— Plavius, com um corpo sexy, e ainda virgem. Não apenas mils, milhões vão cair na palma da mão — , disse a Sra. Molina claramente.
O Grupo Plavius faliu, e não querendo voltar a viver na pobreza, ela convenceu seu marido a vender sua única filha.
Sem o conhecimento de ambos, um par de olhos úmidos estavam ouvindo a conversa deles. Melinda Laurens Plavius, uma bela jovem de 17 anos, fechou os olhos, esperando que seu pai não aprovasse a ideia insana lançada por sua madrasta.
— Ideia brilhante!
Como um raio em um dia ensolarado, essas duas palavras ditas por seu pai foram o suficiente para fazer o corpo de Melinda tremer e cair no chão. Melinda soluçou, lamentando o destino que sempre acabava triste para ela.
— Eu não posso continuar assim. Sim, eu tenho que ir embora antes de ser vendida!
Melinda enxugou suas lágrimas com força, então se levantou e arrastou seus pés, fugindo à força.
Praang!
Um vaso de flores caiu acidentalmente quando Melinda esbarrou nele.
— Quem está aí!?
Melinda não se importou, ela continuou correndo com toda a sua força, saindo de casa sem sequer colocar sapatos.
Na noite silenciosa, deserta e escura, Melinda continuou correndo sem saber a direção ou destino. Com a luz da lua brilhando no céu, ela continuou correndo para se afastar da casa que já se tornara um inferno para ela.
Não muito longe atrás, um carro luxuoso apareceu dirigindo em alta velocidade.
— Apenas atropele! —
Por dinheiro, Redmir Plavius faria qualquer coisa, não importava se tivesse que atropelar sua própria filha.
— NÃO! — a Sra. Molina interrompeu, não querendo perder sua máquina de fazer dinheiro.
Ckit!
O carro parou abruptamente, a Sra. Molina saiu apressadamente do carro e correu atrás de Melinda, que continuava correndo pelas ruas, com florestas de altas árvores de ambos os lados.
— Melinda! Pare! — ela gritou, fazendo Melinda olhar para trás.
Melinda foi forçada a mudar de direção e entrar na floresta, ignorando os ferimentos nos pés causados por espinhos e gravetos afiados.
— Argh!
Infelizmente, Melinda tropeçou acidentalmente e torceu um de seus pés, sendo capturada pela Sra. Molina. A madrasta puxou seus cabelos com força, fazendo Melinda se levantar com uma careta de dor no rosto.
Em questão de segundos, dois homens vestidos de preto chegaram e restringiram os movimentos de Melinda. Melinda lutou para se libertar, mas sua força não era suficiente, e ela foi arrastada de volta para casa.
Chegando em casa, Melinda foi trancada em um depósito. Não sabendo quantos dias se passaram, ela acabou desmaiando por não ter recebido comida ou bebida.
Quando abriu os olhos de novo, Melinda estava no hospital.
— Por que mamãe ainda não veio me buscar? Está doente, mamãe. Estou cansada — , ela disse com choro histérico.
Maria, uma mulher muda que morreu depois de ser vítima de um atropelamento e fuga nove anos atrás. Maria era a mãe biológica de Melinda. Após a morte de Maria, apenas a miséria acompanhou os dias de Melinda.
À tarde, sua madrasta veio e a levou à força de volta para casa. Melinda se resignou pois lutar era inútil, ela nunca iria vencer, não importando o quanto tentasse resistir.
Chegando em casa, Melinda não foi trancada no antigo depósito. Dessa vez, a Sra. Molina, generosamente, a colocou em um quarto. Embora pequeno e apertado, era o suficiente para ela se sentir confortável.
Melinda sentou-se na beirada da cama, seus pés ainda estavam enfaixados, pois havia muitos ferimentos, enquanto seu rosto estava pálido como se não houvesse sangue correndo em suas veias.
