falar com Scott. Para perguntar sobre a relação entre Scott e eu. É algo que me recuso a falar para Igor. Não quero falar sobre Scott de qualquer maneira. Então eu estava com a menstruação atrasada. Duas semanas atrasada. Pensei em comprar um teste e daria negativo e tudo ficaria bem.

Parei a minha explicação e descansei minha bochecha contra os meus joelhos.

-O teste... ele deu positivo?

Perguntou Yngrid.

Balancei a cabeça, mas não olhei para ela.

-Você vai contar para Scott? Ou você realmente vai simplesmente fugir?

O que Scott iria fazer? Sua irmã me odiava. Sua mãe me odiava. Eles odiavam a minha mãe. E eu odiava meu pai. Para Scott ser uma parte da vida deste bebe ele teria de abandoná-las. Eu não podia pedir-lhe para desistir de sua mãe e irmã.

Mesmo que fossem malvadas. Ele as amava. E ele não iria desistir da Giovanna. Eu já aprendi que quando ele tivesse que escolher entre mim ou Giovanna, ele escolheria Giovanna. Ele escolheria até o final. Quando descobri tudo. Ele manteve o seu segredo. Ele tinha escolhido ela.

-Eu não posso contar a ele.

Eu disse calmamente.

-Por que exatamente? Porque ele iria querer saber e iria levantar a sua bunda para ser um homem e estar lá para você. Esta sua fuga das coisas é estúpida.

Ela não sabia tudo. Sabia apenas pedaços. Foi a historia de Giovanna que foi contada e de mais ninguém aos olhos do Scott. Mas eu discordei. Era a minha historia também. Giovanna ainda tinha seus pais e seu irmão. Eu não tinha ninguém. Minha mãe estava morta.

Minha irmã estava morta. E o meu pai poderia muito bem estar morto.

Portanto, esta historia era tanto minha como era dela. Talvez até mais.

Ergui o cabeça e olhei para Yngrid. Ela era minha única amiga no mundo e se eu fosse contar essa historia, então seria pra ela que eu iria dizer.

Scott

Fazia três semanas, quatro dias e 12 horas desde que eu a tinha visto. Desde que ela tinha arrancado meu coração. Se eu tivesse bebido, eu culparia o álcool. Tinha que ser uma ilusão, uma bem desesperada.

Mas eu não tinha bebido. Nem uma gota. Não havia engano com Allison. Era ela. ela estava realmente aqui. Allison estava de volta a Roseville. Ela estava na minha casa.

Passei cinco horas ontem á noite dirigindo por essa maldito  lugar em busca de Yngrid esperando que ela me levasse a Allison.

Mas não tinha encontrado nenhuma delas.

Chegar em casa e admitir a derrota era doloroso. Eu tinha me convencido que Yngrid ainda estava em Suntall com Allison. Que talvez o texto de Yngrid tivesse sido um ato bêbado e nada mais. Fiquei embebido na visão dela.

Ela estava mais magra e eu não gosto disso. Ela não comia? E se ela tivesse ficado doente?

-Olá, Scott!

Disse ela, quebrando o silêncio. O som de sua voz quase me mandou para os meus joelhos. Deus, eu tinha sentido falta desta voz.

-Allison.

Eu consegui dizer, com medo de assustá-la só por falar.

Ela estendeu a mão e colocou uma mecha de seu cabelo em torno de seu dedo e enrolou nele. Ela estava nervosa. Eu não gostava que eu a estava deixando nervosa. Mas o que eu poderia fazer tornar isso mais fácil?

-Podemos conversar?

Ela perguntou em voz baixa.

-Sim.

Dei um passo atrás para deixá-la entrar.

-Entre.

Ela fez uma pausa e olhou através de mim para a casa. O medo e a dor intermitente em seus olhos. Xinguei-me silenciosamente.

Ela tinha sido ferida aqui. Seu mundo tinha sido destruído na minha casa. Caramba.

Eu não queria que ela se sentisse dessa maneira sobre a minha casa. Não quando havia boas lembranças aqui também.

-Está sozinho?

Ela perguntou.

Seus olhos se voltaram para mim.

Ela não queria ver minha mãe ou seu pai. Eu entendi agora. Não era a casa.

-Eu forcei-os a sair no dia em que você foi embora.

Respondi, olhando-a com cuidado.

Os olhos dela se arregalaram. Por que isso era surpresa para ela? Ela não entendeu? Ela vinha primeiro. Eu disse a ela, tantas vezes naquele quarto de hotel.

-Oh! Eu não sabia...

Ela parou. Nós dois sabíamos que ela não sabia por que ela tinha me cortado de sua vida.

-Só eu. Exceto por visitas ocasionais de Gustavo, é sempre apenas eu.

Ela precisava saber que eu não tinha seguido em frente. Eu não estava em movimento.

Allison entrou na casa e eu cerrei os punhos quando seu perfume doce familiar a seguiu. Tantas noites eu sentei aqui e sonhava em vê-la caminhar de volta para a minha vida. Meu mundo!

-Posso servir algo para beber?

Perguntei, pensando em como eu realmente queria pedir-lhe para falar comigo. Para ficar comigo. Para me perdoar.

Allison balançou a cabeça e se virou para olhar para mim.

-Não. Eu estou bem. Eu... eu... eu estava na cidade e bem...

Ela torceu o nariz e eu lutei contra a vontade de estender a mão e tocar seu rosto.

-Você bateu em Louis?

Louis. Droga! Ela sabia sobre Louis.Ela estava aqui para falar de Igor? ''Ele perguntou coisas que ele não deveria ter perguntado. Disse coisas que não deveria ter dito.

Eu respondi por entre os dentes cerrados.

Allison suspirou.

-Eu só posso imaginar.

Ela murmurou e balançou a cabeça.

-Eu sinto muito por ele ter vindo aqui. Ele não pensa sobre as coisas. Ele só age por impulso.

Ela não estava defendendo ele. Ela estava se desculpando por ele. Que não era o seu trabalho. O filho da puta idiota não era sua responsabilidade ou culpa dela.

-Não se desculpe por ele, Allison. Isso me faz querer caçar sua bunda."

Rosnei, incapaz de controlar a minha reação.

-É minha culpa que ele veio aqui, Arthur. É por isso que estou pedindo desculpas. Eu estava chateada e ele assumiu que era tudo por sua causa,por isso, ele veio correndo aqui antes de falar as coisas comigo.

Falar coisas com ela? Que porra Igor precisa falar com ela?

-Ele precisa recuar. Se ele é tão...

-Arthur. Acalme-se. Somos velhos amigos. Nada mais. Eu disse a ele algumas coisas que eu precisava dizer por um longo tempo. Ele não gostou. Eu fui cruel, mas eu precisava dizer-lhe. Eu estava cansada de proteger seu sentimentos. Ele me empurrou longe demais. Isso é tudo o que aconteceu.

Eu tomei uma respiração profunda, mas o barulho na minha cabeça tinha ficado mais alto.

- Você chegou a vê-lo?'

Eu precisava saber se era por isso que ela estava aqui. Se isso não tinha nada a ver comigo meu coração precisava lidar com isso.

Allison caminhou em direção aos degraus em vez de ir para a sala. Eu notei isso.

Eu entendi. Ela poderia ter vindo em minha casa, mas ela não podia entrar lá e encarar as coisa. Ainda não. Talvez nunca.

-Ele pode ter sido a minha desculpa para entrar no carro em Yngrid.

Ela fez uma pausa e soltou um suspiro.

-Mas ele foi embora quando cheguei aqui. Fiquei por outras razões. Eu... Eu preciso falar com você.

Ela veio aqui para falar comigo. Será que já passou tempo suficiente?

Eu usei cada grama de força de vontade que possuía para ficar parado e não pegá-la em meus braços. Eu não ligo para o que ela tinha a dizer. O fato de que ela queria me ver era o suficiente.

-Estou feliz que você veio.

Eu disse simplesmente.

A pequena carranca estava de volta e Allison não olhou diretamente para mim.

-As coisas ainda são as mesmas. Eu não fui capaz de esquecer isso. Eu nunca vou ser capaz de confiar em você. Mesmo... mesmo se eu quiser. Eu não posso.

Que diabos isso significa? O barulho nos meus ouvidos se tornou mais forte.

-Estou saindo de Suntall. Não posso ficar lá. Eu tenho que fazer isso sozinha.

O que?

-Você está indo morar com a Yngrid?

Eu perguntei, me questionando se eu ainda estava dormindo e isso era um sonho.

-Não. Eu não ia. Mas esta manhã falei com Mel e pensei que talvez se eu te visse e falasse com você e enfrentasse... isso eu seria capaz de ficar com ela por um tempo. Não seria permanente; Vou embora em alguns meses. Assim tenho tempo para decidir para onde eu estou indo.

Ela ainda estava pensando em sair. Eu precisava mudar isso. Eu tinha um par de meses se ela ficasse aqui. Pela primeira vez desde que ela tinha me dito para deixar o quarto de hotel eu tive esperança.

-Eu acho que isso é inteligente. Não há razão para tomar uma decisão precipitada quando você tem uma opção aqui.

Ela poderia ficar na minha casa gratuitamente. Na minha cama. Comigo. Mas eu não poderia oferecer isso. Ela nunca concordaria.

Allison

-Eu vou trabalhar no clube. Vamos... uh... nos ver em algumas ocasiões. Eu poderia ter pego um emprego em outro lugar, mas eu preciso do dinheiro que o clube paga.

Eu estava explicando isso para mim, tanto quanto para Scott. Não tinha certeza do que exatamente ai dizer quando apareci aqui. Eu só sabia que tinha que enfrentá-lo.

De primeira Yngrid me pediu para contar-lhe sobre a gravidez. No entanto, depois que ela ouviu exatamente o que aconteceu com meu pai e Giovanna e sua mãe naquele dia, ela não era mais tão da equipe de Scott, como antes.

Ela concordou que não havia necessidade de lhe dizer nada de imediato.

Trabalhei os nervos o suficiente para dirigir de volta para esta casa depois do jeito que eu o tinha deixado apenas três semanas e meia atrás, e foi difícil.

A esperança de que o meu coração não iria reagir quando visse o rosto de Scott tinha sido inútil.

Meu peito tinha contraído tão forte que tinha sido uma benção que eu pudesse respirar. Muito menos falar.

Eu estava grávida de um filho dele. O nosso bebê. Mas as mentiras.

O engano. Quem ele era. Tudo isso me impediu de dizer as palavras que ele merecia ouvir.

Eu não podia. Era errado. Eu estava sendo egoísta. Eu sabia. Isso não muda nada. O bebe em relação a ele, nublasse minhas decisões para o meu futuro.

Ou o futuro do meu filho. Meu pai, sua mãe e sua irmã nunca seriam parte da vida do meu bebê.Eu não permitiria isso. Eu não podia.

-Claro. Sim, trabalhando no clube ganhará um bom dinheiro.

Ele parou e passou a mão pelo cabelo.

-Allison, nada mudou. Não para mim. Você não precisa da minha permissão. Isto é exatamente o que eu quero. Te-la aqui novamente. Ver seu rosto. Deus, baby, eu não posso fazer isso. Não posso fingir que não estou feliz pra caramba por você está na minha casa agora.

Não conseguia olhar para ele. Agora não. Não estava esperando que ele dissesse uma dessas coisas.

A conversa nervosa e afetada era mais do que eu esperava. Era o que eu queria. Meu coração não poderia aguentar qualquer outra coisa.

-Eu preciso ir, Scott. Eu não posso, só queria ter certeza de que você ficaria bem comigo estando na cidade. Eu vou manter distância.

Scott mudou tão rápido que eu não percebi até que ele estava de pé entre mim e a porta.

-Sinto muito. Eu estava tentando ser legal. Eu estava tentando ser cuidadoso, mas eu estraguei tudo. Eu vó fazer melhor. Eu prometo. Vá para Yngrid. Esqueça o que eu disse. Eu vou ser bom. Eu prometo. Apenas... não vá embora. Por favor.

O que eu diria sobre isso?

Ele conseguiu me fazer querer confortá-lo.Para me desculpar com ele. Ele era letal para as minha emoções e bom senso. Distância. Precisávamos de distancia. Eu balancei a cabeça e caminhei em torno dele.

-Eu vou... uh... provavelmente vê-lo por aí.

Eu consegui sussurrar antes de abrir a porta e sair da casa. Não olhei para trás, mas eu sabia que ele estava me olhando sair. Era a única razão para eu não sair em uma corrida.

Espesso. Precisávamos de espaço. E eu precisava chorar.

Era como se ele soubesse que eu estava chegando. Eu já tinha decidido ir direto para a sala de jantar e procurar por Duncan.

Imaginei que Duncan saberia onde encontrar Fernando. Mas Fernando estava me esperando na porta quando abri a porta dos fundos do clube.

-E ela retorna. Honestamente, não achei que você faria.

Fernando falou quando a porta se fechou atrás de mim.

-Por um tempo, talvez.

Eu respondi.

Fernando piscou para mim, em seguida, acenou com a cabeça em direção ao corredor que levava até seu escritório.

