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A Prometida Da Máfia

Capítulo 01

Essa obra pode conter alguns personagens e spoilers de (O filho do CEO mafioso) e ( O novo don da Máfia) Mas não é necessário ler o anterior para entender esse.

(essa obra pode conter gatilhos)

boa leitura.

Felippo Savóia

Eu nunca fui um bom menino desde criança, na verdade eu desconheço o que é essa palavra. Minha irmã e eu perdemos os pais cedo então eu tive que me virar para nos mantermos vivos.

Para protegê-la eu ensinei tudo a ela, tudo sobre o mundo dá máfia.

Alessandra é mais carinhosa, doce, apesar disso é tão letal quanto eu.

Não convivemos muito, mas nós falamos umas duas vezes por mês, ou sempre que eu preciso ir até a mansão Santoro, pois a mesma é a segurança das filhas do Don.

– O que faz aqui Helena? – pergunto quando estaciono o meu carro no prédio em que eu moro, Ela é filha de Hugo, e sobrinha de um amigo, apesar de eu negar isso, sei que me envolver com ela trará consequências em minha amizade com Henry.

Porém eu pouco me importo, ela já não era mais virgem quando ficamos a primeira vez, confesso que foi a primeira mulher que conseguiu satisfazer o meu desejo e então ficamos ah um bom tempo, quase um ano, apesar de que eu fico as vezes com as mulheres do clube de Ciara.

– Vim ver você – diz lambendo os lábios em um gesto sensual, ela se afasta do meu carro e começa a caminhar para o elevador, eu saio do meu carro e a sigo – Porque você está tão tenso?

– Problemas Helena – respondo sem maiores explicações, subimos em silêncio enquanto eu encaro o meu celular em busca de uma mensagem ou qualquer coisa que me diga que a minha Prometida está bem, ah uns dias eu não recebo notícias suas.

Quando Don Lorenzo e na época Enrico ainda era conselheiro assinaram um acordo com a filha do capo Luigi de Washington, eu deixei que um dos meus soldados de confiança ficasse de olho na menina, a minha Prometida indesejada.

Era tudo o que eu não queria, uma pirralha para ter ao meu lado, minha única condição foi que a menina chegasse a pelo menos os vinte anos para podermos oficializar o maldito casamento. E esse dia está chegando, falta apenas um mês.

Quando eu investiguei a vida do capo eu descobri que ele não era um bom pai, então algo dentro de mim ficou vermelho quando eu percebi que ele não dava a mínima para a garota, porém se fosse somente isso eu pouco me importaria, mas ver como ele a trata como se ela fosse um nada, até as put4s ou a amante ele trata melhor do que trata a filha.

Eu não penso em trazer crianças para esse mundo de merd4, mas respeito as crianças que já existem nele, odeio maus tratos tanto em criança como mulheres, sou um filho da put4 o maior executor da máfia de nova Iorque, mas eu prezo pelas crianças e mulheres nunca as matei. Quer dizer quando as mulheres de máfia inimiga tentam me matar é outra história, eu as respeito por tentarem.

– Vou encher a banheira, para nós tomarmos banho juntos, ok? – indagou e eu não neguei, ela foi para o meu banheiro e eu segui para a cozinha em busca de alguma porcaria para comer, pode parecer estranho, mas matar me dá fome e hoje eu tive um dia difícil de cobranças e para um homem do meu tamanho eu preciso me alimentar e não como pouco.

Sempre soube me virar na cozinha, pois era eu quem cuidava da minha irmã, Alexandra é muito difícil de agradar, ela é a minha única família então eu gostava de fazer algo diferente para nós e consequentemente deixá-la feliz. Quem ver um homem do meu tamanho e um dos maiores sanguinários não imagina que eu cozinhava para uma mulher e porr4 eu a amo, a única pessoa que eu permito que o meu coração sinta alguma coisa é pela minha irmã.

Enquanto como um dos meus cinco sanduiches o meu celular vibra em meu bolso, quando eu vejo que não é uma mensagem e sim uma ligação já imagino que algo deve ter acontecido a pirralh4.

– Chefe, acredito que algo de grave aconteceu com a futura senhora Savoia – disse o meu soldado Bart infiltrado na mansão dos Thompson.

– O que disse? – inquiro, eu procuro não demonstrar nada para ninguém, nem mesmo a eles, me mantenho o mais neutro possível. Mas de fato eu não me importo com ela, porém ela está sobre minha responsabilidade, é assim que eu sinto desde que eu soube do nosso compromisso, é o máximo de sentimento que ela terá de mim, proteção.