A porta do quarto se abriu, alguns empregados entraram. Alguns trouxeram comida, roupas e maquiagem, e outros trouxeram uma caixa de primeiros socorros. Todos eles se aproximaram de Melinda, enquanto ela ainda continuava imóvel.
— O que vocês querem? — Melinda perguntou quando dois funcionários removeram os curativos de seus pés e outros a alimentaram à força. Enquanto outros dois seguravam seus braços para evitar qualquer resistência.
Melinda franziu a testa quando um dos curativos foi removido, mesmo que as feridas em seus pés ainda não tivessem cicatrizado completamente.
— Para onde vocês estão me levando? —
— É melhor obedecer, senhorita, para não ser repreendida pela dama mestra — , ele respondeu, levando Melinda para dentro do banheiro.
— Eu posso fazer isso sozinha! — Melinda protestou.
— Desculpe, senhorita. Estamos apenas cumprindo nossas obrigações. —
Assim que terminaram de banhá-la e seu rosto voltou a brilhar, Melinda vestiu uma lingerie transparente que exibia claramente as curvas de seu belo corpo, como uma guitarra espanhola. O decote baixo e a saia curta realçavam ainda mais a perfeição das curvas de Melinda.
Melinda sentou-se em uma cadeira em frente à penteadeira. Um servidor fez uma maquiagem leve, pois mesmo sem maquiagem, Melinda já era muito bonita. Enquanto outro servidor arrumava os cabelos de Melinda, que antes eram longos e retos, agora ondulados.
Quando terminaram, Melinda foi levada para a sala de estar. Lá estavam seu pai e sua madrasta, esperando. O Sr. Plavius sorriu com malícia, ele estava tentado pela beleza e pela exuberância do corpo da Melinda.
No carro, Melinda olhava para qualquer direção.
— Por que meu pai teve a coragem de me vender? — Melinda perguntou, sem se virar.
— Quantas vezes eu já disse! Você não é minha filha! — o Sr. Plavius exclamou furioso.
Não se pergunte como Melinda está se sentindo agora, ela só espera que ninguém a compre.
Chegando ao leilão, Melinda aguardava sua vez de subir ao palco. Melinda percebeu que seu pai e sua madrasta não eram as únicas pessoas cruéis do mundo. Veja bem, não era apenas ela que estava sendo vendida por suas próprias famílias. Havia muitas garotas inocentes com o mesmo destino que o seu.
Quando a empresa faliu, usar as filhas como forma de pagar as dívidas se tornou algo tabu. O país de Oesteria não estava indo bem.
— A bela garota de corpo sexy que vocês veem agora é a filha da família Plavius. O Sr. Plavius começa o lance em dez milhões! — o leiloeiro anunciou. Melinda parou imóvel, com as mãos amarradas em um poste.
— Sua beleza não é questionável. Mas, por um preço tão alto, o Sr. Plavius está se excedendo — , disse um empresário com a barriga grande.
— Dez milhões? É mesmo? No Bar Oesterian, temos muitos como ela, por apenas 2 mil por noite — , respondeu outro. O riso encheu a sala. Pela primeira vez, Melinda sorriu discretamente, feliz por ninguém estar disposto a comprá-la.
— A Srta. Plavius é uma jovem virgem. Essa é a razão pela qual o Sr. Plavius começou com um preço tão fantástico! — o leiloeiro exclamou, silenciando todos.
Em Oesteria livre, uma jovem virgem era uma raridade. E algo raro tem um preço.
— Ok, eu ofereço 10 milhões! — ofereceu um empresário iniciando o leilão.
— 11 milhões! — respondeu outro. Melinda abaixou a cabeça, com uma lágrima escorrendo, suas esperanças haviam acabado.
— 100 milhões! — gritou um homem de meia-idade, deixando a sala perplexa ao ouvir o preço oferecido pela beleza, sensualidade e virgindade da Srta. Plavius.
— É por isso que perdemos, ele é o Assistente Juan, o braço direito do rei de Oesteria — , sussurrou um dos empresários.