-Vamos conversar.

-Ok.

Eu disse enquanto o seguia.

-Yngrid já me ligou duas vezes hoje. Querendo saber se eu já tinha visto você. Para certificar-se de que você teria o seu emprego de volta.

Disse Fernando quando abriu a porta do escritório e segurou-a para que eu pudesse entrar.

-O que eu não esperava era a chamada que acabei de receber cerca de dez minutos atrás. Ela me surpreendeu. Do jeito que você fugi-o daqui a três semanas e deixou Scott desesperado, não esperava que ele me ligasse em seu nome. Não que ele precisasse, falar por você. Eu já tinha concordado que você poderia ter seu emprego de volta.

Parei e olhei para ele. Eu ouvi corretamente?

-Scott?

Perguntei, quase com medo que eu tinha alucinado esse comentário.

Fernando fechou a porta e caminhou até ficar na frente de sua mesa. Ele encostou-se na madeira brilhante de aparência cara e cruzou os braços peito. O sorriso que ele tinha quando cheguei tinha ido embora. Ele parecia mais preocupado agora.

-Sim, Scott. Eu sei que a verdade veio á tona. Cooper me contou um pouco. O que ele sabe, pelo menos. Mas, então, eu já sabia quem você era. Ou quem Cooper e Giovanna pensaram que você fosse. Eu avisei que ele a escolheria, Ele já estava escolhendo ela quando eu te dei esse aviso. Você realmente quer voltar para tudo isso? Wakers é tão ruim assim?

Não. Wakers não era tão ruim assim. Mas ser a única garota de dezenove anos grávida e sem família era ruim. Embora, isso, não era algo que iria compartilhar com Fernando.

-Vir para cá não é exatamente fácil. Ver eles, não será fácil. Mas preciso descobrir o que vou fazer. Para onde vou. Não há mais nada para mim, no Alabama. Eu não posso ficar lá e fingir que não existo. É tempo de encontrar uma nova vida. E Yngrid é a única amiga que tenho. Minhas opções de lugares para ir são um pouco limitados.

As sobrancelhas de Fernando se ergueram.

-Ai, O que eu sou? Pensei que nós éramos amigos.

Sorrindo, aproximei-me e fiquei atrás da cadeira em frente a ele.

-Nós nos damos bem... mas não somos amigos íntimos.

-Não, porque eu não faço o meu melhor.

Uma pequena risada borbulhou e Fernando sorriu.

-É bom ouvir isso. Eu senti falta.

Talvez voltar não seria tão difícil.

-Você pode ter o seu trabalho. É seu. Eu tive uma dificuldade com as meninas do carrinho e Duncan ainda está de mau humor. Ele não lida bem com os outros empregados. Ele também sente sua falta.

-Obrigada.

Eu respondi.

-Eu aprecio isso. Embora quero ser honesta com você. Em quatro meses. eu pretendo sair. Eu não posso ficar aqui para sempre. Eu tenho...

-Tem uma vida para encontrar. Sim, ouvi você. Roseville não é o lugar onde você pretende colocar as suas raízes. Eu entendo isso. Por qualquer período de tempo, você tem o trabalho.

Decidi reescrever a novel Wish! Ela será agora dessa forma!

Deixa-lá mais misteriosa e romântica!

Deu trabalho, então por favor.. pensem antes de me julgar pelos comentários, deu trabalha para reescrever!

                                                                                               

                                                                             

                                                                                                      

Capítulo 2 - Recomeço

Scott

Bati uma vez antes de abrir a porta do apartamento da Gi e entrei.

Seu carro estava estacionado do lado de fora. Eu sabia que ela estava aqui. Só queria ter certeza que ela soubesse que eu estava aqui.

Uma vez eu cometi o erro de entrar sem bater e vi a minha irmã enlaçada á cintura de um cara. Eu queria derramar água sanitária nos meus olhos e cérebro após essa experiência.

-Gi, sou eu. Precisamos conversar.

Chamei, então fechei a porta atrás de mim. Entrei na sala e o som de mais de uma voz baixa e passos vindos do quarto principal quase me fez virar e sair.

Mas eu não ia. Isto era mais importante. Seu convidado para a festa do pijama precisava ir para casa agora mesmo. Passava das onze.

A porta do quarto abriu e fechou. Interessante. Quem estivesse aqui iria ficar. Nós precisaríamos ir á varanda para conversar.

Eu não discutiria sobre Allison na frente de ninguém. Provavelmente eu conhecia o cara naquele quarto. Seria a única razão pela qual ela o manteria lá escondido.

-Nunca ouviu falar de ligar antes de vir?

Gi retrucou quando entrou na sala vestida com um pijama de seda curto. Ela perecia mais e mais com nossa mãe conforme ia ficando mais velha.

-É quase hora do almoço, Gi. Você não pode manter o homem na cama o dia todo.

Eu respondi e abri as portas que davam para a varanda com vista para o golfe.

-Eu preciso falar com você e eu não quero faze-lo onde seu amigos de quarto possa nos ouvir.

Gi revirou os olhos e saiu.

-Acho estranho que venho tentando há semanas fazer você falar comigo e, agora que você quer falar se intromete como se eu não tivesse uma vida. Pelo menos eu ligo primeiro.

Ela estava começando a soar como nossa mãe também.

-Sou o proprietário deste apartamento Gi. Entro a qualquer maldita hora que eu queira.

Eu a lembrei. Ela sairia daqui meados de agosto para voltar a sua casa de fraternidade e sua ainda indecisa carreira. A faculdade era uma função social para ela. Ela sabia que eu pagaria suas contas e matrículas. Eu sempre cuidei de tudo para ela.

-Muita gentileza. O que é isso? Eu nem tomei o emu café ainda.

Ela também não tinha medo de mim. Eu não queria que ela tivesse, mas era hora dela crescer. Eu não a deixaria expulsar Allison. Em um mês, Gi iria embora. Normalmente eu iria também. Não este ano. Eu continuarei em minha residencia em Roseville.

Mamãe teria que escolher outro local. Ela não teria á casa livre o resto do ano.

-Allison está de volta.

Eu disse a ela sem rodeios. Eu tive tempo para ver as coisas de outro ângulo. Eu não sentia como se a Gi fosse uma vítima disso por muito tempo.

Quando criança, ela foi, mas depois disso foi Allison. Gi ficou tensa então seus olhos brilharam como ódio que deveria ser dirigido ao seu pai, em vez de Allison.

-Não diga nada. Deixe-me falar primeiro ou vou tirar o seu amigo da festa do pijama do meu apartamento. Eu tenho o poder aqui Gi. Nossa mãe não tem nada. Eu sustento vocês duas. Eu nunca te pedi nada. Nunca. Mas agora vou pedir... não, vou exigir que você me ouça e você vai seguir os meus termos.

A raiva da Gi havia desaparecido e agora a menina mimada estava lá olhando para mim. Ela não gosta que lhe digam o que fazer. Eu não podia culpar a minha mãe por seu comportamento, não inteiramente. Eu fiz isso também.

A compensação excessiva tinha arruinado Gi.

-Eu a odeio.

Ela fervia.

-Eu disse para me ouvir. Não pense que estou blefando Gi. Porque dessa vez você fodeu com algo que eu me importo. Isso me atingiu, então cala a boca e me escuta.

Seus olhos se arregalaram com o choque. Eu tinha certeza de que nunca tinha falado com ela daquela maneira. Eu estava até um pouco surpreso comigo mesmo. Ouvir o ódio em sua voz dirigido a Allison me deixou fora de mim.

-Allison está ficando com a Yngrid. Fernando devolveu a Allison seu emprego. Ela não tem nada no Wakers. Ela não tem ninguém. O pai que vocês duas compartilham é inútil. para ela, ele poderia muito bem estar morto. Ela está de volta para descobrir onde ela se encaixa e o que fazer em seguida. Ela estava fazendo isso antes, mas quando a verdade veio á tona seu mundo ruiu, então ela fugiu. É uma droga de um milagre ela estar aqui de volta. Quero ela de volta aqui, Gi. Você pode não querer ouvir isso, mas eu a amo. Vou fazer de tudo para ter certeza que ela está segura. Que está salva e ninguém, e eu quero dizer ninguém, nem mesmo a minha irmã, vai faze-la se sentir indesejada. Você vai partir em breve. Você pode manter o seu ódio equivocado, se você quiser, mas um dia espero que você cresça o suficiente para perceber que há apenas uma pessoa a odiar aqui.

Gi afundou-se em uma das cadeiras que mantinha aqui para expor e ler livros. Eu a amava muito. Eu venho protegendo-a toda a minha vida.

Dizer-lhe isto e ameaçá-la foi difícil, mas eu não podia deixá-la machucar Allison mais. Eu tinha que parar com isso. Allison nunca iria me dar outra chance, enquanto Gi estivesse atormentando sua vida.

-Então, você está escolhendo ela a mim.

Gi sussurrou.

-Isto não é um concurso, Gi. Pare de agir como se fosse. Você ficou com o pai. Ela o perdeu. Você ganhou. Agora deixa para lá.

Gi levantou os olhos e as lágrimas grudaram em seus cílios.

-Ela fez você me odiar.

Droga de drama maldito. Gi viveu uma novela em sua cabeça.

-Gi me escute. Eu te amo. Você é minha irmãzinha. Ninguém pode mudar isso. Mas sou apaixonado por Allison. Pode se um grande engate em seus planos de conquistar e destruir, mas Baby, é hora de deixar seus problemas paternos irem embora.

Há três anos ele voltou. Preciso de você para deixar isso para trás.

-E quanto á família em primeiro lugar?

Ela engasgou.

-Não vá por aí. Nós dois sabemos que a coloquei em primeiro lugar toda a minha vida. Você precisava de mim e eu estava lá. Mas somos adultos agora, Gi.

Ela enxugou as lágrimas que haviam rolados fora de seus olhos e se levantou.

Eu nunca poderia dizer se as lágrimas eram verdadeira ou falsas. Ela poderia chorar por capricho.

-Tudo bem. Acho que vou voltar para a escola mais cedo. Você não me quer aqui de qualquer maneira. Você optou por ela.

-Sempre quero você por perto, Gi. Mas desta vez quero que você jogue limpo. Pense em alguém para uma mudança. Você tem um coração. Eu já vi isso. Agora é hora de usá-lo.

A espinha de Gi endureceu.

-Se já terminamos aqui, você poderia por favor, sair do seu apartamento?

Balancei a cabeça.

-Sim, eu já acabei.

Respondi e caminhei de volta para dentro. Sem outra palavra saí pela porta da frente. Agora o tempo iria me dizer se eu teria que seguir com minhas ameaças para ensinar minha irmã uma lição. Eu realmente esperava que eu não tivesse que fazer.

Allison

Eu precisava de minhas coisas e precisava vender minha caminhonete.

Ele nunca iri chegar tão longe novamente. Igor tinha verificado para mim na semana passada depois que ele quebrou e disse que poderia consertá-lo temporariamente.

O custo para consertar tudo o que estava errado com ele custaria mais do que eu poderia dar-me ao luxo de gastar.

Ligar e pedir a vovó ou a Louis para enviar minhas coisas e vender meu carro parecia errado.

Eles mereciam uma explicação ou, pelo menos, Vovó Sonia merecia.

Ela me deu um teto, uma cama e me alimentou por três semanas. Eu ia ter que voltar para Suntall para pegar minhas coisas e dizer adeus a vovó.

Fernando havia me dado alguns dias para me instalar antes de recomeçar no trabalho.

Yngrid tirou o dia de folga ontem para me levar para solicitar o seguro saúde.

Era a hora de eu ver um médico, mas eu exigiria o seguro em primeiro lugar. Hoje por acaso eu a tinha ouvido dizer a Cooper que estava esperando ansiosamente pelo seu compromisso de hoje.

Eu estava monopolizando todo o seu tempo desde que ela me pegou. Eu estava começando a me sentir como se estivesse dando um monte de trabalho. Eu odiava esse sentimento. Eu poderia pegar um ônibus.

Era acessível e não seria um fardo para Yngrid. Abri o laptop da Yngrid para ver no Google o horário do ônibus.

Uma batida na porta interrompeu meus pensamentos. Eu parei minha busca por uma estação de ônibus e, fui abrir a porta. Scott ali com as mãos enfiada na frente da calça jeans e uma de suas camisetas apertadas não era o que eu estava esperando. Ele estendeu a mão e tirou os óculos.

-Ei, eu vi Mel na sede do clube. Ela disse que você estava aqui.

Explicou Scott. Ele estava nervoso. Eu nunca tinha visto Scott nervoso.

-É... Hum, Fernando me deu dois dias para trazer minhas coisas de Suntallantes de voltar ao trabalho.

-Você tem que ir buscar as suas coisas?

Eu balancei a cabeça.

-Sim. Deixei-as lá. Eu só trouxe comigo uma bolsa para noite. Eu não tinha exatamente pensado em ficar.

Louis franziu a testa.

-Então, como é que você vai chegar lá? Eu não vejo a sua caminhonete.

-Eu estava agora mesmo procurando estações de ônibus para ver onde fica a mais próxima daqui.