– Não sei que realmente aconteceu dentro do quarto dela, hoje teve um evento dessas mulheres fúteis aqui na mansão, e a futura senhora Savóia esbarrou em um soldado nos jardins e uma das filhas do conselheiro alegou que Annelise tinha um caso com o filho da put4 e Luigi ficou furioso, pelo que me parece a surra não foi como as outras que dizem que ela levava, porque a mãe dela teve que chamar o médico da família – revelou e eu senti algo se revirar dentro de mim. Bater na própria filha a ponto de chamar um médico para atendê-la é desumano até para mim.

– Estou chegando – aviso encerrando a ligação, mando mensagem para um contato de quem eu sempre alugo jato quando quero passar despercebido. Rapidamente uma mensagem chega confirmando que o meu embarque é em vinte minutos, e em menos de duas horas estarei em Washington.

– Felippo aonde vai? – Helena pergunta assim que eu entro em meu quarto, ela está nua, provavelmente ia me chamar para tomarmos banho juntos.

– Preciso sair, tenho uma missão agora – aviso e ela franze a testa, me visto rapidamente – vou ver Annelise

– Irá de carro? – neguei – Ainda nos resta um tempo juntos antes de se casar, não é? – indagou e eu concordei abrindo o fundo do closet pegando uma das minhas armas que eu mais gosto de usar. Já cheguei em pensar que mesmo que eu me case não deixarei de ver Helena, pois eu não terei coragem de tocar naquela garota, apesar de que Helena não é muito mais velha que ela, porém já tinha passado dos vinte e não acredita em contos de fadas.

– Sim, mas é outra coisa Helena – digo e suspiro lembrando do que Bart disse – ela sofreu um acidente.

– Bom, então se ela morreu você está com sorte – disse ela com um sorriso no rosto, pela primeira vez eu a encarei com raiva.

Porém eu odeio discursões, então eu não disse nada apenas me afastei, eu não gosto quando Helena tem esse tipo de pensamento, sei que ela é uma menina que nasceu e cresceu na máfia, mas fod4-se, querendo ou não Annelise será a minha esposa não foi eu quem decidi assim ela tem que respeitar a decisão do nosso capo.

Posso não amar Annelise, posso não querer chegar nem se quer perto daquela garota, mas desde o dia em que ela foi prometida a mim, eu jurei protegê-la, e ninguém nunca mais tocará em um único fio de cabelo dela, infelizmente o meu querido sogro escolheu o seu destino e eu não perdoou quem machuca quem está sobre a minha proteção.

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É uma obra nova em andamento, por favor tenha paciência 🙏

atualizações diárias.

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Capítulo 02

Annelise

Me sinto como um pequeno pássaro preso em uma imensa gaiola de ouro, não importa a quão luxuosa seja a minha prisão, tudo o que eu quero é conhecer a liberdade.

Liberdade essa que eu nunca conquistei, para falar a verdade eu a desejo, eu a quero como se precisasse do ar para respirar. Mas eu sou o que muitos dizem, eu sou fraca. Realmente não sou corajosa.

Não sei como lutar por aquilo que eu quero, não sei como eu deveria me impor mesmo tudo o que eu quisesse com todas as minhas forças fosse apenas aprender a dizer não, gritar em alto e bom som para ser ouvida, enxergada, porque tudo o que eu aprendi durante os meus dezenove anos foi a ser obediente e submissa.

Eu sinto o olhar do monstro em mim. O meu corpo desde tão cedo aprendeu a reconhecê-lo de longe para se proteger, era um brunch só para as mulheres, mas aparentemente ele está aqui em algum lugar escondido, procuro manter a minha cabeça baixa pois eu não suporto nem o olhar.

- Vamos não se esconda – me assusto com a chegada repentina de minha pobre mãe, um brunch foi feito em nossa casa hoje para estreitar relações entre nós, ou melhor, entre eles, pois eu sou invisível na maioria das vezes e eu gosto de me manter assim – Vamos Annelise, e não se esqueça de sorrir, você precisa se acostumar com essas cobras pois é com elas que terá que lidar quando se casar, não pode se esconder do seu destino para sempre.

Destino, eu não sei nada sobre o meu futuro marido, não há registro dele na internet, não me contam nada, o meu pai só reclamou porque não foi o que ele escolheu para mim, eu gostei de saber disso, pois se ele já o odeia, eu estou bem com isso.

- Por mim minha querida – minha mãe disse, ela sempre faz isso quando eu me nego a fazer algo, voltei para casa tem pouco tempo, e o meu casamento será em apenas alguns dias, assim que eu completar vinte anos, temo que esses poucos dias que faltam demore uma eternidade, o meu pai e minha mãe não conversam muito comigo sobre isso. Então não sei onde morarei, mas espero que bem longe daqui, se isso acontecer eu posso aguentar qualquer coisa, tenho certeza.