— É verdade. Mas por que o reino de Oesteria iria comprar uma jovem virgem? — outro comentou.
— Quem sabe, vamos apenas ouvir as notícias mais tarde.
— Três — , o leiloeiro começou a contar.
— dois! — quem teria a audácia de oferecer um preço maior que o oferecido pelo homem de meia-idade que era nada menos que o Assistente Juan.
— Um! Srta. Plavius é adquirida pelo Sr. Juan!
Melinda suspirou profundamente, suas lágrimas já não mais fluíam como se estivessem secas. Enquanto seu pai e sua madrasta saíam com 100 milhões de reais. Com tanto dinheiro, seu pai poderia iniciar dezenas de outros grupos Plavius e o dinheiro não se esgotaria por sete gerações.
Antes de ser levada, Melinda vestiu um casaco para cobrir as curvas do seu corpo exposto. Enquanto os dois guardas estavam distraídos, Melinda aproveitou a oportunidade e escapou correndo.
— Vá atrás dela! — um guarda gritou.
— Não precisa — , respondeu o Assistente Juan, calmamente.
EMm uma estrada movimentada, Melinda continua correndo, sem se importar com os olhares repugnados das pessoas.
Depois de correr o suficiente no meio da multidão, Melinda encontra refúgio dentro de um carro que, por sorte, não estava trancado pelo dono.
BRAK!
Melinda fecha a porta do carro com toda a sua força.
— Quem é você? — pergunta um homem com uma voz grave sentado atrás do volante.
— Melinda Laurens Plavius! Fui vendida! Por favor, me salve, senhor! —
.
.
.
Allison JoisAfonso
Melinda Laurens Plavius
— Melinda Laurens Plavius! Estou sendo vendida! Por favor, me salve, senhor!
Sem responder às palavras de Melinda, o homem com as costas largas sentado atrás do volante imediatamente acelerou o carro em alta velocidade.
Melinda jogou sua cabeça no encosto do banco, suspirando aliviada por finalmente ter conseguido escapar.
— Ssshh — , Melinda resmungou devido ao ar condicionado do carro resfriando seu corpo coberto apenas por um tecido fino. Ela se encolheu, abraçando-se firmemente na esperança de se manter aquecida.
Alguns minutos depois, o carro já estava longe do local do incidente.
— Obrigada pela carona, eu gostaria de parar por aqui, senhor — , pediu Melinda.
Sem resposta, o carro acelerou ainda mais. Melinda começou a se sentir inquieta.
— Pare o carro, eu imploro! — , pediu Melinda novamente, mas o carro não parava.
Melinda, em pânico, tentou abrir a porta e as janelas do carro, mas não conseguiu, pois estavam trancadas automaticamente.
— Quem é você? — perguntou Melinda, mas o homem ainda permanecia em silêncio.
Melinda levantou-se e avançou para verificar quem era o homem corpulento com voz grave ao volante.
Ckit!
Bruk!
Melinda caiu para frente, sangue fresco escorrendo de sua testa, que bateu na parte angular do carro. Melinda ajustou sua posição, passando para o assento ao lado do motorista.
Melinda olhou para cima enquanto segurava sua testa sangrando. — S ... senhor A ... Allison — , disse Melinda gaguejando, pois estava muito surpresa com a presença do homem ao seu lado.
Allison JoisAfonso, certamente Melinda reconheceu o belo príncipe do reino de Oesteria. Seu rosto bonito frequentemente aparecia na televisão, revistas e jornais.
Notícias sobre ele sempre eram um tópico popular nas mídias. Sua perfeição era admirada por muitas mulheres.
— Sai! — a voz grave de Allison fez qualquer um tremer ao ouvi-la.
Melinda olhou para fora da janela e saiu do carro de acordo com a ordem de Allison. Melinda olhou admirada para o edifício de estilo castelo em sua frente nesse momento.
— Isso é um palácio? — monologou Melinda consigo mesma.