A carranca do Scoot se aprofundou.

-É 40 minutos de distancia. Depois de Foret Eut Beach.

Isso não era tão ruim quanto eu temia.

-Um ônibus não é seguro, Allison. Não gosto da ideia de você pegar um ônibus. Deixe-me levá-la. Por favor. Eu vou chegar lá mais rápido e é de graça. Você pode economizar o seu dinheiro.

Ir com ele? Todo o caminho para Suntall e voltar? Isso era uma boa ideia?

-Eu não sei...

Eu parei porque sinceramente eu não sabia. Meu coração não estava pronto para isso, para Scott.

-Não precisamos nem falar ou podemos, se quiser. Eu vou deixar você escolher a música e não vou reclamar.

Se eu voltasse com o Scott, então Louis não faria uma batalha.

Ou então, Talvez, ele o fizesse de novo. Ele poderia dizer a Scott sobre a gravidez.

Mas, ele falaria? Nunca confirmei a Louis que estou grávida.

-Eu sei que você não pode perdoar as mentiras e a mágoa. Eu não estou pedindo isso. Você sabe que eu sinto muito e se eu pudesse voltar atrás e mudar as coisas eu faria. Por favor, Allison, apenas como um amigo que quer ajudar e mante-la a salvo de homens loucos que poderiam feri-la em um ônibus, deixe-me levá-la.

Eu pensei o quanto era improvável que eu me machucasse no ônibus.

E então eu pensei sobre o fato de que eu não estava apenas me mantendo mais segura. Eu tinha uma outra vida dentro de mim para proteger.

-Certo. Sim. Eu gostaria de uma carona.

Allison

Cooper estava esparramado na grande cadeira azul de pelúcia que ficava na sala da Yngrid com os pés apoiados sobre a poltrona e Mel enrolada em seu colo.

Eu estava no sofá me sentindo como um experimento científico. pois ambos me encararam em confusão.

-Então você está bem com o Scott te levando para Suntall amanhã para pegar suas coisas Quer dizer que você não se senti estranha ou...

Yngrid sondou.

Seria estranho. Eu sofria só de estar perto dele, mas eu precisava de uma carona. Yngrid precisava trabalhar, não teria outro dia de folga para me ajudar essa semana.

-Ele se ofereceu. Eu precisava de uma carona, então eu disse que sim.

-E foi assim tão fácil? Por que não estou comprando isso?'

Perguntou Yngrid.

-Porque ela está deixando de fora as partes onde ele implorou e suplicou.

Cooper disse, com uma risada.

Puxei o casaco sobre meus ombros. Eu estava com frio. Eu estava sentindo muito frio ultimamente o que era estranho, porque era verão na Fliemts.

-Ele não implorou.

Eu respondi, sentindo um desejo de defender Scott. Mesmo que ele chegasse a implorar, não era da conta do Cooper.

-Sim, certo. Se você diz.

Cooper tomou um gole do chá doce que Yngrid tinha preparado para ele.

-Não é problema nosso. Deixa ela em paz, Cooper! Precisamos decidir o que fazer sobre o aluguel desta casa que vence em uma semana.

Não ficarei aqui por muito tempo. Eu disse isso a ela. Mudar para um apartamento mais caro não foi uma boa ideia. Minha metade do aluguel não seria coberta depois que eu saísse e ela ficaria com tudo.

Cooper beijou a mão da Yngrid sorriu para ela.

-Eu disse que cuido das coisas. Se você apenas me deixar.

Ele piscou para ela e eu virei minha cabeça. Eu não queria vê-los.

Scott e eu nunca tínhamos sido assim. Nosso relacionamento foi curto. Intenso e breve. Eu me perguntava qual seria a sensação de ter a liberdade de me enroscar nos braços de Scott quando quisesse.

Para saber que eu estava segura e que ele me amava. Nós nunca tivemos essa oportunidade.

-E eu disse que não vou te deixar pagar o meu aluguel. Desculpe. Novo plano. Oh, Ali, por que não vamos á caça de apartamento amanhã?

Uma batida na porta me interrompeu antes que eu pudesse concordar. Então Gustavo abriu a porta e entrou.

-Você não pode apenas entrar no apartamento das minhas meninas sem permissão. Uma delas poderia estar nua.

Cooper rosnou para Gustavo.

Gustavo revirou os olhos, em seguida, abriu um sorriso em minha direção.

-Eu vi o seu carro aqui, idiota. Acalme-se. Estou aqui para ver se consigo convencer Allison a dar um passeio comigo.

-Você está tentando ter o seu traseiro chutado?

Cooper perguntou, Gustavo ssorriu e balançou a cabeça antes de olhar para mim.

-Vamos Allison, vamos dar um passeio e colocar o assunto em dia.

Gustavo estava a par da mentira? Certamente ele sabia disso.

Eu poderia dizer a ele que não. Ainda que ele soubesse que tinha sido a primeira pessoa legal que eu encontrei aqui. Ele encheu meu tanque com gasolina.

Ele se preocupou comigo dormindo sob as escadas. Eu balancei a cabeça e levantei-me.

-De qualquer jeito, estes dois precisam de um tempo sozinhos.

Eu respondi, olhando para Yngrid. Ela estava me observando de perto. Eu dei-lhe um sorriso tranquilizador e ela pareceu relaxar.

-Não deixe por nossa conta. Precisamos decidir onde vamos morar em uma semana.

Disse Yngrid enquanto eu caminhava até a porta.

-Vocês podem falar sobre isso depois, Yngrid. Allison esteve fora por quase um mês. Você tem que compartilhar.

Gustavo respondeu, abrindo a porta para eu sair.

-Scott vai enlouquecer.

Cooper gritou pouco antes de Gustavo fechar a porta abafando tudo o que Yngrid ia começar a dizer. Descemos as escadas em silêncio.

Uma vez que estávamos na calçada olhei para Gustavo.

-Você só sentiu saudade de mim ou há algo que você quer me dizer?

Perguntei.

Gustavo sorriu.

-Eu senti sua falta. Eu tive que aturar o mal humor do Scott. Então acredite em mim eu senti uma saudade do inferno de você.

Eu poderia dizer por seu tom de provocação que ele queria fazer uma piada.

Mas pensar sobre Scott chateado não me fez sorrir. Isso me fez lembrar de tudo.

-Desculpe.

Murmurei. Não tinha certeza que mais dizer sobre isso.

-Estou feliz que você esteja de volta.

Eu esperei. Sabia que havia mais que ele queria dizer. Podia sentir isso. Ele dando um tempo e percebi que ele estava tentando decidir exatamente como dizer fosse o que fosse que ele queria me dizer.

-Eu sinto muito pelo que aconteceu. Como isso aconteceu. A Gi. Ela parecer como a maior cadela mimada do mundo, mas ela teve uma infância difícil. Isso a confundiu ou algo assim. Se você tivesse vivido com a Julia como sua mãe você entenderia. Scott era um menino estão para ele não era tão ruim, Mas Gi, droga, seu mundo estava ferrado. Não é uma desculpa para ela, apenas uma explicação.

Não respondi. Eu não tinha nada a dizer sobre isso. Não sinto simpatia alguma pela Giovanna. Obviamente, os homens em sua vida sentiam. Deve ser legal.

-Independentemente de tudo isso. o que ela fez foi errado. Como isso foi escondido de você realmente foi asneira. Desculpe-me, por eu não fizer nada, mas, honestamente, eu nem sabia que entre você e Scott tinha alguma coisa acontecendo, até a noite no clube quando ele deu uma dica. Notei que ele estava atraído por você, mas também a maioria dos homens nesta cidade estavam. Imaginei que ele era o único cara que não faria um movimento até você por causa da sua lealdade para com Gi e, bem, o que você representou para ambos.

Gustavo parou de andar e me virei para olha-lo.

-Eu nunca o vi assim. Nunca. É como se ele estivesse oco. Eu não posso chegar até ele. Ele não sorri. Ele nem mesmo finge que não aproveita mais na visa. Ele está diferente desde que você o deixou. Mesmo que ele não seja honesto e pareça estar apenas protegendo Gi, vocês simplesmente não tiveram tempo suficiente. Gi foi sua responsabilidade desde que ele era criança. Isso era tudo o que sabia. Então você entrou em seu mundo e, aparentemente, abalou-o durante a noite. Se ele tivesse mais tempo, ele teria dito. Eu sei que ele teria. Mas ele não fez. Não foi justo com ele. Ele estava se apaixonando por uma garota que ele sempre tinha pensado que tinha sido a razão pela qual sua irmã estava sem um pai. Seu sistema de crença estava mudando, mas também era difícil para ele trabalhar com isso.

Eu só olhava para ele. Não porque eu não concordasse. Eu já havia trabalhado tudo isso na minha cabeça.

Entendia o que ele estava dizendo. O problema era que isso não mudava as coisas. Mesmo se ele tivesse me dito, não muda quem ele era ou quem era Giovanna.

O que eles representaram para mim. Os últimos três anos da minha mãe nesta terra tinham sido um inferno enquanto eles viviam em suas casas extravagantes e esvoaçavam de um evento social para o próximo. Sua crença nas mentiras que eles me disseram era a única coisa que eu acho que não poderia superar.

-Droga. Eu provavelmente vou massacrar essa porcaria. Eu só queria falar com você e certificar-me que você sabia que o Scott... Ele precisa de você. Ele está arrependido. E eu acho que ele nunca vai seguir em frente. Se ele tentar falar sobre isso amanhã, pelo menos ouça-o.

-Eu o perdoei, Gustavo. Eu simplesmente não consigo esquecer. O que fomos ou o que poderíamos ter sido acabou. Nunca será novamente. Não posso esquecer, Meu coração não me permite. Mas eu sempre vou ouvi-lo. Eu me preocupo com ele.

Gustavo soltou um suspiro cansado.

-Eu acho que é melhor do que nada.

Era tudo que eu tinha para oferecer!

Scott

Scott veio saindo do apartamento da Yngrid segurando duas xícaras de café antes que eu pudesse sair do carro.

Abrir a porta e saí do Range Rover. Seu cabelo estava solto. O short que ela usava cobria as pernas e isto tornaria difícil me concentrar quando ela estivesse sentada no meu carro. Ele iria subir nas coxas.

Eu rasguei meus olhos das pernas e encontrei seu olhar firme. Ela estava forçando um pequeno sorriso.

-Eu trouxe um pouco de café já que você saiu da cama tão cedo por mim. Sei que madrugar não é sua cara.

Sua voz estava insegura e suave enquanto falava. Seria minha missão mudar isso nesta viagem. Eu a queria confortável comigo novamente.

-Obrigado.

Respondi com um sorriso que esperava que aliviasse os seus nervos, então abri a porta do passageiro para ela.

Eu tinha sido incapaz de dormir desde s três da manhã. Estava ansioso.

Tinha certeza ter traçado dois potes de café desde então. Eu não contaria a ela esse pensamento. Ela me trouxe café. Puxei meus lábios em um sorriso verdadeiro enquanto fechava a porta e voltava para o meu lado.

Ela estava segurando a xícara perto da boca tomando pequenos goles, quando olhei para ela.

-Se você quiser musica, eu prometi que é todo seu.

Eu a lembrei. Ela não se mexeu, mas ergueu os cantos dos lábios em um sorriso.

-Obrigada. Confie em mim, eu lembro. Estou bem agora. Você pode ouvir alguma  coisa, se você quiser. Eu preciso acordar primeiro.

Eu não me importava com o rádio. Eu só queria falar com ela. O que falaríamos não era importante. Falar com ela era tudo o que importava.

-Então, qual é o plano? Louis sabe que nós estamos indo pegar suas coisas?

Perguntei.

Ela se ajeitou na cadeira e eu me forcei a manter os olhos na estrada e não nas suas pernas.

-Não. Eu queria explicar para ele e sua avó, vovó, sobre isso. Eu também preciso convence-lo a vender meu carro e me enviar o dinheiro. Isso fará com que eu não volte novamente.  Ele está em má forma.

Sua caminhonete era velha. A ideia de que ela não estaria dirigindo pela estrada era um alívio. No entanto, eu estava louco por ela não ter um carro.

Como diabos eu deveria corrigir isso, não sabia. Ela nunca aceitaria que lhe desse um carro. Talvez sua caminhonete pudesse ser reparada e ficar segura.

-Posso levá-lo e fazer uma verificação, enquanto você está fazendo as malas. Pode ser só um par de coisas que precisariam ser feitas nele.

Ela suspirou.

-Obrigada, mas não se incomode. Louis já levou e verificou. Ele já tinha consertado para que eu pudesse chegar a cidade, mas ele disse que era um conserto temporário. Ele precisa de mais conserto do que eu posso pagar.

Segurei mais apertado no volante. A ideia de que Igor estava tomando conta dela me deixava louco.

Eu odiava que ele tinha sido o único a levar sua caminhonete para o conserto.

Que foi sua família que a ajudou quando ela mais precisou. A minha tinha fodido muito a vida dela. Eu não estava lá para ela chamar quando precisou de ajuda.

-Então você e Louis estão...?

