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Acordo com um barulho infernal, uma batida parece que vai estourar todo o papel de parede. Meus tímpanos? Só tenho certeza que está intacto por que ainda consigo escutar essa baixaria. Que tipo de música é essa? São 6 horas da manhã. Desgraçado ele me paga!
Calço minhas pantufas e com meu pijama de coração, saio indo para o apartamento do maluco que tive o azar de ser de frente para o meu. E para piorar, por se tratar de um prédio de luxo, os apartamentos são gigantes e cada andar tem apenas dois apartamentos, ou seja, só existe nós dois aqui no décimo andar, não sei como ainda não joguei esse homem daqui de cima.
Bato com força na porta, mas com essa zuada dos diabos quem vai ouvir? Continuo batendo e gritando, mesmo sabendo que vai ser em vão. Quando finalmente desisto. O som é abaixado e a porta é aberta. Me preparo para xingar ele de todos os nomes que existem, minha mão coça para dar um tapa bem dado em sua cara.
Mas, para a minha surpresa não é ele que aparece, é uma mulher, semi nua, usando apenas um shortinho que mais parece uma calcinha e com um sutiã, com o cabelo pintado de azul, roxo...sei lá que cor é essa.
— Algum problema gata?
— Cadê o proprietário?
— Ele acabou de ir para o banho, mas pode se juntar a gente na segunda rodada.
Ela me olha de cima a baixo, credo! Parece que vai me comer com os olhos, ela devia tá transando com o Henry e quer me pegar também? Deus me defenda.
— Não, obrigada! Não tenho interesse em nenhum dos dois. Agora por gentileza, peça ao seu namorado para desligar a drog@ desse som. — falo tentando ignorar o olhar dela em cima de mim.
— Vou falar com ele gata.
Ela dá uma piscadela, reviro os olhos e saio o mais rápido possível de lá.
— Quando minha vida virou essa bagunça?
Me jogo na cama, sei que não vou dormir de novo. É assim que começa o meu dia. Hoje é domingo e não posso aproveitar para dormir um pouco mais, que droga!
Isso tudo é só um pouco da minha vida, sendo vizinha de um Ceo insuportável e irresponsável. Vive na farra mas do que tudo. Já flagrei ele algumas vezes bêbado na porta do seu apartamento. Vocês devem está se perguntando se eu o ajudei não é? E eu não ajudei em nenhuma das vezes, deixei ele lá.
Ele merece, com certeza quando nasceu já foi destinado para tirar a minha paz. Todas as vezes que liga o som é nas alturas, sei que é para me provocar. Fora outras coisas, ele tem uns trinta anos e parece ter dez.
Enfim, chega de falar dos outros. Vou falar um pouco sobre mim.
Me chamo Madison Wilson, filha de um americano e uma Russa. Atualmente moro na Rússia, cidade natal da minha mãe, mas nasci em Nova York, onde meu pai nasceu. Viemos para cá quando eu ainda era criança e por aqui ficamos.
Meu pai mora em uma fazenda e tem sua própria produção de vinhos, que são muito conhecidos aqui na cidade. Os vinhos vem diretamente de lá para serem comercializados em meu restaurante.
Sou chefe de cozinha e dona de um dos melhores restaurantes daqui. Eu gosto muito do que faço, mas grande influência foi por conta da minha mãe, que sempre teve esse sonho. Ela morreu quando eu tinha quinze anos, me ensinou muita coisa e compartilhou seus muitos projetos e sonhos. Estou seguindo como forma de homenagem.
Meu pai se casou novamente, com a Meredith. Ela é uma pessoa legal, mas as vezes acho ela aquele tipo de pessoa que força simpatia e quer agradar o tempo todo. Não gosto desse tipo de gente.
Meu pai é um grande homem eu o amo muito, sempre foi um pai atencioso e carinhoso. Depois da morte da mamãe, demos todo o apoio um para o outro, foi muito difícil para nós. Minha mãe era como o alicerce que segurava todos, quando ela morreu tudo desmoronou. As coisas aconteceram rápido. Ela descobriu um câncer quando já estava em um nível avançado, não tivemos muito a fazer. Depois de apenas seis meses ela se foi, tirando nosso alicerce e nos desmontando por completo.