— Venha comigo! — , como se hipnotizada, a voz grave de Allison fez Melinda obedientemente segui-lo.
Melinda olhou e observou o interior do edifício extremamente luxuoso. Não importa se era real ou não, as paredes, teto e chão eram dourados claros. Melinda continuou a olhar admirada.
— Bem-vindo, senhor Allison — , cumprimentou o Assistente Juan se curvando.
Allison continuou a andar e sentou-se no sofá disponível. Enquanto isso, Melinda estava paralisada, seus músculos relaxaram, sua língua estava seca e seu suor frio molhava o fino tecido que cobria seu belo corpo.
Como sair da boca do tigre e entrar na de um leão. Livre do Assistente Juan, Melinda caiu na armadilha do príncipe Allison.
— Bem-vinda, Srta. Plavius, — disse o Assistente Juan com um pequeno sorriso.
Melinda apertou os dedos até ficarem brancos e depois se virou para fugir novamente. Mas infelizmente, seus movimentos foram mais lentos do que os dois homens ferozes e corpulentos que agora seguravam seus braços com força.
Melinda tentou resistir quando foi levada e forçada a sentar-se no sofá diante de Allison.
Conhecendo seu oponente, Melinda não quis mais lutar. Ela se prostrou, ajoelhou-se e suplicou diante de Allison.
— O senhor Allison é um líder neste país, eu sou apenas uma de suas humildes cidadãs. Então, por favor, me liberte — , pediu Melinda enquanto unia as mãos, esperando que Allison concordasse em soltá-la.
— Você pode, contanto que devolva meus 100 milhões — , disse Allison com arrogância.
Melinda levantou o rosto e olhou para Allison com os olhos lacrimejantes. Com todas as suas forças, Melinda tentou segurar suas lágrimas.
— O que o senhor quer de mim, senhor? — finalmente, derrotada, Melinda perguntou.
Mesmo vendendo sua vida, não há garantia de que alguém a compre por 100 milhões. Melinda estava com medo, sem saber o que lhe aconteceria por esse preço tão alto.
— Seja minha Noiva Azarada — , ele disse de forma direta e tranquila.
Melinda imediatamente balançou a cabeça rapidamente. — Não, eu não quero! É melhor o senhor me tornar uma escrava do que uma Noiva Azarada! — Melinda recusou com firmeza.
10 Trilhões claramente não são nada comparados a se tornar uma Noiva Azarada. Noiva Azarada é uma garota que será sacrificada como parte da tradição real de Oesteria. Melinda será casada e, um mês depois, divorciada. Após se tornar viúva, Melinda será exilada para uma floresta distante e proibida de se casar novamente pelo resto da vida.
Allison estalou os dedos e a tela da televisão de 144 polegadas se acendeu, mostrando um menino fraco deitado em uma maca.
— Não! Não envolva meu irmão! — gritou Melinda, tentando avançar em direção a Allison.
Mas, mais uma vez, seus esforços falharam. Os dois guardas a seguraram antes.
— Por favor, senhor, meu irmão não fez nada de errado, não o envolva, eu imploro — , Melinda se ajoelhou novamente. Desta vez, ela chorou compulsivamente. Suas defesas ruíram ao ver a condição do irmão lá dentro.
— Nesse caso, obedeça e seja minha Noiva Azarada — , ofereceu Allison novamente. Melinda assentiu rapidamente. Allison sorriu satisfeito.
***
Se tornar um viúvo antes de completar 28 anos era uma tradição que todos os descendentes da nobreza, especialmente os homens, tinham que seguir. Acredita-se que essa tradição poderia evitar a maldição sobre Oesteria. Se não fosse cumprida, Oesteria seria assolada por infortúnios contínuos.