- Claro mamãe – disse, e a acompanhei sentando-me na mesa onde está com as suas amigas enquanto o meu pai deve estar na casa ao lado da mansão com a sua amante, não sei como a minha mãe pode aguentar uma coisa dessas.

Olho ao redor mais não encontro alguém que eu possa conversar, as moças da minha idade sempre levaram uma vida diferente da minha, e além do mais isso fez com que eu me sentisse estranha. Tentei uma vez conversar com elas, mas era como se eu não fizesse parte daquilo, como se ninguém me visse ou estivesse disposta a me ouvir, a querer a minha amizade.

- Vamos passear querida? – Dávila chamou com um sorriso falso, faltava poucos minutos para o Brunch de fato acabar, eu queria com todas as minhas forças negar, eu tenho um difícil problema em não conseguir odiar as pessoas, e essa eu deveria, foi por culpa dela e de ... que eu fui parar no internato, e eu a princípio agradeci por isso achando que a minha vida seria boa por mais que eu fosse ficar longe da minha mãe, motivo esse que nos distanciou.

- é claro que sim – confirmo forçando um sorriso quando a minha mãe me deu um olhar feroz, ela faz de tudo para que eu arrume uma amiga, e acredita que as filhas do conselheiro do meu pai são uma boa opção. As gêmeas Pamela e Domitila já estão casadas a cinco anos, assim que completaram dezoito, Dávila, é um pouco mais velha que eu, questão de meses, e ainda não foi prometida em casamento, pois o pai quer algo vantajoso – vamos para mais a fundo do jardim?

Pedi porque é o meu lugar favorito, a mansão é enorme, o jardim é gigante, no final do jardim tem um balanço que eu descobri tem pouco tempo, no internato tinha um lugar parecido com esse com um balanço que eu adorava.

- Então o dia do seu casamento está chegando, não é – começou puxando o assunto assim que eu me sentei no meu balanço, ela olhou ao redor como se odiasse as flores e o lugar

- Sim – respondi forçando um sorriso, eu odiava a ideia, mas amava pensar que eu iria embora dessa casa.

- Ah, puxa – disse colocando a mão na testa – eu esqueci o meu celular na mesa, deixa eu ir pegar ou é capaz daquelas velhas enxeridas investigarem a minha vida.

Ela não esperou resposta e foi embora rapidamente, no fundo eu senti alivio pois eu aprendi a ficar sozinha, e quando eu estava no meu balanço, era ainda melhor.

Mas o silencio e a sensação de paz durou pouco, quando um soldado chegou rapidamente e se aproximou me abraçando.

Não deu tempo de fazer nada quando eu ouvi a voz dela.

- Eu não disse capo Luigi que ela estava se agarrando com o soldado aqui – Dávila acusou e eu sem fiquei sem reação, como ela pode me acusar disso? O soldado se afasta a mando do meu pai, eu olho para o soldado Bart que apareceu ao lado como se ele pudesse me ajudar, porém ninguém será capaz,

- Papai – tento porque realmente temo o que acontecerá comigo a partir de agora

- Dávila querida – disse para a mulher que acabou de me levar em direção a morte – volte para a mesa com as senhoras, e não diga nada a ninguém, mas avise a Amber para pôr um fim em tudo.

Ele pede ela concorda saindo rapidamente o meu pai me encara com um olhar vazio e sombrio, porque este homem me odeia tanto?

- Papai por favor – imploro mas não tenho saída, ele diz para irmos para o meu quarto eu só consigo chegar até lá com ele me arrastando, provavelmente hoje apanharei como nunca antes, só queria que alguém pudesse me ouvir enquanto eu grito silenciosamente.

Capítulo 03

Annelise

Sinto todo o meu corpo dolorido, ele não bateu em meu rosto.

Apenas em lugares que ninguém teria acesso, enquanto eu choro encolhida em minha cama o meu pai me encara com ódio mortal, sua amante e minha mãe estão ao seu lado.

– Por que você fez isso Luigi? – minha mãe disse com a sua voz embargada lutando ao máximo para não soar acusatória ou ele ficaria ainda mais furioso – já não basta nos humilhar todos os dias? Porque você se tornou esse homem? .

– Mais uma palavra e você também terá o que merece Amber – rosnou para ela e minha mãe se encolheu, é sempre assim desde a minha volta, e é o que acontecia antes mesmo de eu ir para o internato.