Que diabos eu estava fazendo? O que eles eram? Dane-se! Eu não queria ouvir isso.

-Nós somos amigos, Scott. Temos sido toda a nossa vida. Meus sentimentos sobre ele não mudaram.

Aliviei meu domínio sobre o volante e corri uma das minhas palmas das mãos suadas em meus jeans. Maldição, ela me deixava louco. Se eu queria deixá-la de novo confortável comigo então eu precisava me acalmar.

Eu iria explodir com o Louis quando eu o visse.

Antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa Allison inclinou-se e ligou o rádio. Ela encontrou uma estação country no rádio e, em seguida, recostou-se no banco e fechou os olhos.

Eu tinha avançado demais. Ela estava pedindo educadamente para que calasse a boca. Eu poderia pegar a diga.

Trinta minutos de silêncio se passaram antes do meu telefone tocar. O nome da Gi apareceu na tela do meu painel. Droga.

O Iphone foi programado para o meu carro. Normalmente, isso vai a calhar e deixava as mãos livres. Mas ter Allison vendo o nome da Gi não foi legal. Eu não queria um lembrete. Meu plano era fazer este dia livre de lembrete.

Cliquei ignorar e o rádio começou a tocar novamente.

Não olhei para lua, mas senti seus olhos em mim. Foi realmente difícil não encontrar o seu olhar.

-Você poderia ter falado com ela. Ela é sua irmã.

Allison disse em voz tão baixa que quase perdi na música.

-Ela é. Mas ela representa coisas que não quero que você pense hoje.

Allison não parava de olhar para mim. Isso estava levando todas as minhas forças para manter isso casual.

Encostar o carro e agarrar seu rosto e dizer a ela o quão importante ela era e quanto eu a amava, Não era o que ela precisava agora.

-Estou melhor, Scott. Eu tive tempo para entender tudo. Lidar com isso. Vou ver Giovanna no clube. Estou preparada para isso. Você está me ajudando hoje. Você poderia estar fazendo qualquer outra coisa, mas você optou por tirar o dia para me ajudar. Eu não quero impedi-lo de atender telefonemas de pessoas com quem você se preocupa. Eu não vou.

Dane-se. Tanta coisa para manter isso casual e fácil. Eu puxei para o lado da estrada e parei o carro em um estacionamento.

Eu mantive minhas mãos em mim, mas dei toda a minha atenção para Allison.

-Escolhi levá-la hoje, porque não há nada que eu prefira fazer mais que estar perto de você. Estou levando você, porque sou um homem desesperado que vai levar todo o inferno quando se trata de você.

Cedi e estendi a mão para passar o meu polegar sobre sua bochecha, em seguida, para o cabelo sedoso que tinha me fascinado desde que eu coloquei os olhos nela.

-Farei qualquer coisa. Qualquer coisa, Allison só para estar perto de você. Não posso pensar em outra coisa. Não consigo me concentrar em nada. Por isso, nunca acho que você está me incomodando. Você precisa de mim, estarei lá.

Eu parei. Eu soei patético mesmo para os meus próprios ouvidos. Tirando a mão de sua cabeça, botei o Carro em marcha e puxei de volta para a estrada.

Allison não disse nada. Eu não a culpo. Eu soava como um homem louco. Ela provavelmente estava com medo de mim agora. Inferno, eu estaria.

Allison

Meu coração estava batendo tão forte que eu tinha certeza de que ele podia ouvir. Esta viagem tinha sido uma má ideia.

Estar perto dele era tão confuso. Era fácil esquecer quem ele era. Te-lo me tocando, mesmo que fosse apenas meu rosto, me fez sentia falta dele.

Tudo sobre ele, e eu estaria mentindo se a ideia de estar tão perto dele o dia todo não tivesse me mantido acordada a maior parte da noite.

Scott ligou o rádio de volta quando eu não disse nada. Eu deveria dizer alguma coisa depois disso, mas o que? Como é que eu respondo isso sem causar mais tanta dor a nós dois?

Dizendo-lhe que eu senti falta dele e isso seria apenas mais difícil. Desta vez, quando o telefone tocou, olhei a tela do computador em seu carro e o nome do ''Gustavo" brilhou.

Scott pressionou algum botão e, em seguida, pegou seu telefone celular.

-Ei.

Disse ele ao telefone. Arrisquei um olhar para ele já que seu foco não estava mais em mim. As linhas de expressão dura em seu rosto me deixou triste. Eu não queria que estivessem lá.

-Sim. Nós estamos no nosso caminho.

Ele respondeu ao telefone.

-Não acho que seja uma boa ideia. Eu te ligo quando voltar.

Sua mandíbula se apertou e eu sabia que o que Gustavo estava dizendo estava o deixando louco.

-Eu disse que não.

Ele rosnou e terminou a chamada antes de jogá-lo em seu porta-copos.

- Você está bem?

Perguntei antes que eu pudesse pensar nisso. Ele sacudiu a cabeça para olhar para mim. Era como se ele estivesse assustado que eu estivesse falando com ele.

-Uh, sim. Estou bem.

Ele respondeu em um tom muito mais calmo então voltou seus olhos de volta na estrada.

Esperei alguns minutos, em seguida, decidi dizer algo sobre o que ele disse para mim. Se eu não começasse a falar sobre isso com ele sempre teríamos este silencio constrangedor entre nós. Mesmo que depois de quatro meses nunca mais o visse.

Não, eu iria vê-lo novamente. Eu teria, não teria? Eu poderia realmente nunca contar a ele sobre o bebe? Empurrei o pensamento. Eu ainda não tinha ido ao médico.

Cruzaria essa ponte quando chegássemos a ela. Mesmo que eu tivesse vomitado novamente esta manhã quando abri o compactador de lixo e sentir o cheiro do resto do peixe frito que Coopee tinha jogado na noite passada. Eu normalmente não era tão sensível.

O chá quente de gengibre que eu estava bebendo quando Scott me pegou tinha ajudado a aliviar o meu estômago. Eu poderia fingir que o teste de gravidez estava errado ou encarar a verdade.

-Sobre o que você disse. Eu, uh, eu realmente não sei como responder a isso. Quer dizer, sei como me sinto e como eu gostaria que as coisas fossem diferentes, mas elas não são. Quero que nós... Eu quero que encostremos uma maneira de talvez sermos amigos. Eu não sei. Isso soa tão coxo. Depois de tudo.

Parei porque minha tentativa de falar com ele sobre isso soava como uma bagunça incoerente. Como podemos ser amigos?

Essa tinha sido a forma como tudo isso começou e aqui estava eu apaixonada e grávida de um homem que eu não poderia construir um futuro com ele.

-Eu vou ser o que você me permitir ser, Ali. Só não me exclua novamente. Por favor.

Balancei a cabeça. Certo. Eu daria a coisa do tempo a esse amigo. Então... então eu diria a ele sobre o bebê.

Ou ele vai correr como o inferno ou querer ser uma parte da vida do nosso bebê. De qualquer forma eu precisava de tempo para me preparar. Porque eu não deixaria meu filho ter alguma coisa a ver com a sua família, nunca. Isso estava fora de questão.

Eu odiava mentirosos... mas estava prestes a tornar-me uma por um tempo. Desta vez era eu que tinha um segredo para manter.

-Ok.

Eu respondi, mas não disse mais. Meus olhos foram ficando pesados e a falta de sono da noite passada e o fato de que eu não podia beber cafeína para me acordar estava me pegando. Fechei os olhos.

-Tranquila, doce Ali. Sua cabeça está caindo e você vai ter uma cãibra e tanta em seu pescoço. Estou apenas colocando de volta no seu lugar.

Um sussurro quente profundo fez cócegas na minha orelha e eu tremi.

Eu me virei para ele, mas eu ainda estava com tanto sono que não conseguia acordar completamente. Algo macio roçou meus lábios, então eu caí para trás em meus sonhos.

-Precisa acordar, dorminhoca. Estou aqui, mas não tenho ideia para onde ir.

A voz de Scott acompanhada de sua mão apertando suavemente meu braço me acordou. Esfreguei meus olhos e os abri. Eu estava deitada de volta.

Olhei para Scott e ele sorriu.

-Eu não poderia fazer você sustentar o seu pescoço. Além disso, você estava dormindo tão pesado. Eu queria que você se senti-se confortável Ele desafivelou e chegou através de mim lidando com um botão na lateral do meu assento. Ela suspendeu calmamente e eu podia ver o semáforo de Suntall, Wakers na minha frente.

-Eu sinto muito. Dormi todo o caminho. Isso tinha que ser um passeio chato.

-Tenho que controlar o rádio para que isso não seja um fracasso.

Scott respondeu com um sorriso e, em seguida, olhou para o semáforo.

-Para onde eu vou a partir daqui?

Allison

-Reto até ver a grande placa de madeira que está pintada de vermelho e diz: 'Produtos Frescos e Lenha para venda' e, em seguida, vire á esquerda. Vai ser a terceira casa á direita, mas é cerca de um quilometro e meio por esse caminho. A estrada vai se transformar em brita após cerca de um quarto de milha.

Scott seguiu minhas orientações e não falou muito. Eu ainda estava acordada e meu estômago estava se sentindo enjoado.

Sabia qual era o problema, não tinha comido ainda. Eu tinha bolachas de água e sal na minha bolsa que Yngrid tinha me dado, mas colocar uma dessas na boca na frente do Scott era uma má ideia. Crackers eram um grande dádiva.

No momento em que entramos na garagem da vovó eu tinha rompido em um suor frio. Eu ia ficar doente se não comesse alguma coisa. Abri a porta para sair antes que Scott pudesse ver meu rosto. Eu provavelmente estava verde ou, no mínimo pálida.

-Você quer que eu vá com você ou é melhor se eu ficar aqui?

Ele perguntou.

-Oh, hum... talvez você devesse ficar aqui.

Eu respondi.

A caminhonete do Louis estava aqui, então isso significava que ele provavelmente também estava. Não queria mais Scott e Louis entrando em qualquer briga. Também não confiava em Louis para manter a boca fechada sobre o teste de gravidez.

Fechei a porta do carro e me dirigi para a casa.

Igor abriu a porta de tela e saiu antes mesmo que eu chegasse ao último degrau. Seu rosto era uma mistura de preocupação e raiva.

-Por que ele está aqui? Ele te trouxe para casa, agora ele pode sair.

Rosnou, olhando de mim em direção a Scott.

Sim, foi realmente uma boa ideia Scott ficar no carro. Meu estômago revirou e eu lutei contra a náusea.

-Porque ele está me dando uma carona de volta. Acalme-se, Louis. Você não vai entrar em nenhuma briga com ele. Você é meu amigo. Ele é meu amigo. E você e eu vamos entrar. Eu preciso pegar minhas coisas.

Louis se afastou e me deixou passar por ele, então ele me seguiu deixando a tela bater se fechando atrás dele.

-O que quer dizer que você vai voltar com ele? Esse teste deu positivo? Você agora corre de volta para ele mesmo que ele tenha quebrado seu coração aos pedaços e que você tenha vindo aqui há três semanas, uma bagunça? Vou cuidar de você, Allison. Você sabe disso.

Levantei minhas mãos para detê-lo.

-Isto não é sobre eu estar grávida, Louis! Ele é um amigo que me deu uma carona. Sim, nós éramos mais que amigos antes... as coisas aconteceram, mas agora não estamos. Não estou fugindo com ele. Estou começando meu trabalho de volta em Roseville e morando com a Yngrid por um tempo.

Então eu vou para outro lugar e começar de novo. Eu simplesmente não consigo mais ficar aqui.

-Porque você não pode ficar aqui? Inferno, Ali! Vou casar-me com você hoje. Sem perguntas. Eu te amo. Mais do que a minha vida. Você tem que saber isso. Eu errei quando éramos mais jovens e essa coisa com a Thais, ela não significa nada. Ela é apenas uma garota que me distrai. Você é tudo que eu quero. Tenho dito isso durante anos. Por favor, me escute.

Ele estava implorando.

-Louis, pare com isso. Você é meu amigo. O que tínhamos morreu há muito tempo. Corri até você e você estava fazendo coisas em uma menina que você não deveria ter feito. Naquela noite tudo mudou. Eu te amo, mas eu não sou apaixonada por você e eu nunca serei novamente. Preciso fazer as malas e seguir em frente com minha vida.

Louis bateu a mão contra a parede.

-Não diga isso! Isso não terminou. Você não pode simplesmente fugir do seu próprio lugar, Não é seguro!

Ele fez uma pausa.

-Você está gravida?

Ele perguntou. Não respondi. Em vez disso, caminhei de volta para o quarto que tinha ficado enquanto eu estava aqui e comecei a arrumar a minha mala.

-Está.

Disse ele, seguindo-me para o quarto. Eu não respondi. Eu só focava em minha coisas.