— Eu aceito! Eu irei amá-la, cuidar dela, confortá-la, respeitá-la, protegê-la, seja em bons ou maus momentos, ricos ou pobres, saudáveis ou doentes, felizes ou tristes, serei fiel a ela até que a morte nos separe! —
O juramento sagrado e solene foi feito simultaneamente diante do sacerdote, não apenas por Allison. Mas também por seus três amigos, Melvin Torres, herdeiro da família Torres. Castillo Fidelyo, herdeiro da família Fidel. E Shanan Reyes, herdeiro da família Reyes.
Melinda olhou para as três garotas que estavam na mesma situação que ela. O que a machucou foi reconhecer que as três eram mais jovens do que ela. Melinda não conseguia entender como elas podiam ser tão cruéis a ponto de escolher uma órfã como Noiva Azarada.
Olivia, Daisy e Alexa. Três garotas de 16 anos que Melinda já considerava como suas próprias irmãs.
Após a declaração do juramento sagrado, Melinda, Olivia, Daisy e Alexa foram levadas para fora do palácio. O próximo evento era uma procissão para apresentá-las a toda a população de Oesteria.
Lá fora, a multidão do povo de Oesteria já esperava por elas. Melinda e as outras três garotas ficaram lado a lado. Melinda ficou no meio.
— Como vocês três conseguiram chegar até aqui? — perguntou Melinda, enxugando as lágrimas.
— Não se preocupe, irmã. Eles nos deram muito dinheiro, as crianças não passarão fome — , Olivia sorriu amargamente.
— Oh, meu Deus — , as lágrimas de Melinda não paravam mais.
Atrás delas, havia quatro noivos montados em cavalos. Allison estava no meio.
— Que cerimônia é essa? — Shanan balançou a cabeça.
— Sinto-me como um tolo sendo enganado — , continuou Castillo.
— É difícil mudar essa tradição. Nem mesmo os líderes do reino, que se dizem inteligentes e astutos, são capazes de resistir a isso — , acrescentou Melvin.
Quando chegaram ao meio da multidão, eles pararam. O mesmo aconteceu com Melinda, Olivia, Daisy e Alexa.
O povo de Oesteria gritou, e então começaram a jogar ovos, farinha, garrafas de bebida e até mesmo pedras nas quatro Noivas Azaradas.
Melinda tentou proteger suas três irmãs, as quatro apenas chorando e se apoiando mutuamente.
— Allison, faça alguma coisa! — exclamou Shanan com pesar.
Em vez de ajudar as quatro garotas sendo apedrejadas, Allison simplesmente foi embora. Enquanto isso, Melvin desceu do cavalo.
— Pare! — gritou Melvin e o povo de Oesteria parou de jogar coisas em Melinda e suas três irmãs. Ao ver a ação do amigo, Castillo e Shanan também se juntaram para ajudar.
Eles levaram as quatro Noivas Azaradas de volta ao palácio principal. — Você está bem? — perguntou Melvin a Melinda, que assentiu com a cabeça.
— Levem todas elas para o quarto — , ordenou Melvin aos criados.
— Sim, senhor.
— Por que você não fica aqui, querida? — perguntou a rainha Diona, ainda parecendo bonita aos 65 anos.
— Allison precisa de privacidade, Vó, — respondeu curtamente. A rainha Diona apenas suspirou fundo.
— Visite-nos com frequência — , respondeu o rei Altan.
— Claro, Vô.
Depois das despedidas, Allison levou Melinda diretamente para a mansão das fontes. No carro, Melinda continuou preocupada com o destino de seus três irmãos, que iriam morar com seus respectivos maridos.
Naquela noite, Allison levou Melinda de volta ao prédio em estilo de castelo que Melinda chegou a pensar ser o palácio real.
— Leve-a para o quarto, peça aos empregados para ajudar a eliminar o cheiro de peixe dela — , Allison ordenou ao assistente Juan.
— Sim, senhor.
— Eu mesma posso fazer isso, Sr. Son — , respondeu Melinda, interrompendo os passos de Allison. Allison se virou, olhando fixamente para Melinda.