Demoramos um tempo para nos reconstruir, mas conseguimos. Agora só resta a saudade das gargalhadas gostosas que ela dava e do seu jeito doce e carinhoso.
Passei o domingo sozinha. De pijama, comendo besteiras e assistindo minha série favorita. Nessa hora pareço uma criança, mas não tô nem aí.
Recebo uma mensagem do Jeremy, ele é filho da Meredith. Me chamou para sair algumas vezes e tenta me conquistar o tempo todo, já dei alguns foras nele, mas ele não desiste. Não quero relacionamento, minha cota de decepções já se esgotou. Além do mais, é filho da minha madastra, ele diz que não tem problema nisso, realmente não tem. Mas tô fora de relacionamento no momento. Já sofri muito e quero evitar certas lembranças.
Saímos umas duas vezes, e ele claro, tentou me levar para cama, eu me liguei logo e tratei de inventar uma desculpa. Do jeito que ele parece obcecado não iria me deixar em paz depois de uma noite de sexo. Então fugi logo assim que tive a oportunidade.
Madison:
Depois de passar o domingo sozinha. Fiquei pensando, acho que preciso de algum bicho de estimação, um gato, um cachorro, quem sabe um papagaio. Qualquer bichinho para que não me sinta tão sozinha. Daqui para a fazenda de meu pai é quase três horas de viajem, então não nos vemos com tanta frequência.
Me arrumo com esse pensamento: Tenho que ter um bichinho em casa para me fazer companhia. Um papagaio faz muito barulho, mas seria a melhor opção. Gato ou cachorro, tenho pena de deixar sozinho o dia todo tadinhos, sem contar que vai estragar meu apartamento inteiro. Não! Vai ser um papagaio ou uma arara.
Depois de pronta, saio do meu apartamento. Para o meu azar me deparo com o sorriso mais irritante do mundo.
— Bom dia Mad. — ele sorrir com aquele sorriso que me dá raiva só de ver.
— Para você é Madison!
Saio andando na frente na tentativa de pegar o elevador sozinha. Seria muito infantil eu correr para que a porta se feche antes dele entrar? Que pensamento esse meu.
Entramos juntos, era óbvio que não conseguiria chegar a tempo. Ele tira algo do bolso de sua calça social e estende para mim.
— Para você querida, está muito amarga ultimamente. — ele fala com o sorriso que se estancou na cara. Que vontade de arrancar com uma faca. E para que inferno ele quer me dá um bombom? Só pode ter veneno.
— Estou de dieta, e não gosto de coisas com veneno.
Ops! Pensei alto demais.
— Assim você me ofende Mad. Eu procuraria formas melhores para matar você.
Babaca! Reviro os olhos, o desgraçado ri se divertindo da situação e guarda o doce, ele sabe que eu não iria pegar mesmo. Aperto o botão que dá para o estacionamento do prédio, quando a porta é aberta vejo logo meu carro.
— Até mais tarde querida vizinha.
Ele entra em seu carro, que é bem grande maior que o meu para variar. Entro no meu e o olho pelo vidro fumê por um momento. Ele com seu terno sob medida perfeito em seu corpo, quem não conhece o idiota e irresponsável que ele é, até acreditaria que ele é um Ceo responsável. Não posso ser tão hipócrita, porque a empresa dele é uma ótima empresa e só vem crescendo.
Paro de pensar nessas coisas e coloco meus óculos escuros dando partida em meu carro. O percurso até meu restaurante é rápido e o trânsito é tranquilo, logo já estou no estacionamento.
— Chefe, a carga de ostras não irá chegar hoje, e temos aquele jantar especial. — Rubi minha secretária fala segurando uma agenda.
Não tem como ficar de bom humor quando só aparece problemas.
— Não temos o que fazer, remarcamos o jantar e pedimos desculpas.
— Chefe, eles pagaram todo o jantar antecipado. Pelo que sei é um jantar de negócios. — ela me olha e parece aflita.
Olho em volta todos já trabalhando na correria. Tento pensar em algo. Vejo a Suelen vindo sorridente em minha direção, ela é a gerente e a amiga mais louca que tenho.
— O que a empresa de pescaria disse, não deu nenhuma explicação?