-Será que ele sabe? O filho do rock star vai assumir a responsabilidade? Ele está mentindo, Ali. O bebê vai chegar aqui e ele vai correr. Ele não será capaz de lidar com isso. Um bebê não se encaixa na sua vida. Você sabe disso. O inferno, o mundo sabe disso. Ele poderia muito bem ser uma estrela do rock. Vi sua casa de praia. Ele não é alguém que vai estar lá quando as coisas ficarem difíceis. Ele vai coloca-la para fora. Posso ter feito besteira, mas não vou correr. Sempre estarei aqui.

Eu me virei.

-Ele não sabe, ok. Não tenho certeza se vou mesmo dizê-la. não quero alguém para me salvar. Posso fazer isso. Não sou impotente.

Ele começou a abrir a boca para argumentar quando vovó entrou na sala. Não tinha percebido que ela estava aqui.

-Pare de implorar, Louis! Você fez sua cama filho, agora deite nela. Ela seguiu em frente. Seu coração mudou. Ela já nos mostrou tudo o que pode fazer, indo para a escola e cuidando da mãe doente e dela mesma.

Ela olhou para Louis para mim e um sorriso triste tocou seus lábios.

-Quebra meu coração que você tem um outro obstáculo como esse pra pular, tão jovem. Este quarto é seu se você precisar dele. Mas se você está determinada a sair, então eu abençoou isso também. Você simplesmente está segura.

Ela se aproximou e me puxou para um abraço.

-Eu amo você como se fosse minha. Sempre amei.

Sussurrou em meu cabelo. Os meus olhos encheram de lágrimas.

-Eu também te amo.

Ela se afastou e fungou.

-Você fique em contato.

Disse ela e começou a sair, em seguida, olhou para mim.

-'Todo homem merece saber que ele tem um filho. Mesmo que ele não seja uma parte de sua vida ele precisa saber sobre isso. Você só mantenha isso em mente.

Ela saiu do quarto deixando e eu sozinhos novamente.

Coloquei a última das minhas coisas na mala e a fechei. Agarrando a alça, carreguei. Minha náusea tinha piorado. Cobri a boca com uma mão.

-Droga, Ali! Você não pode fazer isso. De-me. Não deveria pegar coisas pesadas. Veja, não pode fazer isso. Quem vai se certificar que você está tomando conta de si mesma?

O melhor amigo que eu tive tida a minha vida estava de volta e o menino louco que achava que ele estava apaixonado e pronto para sacrificar sua vida tinha ido embora.

-Eu disse a Yngrid. Ela sabe e eu serei cuidadosa. Eu não estava pensando. Isso tudo é novo para mim. E acho que vou vomitar.

-O que posso fazer?

Ele perguntou comum olhar de pânico em seu rosto.

-Bolacha de água e sal ajudaria.

Ele colocou a mala no chão e correu para fora do quarto para pegar bolacha de água e sal. Ele estava de volta em nos de um minuto, com uma caixa de salgadinhos e um copo.

-Vovó ouviu.

Ela já tinha a caixa e um copo de água tônica prontos. Ela disse que a água tônica poderia acalma seu estômago.

-Obrigada.

Eu respondi e sentei na cama para comer um biscoito e saborear a água tônica.

Nenhum de nós falou. Minha náusea começou a diminuir bastante e eu tinha aprendido com a experiencia a parar de comer depois.

Se comesse muito, estaria vendo isso novamente em breve. levantando-me, entreguei a caixa e o copo de volta a Louis.

-Basta colocá-lo aí. Eu vou pegar mais tarde.

Ele pegou minha mala.

-De-me essa caixa também. Você não pode pegá-la.

Disse ele pegando a caixa de coisas que não tinha desempacotado da minha última viagem.

Puxei o último saco pequeno no meu braço e andei para a porta sem dizer uma palavra. Segui-o rezando para que ele não fizesse algo estúpido quando visse Scott.

Allison

Chegamos á porta de tela que dava para a varanda da frente e ele parou. Colocou a mala no chão, ele virou-se para olhar para mim.

-Você não tem que ir com ele. Eu lhe disse que eu poderia corrigir isso. Você me tem, Ali.Você sempre me teve.

Louis acreditava no que estava dizendo. Eu podia ver em seu rosto. Mas eu sabia melhor. Se eu precisasse de um amigo, Igor estaria lá, mas ele não era um salvador. De qualquer maneira eu não precisava de um.Eu tinha-me.

Peguei minha mala maior no meu ombro e pensei cuidadosamente sobre como explicar isso a ele mais uma vez. Eu tentei de tudo. Ele não iria compreender a verdade.

Trazer de volta como ele tinha me falhado quando a minha mãe estava doente e eu estava tão sozinha só iria machucá-lo.

-Eu preciso fazer isso.

Louis soltou um grunhido frustrado e passou a mão pelo cabelo.

-Você não confia em mim para cuidar de você. Isso dói pra caramba.

Derrotado, ele soltou uma risada.

-Mas então por que deveria? Decepcionei-te antes. Com a sua mãe... eu era uma criança, Ali! Quantas vezes tenho que dizer-lhe que as coisas são diferentes agora? Eu sei o que quero. Deus, Ali eu quero você. Sempre foi você.

Um nó se formou na minha garganta. Não porque eu o amava, mas porque me importava com ele. Igor foi uma grande parte da minha vida.

Ele tinha sido por tanto tempo quanto eu conseguia me lembrar. Fechei a distância entre nós e peguei sua mão.

-Por favor, compreenda. Isso é algo que tenho que fazer. Eu tenho que enfrentar isso. Deixe-me ir.

Louis deixou escapar um suspiro cansado.

-Eu sempre estou deixando você ir, Allison. Você já me pediu isso antes. Eu continuo tentando, mas está lentamente me destruindo.

Um dia ele iria me agradecer por deixa-lo.

-Sinto muito, Louis. Mas preciso ir. Ele está esperando por mim.

Louis pegou a mala de volta e abriu a porta de tela com o ombro.

Scott saiu do carro assim que nos viu.

-Não diga nada a ele, Louis.

Sussurrei.

Louis balançou a cabeça e o segui descendo os degraus. Scott encontrou-nos no fundo e olhou para mim.

-É isso todas as suas coisas?

Ele perguntou.

Sim.

Eu respondi.

Louis não fez nenhum movimento para dar-lhe a mala e a caixa. Um músculo na mandíbula de Scott pulou e eu sabia que ele estava tentando muito ser bom.

-Dê as coisa pra ele, Louis.

Falei cutucando-o nas costas. Louis suspirou e entregou a caixa e a mala para Scott que pegou ambos os itens e se dirigiu para o carro.

-Precisa dizer a ele.

Louis murmurou quando ele se virou para olhar para mim.

-Eu vou, eventualmente. Preciso pensar sobre isso.

Louis olhou de mim para a minha caminhonete.

-Você vai deixar a sua caminhonete?

-Eu estava esperando que você pudesse colocá-la na oficina e coloca-la a venda. Talvez pegar uns mil por ela. Então você pode pegar metade e me enviar a outra metade.

Louis fez uma careta.

-Eu vou vender a caminhonete, Ali, mas não estou pegando nenhum dinheiro. Vou mandar tudo.

Eu não discuti com ele. Ele precisava ser capaz de fazer isso e eu deixei.

-Tudo bem, Tudo bem. Mas você poderia pelo menos dar alguma coisa a vovó? Por me deixar ficar aqui e tudo mais.

As sobrancelhas de Louis se ergueram.

-Você quer que a minha avó viaje até Roseville para bronzear sua pele?

Sorrindo, fechei a distância entre  nós segurei em seus ombros e na pontas dos pés dei um beijo em sua bochecha.

-Obrigado por tudo.

Eu sussurrei.

-Você pode voltar se você precisar de mim. Sempre.

Sua voz falhou e eu sabia que precisava ir. Dei um passo para trás e acenei uma vez antes de ir para o carro.

Scott deixou a porta do lado do passageiro aberta e quando cheguei lá ele fechou-a atrás de mim. Eu vi quando ele olhou para Louis antes de entrar em seu lado.

Eu estava realmente fazendo isso. Deixando de lado o que estava a salvo e dando o primeiro passo para encontrar o meu lugar no mundo.

Scott

Parecia que ela estava prestes a chorar e eu tinha medo de perguntar se ela estava bem. Meu medo de que ela poderia mudar de ideia e ficar em Suntall me manteve tranquilo até que estivéssemos em segurança, fora dos limites da cidade.

Vendo as mãos atadas firmemente em seu colo me incomodou. Gostaria que ela dissesse alguma coisa.

-Você está bem?

Perguntei, incapaz de parar. Minha necessidade de protege-la assumiu.

Ela assentiu com a cabeça.

-Sim. É um pouco assustador e, eu acho. Desta vez, sei que não volto. Eu também sei que não tenho um esperando para me ajudar. Partir é mais difícil neste momento

-Você me tem.

Eu respondi.

Ela inclinou a cabeça para o lado e olhou para mim.

-Obrigada. Eu precisava ouvir isso agora.

Inferno, eu iria gravar para que ela pudesse reproduzi-lo mais e mais se isso iria ajudá-la.

-Nunca pense que você está sozinha.

Ela me deu um sorriso fraco, então voltou sua atenção para a estrada.

-Você sabe que eu poderia dirigir se você quiser dormir um pouco.

A ideia de ser livre para olhar pra ela o quanto eu quisesse era tentadora. Mas ela esperava que eu dormisse e eu não perderia o tempo que tinha com ela dormindo.

-Eu estou bem. Obrigado! No entanto, eu tinha passado por um drive-thru e pego algo para comer na ida. Ela estava dormindo e eu não queria incomodá-la, mas ela tinha que estar com fome.

-Estou morrendo de fome. O que soa bem para você?'

Perguntei, puxando de volta para a interestadual que nos levaria de volta para a Briunfd.

-Hum... eu... eu não sei. Talvez sopa.

Sopa? Isso foi um pedido estranho. Mas o inferno, se ela queria sopa eu lhe daria um pouco de sopa.

-Será sopa. Eu vou manter meus olhos abertos para um restaurante que conheço que tem sopa.

-Se você está morrendo de fome, por favor pare onde quiser. Posso encontrar algo para comer em qualquer lugar.

Ela parecia nervosa novamente.

-Ali, eu vou te dar sopa.

Eu respondi, olhando para ela. Fiz questão de sorrir para que ela soubesse que eu queria dar a sopa para ela.

-Obrigado.

Ela disse, e estudou as mãos em seu colo novamente.

Nós não falamos por algum tempo, mas foi bom apenas te-la no carro comigo. Eu não queria que ela se sentisse como se tivesse que falar.

O acostamento sinalizava restaurante e eu apontei a placa.

-Parece que há boas opções aqui. Escolha um lugar.

Eu disse a ela.

Ela encolheu os ombros.

-Não importa. Você sabe, se você não quer sair e quer continuar na estrada eu poderia comer algo propicio no carro.

Queria extrair tudo que pudesse desse dia.

-Nós estamos recebendo sopa.

Respondi. Uma pequena risada me assustou e eu olhei para vê-la realmente sorrindo. Faze-la fazer isso mais vezes era um novo objetivo.

Allison estava dormindo novamente quando entramos no estacionamento do apartamento da Yngrid tarde naquela noite. Eu tinha tido o cuidado de manter a nossa conversa fácil.

Depois de algum tempo nós tínhamos estabelecido um silencio confortável, então ela tinha adormecido.

Coloquei o carro no estacionamento, em seguida, sentei-me e olhei para ela.

Olhei para ela dormindo um milhão de vezes na volta para casa. Apenas por alguns minutos, eu queria a liberdade de vê-la dormir.

Os círculos escuros sob seus olhos me preocupava. Ela não estava dormindo o suficiente? Yngrid poderia saber. Eu poderia falar com ela sobre isso. Fazer perguntas a Allison sobre agora, provavelmente, não era sábio.

Uma leve batida na minha janela tirou a minha atenção de Allison para Cooper que estava do lado de fora do carro com um olhar divertido no rosto.

Abri a porta e sai antes que ele pudesse acordá-la. Eu queria acordá-la e eu não quera uma plateia quando eu fizesse isso.

-Você está pensando em acordá-la ou está considerando sequestra-la?

Perguntou Cooper.

-Cala a boca, idiota.

Cooper riu.

-Yngrid está ansiosa para que ela volte e possa ouvir sobre a viagem. Vou te ajudar com as coisas dela, se você acordá-la e leva-la para dentro.

-Ela está cansada. Yngrid pode esperar até amanhã.

Não queria que ele tivesse que acordar para falar com a Yngrid.

Ela, obviamente, precisava de mais horas de sono e ela precisava de mais comida. Ela mal tinha comido a sopa antes.Tentei alimentá-la novamente, mas ela disse que não estava com fome. Isso precisava mudar.

Era como aqueles malditos sanduíches de manteiga de amendoim mais uma vez.

-Então você diz isso a Yngrid.

Cooper respondeu enquanto eu empurrava a caixa em suas mãos e puxava a mala para fora da parte traseira.

- Eu tenho a mala, você leva a caixa e eu vou acordá-la.

-Momento privado?

Cooper sorriu e empurrou a caixa em suas mãos um pouco demais.

Ele tropeçou para trás o que só o fez cacarejar de tanto rir.

O ignorei e caminhei até o lado do passageiro.