— Eu não tenho a intenção de difamar o seu nome. É só que, o seu nome real é muito longo, então eu só peguei o final, hehe....
Allison se aproximou de Melinda até que seu corpo se chocasse contra a parede de concreto da casa. Melinda tentou conter sua respiração enquanto dizia: — O que o senhor deseja?
— Será que a empregada vai banhá-la ou serei eu?
— Será a empregada que deve te dar banho ou quer tomar banho sozinha? — A voz grave como o mar parecia ser capaz de perfurar o coração de Melinda, fazendo com que ela tivesse dificuldade em engolir a saliva.
— Empregada! Quero que seja a empregada a me dar banho, Sr. Son! — respondeu Melinda rapidamente. Allison não insistiu mais.
— Compreendo! — Melinda assentiu com a cabeça. Allison seguiu em direção ao seu escritório.
Melinda olhou para as costas musculosas de seu marido até que ele desaparecesse de vista. Ela ainda não acreditava que agora era uma esposa. Mas não uma esposa de verdade, apenas uma esposa de brinquedo que seria descartada quando seu tempo acabasse.
— Venha comigo, Srta. Mel, — convidou o Assistente Juan.
— Melinda, senhor.
— É muito longo, vou pegar apenas o início então, — respondeu o Assistente Juan polidamente.
— Será que ele está se vingando de seu patrão? — pensou Melinda enquanto seguia atrás do Assistente Juan.
A casa era imensa. Melinda percorreu sala após sala, com muitas colunas grandes. Seus passos pararam quando ela chegou em frente a um elevador. O Assistente Juan convidou Melinda a entrar.
Ting!
O elevador abriu, Melinda saiu e continuou sua jornada até chegar em frente a uma porta de aço de cinco centímetros de espessura.
— Por favor, entre, Srta. Mel, — o Assistente Juan convidou Melinda para entrar em um quarto muito espaçoso com paredes e pisos de ouro. Melinda balançou a cabeça ao ver a riqueza do reino de Oesteria.
Tudo o que estava ali naquela casa era dinheiro. Parecia que Allison não sabia do destino das crianças no orfanato que frequentemente passavam fome. Melinda sentiu vontade de abrir aquelas paredes, vendê-las e dar o dinheiro à mãe do orfanato para suprir suas necessidades diárias.
— O Sr. Son não vai dormir no mesmo quarto que eu, certo? — Melinda perguntou para ter certeza.
— Essa mansão pertence ao Sr. Allison. Isso significa que o Sr. Allison tem a liberdade de escolher onde dormir, inclusive no quarto da Srta. Mel, — explicou o Assistente Juan.
O que o Assistente Juan disse não estava errado. Melinda suspirou profundamente, esperando que Allison não dormisse no mesmo quarto que ela. Ela também esperava que Allison não exigisse seus direitos como marido. Melinda sacudiu a cabeça violentamente ao pensar nessa horrível possibilidade.
— Se não há mais perguntas, chamarei um empregado para ajudá-la.
— Uma empregada mulher? — , perguntou Melinda.
— A Srta. Mel quer um empregado homem? — , perguntou o Assistente Juan em resposta.
— Não! Apenas uma empregada mulher!
— Certo, Srta. Mel.
Após a partida do Assistente Juan, Melinda começou a caminhar em direção ao seu quarto. Ela deixou seu corpo cair e sentou-se na beira da cama. Melinda sentiu o toque confortável do colchão em que estava. Por mais confortável que fosse, aquele quarto continuaria sendo um novo inferno para ela.
A porta do quarto foi batida suavemente e uma empregada mulher de meia-idade entrou. Melinda ficou paralisada, sentindo-se desconfortável com seu corpo à vista de qualquer pessoa, inclusive uma empregada mulher. Quando a empregada se aproximou, Melinda abaixou o rosto.
— Se a senhorita se sentir desconfortável, pode tomar banho sozinha. Use esse sabonete e xampu para remover o odor do seu corpo.