— Eles disseram que tiveram um imprevisto.
— Eu vou pensar em algo Rubi. Me passa as encomendas da semana.
— Sim Senhora!
A Rubi sai apressada. E eu respiro fundo.
— Anda muito estressada. — Suelen surge do meu lado e andamos até a minha sala.
— Como não ficar, já é a segunda vez que isso acontece. — falo assim que sento na minha cadeira.
— Você tá precisando de um homem bem gostoso para tirar esse estresse todo.
Dou risadas ela sempre cheia de gracinhas.
— Não estou procurando homem nenhum, sabe disso. Depois do...
— Aaah! — ela me interrompe. — Sem falar de decepções hoje. Aquele idiota não te merecia. Você tem que seguir a sua vida. Por isso que hoje vamos para a Boate.
— Não tenho tempo e nem cabeça com essa loucura toda do jantar para resolver. Sem contar que hoje é segunda.
— Não importa que hoje é segunda, você é a chefe. E sobre o jantar eu vou resolver.
— Me diz como senhora resolve tudo?
— Por um acaso, um simples acaso. Eu estou ficando com o Paulo Petrova, com uma ligação posso resolver esse problema rapidinho.
— Safada! Quando iria me contar?
— Estou contando agora. Então não tem desculpas, o jantar é às 18h e as 20h saímos daqui direto para a noitada.
— Você é terrível. E esse seu Ceo ficante?
— Ele vai também.
— E você quer que eu fique de vela? Tô fora!
— Para! Você não vai fugir, ele vai levar um amigo.
— Ok! Eu vou, mas não prometo ficar com esse tal amigo.
— Eu sempre consigo.
— Convencida.
Trabalhamos o restante do dia, geralmente só vou para a cozinha quando tem esses tipos de jantares especiais. Pois algumas coisas do cardápio é feito pela chefe da casa, ou seja, Eu! Sou bastante conhecida, por ser ótima no que faço, não só na cozinha, mas na administração já que também sou formada em gestão e administração.
Como prometido a Suelen conseguiu resolver, e mudamos o cardápio do jantar. Preparei tudo com excelência e claro com toda a ajuda da minha equipe.
O jantar aconteceu como planejado e deu tudo certo. Como o restaurante tinha sido fechado somente para eles, não tinha ninguém. Já tinha sido apresentada ao Paulo Petrova um dos maiores Ceo da Rússia.
A Suelen pelo visto tá caidinha por ele. Me deixou na mão, foi com seu ficante e eu tive que ir sozinha.
Ela deve confiar em mim mesmo, para não duvidar que por um acaso eu trocaria o caminho da boate para casa.
Madison:
Cheguei e não estava tão cheio. Provavelmente por ser segunda. Músicas animadas tocam e vejo algumas pessoas dançando. Até que não vai ser uma má ideia distrair um pouco.
Não me preocupei com a roupa, estou com um vestido preto justo ao corpo, simples com decote em V e uma fenda na coxa. A Suelen me manda mensagem dizendo que está na área vip, então vou direto para lá. Vejo ela com seu ficante, o Ceo que estava a pouco tempo no meu restaurante e outro homem do lado, muito bonito até, ele não estava na reunião no restaurante.
— Sempre foi boa de palavra. Sabia que não mudaria o caminho. — Suelen fala sorrindo assim que me aproximo deles.
— Sorte a sua.
— Como já me conhece deixa eu apresentar, esse é meu primo Dimitri. — Paulo fala e seu primo levanta para me cumprimentar.
— Prazer bela dama!
— O prazer é meu!
Ele arqueia uma sombrancelha, vejo que ele entendeu no sentido errado. Mas deixa pra lá, ele entendeu.
— Vamos dançar a noite é uma criança. — Suelen como sempre elétrica fala.
— Aceita dançar comigo?
— Claro! Vamos. — falo e todos nós fomos para a pista de dança.
Dançamos músicas animadas, o Dimitri a todo tempo tentando se aproximar e as vezes segurava em minha cintura, e mesmo em meio o barulho conversamos um pouco, me deixei levar e cada vez dançamos mais. Começo a sentir uma sensação de está sendo observada. Sinto minha nuca queimar como se alguém me olhasse, olho para trás e em volta não vejo ninguém conhecido ou alguém olhando diretamente para mim.