Acordá-la para ela deixar-me não era exatamente o que eu queria fazer. Isso me assustava. E se fosse isso? E se Yngrid nunca me permitisse ficar perto dela desse jeito de novo? Não. Eu não deixaria isso acontecer.

Eu trabalharia lentamente, mas iria ter certeza que isso não aconteceria com a gente. Apesar de ter tido ela pra mim o dia todo estava se tornando realmente difícil voltar a ser como era.

Soltei seu cinto. Ela mal se mexeu. Uma mecha de cabelo caiu em seu rosto e eu senti o desejo de tocá-la. Chegando coloquei o seu cabelo atrás da orelha. Ela era tão maldita mente linda. Eu nunca seguiria além dela.

Não era possível. Eu tinha que encontrar uma maneira de recuperá-la. Para ajudá-la a se curar. Suas pálpebras se abriram e seu olhar travou com o meu.

-Nós estamos aqui.

Sussurrei, não querendo assustá-la.

Ela se sentou e me deu um sorriso tímido.

-Desculpe, adormeci com você de novo.

-Você deve ter o descanso necessário. Eu não me importei.

Eu queria ficar lá e mante-la no meu carro, mas não podia fazer isso. Eu me mudei de volta para que ela pudesse sair. Queria perguntar se eu poderia vê-la amanhã, estava ali na ponta da minha língua. Mas não fiz.

Ela não estava pronta para isso. Eu tinha que dar-lhe espaço.

-Eu te vejo por aí, então.

Eu disse, e seu sorriso vacilou.

-Certo, sim, te vejo por aí. E mais uma vez obrigada por me ajudar hoje. Vou te pagar o combustível.

Como o inferno.

-Não, você não vai. Eu não quero seu dinheiro. Fiquei contente de ajudar.

Ela começou a dizer mais, mas fechou a boca.

Com um aceno de cabeça firme, ela se virou e foi para o apartamento.

Allison

O primeiro dia de volta ao trabalho e Fernando me atribui a sala de jantar. Para café da manhã e almoço. Não é bom. Eu estava fora da cozinha me preparando mentalmente para não pensar sobre o cheiro.

Eu tinha acordado enjoada e forcei duas bolachas água e sal e um pouco de refresco de gengibre para baixo, mas isso foi tudo o que eu consegui.

O momento que eu entrasse na cozinha o cheiro bateria em mim. O bacon... oh Deus, o bacon...

-Você sabe, doçura que você realmente tem que ir lá para trabalhar.

Duncan falou lentamente atrás de mim. Eu me virei, assustada da minha batalha interna para vê-lo sorrindo para mim com um sorriso divertido.

-Os cozinheiros não são tão ruins. Eles não vão parar de gritar em tempo algum. Além disso, a última vez você os teve enrolado em seus lindos dedinhos.

Forcei um sorriso.

-Você está certo. Eu posso fazer isso. Apenas não estou pronta para as pessoas fazendo perguntas, eu acho.

Isso não era exatamente a verdade, mas então também não era uma mentira.

Duncan abriu a porta e o cheiro bateu em mim. Ovos, bacon, salsicha, gordura. Oh, não. Meu corpo começou a suar frio e meu estomago revirou.

-Uh, preciso usar o banheiro primeiro.

Expliquei e fiz meu caminho para o banheiro de empregado o mais rápido que pude, Sem entrar em corrida. eu pareceria muito mais suspeito.

Fechei a porta atrás de mim e cliquei a trava no lugar enquanto caía de joelhos no azulejo.

Encostei no vaso sanitário e então tudo o que eu tinha comido na noite passada e esta manhã voltou.

Vários lenços de papel depois, levantei ainda sentindo-me franca. Peguei o papel toalha para limpar meu rosto. Minha camisa polo branca estava agarrada a mim por conta do suor que tinha molhado tudo em mim. Eu precisava me trocar.

Lavei minha boca com o antisséptico bucal no balcão e endireitei minha camisa o melhor que pude. Talvez ninguém notasse. Poderia fazer isso. Prenderia a minha respiração enquanto eu estivesse na cozinha. É o que eu faria. Respirei profundamente antes de ir em frente. Tive que fazer isso. Quando abrir a porta os meus olhos fixaram em Fernando.

Ele estava de pé contra a parede de frente para o banheiro com os braços cruzados sobre o peito, me estudando. Eu estava atrasada.

-Sinto muito. Eu sei que estou atrasada. Eu só precisava fazer uma pausa rápida antes que eu começasse. Eu prometo que não vai acontecer novamente. Eu vou ficar até mais tarde para compensar isso.

-Meu escritório. Agora.

Ele estalou e se virou para espreitar pelo corredor.

Meu coração acelerou e eu segui rapidamente atrás dele. Não queria que Fernando ficasse com raiva de mim. Este trabalho era a minha resposta para os próximos meses.

Agora que me convenci a ficar aqui, descobri que realmente não queria sair. Ainda não. Fernando abriu a porta para mim e entrei.

-Eu realmente sinto muito. Por favor, não me despeça ainda. Eu só...

-Eu não vou demitir você.

Fernando me interrompeu.

Oh...

-Você já viu um médico? Eu estou presumindo que é do Scott. Será que ele sabe? Porque se ele souber e ainda assim você está aqui trabalhando para mim nesta condição então, eu pessoalmente vou quebrar a porra do pescoço dele.

Ele sabia. Oh não, oh não.

Eu balancei a cabeça freneticamente. Eu tive que parar com isso.

Fernando não poderia saber. Ninguém deveria saber, além da Yngrid.

-Eu não sei o que você está falando.

Fernando, levantou uma sobrancelha.

— Sério?

A incredulidade em sua voz era irritante. Ele não cairia numa mentira. Mas eu tinha um bebê para proteger.

Ele não sabe.

A verdade saiu da minha boca antes que pudesse impedi-la.

-Eu não quero que ele saiba, ainda. Preciso encontrar uma maneira de fazer isso por conta própria. Nós dois sabemos que Scott não quer isso. Sua família odiaria isso. Não posso ter o meu bebê odiado por ninguém. Por favor, entenda.

Implorei.

Fernando murmurou uma maldição e passou as mãos pelo cabelo.

-Ele merece saber isso, Allison.

Sim, ele merece. Mas, quando o bebe tinha sido concebido eu não sabia o quão contaminado nossos mundos eram. Como seria impossível para nós ter um relacionamento.

-Eles me odeiam. Eles odeiam a minha mãe. Não posso. Assim, por favor, me de um tempo para provar que posso fazer isso sem ajuda. Eu vou dizer-lhe, Eventualmente, mas preciso estar estável e pronta para sair depois que disser. Desta vez os meus desejos e suas vontades não vem em primeiro lugar. Estou fazendo o que é melhor para o bebê!

A carranca de Fernando se aprofundou. Ficamos em silencio por alguns minutos.

-Eu não gosto, mas não é a minha historia para contar. Mude-se e saia para ver Carla. Você pode fazer compras hoje. Avise-me quando o cheiro da cozinha não for um grande problema.

Eu queria jogar meus braços em torno dele e abraçá-lo. Ele não estava me forçando a dizer a ninguém, e ele estava me dispensando de servir café da manhã.

Eu costumava amar o bacon, mas agora... simplesmente não conseguia lidar com isso.

-Obrigada. O jantar não é ruim. É só pela manhã e ás vezes á tarde.

-Anotado. Eu só vou colocá-la em turnos de noite na sala de jantar. Esta semana você trabalha apenas no salão. Mas não fique superaquecida. Mantenha um pouco de gelo ou algo para se refrescar. Posso dizer a Carla?

-Não.

Eu respondi antes que ele pudesse terminar.

-Ela não pode saber. Ninguém pode saber. Por favor.

Fernando suspirou e assentiu com a cabeça.

-Certo. Vou manter o seu segredo. Mas se você precisar de alguma coisa é melhor você me deixar saber, se você não vai deixar Scott saber.

-Certo. Obrigada.

Fernando me deu um sorriso apertado.

-Eu te vejo mais tarde então.

Eu fui dispensada.

A escala para o resto da semana me tinha trabalhando no carrinho de cerveja. Houve torneio uma semana depois de sábado e, eu estava trabalhando o dia inteiro. Eu não poderia estar mais feliz com isso.

O dinheiro seria ótimo. E, embora o calor do lado de fora do campo, fosse intenso durante todo o dia, era melhor do que estar no ar condicionado sentido cheiro de toucinho ou qualquer carne gordurosa e correndo para vomitar.

Foi ficando progressivamente cheio desde que voltei. De acordo com Carla, os sócios que só vinham durante as férias de verão estavam agora morando. Yngrid e eu corríamos dois carrinhos diferentes, a fim de manter o local hidratado. Fernando ia raramente ao clube, então não tinha que me preocupar com seus  olhos curiosos. Ele estava ocupado trabalhando.

Cooper tinha dito a Yngrid que Fernando estava tentando provar a seu pai que ele estava pronto para uma promoção.

Depois do reabastecimento do meu carrinho pela terceira vez hoje, voltei para o primeiro grupo para fazer minha próxima rodada. Eu reconheci a parte de trás da cabeça de Gustavo imediatamente. Ele estava brincando com Giovanna.

Eu sabia que este dia chegaria, mas não estava preparada para isso. Eu sempre poderia ignorar essa área e, deixar Yngrid pegá-los em seu próximo turno, mas isso só seria adiar o inevitável.

Puxei o carro para cima e Gustavo virou em minha direção. Parecia que ele estava em uma conversaria com Giovanna.

A carranca frustrada em seu rosto não era reconfortante. Ele sorriu, mas eu poderia dizer que foi forçado.

-Nós estamos bem, Allison. Você pode ir para o próximo grupo.

Gustavo chamou.

A cabeça de Giovanna virou ao som de meu nome e, o ódio que havia em seu rosto fez-me deslocar o carro em sentido inverso. Talvez meu primeiro instinto estivesse certo. Eu não deveria ter parado.

-Espere. Eu quero alguma coisa.

Ao som da voz do Scott meu coração fez uma pequena vibração louca que só ele poderia fazer acontecer. Eu virei minha cabeça em direção ao som da voz dele para ve-lo correr em minha direção em um par de tênis brancos, e shorts azul claro e uma camisa polo branca.

Nunca deixou de me surpreender que ele pudesse parecer tão ridiculamente bom em roupas de treino.

Meninos de Banthei não se vestiam assim para qualquer coisa. Eles jogavam golfe em seus jeans, bonés e qualquer camiseta ou camisa de flanela que com sorte conseguisse sair do secador naquele dia. Mas Scott fez com que parecesse algo sexy de dar água na boca.

-Preciso de uma bebida.

Ele disse com um sorriso fácil, uma vez que ele alcançou o meu carrinho. Ele parou bem na minha frente. Não tinha visto ele em um par de dias. Não, desde a nossa viagem.

-O de sempre?

Perguntei parando o carro só para estar ainda mais perto dele. Ele não se afastou e os nossos peitos estavam perto de roçar um contra o outro.

Olhei para ele.

-Sim. Isso seria ótimo.

Respondeu, mas não se mexeu. Ele também manteve os olhos fixos nos meus. Um de nós ia ter de se mover e quebrar este concurso de encarar. Sabia que deveria ser eu. Não podia levá-lo a acreditar em qualquer coisa estava diferente.

Deslizei por ele e caminhei até a parte de trás do carro para entregá-lo um Corona. Abaixei me para tirá-lo do gelo e senti-lo mover-se atrás de mim. Inferno. Ele não estava fazendo isso fácil. Endireitando-me, não olhei para trás ou virei. Ele estava muito perto.

-O que você está fazendo?

Perguntei em voz baixa. Não queria Giovanna ou Gustavo ouvindo-nos.

-Sinto falta de você.

Foi sua simples resposta.

Fechando os olhos com força, respirei fundo e tentei acalmar o frenesi que ele estava enviando para o meu coração. Eu também sentia falta dele. Mas isso não fez a verdade ir embora.

Dizer-lhe que eu sentia falta dele não era inteligente. Eu não precisa deixá-lo acreditar que as coisas poderiam voltar a ser como eram.

-Pegue sua bebida e vamos lá.

Giovanna agarrou por trás dele. Isso foi o suficiente para que me movesse. Eu não estava pronta para um ataque verbal com Giovanna. Não hoje.

-Para trás, Gi.

Scott rosnou e empurrei Corona para ele e me movi rapidamente de volta para o banco do motorista.

-Allison, espere.

Scott disse, mais uma vez me seguindo.

-Não faça isso.

Implorei.

-Não posso lidar com ela.

Ele fez uma careta e depois acenou com a cabeça antes de se afastar. Tirei meus olhos dele e coloquei o carro na unidade.

Sem olhar para trás fui para o próximo grupo.

Scott

-Você não se lembra do que eu pedi outro dia, Gi?'' Eu rosnei uma vez que Allison e seu carrinho estavam fora de vista.

-Você estava sendo patético. Eu estava tentando ajudá-lo a não olhar como um perdedor apaixonado.