Ouvindo aquilo, Melinda levantou o olhar para a empregada com um sorriso doce em seus lábios sensuais. Melinda não esperava encontrar uma empregada gentil na casa tão grande. Se a empregada em sua casa também fosse amável, talvez Melinda não sofresse tanto.
— Muito obrigada, senhora. Não achei que houvesse pessoas boas nesta casa, quase perdi as esperanças, — agradeceu Melinda.
— Chame-me de Bia, está bem? — respondeu a empregada amigavelmente.
— Certo, Bia. Mais uma vez, muito obrigada.
— De nada, a senhorita precisa tomar banho agora antes do patrão chegar, — disse ela fazendo Melinda entrar em pânico e entrar rapidamente no banheiro.
Pouco depois de estar dentro do banheiro, Melinda começou a agradecer em voz alta. A empregada balançou a cabeça sorrindo.
Após cerca de 30 minutos no banheiro, Melinda saiu com uma toalha micro pendurada em seu corpo sexy.
— E então, Bia? O cheiro desapareceu, não é? — perguntou Melinda aproximando seu corpo do da empregada.
A pobre empregada não se concentrava no cheiro do corpo de Melinda. Seus olhos observavam com compaixão as várias marcas avermelhadas, roxas e até mesmo a pele rasgada.
A empregada pediu a Melinda que se sentasse, e ela o fez com confusão. Melinda se perguntava se o cheiro desagradável ainda não havia desaparecido do seu corpo. Mesmo depois de usar uma garrafa inteira de sabonete e xampu.
Melinda ficou chocada ao ver a empregada pegar um kit de primeiros socorros e cuidar dos ferimentos em todo o seu corpo, incluindo sua testa inchada.
— Seu corpo é lindo e perfeito, senhorita, mas há muitos ferimentos. Não dói?
Em vez de responder, Melinda começou a chorar. Ela estava acostumada a ser tratada mal pelas pessoas em sua casa, por isso ficava muito sensível quando alguém se preocupava com ela.
— O que há de errado, senhorita? Esses remédios estão te machucando? — perguntou Bia, preocupada.
Melinda abraçou Bia com força e disse: — Desde que minha mãe morreu, ninguém nunca perguntou se eu estava sofrendo. Eu nem me importava com esses ferimentos. Obrigada por perguntar, Bia — , disse Melinda soluçando.
— Você é muito bonita, não chore mais.
Aquelas palavras a fizeram lembrar de sua falecida mãe. O corpo de Melinda começou a tremer e as lágrimas fluíam incessantemente, ela não conseguia mais controlá-las.
A beleza e a graça de Melinda eram herança de sua mãe. Mas, da mesma forma, essa beleza e graça acabaram se tornando uma maldição que as destruía. Melinda só queria ser uma garota comum, alguém que pudesse viver em paz, sem sofrimentos constantes.
— Sou uma Noiva Azarada, Bia não está com medo da maldição?
— Eu não acredito nessa brincadeira. Agora, vista essa lingerie, o Sr. Allison vai chegar em breve. Melinda pegou a lingerie sexy.
— Na verdade, o Sr. Allison é um homem bom. A senhorita só precisa obedecê-lo — , disse Bia, saindo do quarto e deixando Melinda sozinha.
— Pelo menos há alguém bom nesta casa. Você tem que ser forte, Melinda, tenho certeza de que você pode! Você não pode desistir! — Melinda se encorajou, esticando a lingerie que lhe foi dada.
— Este tecido é tão escasso — , murmurou enquanto se levantava e vestia a lingerie. Melinda subiu na cama, escondendo seu corpo sexy debaixo do lençol.
Pouco tempo depois, a porta do quarto se abriu e entrou um homem bonito, como um verdadeiro príncipe dos contos de fadas. Dos pés à cabeça, Allison era absolutamente perfeito.