– Querido – Sua amante diz com uma voz melodiosa que me enoja, apesar de tudo sinto por minha mãe, ela perdeu um filho, e depois disso teve que se acostumar com o meu pai com outras mulheres debaixo do mesmo teto, ela não pode fazer nada para impedi-lo, temos que aceitar ou ele seria capaz de nos matar, minha vida já foi um inferno durante o tempo em que eu vivi aqui e alguns dias no internato também eram como o meu pior pesadelo, mas a minha mãe vive um pesadelo todos os dias, e realmente eu sinto por isso – vamos para o nosso quarto, você já fez o suficiente.

– não – disse ainda me encarando, por mais que eu esteja com dor e tudo o que eu quero é chorar até que a dor passe eu engulo toda a lágrima, porque o que ele fez comigo não é nada comparado ao temor que eu sinto quando o meu pior pesadelo vem me visitar – Vamos esperar que o médico venha vê-la.

– porque isso? Quero ir para o nosso quarto – falou exigente e no fundo eu agradeci e orei para que ele aceitasse o convite e parasse de me encarar como se eu tivesse acabado com a sua vida, como se eu fosse a escória e não a sua filha.

– Cala a boca Bonnie – rosnou ele a assustando, provavelmente ele nunca falou assim com ela, mas minha mãe e eu não nos assustamos porque tudo o que conhecemos dele é esse tom assustador, ela se encolheu e me encarou como se eu fosse a culpada disso – Eu vou esperar o médico confirmar se ela é virgem ainda, ou todos nós estaremos fodid0s.

– não – protestei rapidamente, já não basta a humilhação da surra? E agora terei que passar por isso? Nunca acreditei que Dávila poderia ser tão cruel a este ponto, por que ninguém acredita ou simplesmente quer me ouvir? Quando eu tentei falar para o meu pai o que aconteceu ele não quis nem mesmo me ouvir e todas as vezes que eu forçei a dizer que tudo foi armação dela ele me odiava um pouco mais.

– eu não aceito isso – minha mãe disse vindo para o meu lado, suas lágrimas agora caem sem controle por seu rosto – por favor Luigi, nossa filha não fez nada.

– Não adianta mãe – eu disse com uma voz dura o encarando como faz comigo – eu já não tenho mais voz, não adianta pedir para parar, o meu próprio pai não acredita em mim, quem dirá o meu futuro marido.

– Você só me envergonha Annelise – disse ele agora andando de um lado para o outro, não posso dizer que suas palavras não me machucam mais, porque ainda dói não ter um pai que pudesse me proteger e amar.

– colocar a sua amante debaixo do mesmo teto que a sua esposa e filha, também não é uma vergonha? – rosnei, e no mesmo instante ele avançou com tudo para me bater porém quem pegou o tapa foi a minha mãe por entrar em minha frente – Mamãe me perdoa.

– Está vendo o que você me fez fazer Annelise? – gritou ele me deixando mais culpada, minha mãe me aperta em seus braços, o choro que antes eu segurava com muita força escapou pela minha garganta – Porr4.

– Luigi – Bonnie chamou assustada quando ele se estressou e arremessou um vaso com flores colhida hoje ainda pela manhã

– Cala a porr4 da boca Bonnie – ele gritou – Amber quando o médico chegar você sabe o que fazer.

Ele disse e saiu arrastando a sua amante porta a fora, me deixando a sós com a minha mãe, ambas choramos juntas abraçadas. Minha mãe ligou para o médico pediu que uma enfermeira a acompanhasse para que eu não passe pelo constrangimento de ter que fazer isso diante de um homem, eu quase rir da ironia, mas sei que se eu me recusasse seria ruim para ela.

Assim que os médicos saíram depois do doutor me passar um anti-inflamatório e umas pomadas para não deixar hematomas em meu corpo minha mãe também se foi, chorar o que poderia em seu quarto.

No jantar eu fiz o máximo de esforço possível para descer as escadas e parecer que nada aconteceu pois caso eu me negasse a isso possivelmente eu apanharia de novo. O meu pai estava com raiva da minha mãe dessa vez então nos obrigou a jantar com a amante na mesma mesa.

Eu não sei o que se passa na cabeça dele para fazer esse tipo de coisa, mas eu acho tão humilhante, eu não sei se aguentaria isso vindo do meu marido.

Quando eu me vi livre corri para o meu quarto para me trancar lá e esquecer por algumas horas que eu vivia nesse pesadelo e que eu contava as horas para casar e ir embora, só esperava que o meu marido não fosse tão cruel como o meu pai e o meu pesadelo a qual eu o chamo de lobo.

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