Virei-me e caminhei em sua direção. Ela foi me empurrando. Nunca tive essa raiva me consumindo, que a maioria dos irmãos tem de prejudicar fisicamente suas irmãs quando éramos mais jovens.

Mas agora eu estava experimentando isso. Gustavo entrou na minha frente colocando uma barreira entre nós.

-Nossa. Você precisa recuar e se acalmar.

Mudei meu olhar de Gi para Gustavo. Que diabos ele estava fazendo? Ele odiava Gi.

-'Saia. Isso é entre eu e minha irmã.

Lembrei a ele. Ele nunca a tinha defendido antes. Mesmo quando seu pai tinha sido casado com nossa mãe.

Ele tinha feito todos nós acreditarmos que ele seguramente odiava Gi.

Nunca tinha havido uma remota aproximação entre os dois.

-E você vai ter que passar por mim para chegar á sua irmã.

Gustavo respondeu dando um passo em minha direção.

-Porque agora você não está pensando sobre os sentimentos de ninguém, apenas os de Allison. Lembre-se como a presença de Allison afeta Gi. A princípio você se preocupava com isso.

Que porra é essa. Eu estava tendo alucinações?

Quando Gustavo começou a defender Gi?

-Eu sei exatamente como Allison afeta Gi. Mas o que estou tentando fazer é mostrar a ela que nada foi culpa de Allison. Gi odiou a pessoa errada por tanto maldito tempo, que ela não pode deixar para lé. O que diabos está errado com você, afinal? Você já sabia disso, foi o único que defendeu Allison quando ela apareceu pela primeira vez aqui. Você nunca acreditou que isto era culpa dela. Você viu sua inocência nisso desde o início.

Gustavo se mexeu desconfortavelmente e, em seguida, olhou para Gi cujos olhos ficaram redondos como pires.

-Você a deixou fraca, Scott.Toda sua vida você a protegeu. Ela confiou em você. Então você vai e a deixa e concentra toda a sua atenção em Allison e espera que Gi fique bem. Ela pode ser adulta, mas ela foi tão co-dependente de você toda a sua vida, ela não conhece outra maneira. Se você não estivesse tão focado em ter Allison de volta, veria isso.

Botei Gustavo fora do meu caminho e nivelei meu olhar sobre a minha irmã. Eu não precisava desta palestra dele mesmo se houvesse alguma verdade nisso.

No fundo, eu estava contente que estes dois finalmente tinham encontrado um terreno comum.

Talvez Gustavo cuidasse dela afinal. Nós vivemos na mesma casa há anos. Nós fomos negligenciados juntos.

-Eu te amo, Gi. Você sabe disso. Mas você não pode me pedir para escolher. Não é justo.

Gi colocou as duas mãos nos quadris. Era a sua posição desafiadora.

-Você não pode amar a nós duas. Eu nunca vou aceitá-la. Ela apontou uma arma para mim, Scott Você a viu. Ela é louca. Ela ia atirar em mim. Como você pode amá-la e me amar? Isso não faz sentido.

-Ela nunca teria atirado em você. Ela apontava uma arma para Gustavo também. Ele superou isso. E sim, eu posso amar vocês duas. Eu te amo de maneira diferente.

Gi desviou o olhar para Gustavo e deu um sorriso triste. Isso foi ainda mais estranho.

-Ele não vai me ouvir, Gustavo. Eu desisto. Ele está escolhendo seu amor por ela a cima de mim e dos meus sentimentos.

-Gi, apenas o ouça. Vamos. Ele tem um ponto.

Gustavo disse-lhe em um tom suave que eu nunca tinha ouvido usar com ela. Eu estava na minha pior fase, era uma zona de declínio.

Gi bateu o pé.

-Não. Eu a odeio. Eu não posso ficar olhando para ela. Ela o está, machucando e agora eu a odeio mais por isso.

' Gi gritou. Olhei em volta para ver se alguém a tinha ouvido falar e vi Fernando vindo em nossa direção. Bosta.

Gustavo se virou e seguiu o meu olhar.

-Ah, inferno.

Ele murmurou.

Fernando parou na nossa frente e olhou de Gi, a Gustavo depois para mim.

-Eu ouvi o suficiente para saber o que é essa conversa.

Disse, mantendo seu foco fechado em mim.

-Deixem-me ser muito claro. Todos nós temos sido amigos a maioria de nossas vidas. Eu conheço a dinâmica de sua família.

Ele desviou o olhar para Gi com um grunhido de nojo em seus lábios, em seguida, voltou para mim.

-Se alguém tem um problema com Allison, então precisam traze-lo a mim. Ela tem um trabalho aqui, enquanto ela quiser. Vocês três podem não gostar, mas eu pessoalmente não dou a mínima. Então superem isso. Ela não precisa dessa droga agora. Recuem. Estamos entendidos?

Estudei-o. O que ele quis dizer e por que ele estava agindo como protetor de Allison? Eu não gosto disso.

Meu sangue começou a ferver e fechei minhas mãos ao meu lado em punhos. Será que ele pensa que pode fazer a sua jogada agora?

Mostrar-se quando ela esta fraca e ser o herói? Claro que não. Isso não estava acontecendo. Allison era minha.

Fernando não esperou por uma resposta. Ele se afastou.

-Parece que você tem concorrência.

Gi provocou.

Gustavo se aproximou dela e colocou-a atrás dele novamente.

Isso é o suficiente, Gi.

Ele sussurrou, então ele olhou para mim.

Eu acabei com isso. Eu não conseguia lidar com os dois agora. Joguei meu drinque para baixo e fui atrás de Fernando.

Ele me ouviu ou sentiu a raiva saindo de mim, porque ele parou antes de chegar ao clube e se virou para olhar-me. Uma de suas sobrancelhas se ergueram como se estivesse se divertindo. Isso só me irritava mais.

-Nós dois queremos a mesma coisa. Por que você não respira fundo e acalmar-se?

Fernando disse enquanto cruzava os braços sobre o peito.

-Você fique longe dela. Você pode me ouvir?

Recue Allison me ama, ela está apenas confusa e magoada. Ela também está muito vulnerável. Se você acha que vai tirar vantagem do seu estado atual, Deus me ajude, porque vou bater a bosta de dentro de você.

Fernando inclinou a cabeça para o lado e fez uma careta. Ela não ficou muito afetado pela minha advertência.

Talvez eu precisasse afetá-lo.

-Eu sei que você a ama. Eu nunca vi você agir assim enlouquecido em sua vida. Eu entendo isso. Mas Gi a odeia. Se você ama a Ali então a proteja do veneno que está escorrendo das presas de sua irmã. Ou eu vou.

Senti-me como se ele tivesse me dado um tapa no rosto. Antes que pudesse responder, ele abriu a porta e entrou. Olhei para a porta fechada por alguns minutos antes de passar. Eu ia perder um delas.

Amava minha irmã, mas com o tempo ela me perdoaria. Não poderia perder Allison para sempre. Não ia permitir que isso acontecesse.

Allison

Yngrid estendeu a mão e apertou a minha. Ela estava de pé ao meu lado enquanto eu me sentava a mesa do médico esperando.

Fiz xixi em um copo e agora nós esperamos para ouvir os resultados oficiais. Meu coração estava disparado. Havia uma pequena possibilidade de que eu poderia não estar grávida.

Pesquisei no Google ontem á noite. Os testes caseiros de gravidez poderiam estar errados e eu poderia estar ficando doente, porque o meu chefe achava que eu estava grávida.

Aporta se abriu e uma enfermeira entrou, ela estava sorrindo quando olhou de Yngrid para mim.

-Parabéns. É positivo. Você está grávida.

A mão de Yngrid apertou a minha mais forte. Eu sabia disso, no fundo, mas só de ouvir a enfermeira dizer tornou mais real. Eu não iria chorar.

Meu bebê não precisa saber que eu tinha chorado quando eu descobri que estava grávida. Eu queria que ele ou ela se sentisse amado sempre. Isso não era uma coisa ruim. Ele nunca poderia ser uma coisa ruim. Eu precisava de família. Logo teria uma de novo. Alguém que me amaria incondicionalmente.

-O médico virá checar como estão as coisa em poucos minutos. Precisamos trabalhar o sangue também. Você tem experimentado qualquer cólicas ou sangramento?

-Não. Apenas realmente enjoo. Sentir cheiros me detona.

Expliquei.

A enfermeira concordou e escreveu em sua prancheta.

-Pode não parecer, mas isso é uma coisa boa. Sentir enjoo é bom.

Bufou.

-Você não a viu suando frio. Nada é bom nisso.

A enfermeira sorriu.

-Sim, eu me lembro daqueles dias. Isso não é divertido.

Ela desviou o olhar para mim.

-O pai se envolverá?

Será que ele se envolverá? Eu poderia dizer-lhe? Eu balancei minha cabeça.

-Não, eu não acho que ele estará.

O sorriso triste no rosto da enfermeira quando ela balançou a cabeça e fez outra nota em sua pra prancheta me disse que viu isso muitas vezes.

-Você estava usando qualquer forma de controlar de natalidade, quando você concebeu? A pílula talvez'

Perguntou a enfermeira.

Eu não olhei para Yngrid. Talvez não quisesse que ela aqui afinal. Eu balancei minha cabeça.

A enfermeira levantou as sobrancelhas.

-Nada?

Perguntou.

-Não, nada, Quero dizer, nós usamos camisinha algumas vezes, mas houve algumas vezes que não fizemos. Ele puxou uma vez... mas houve uma vez que ele não fez.

Yngrid ficou tensa ao meu lado. Eu sabia o que ela estava pensando. Como eu pude ser tão estúpida? Isso tinha sido um fato que eu tinha deixado de fora da história.

A enfermeira assentiu.

-Certo. O médico estará aqui em pouco tempo. Ela respondeu e saiu da sala.

Yngrid puxou meu braço me fazendo olhar para ela.

-Ele não usou camisinha? Ele é louco? Droga! Ele deveria ter pensado em te perguntar se estava grávida. Que idiota. Eu aqui sentindo pena dele, porque ele não sabe que vai ser papai e ele não usou um maldito preservativo. Ele deveria ter feito um contato com você em quatro semanas para se certificar de que você não estava grávida. Que idiota.

Yngrid estava andando na minha frente agora. Eu só assistia. O que eu digo disso? Eu estava tão errada na situação.

Fui eu que me despi, fiquei em cima dele e ferrei com seus miolos naquela noite. Ele era homem e a última coisa em sua mente tinha sido parar para colocar uma camisinha. Eu não lhe tinha dado muito tempo para pensar. Mas compartilhar os detalhes da minha vida sexual e do Scott com Yngrid não ia acontecer. Então, mantive minha boca fechada.

-Ele merece isso. Ele deveria ter verificado com você. Não diga ao idiota. Se ele acha que pode usar aquela coisa e não colocar uma proteção sobre ele, então ele pode viver na ignorância que eu cuido. Estarei aqui para você. Eu e você. Temos isso.

Ela parecia pronta para enfrentar o mundo nesse momento. Isso me fez sorrir. Eu não estaria em Roseville quando o bebê nascesse. Eu desejaria estar. Eu queria que meu bebê tivesse alguém a mais para amá-lo.

Yngrid seria uma excelente tia. O pensamento me deixou triste. Meu sorriso desapareceu.

-Sinto muito. Eu não queria incomodá-la.

Disse Yngrid soltando as mãos da cintura, com um olhar preocupado no rosto.

-Não. Você não fez isso. Eu só queria... Eu só gostaria de não ter que sair. Eu quero que o meu bebe conheça você.

Yngrid se aproximou e colocou os braços em volta dos meus ombros e apertou.

-Você vai me dizer onde vai morar e vou ver vocês dois o tempo todo. Ou você pode ficar e viver comigo. Quando o bebê nascer Scott estará fora. Ele não fica em Roseville depois do verão. Teríamos tempo para que vocês tivessem tudo resolvido na vida, antes que ele voltasse. Basta pensar nisso. Não se preocupe sobre quaisquer decisões finais agora.

Scott partiria? Será que ele desistiria de mim e deixaria Roseville? Ou será que ele ficaria? Meu coração doeu pensando nele se afastando de mim. Por mais que eu soubesse que não ia funcionar, eu queria que ele lutasse por mim. Eu queria que ele encontrasse uma maneira de podermos estar juntos, mesmo que eu soubesse que era impossível.

Duas horas mais tarde estávamos de volta no apartamento da Yngrid e eu tinha vitaminas pré-natal e vários panfletos sobre ter uma gravidez saudável. Os meti em minha bolsa.

Precisava de um banho quente e uma soneca.

Yngrid bateu uma vez na porta do banheiro e entrou. Ela estava segurando o telefone na mão e sorrindo como uma idiota.

-Você não vai acreditar nisso.

Fez uma pausa e balançou a cabeça como se ainda estivesse em descrença.

-Fernando acabou de ligar. Disse que o apartamento é nosso pelo mesmo custo que estou pagando agora neste. Ele disse que é um privilégio já que ter dois de seus empregados na área do clube será útil. Também disse que nós duas estaríamos sem emprego se tentássemos declinar a oferta.