Seus traços faciais eram como uma estátua de um deus grego, olhos estreitos com um azul brilhante, nariz afilado e lábios finos e avermelhados. Sua altura chegava a 190 cm, complementada por músculos fortes e rígidos. Sem mencionar sua voz profunda como o oceano. Que mulher não se sentiria atraída por sua perfeição?
Veja como Melinda engoliu saliva, sacudiu a cabeça, piscou os olhos, tentando se libertar do transe causado pela beleza de Allison.
Quanto mais perto Allison se aproximava, mais rápido batia o coração de Melinda. Allison sentou-se na beira da cama, sem desviar o olhar de Melinda, seus olhos se encontraram intensamente.
— O que... o que o senhor deseja, senhor? — Melinda segurou o lençol quando Allison tentou puxá-lo.
"Na verdade, o Sr. Allison é um homem bom. A senhorita só precisa obedecer."
As palavras de Bia fizeram Melinda soltar o lençol. Ela deixou Allison afastar o lençol para revelar seu corpo, tentando cobri-lo como conseguia com as mãos.
Allison olhou o corpo de Melinda por um bom tempo, então se levantou e jogou um pedaço de papel amassado em seu rosto.
— O que é isso, Sr. Son?
— Você sabe ler?
— Sim, senhor — Melinda começou a ler cada palavra.
— Siga todas essas regras! — Allison disse, prestes a sair.
— Espere! — interrompeu Melinda. Allison se virou.
— Esta regra aqui, Sr. Son. Está escrito que não posso sair de casa. E se eu quiser ir para a escola?
— Allison respondeu — Apenas vá à escola — . e foi embora.
— Essas regras são feitas para serem quebradas? — perguntou Melinda, sem entender.
Após entregar um pedaço de papel com as regras, Allison saiu. Melinda suspirou aliviada. Sabendo que teria que ir para a escola no dia seguinte, Melinda, mesmo relutante, ligou para seu pai usando seu antigo celular. Ela pediu para que ele enviasse sua bicicleta e uniforme escolar. Mesmo tendo que implorar, Redmir realmente enviou os pertences de sua filha. Não só a bicicleta e o uniforme escolar, mas também roupas surradas de Melinda.
No dia seguinte, Melinda estava pronta com seu uniforme, sua mochila velha e sua amada bicicleta usada, que era uma relíquia deixada por sua falecida mãe.
Não muito longe dali, exatamente dentro de um carro Lamborghini branco do último lançamento, Allison estava observando Melinda começando a subir em sua bicicleta.
— A Senhorita está indo para a escola, Senhor — , relatou o Assistente Juan, que estava sentado no banco do motorista.
— Anote quantas vezes ela viola as regras em um dia — , ordenou Allison, sorrindo de forma irônica.
— Sim, Senhor.
— Siga-a — , Allison deu outra ordem. O Assistente Juan começou a conduzir o carro atrás de Melinda, que estava pedalando sua bicicleta usada em direção à escola.
Após se certificar que Melinda entrou na escola, Allison prosseguiu sua jornada em direção à empresa.
Em um país distante, onde o Senhor Torres estava aproveitando suas férias com suas mulheres. Ele não se importava nem um pouco com Melvin, seu único filho, que estava passando por um ritual no Reino de Oesteria.
Ele usava suas viagens de negócios como desculpa para se divertir. No entanto, o Senhor Torres era conhecido por amar muito sua esposa. Ele era rotulado como um homem apaixonado que faria qualquer coisa por ela. No entanto, ele não conseguia parar seus hábitos. Quando a máscara caía, ele se transformava em uma pessoa completamente diferente.
— Ela ainda está viva?
— Sim, Senhor. E agora ela se tornou a Noiva Azarada do Príncipe Allison.
— Maldição! REDMIR PLAVIUS, COMO ousa ME ENGANAR!
Todos os objetos em cima da mesa caíram e se espalharam depois que o Senhor Torres os varreu com sua mão forte.
— De qualquer forma, essa garota precisa MORRER!
.
.
Para mais, baixe o APP de MangaToon!