Continuo dançando, mas essa sensação não passa. Sinto como se os olhos estivessem sobre mim.
— Tá tudo bem? — Dimitri pergunta vendo meu desconforto.
— Tá tudo bem, vamos continuar a dança.
— Vou pegar uma bebida.
Ele sai indo para o barzinho. Não iria beber até porque estou dirigindo, mas um copo não faz mal.
— Está linda Mad!
Ouço uma voz vindo das minhas costas, familiar, porém diferente. Uma voz que saiu rouca e excitante. Me viro e vejo ele me olhando de uma forma penetrante como nunca tinha visto antes.
— Como não imaginei que encontraria um festeiro igual a você por aqui. E você me viu com essa roupa hoje pela manhã.
— Eu deveria ter feito o elogio mais cedo então. — Henry fala ignorando minha primeira frase. Ele ainda me olha intensamente e se aproxima ficando bem perto de mim. Começo a ficar desconfortável porém não me afasto.
— O que está tentando fazer? — falo me referindo a ele está quase colado ao meu corpo, mas sem me tocar. O que dura pouco pois ele segura a minha cintura firme. Fazendo meu coração acelerar.
— Estou tentando levar a minha vizinha gata e gostosa para cama.
Só pede ser brincadeira! Empurro ele mas não consigo sair ele me aperta contra seu corpo.
— O que deu em você Henry! Tá bêbado?
— Qual é Mad! Qual o problema de uma pegação casual entre duas pessoas que se atraem, somos adultos.
— Fale isso por você, não me sinto atraída por você nem um pouco.
— Tem certeza? Acha que não sei que sempre repara na minha bunda.
Ele sorri com aquele sorriso que me parece lindo hoje. O que tá acontecendo? Eu nem bebi.
— Eu não reparo na sua bunda.
— Eu reparo na sua.
— Você é um cafajeste, safado, sem vergonha. Me solta!
— Essas palavras são apelidos carinhosos. Eu sempre consigo o que quero querida vizinha.
— Seja lá o que você quer, não vai conseguir comigo.
Eu empurro ele de novo. Mas ele me aperta ainda mais, meus seios encostam em seu peitoral forte fazendo minhas pernas tremerem com esse contato. Ele segura meu rosto por um segundo pareceu que ele iria me beijar. Fico paralisada. Droga! Eu sempre tenho o controle.
— Eu vou conseguir sim, pode não ser hoje, mas eu vou conseguir.
— Me solta!
Ele fala de uma forma firme e me olha sério e intenso, me largando em seguida e me deixando sem reação.
— O que foi isso? — a Suelen brotou do meu lado do nada sorrindo e insinuando algo.
— Nada.
— Não sei como ainda não pegou esse gostoso do seu vizinho. Ele tá muito afim de você.
— Impressão sua, a gente se odeia.
— Sei não viu.
Percebo que já se passou tempo demais e o Dimitri não voltou, e o par da Suelen sumiu.
— Cadê seu ficante? E o primo dele que sumiu.
— O Paulo foi no bar, recebeu uma mensagem do primo dele, ele foi até lá e o primo disse que precisava ir embora.
— Bolo recebido com sucesso, ele nem teve a decência de se despedir, acho que a noite para mim acabou.
— Fica mais um pouco amiga. Vamos nos divertir.
— Divirta - se por nós duas, não tenho o que fazer aqui sozinha, curta seu boy. Não beba muito e nem chegue tarde amanhã, lembre que ainda sou sua chefe.
— Eu sei, sabe que apesar de tudo sou uma pessoa profissional e responsável. — Suelen fala se gabando. Nós duas rimos eu me despeço dela e vou para meu carro.
Quando chego em casa tomo um banho relaxante e me jogo na cama. Fico pensando no que aconteceu na boate. O Henry nunca me olhou daquele jeito, e também nunca tivemos aquele contato tão próximo. Talvez fosse o lugar e a noite.
Minha vida amorosa é sempre um desastre. Na noite que me deixo levar e estava disposta a deixar rolar com o primo do Paulo Petrova, recebo um fora, sem ao menos saber porque.
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