Afundei no assento do vaso sanitário e olhei para ela. Ele estava fazendo isso porque eu estava grávida.

Esta era sua maneira de ajudar. Eu queria gritar para ele e abraçar o pescoço de uma só vez. Meus olhos encheram de lágrimas.

-Ele ainda está o telefone?

Eu perguntei quando percebi que Yngrid ainda estava segurando-o perto de sua orelha.

''Não é o Cooper. Ele disse que isso tem a ver com você. Você está... tipo saindo com ele ou qualquer coisa, está?'

Ela perguntou lentamente. Isso deve ter sido a pergunta do Cooper.

Ela ficou repetindo que ele não acreditava nisso, mesmo quando ela disse isso.

-Você pode colocar o telefone no mundo?

Perguntei-lhe em voz baixa.

Seus olhos se arregalaram e ela balançou a cabeça.

Uma vez que ele estava em segurança silenciado, ela olhou para mim como se não me reconhecesse. O que ela pensa?

Que eu estava saindo com Fernando enquanto estava grávida de Scott? Certamente que não.

-Yngrid, ele sabe. Fernando sabe.

Compreensão caiu sobre ela e seu queixo caiu.

-Como?

Perguntou ela.

''Ele me colocou no turno da manhã na sala de jantar. A cozinha... cheirava a bacon.

Yngrid fez um grande ''O'' com a boca e assentiu.

Ela conseguiu.

Estendeu a mão e tirou o telefone do mudo.

''Não há nada acontecendo com Fernando e Allison! Ele acaba de se tornar um amigo dela e quer ajudar. Isso é tudo.

Yngrid revirou os olhos para que Cooper disse, em seguida, O chamou de louco e desligou.

-Ok, então ele sabe que você está grávida de Scott e ele está nos dando um apartamento por uma merreca? Esta é a melhor coisa de todas. Espere até você ver este lugar. Se ele nos permitir ficar até depois que o bebe nascer, seu quarto é grande o suficiente para um berço! Ele é perfeito.

'

Eu não conseguia pensar muito á frente.

Agora eu só precisava ir encontrar Fernando e falar com ele. Se eu saísse em quatro meses não queria que esse acordo acabasse para Yngrid.

Eu precisava ter certeza disso, antes de deixá-la ficar muto animada.

Scott

Cooper ligou para me avisar que as meninas estavam se mudando para um apartamento na propriedade do clube hoje.

Não tinha visto desde o incidente no campo de golfe. Não por falta de tentativa. Tentei me colocar no caminho dela no clube várias vezes e nunca funcionou.

Até passei por lá ontem e ela tinha ido embora. Carla tinha dito que ela e Yngrid já tinham saído, então presumi que elas tinham ido fazer alguma coisa juntas.

Eu fui até o apartamento de Yngrid e imediatamente percebi o carro do Fernando. Que diabos ele estava fazendo aqui?

Abri minha porta e me dirigi para a porta do apartamento, quando ouvi a voz da Allison.

Voltei e caminhei em direção ao carro do Fernando até que eu vi Fernando encostado na parede ao lado de onde ele havia estacionado e ouvindo Allison com um sorriso no rosto.

Um sorriso que eu estava prestes a fazer desaparecer.

-Se você tem certeza, então obrigada.

Allison disse discretamente como se ela não quisesse que ninguém ouvisse.

-Positivo.

Fernando respondeu enquanto seus olhos se levantaram para encontrar os meus. O sorriso em seu rosto desapareceu.

Allison virou a cabeça para olhar por cima do ombro. A surpresa no rosto dela quando seus olhos encontraram os meus machucou.

Talvez eu não deveria estar aqui agora. Eu não queria perder a cabeça e assustá-la, mas eu estava bem perto de entrar em uma fúria cega. Por que eles estavam conversando sozinhos?

O que ele estava certo?

-Scott?

Allison disse, afastando-se de Fernando e vindo até mim.

-O que você está fazendo aqui?

Fernando riu e balançou a cabeça, em seguida, abriu a porta do carro.

-Tenho certeza que ele veio para ajudar. Vou embora antes que ele desconte essa carranca feia em mim.

Ele estava indo embora. Ótimo.

-Você está aqui para nos ajudar a mudar?

Perguntou, olhando-me com cuidado.

-Sim, estou.

Respondi.

A tensão me deixou assim que o carro do Fernando rugiu e ele partiu.

-Como você sabia que estávamos nos mudando?

Cooper me ligou.

Respondi.

Ela mexeu os pés nervosamente.

Eu odiava o fato de deixá-la nervosa.

-Eu queria ajudar, Ali. Sinto muito por Gi no outro dia. Eu conversei com ela. Ela não será...

-Não se preocupe com isso. Você não tem que se desculpar por ela. Não culpo você por isso. Eu entendo.

Não, ela não entendia.

Eu podia ver nos olhos dela que ela não entendia. Estendi a mão e peguei a dela. Eu só precisava tocá-la de alguma forma.

Ela tremeu quando meus dedos rocaram a palma da mão dela. Seus dentes morderam seu lábios inferior do mesmo jeito que eu queria fazer.

-Ali..

Disse, e parei porque não estava certo do que mais dizer. A verdade era tudo nesse momento.

Ela levantou os olhos de nossas mãos e pude ver o desejo lá. Sério?

Eu estava sonhando sobre isso ou ela estava... ela realmente estava?

Eu deslizei um dedo sobre a palma de sua mão e acariciei o interior de seu pulso. Ela tremeu novamente. Me*da!

Ela estava estremecida pelo meu toque. Eu me aproximei dela e corri minha mão lentamente por seu braço.

Eu estava esperando que ela me empurrasse e colocasse a distância entre nós que eu imaginava.

Quando cheguei alto o suficiente, meu polegar roçou o lado de seu peito e ela agarrou meu braço livre no momento em que ela estremeceu. Que droga é essa?

-Ali...

Sussurrei, pressionando-a para trás até que ela estava contra a parede de tijolos do prédio e meu peito estava a centímetros de tocar o dela.

Ela não me empurrou e as pálpebras dela pareciam pesadas, enquanto ela olhava para meu peito.

Sua respiração era pesada, O decote que o pequeno vestido de verão rosa pálido exibiu estava ali debaixo do meu nariz. Subindo e descendo como se fosse um convite. Um impossível.

Alguma coisa estava errada aqui.

Coloquei minha outra mão em sua cintura e lentamente deslizei por seus corpo até que meu outro polegar estava debaixo do seu peito. Ela não estava usando sutiã.

Seu ma*,milos estavam duros e eretos cutucando contra o fino tecido do vestido. Não consegui me conter. Levantei minha mão e cobri o sei,*o direito apertando-o suavemente.

Lua gemeu e seus joelhos começaram a se entregar.

Ela deixou sua cabeça cair para trás na parede a fechou os olhos. Eu a segurei firme e deslizei minha pernas entre as dela para impedi-la de afundar no chão.

Com a outra mão, eu cobri seu peito esquerdo e corri as pontas dos meus dedos sobre seus mam*ilos firmes.

-Oh Deus, Scott

Ela gemeu, abrindo os  olhos e olhando para mim através de seu olhos semicerrados.

Caramba. Eu estava em algum tipo de céu torturante. Se isso fosse um outro sonho eu ia ficar furioso. Parecia muito real.

-Isso é bom, querida?

Perguntei, baixando a cabeça para sussurrar em seu ouvido.

-Sim.

Ela suspirou, afundando ainda mais no meu joelho. Quando seu centro quente pressionou contra a minha perna, ela suspirou e segurou meus braços com mais força.

-Ahhhh.

Gritou.

Eu ia chegar ao ápice na minha calça. Nunca tinha ficado tão animado na minha vida.

Alguma coisa estava diferente. Isso não era a mesma coisa.

Ela estava quase desesperada. Eu podia sentir o medo dela, mas sua necessidade era mais forte.

-Allison, me diga o que você quer que eu faça. Farei qualquer coisa que você precise.

Prometi a ela, beijando a pele macia debaixo de seu ouvido. Ela tinha um cheiro tão bom.

Massageei seus seios em minhas mãos novamente e ela soltou um gemido suplicante. Minha doce Allison estava extremamente animada.

Isso era de verdade. Isso não era um maldito sonho. Mais que droga!

-Allison.

O chamado estridente da voz da Yngrid foi como um balde de água fria jogando sobre Allison.

Ela enrijeceu, depois se levantou retirando as mãos de mim e fugiu para longe. Ela não podia olhar para mim.

-Uh!.. Sinto muito. Eu não sei...

Ela balançou a cabeça e correu para longe de mim.

Observei até que ela estava na porta e Yngrid estava falando com ela com firmeza.

Allison estava assentido com a cabeça.

Uma vez que elas entraram eu bati as mãos contra o tijolo e murmurei uma série de maldições, enquanto tentava desesperadamente colocar meu tesão sob controle.

Depois de alguns minutos, a porta se abriu novamente e me virei para ver Cooper saindo. Ele olhou para mim e soltou um assobio.

-Maldição cara, você trabalha rápido.

Eu nem sequer respondi a isso. Ele não sabia o que estava falando. Allison tinha estado sedenta pelo meu toque. Ela não tinha me afastado.

Ela tinha quase me implorado silenciosamente. Não tinha feito sentido, mas ela tinha me desejado. Deus sabe que eu queria. Sempre a quis.

-Vamos lá. Temos um sofá para carregar. Preciso de sua ajuda.

Cooper disse, segurando a porta aberta.

                                                                   

 

                                                                           

                                                 

                                                                       

                                                                       

                                               

                                                                                   

                                                                                                   

                                                                                         

                                                                                                                     

                                                                                     

                                                                                             

                                                                                               

Capítulo 3 - Questões

Allison

O que havia de errado comigo?

Votei para o quarto da Yngrid e fechei a porta. Precisava de um minuto para me acalmar.

Estive pronta para implorar a Scott que me tomasse ali mesmo. Era culpa daquele sonho estúpido.

Ok, talvez o sonho da noite passada não tivesse sido estúpido, mas ele tinha sido muito intenso.Pensar nele tinha me feito apertar minhas pernas juntas.

Por que eu estava fazendo isso agora?

Sonhos sexuais era uma coisa, mas agora eles estavam vívidos e tão reais que eu estava basicamente tendo orgasmos durante o sono. Era insano.

Nem uma só vez em Suntall eu tinha estado tão excitada. Mas, então, Scott não tinha estado em Suntall.

Eu me afundei no colchão da Yngrid que ela havia deixado sem lençóis por causa da mudança.

Tinha que me recompor em torno dele. Ele não estava tentando chegar a mim, mas eu tinha me comportado como uma mulher selvagem e ofegante no momento em que os dedos dele tocaram minha mão. Quão embaraçoso. Encará-lo depois ia ser difícil.

A porta se abriu e Yngrid entrou com um pequeno sorriso no rosto.

Por que ela estava rindo agora? Ela havia me repreendido severamente quando me surpreendeu lá fora.

-Seus hormônios da gravidez estão começando a agir.

Disse ela depois que a porta estava bem  fechada atrás dela.

-O que?'

Eu perguntei confusa.

Yngrid inclinou a cabeça para o lado.

-Você não leu nenhum daqueles panfletos que o médico mandou para casa com você? Tenho certeza de que um deles fala sobre isso.

Eu ainda estava confusa.

-Sobre o fato de eu não conseguir me controlar em torno do Scott?

Yngrid colocou as mãos no meu ombro.

-Sim. Acho que ele seria o único que desencadearia isso para você. Mas coce ficará com tesão durante a gravidez, Ali. Eu sei disso porque meu primo costumava fazer piadas sobre a esposa dele quando ela estava grávida. Disse que tinha dificuldade em manter o ritmo dela e tudo mais.

Tesão? A gravidez estava me deixando com tesão? Que maravilha.

-Provavelmente só vai ser um problema com o Scott. Acho que ele é a única pessoa por quem você está atraída e quer desse jeito. Por isso, só vai ser mais intenso em torno dele. Talvez você devesse dizer isso a ele e aproveitar isso. Eu não tenho nenhuma dúvida de que ele iria ajudar.

Eu não podia dizer a ele. Ainda não.  Eu não estava pronta e nem ele.

Giovanna ficaria furiosa e eu não poderia lidar com Giovanna agora.

Além disso, Scott iria escolher Giovanna e eu não podia lidar com isso de novo também.

-Não. Ele não precisa saber. Não agora. Eu vou melhorar.

Yngrid deu de ombros.

-Tudo bem. Eu fiz meu discurso. Você não quer contar a ele, então não conte. Mas quando você sucumbir e fode-lo até os miolos, você poderia não faze-lo em público?

Perguntou com um sorriso, em seguida, abriu a porta e caminhou de volta para fora.

-Você precisa envolve-lo em uma colcha de retalhos em primeiro lugar que você vai estragar minhas almofadas.'

Yngrid gritou com os rapazes.

Eu poderia encará-lo. Ele não sabia sobre isso. Agiria como se nada tivesse acontecido.

Além disso, precisava ajudar a fazer alguma coisa. Poderia terminar de encaixotar as coisas da cozinha.

                                                                                                     

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